quinta-feira, 15 de agosto de 2024

SANTO TARCÍSIO - 15 DE AGOSTO DE 2024

 

Tarcísio

São Tarcísio
São Tarcísioescultura de Alexandre Falguière criada em 1868, pertencente ao acervo do Museu d'Orsay
Nascimento01 de fevereiro de 245
Roma
Morte15 de agosto de 257
Roma
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica15 de agosto
PadroeiroMinistros Extraordinário da ComunhãoAcólitosCoroinhas
 Portal dos Santos

    São Tarcísio viveu em Roma por volta do ano 258 da era cristã. A Wikipédia italiana indica como provável que tenha vivido entre 263 e 275 d.C. O pouco que se sabe sobre ele vem da epígrafe em seu túmulo, escrita pelo Papa Dâmaso I, que foi papa no século seguinte ao que Tarcísio viveu. É considerado o padroeiro dos coroinhasacólitos e cerimoniários.

    História

    Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão. Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos. Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura.[1][2]

    Martírio de São Tarcísiopintura de Antony Troncet feita em 1908, pertencente ao acervo do Instituto de Artes de Minneapolis.

    Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar.

    Patronato

    São Tarcísio é o patrono dos coroinhasAcólitos e Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE, no singular e plural).

    É também padroeiro dos operários que sofrem perseguições devido a suas crenças religiosas.

    Festa

    Sua festa é celebrada no dia 15 de agosto de cada ano.

    Como esta data é reservada pelo calendário hagiológico à solenidade da Assunção de Maria, São Tarcísio não é mencionado neste calendário, apenas na Martiriologia Romana.

    Representação na literatura e no cinema

    Sua história foi documentada em dois livros:

    A história de Fabíola foi levado as telas do cinema em 1949 num filme francês dirigido por Alessandro Blasetti.

    A história de São Tarcísio foi filmada no Brasil pelo Pe. Antônio S. Bogaz em 2010 no filme "Pão Divino - a Vida de São Tarcísio". Este filme está disponível em DVD e foi produzido pela TV Século XXI da Associação do Senhor Jesus a cargo do Pe. Eduardo Dougherty.

    Ver também

    Referências

    1.  Padre Evaldo César de Souza. «Santo do dia». Consultado em 24 de agosto de 2016
    2.  «História de São Tarcísio»

    Ligações externas

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    SÃO MORTE - Venerado na América Latina - 15 DE AGOSTO DE 2024

     

    São Morte

    Celebração popular de São Morte no norte da Argentina em 2004

    São Morte (em castelhanoSan La Muerte) é um santo popular venerado no Paraguai, nordeste da Argentina, principalmente na província de Corrientes, mas também em MisionesChaco e Formosa, além do Sul do Brasil, nos estados do ParanáSanta Catarina e Rio Grande do Sul. Como resultado da migração interna na Argentina, desde a década de 1960, a veneração foi estendida à Grande Buenos Aires e para o sistema prisional nacional argentino.

    Descrição

    São Morte é retratado como uma figura esquelética masculina geralmente portando uma foice. Embora a Igreja Católica do México indique a devoção de Santa Morte como uma tradição que mistura paganismo com cristianismo, portanto, contrária à crença cristã de Cristo derrotando a morte, muitos devotos consideram a veneração de São Morte como sendo parte de sua fé católica.

    Embora os rituais e poderes atribuídos sejam muito semelhantes, São Morte não deve ser confundido com a popular Santa Morte, venerada no México e em partes dos Estados Unidos, e normalmente retratada como uma figura feminina.[1]

    Origens

    São Morte ao lado de Gauchito Gil em um evento religioso

    São Morte, assim como Gauchito Gil, é um dos muitos santos populares venerados na região que abrange partes do Paraguai, nordeste da Argentina e sul do Brasil. Outras partes incluem San Biquicho, San Alejo e Santa Catalina. Outras denominações incluem Senhor da Morte, Senhor da Boa Morte, ou, principalmente no Paraguai, São Esqueleto. Acredita-se que foi cultuado primeiramente entre os índios guaranis após a expulsão de seus jesuítas missionários, em 1767, como uma mistura de suas crenças anteriores e a fé católica recentemente importada. Algumas das tribos guaranis adoravam os ossos dos antepassados ​​que exigem proteção contra fenômenos naturais e forças espirituais adversas, que convergiram com a tradição católica de considerar os ossos de santos como relíquias sagradas.[2]

    Culto

    Para os crentes, São Morte existe no contexto da fé católica e é comparável a outros seres puramente sobrenaturais, como arcanjos. A devoção envolve oraçõesrituais e oferendas, que são dadas diretamente ao santo na expectativa do atendimento de solicitações específicas. As ofertas podem incluir sangue, bebidas alcoólicas, velas e outros objetos valiosos. O santo recebe oferendas em troca de favores relacionados a uma ampla gama de problemas pessoais. Pode ajudar a restaurar o amor, saúde e fortuna, proteger os adoradores de feitiçaria, eliminar o mau-olhado e conceder boa sorte em jogos de azar. Além desses poderes, que são comumente atribuídos aos santos populares, em geral, seria capaz de conceder uma série de pedidos que estão ligados ao crime e à violência. Por exemplo, acredita-se que o santo esquelético pode trazer a morte sobre os inimigos de seus devotos, pode impedir as pessoas de serem enviadas para a prisão e ainda encurtar a prisão de detentos, além de ajudar na recuperação de itens roubados e desviados.

    Sua devoção é caracterizada por um código moral que deve ser obedecido. Seus devotos têm numerosas obrigações para com o santo. A comunicação ocorre por meio de orações que são passadas ​​entre os crentes. O culto também se baseia na punição e submissão ao ter concedido um favor ou graça. Quando as graças são concedidas, o santo é recompensado, mas nunca totalmente, de modo a aumentar as chances dele, em breve, estar disposto a conceder outra graça.

    Para a maioria dos devotos, o santo oferece proteção pessoal e intransferível que só será acessível para os outros quando, após a morte do proprietário original, outro adquira a sua escultura. Há também os intermediários, tais como curandeiros e médicos tradicionais que invocam o seu poder, em nome de seus clientes. Em outros casos, São Morte é mantido escondido em casa, estendendo sua proteção a todos os membros da família, sem distinção. Uma série de altares públicos também podem ser encontrados. Eles são executados por devotos que atuam como guardiões de cuidadores. As festas