CAROS AMIGOS. SETEMBRO MOLHADO, FIGO ESTRAGADO
SÃO JOSÉ DE CUPERTINO.
JORGE SAMPAIO - POLÍTICO, PRIMEIRO MINISTRO E PRESIDENTE DE PORTUGAL - NASCEU EM 1939
DIA MUNDIAL DA MONITIRIZAÇÃO DA ÁGUA.
Atingido o número de 2 730 741 VISUALIZAÇÕES. Obrigado. Porto 18 de setembro de 2024. ANTONIO FONSECA
Nossa Senhora de Częstochowa (em polonês/polaco: Matka Boska Częstochowska, em latim: Imago thaumaturga Beatae Virginis Mariae Immaculatae Conceptae, in Claro Monte) é um título católico de Maria Santíssima, consagrada como a padroeira da Polônia. É também conhecida no Brasil como Nossa Senhora do Monte Claro. O ícone se encontra no Mosteiro de Jasna Góra (Monte Claro) em Częstochowa, Polônia. Vários Pontífices reconheceram o ícone venerado, começando com o Papa Clemente XI que emitiu uma coroação canônica para a imagem em 8 de setembro de 1717.
O ícone
A pintura exibe uma composição tradicional bem conhecida nos ícones dos cristãos orientais. O ícone é uma variante do tipo "Hodegetria". Nela, a Virgem desloca a sua atenção, apontando a mão direita em direção a Jesus como a fonte da salvação. Por sua vez, a criança estende a mão direita para o espectador em sinal de benção enquanto segura um livro de evangelhos na mão esquerda. O ícone mostra a Virgem vestida com um manto de flor-de-lis.[1]
As origens do ícone e a data de sua composição ainda são contestadas entre os estudiosos. Há uma dificuldade em estudar o ícone, pois sua imagem original foi repintada após ter sido gravemente danificada por invasores hussitas (seguidores das idéias religiosas de João Huss) em 1430. As tábuas de madeira que apóiam a pintura foram quebradas. Como a tela ficou muito danificada, a solução dos restauradores medievais foi repintar a tela. As características originais de um ícone ortodoxo foram suavizadas.[1]
História
O ícone de Nossa Senhora de Częstochowa tem sido intimamente associado à Polônia nos últimos 600 anos. Sua história antes da sua chegada à Polônia está envolta em numerosas lendas que traçam a origem do ícone por São Lucas, que pintou em uma mesa de cedro na casa da Sagrada Família.[2] A mesma lenda sustenta que a pintura foi descoberta em Jerusalém em 326 por Santa Helena, que a trouxe de volta para Constantinopla e a apresentou a seu filho Constantino o Grande.[3]
Chegada em Częstochowa
Os documentos mais antigos de Jasna Góra afirmam que a imagem viajou de Constantinopla para a cidade de Belz.[4] Eventualmente entrou na posse de Władysław Opolczyk, duque de Opole, e conselheiro de Luís, o Grande, rei da Polônia e Hungria. Antigas fontes ucranianas afirmam que, a imagem foi levada para Belz com muita cerimônia e honras pelo rei Leão I da Galiza e mais tarde tirado por Władysław do castelo de Belz, quando a cidade foi incorporada ao reino polonês. Uma história popular conta que no final de agosto de 1384, Władysław estava passando em Częstochowa quando seus cavalos se recusaram a continuar. Ele foi avisado em um sonho de deixar o ícone em Jasna Góra.
Os historiadores da arte dizem que a pintura original era um ícone bizantino criado em torno do século VI ou IX. Eles concordam que o príncipe Władysław trouxe para o mosteiro no século XIV.[1]
Aprovações pontifícias
Vários Pontífices reconheceram a imagem:
O Papa Clemente XI foi o primeiro Pontífice a emitir a Coroação Canônica para a imagem em 8 de setembro de 1717.
O Papa Pio X emitiu outra coroação canônica, substituindo as coroas em 22 de maio de 1910.
O Papa João Paulo II emitiu outra coroação como nativa da Polônia, que foi colocada em 26 de agosto de 2005.
Veneração
Por ser padroeira da Polônia, a imagem é venerada em todo o país. Os cristãos ortodoxos também veneram o ícone de Częstochowa, sendo popular na Ucrânia e em alguns lugares da Bielorrússia e da Rússia. Os ucranianos tem uma devoção especial por Nossa Senhora de Częstochowa e é frequentemente mencionado em canções ucranianas dos séculos XVI e XVII.[4]
Melquisedeque ou Melquisedec (em hebraico מַלְכִּי־צֶדֶק / מַלְכִּי־צָדֶק, transl.Malkiy-Tzadeq, "rei da justiça", "rei da paz") é uma personagem bíblica do livro de Gênesis e antigo rei de Salém (Oriente Médio), que interagiu com Abraão no retorno vitorioso da batalha de Sidim.[1] A história atribui-lhe características sobrehumanas e divinas,[2] demonstrado ser pessoa de enorme valor, que instruiu os povos e lhes deu a civilização.
As raras referências a ele na Bíblia, informam que Melquisedeque foi um sábio rei de uma terra chamada Salém e também sacerdote do Deus (Gênesis 14:18). Além de ter características sobrehumanas e divinas,[2] foi comparado a Jesus, quando Deus diz «Tu (Jesus) és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.» (Salmo 110:4) e «Homem (Melquisedeque) sem início de dias ou fim de vida, assemelhando-se ao filho de Deus» (Hebreus 7 7:1-3.)[2][3][4]
Segundo o texto do Pentateuco, Melquisedeque foi o rei da cidade de Salém (que significa "paz"), a qual se acredita ter sido a cidade posteriormente conhecida por Jerusalém.[5]
Melquisedeque teria tido importância no direcionamento de Abraão. Abraão e Melquisedeque seriam, portanto, contemporâneos, de acordo com as narrações bíblicas.
Destaca-se na sua história a ausência de menções (comuns nos registros bíblicos) a seus antepassados. Como se pode interpretar de alguns versos (Hebreus 7:3), Melquisedeque fora um homem sem genealogia, sem filhos ou parentes conhecidos. O lugar onde seu corpo jaz também é ignorado. Estas características, para a teologia, significam que Melquisedeque seria uma figura do próprio Cristo, contudo, não se sabe se isto seria uma espécie de tipologia ou, até mesmo, teofania, que é um termo teológico para quando Deus assume uma forma humana.
Ao nome Melquisedeque pode ainda ser atribuído o significado "Rei de Justiça" em função de ser uma possível junção de mais de uma palavra do idioma hebraico.
Seu nome já foi usado nas denominadas "Índias", que se referiam à atual Etiópia, Índia e Himalaia. Nessas 3 culturas havia referências a um "Rei da Terra", que seria o próprio Melquisedeque.
Cristofania
A associação ou identificação de Melquisedeque com o Messias é anterior ao cristianismo, desenvolvendo-se no messianismo judaico do período do Segundo Templo.
Uma coleção de antigos scripts gnósticos datados do século IV ou anteriores, descobertos em 1945 e conhecidos como a biblioteca de Nag Hammadi, contém um tratado pertencente a Melquisedeque. Aqui é proposto que Melquisedeque é Jesus Cristo. Melquisedeque, como Jesus Cristo, vive, prega, morre e ressuscita, numa perspectiva gnóstica. A Vinda do Filho de Deus Melquisedeque fala de seu retorno para trazer a paz, apoiado por Deus, e ele é um rei-sacerdote que faz justiça.[6]
A associação com Cristo é explicitada pelo autor da Epístola aos Hebreus, onde Melquisedeque o "rei da justiça" e "rei da paz" é explicitamente associado ao "sacerdócio eterno" do Filho de Deus. A interpretação cristológica deste personagem do Antigo Testamento sendo uma prefiguração ou protótipo do Cristo variou entre as denominações cristãs. Os pelagianos viam em Melquisedeque apenas um homem que vivia uma vida perfeita.[7]
A associação tipológica de Jesus Cristo com personagens do Antigo Testamento ocorre frequentemente no Novo Testamento e em escritos cristãos posteriores; assim, Jesus Cristo também está associado a Adão (como o "Novo Adão") e a Abraão. O pão e o vinho oferecidos por Melquisedeque a Abraão foram interpretados pelos pais da igreja, incluindo Clemente de Alexandria, como uma prefiguração da Eucaristia.[8]
Alguns teólogos cristãos acreditam que Melquisedeque teria sido uma aparição do Messias antes de seu nascimento carnal, humano.
No Antigo Testamento há várias menções ao Anjo do SENHOR que muitos acreditam terem sido aparições de Cristo antes de encarnar. No entanto, Melquisedeque poderia ter sido o aspecto terreno da pré-encarnação de Cristo em uma forma corpórea temporária.
Outros teólogos, no entanto, acreditam que Melquisedeque teria sido apenas uma tipologia de Cristo, tratando-se, pois, de um acontecimento ou de um ensinamento que se relaciona com as realizações de Jesus.
Na epístola aos Hebreus, o autor leciona que Melquisedeque não teve nem pai e nem mãe, nem ascendência e nem descendência:
Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; a quem Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também é rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo semelhante ao filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7:1-3)
Na Bíblia, Melquisedeque é referido como sacerdote do Deus Altíssimo em Gênesis 14:18.19, quando traz pão e vinho e recebe de Abrão o dizimo do conquistado, e, abençoando-o, disse: "Bendito sejas Abraão, do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra e bendito seja o Deus Altissimo que entregou teus inimigos em tuas mãos". Referenciado também em Salmos 110.4: "Jurou o Senhor e não se arrependerá: Tu és um Sacerdote Eterno segundo a Ordem de Melquisedeque." Em Hebreus, além do já citado, temos 7:4: "Considerai, pois, quão grande era este a quem até o patriarca Abrão deu os dízimos dos despojos", havendo outras citações e explicações, havendo no 5:11 "Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação, porquanto vos fizestes negligentes para ouvir." o que abre um leque de possibilidades que em principio, considerando-se a afirmação de Paulo, não devem ser consideradas cristofanias.
A hipótese de Sem ter sido apresentado com o nome de Melquisedeque
Falando das gerações de Noé, a Bíblia relata em Gênesis 6:9-10 que o patriarca gerou três filhos varões chamados: Sem, Cam e Jafé. Se esta ordem respeitar a cronologia dos nascimentos, teremos que Sem foi o filho mais velho.
Sabe-se que Sem era mais velho que Jafé como está descrito em Gênesis 10:21 e que Cam era o filho caçula de Noé (Gênesis 9:24), sendo que, nos países orientais, principalmente nos tempos antigos, a primogenitura era uma posição altamente valorizada e, portanto, Sem já era de facto aquele que receberia a bênção de seu pai. (Gn. 9:26-27)
Como se não bastasse, Sem foi contado por merecedor desta bênção também por sua atitude bem aprovada por seu pai, quando seu respeito foi mostrado na ocasião em que Noé havia se embriagado com vinho e tinha ficado nu em sua tenda.
Tem-se que Sem foi quem deu continuidade à liderança de Noé, na Terra. Todo o povo conhecido seria então liderado por Sem, segundo a Bíblia relata:
Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. (Gn 9:27)
Sem foi quem mais teria vivido dentre seus irmãos. Diz a Bíblia em Gn 11:10-11 que Sem era da idade de cem anos quando gerou Arpachade e depois viveu ainda outros quinhentos anos que totalizam uns impressionantes seiscentos anos. Isto significaria tempo de vida suficiente para ver os filhos de seus filhos até a 12ª geração, de modo que Sem pôde ter visto Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, que segundo sua própria antecedência, seriam filhos de Sem. Assim, no mundo da época de Abraão, ainda restaria um homem que teria vivido no Mundo Antigo, antes do Dilúvio, e este homem e Abraão teriam vivido simultaneamente durante cinquenta e oito anos.
Abraão recebeu um chamado de Deus, para sair do meio de sua parentela e ir para uma terra que Deus o mostraria. Abraão habitava em meio de uma terra idólatra que não conhecia o Deus de Noé. Contudo, Abraão obedeceu como quem conhecia a este Deus. Indaga-se assim quem teria ensinado Abraão acerca de Deus e quem seria o homem mais velho e supostamente sábio da Terra. Deste modo, só poderia ter sido Sem.
Segundo Gn 14:18, há evidências de que Abraão conhecia Melquisedeque, que era o rei de Salém e o sacerdote do Deus Altíssimo. (Gn 14:18)
A tese de que Melquisedeque teria sido Sem, busca respaldo no fato de que Abrão não teria sido o primeiro homem na Terra a ter o seu nome mudado por Deus. Indaga-se por que os pais de Melquisedeque teriam antevisto o seu futuro como rei e puseram seu nome de Melquisedeque que significa "Rei de Justiça". Pois se Deus escolheu um homem preparado para liderar um povo remanescente, que não como os outros que novamente estavam arraigados no paganismo, continuava a crer no Deus Altíssimo, logo Melquisedeque seria Sem, por se tratar de um homem experimentado, sábio, conhecedor e acima de tudo líder desde a geração que prosseguiu ao Dilúvio.
Gn 9:26 - "E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem…"
Desde sua mocidade, Sem mostrava temor pelo Deus de seu pai - O Deus Altíssimo.
Assim, esta tese acredita que Sem, possivelmente, teve o seu nome mudado para Melquisedeque, pois seria um Rei de Justiça, assim como Abrão teve o seu nome modificado para Abraão, para ser mais condizente com aquilo que ele seria: Pai de muitas nações.
↑Gareth Lee Cockerill, "The Epistle to the Hebrews", vol. 29 of The New International Commentary on the New Testament. Wm. B. Eerdmans Publishing, 2012, 298f. (fn. 14). Willard M. Swartley, Covenant of Peace, Wm. B. Eerdmans Publishing, 2006, p. 255. Gary Staats, A Christological Commentary on Hebrews (2012), p. 71: "[The writer of Hebrews] is identifying Melchizedek as a king of righteousness and a king of peace. He thus becomes a beautiful type of Jesus Christ who is also the final King of righteousness and the final King of peace."
↑Philip Edgcumbe Hughes, A Commentary on the Epistle to the Hebrews p. 244
↑Jesus Christ is not only typologically linked with the priestly order of Melchizedek, but fulfills and supersedes Melchizedek's person and role" Willard M. Swartley, Covenant of Peace, Wm. B. Eerdmans Publishing, 2006, p. 255f.
Notas
Bibliografia
Barker, Burdick, Stek, Wessel, Youngblood (Eds.). (1995). The New International Version Study Bible. (10th Ann ed). Grand Rapids, MI: Zondervan.
Bright, John. (2000). A History of Israel. (4th ed.). Louisville, KY: Westminster John Knox Press.
DeVaux, Roland. (1997). Ancient Israel. (John McHugh, Trans.) Grand Rapids, MI: Eerdmans.
Freedman, David Noel (Ed.). (2000). Eerdmans Dictionary of the Bible. (pp. 597) Grand Rapids, MI: Eerdmans.
Wood, Millard, Packer, Wiseman, Marshall (Eds.). (1996). New Bible Dictionary (3rd ed.) (pp. 477). Downers Grove, IL: Intervarsity Press.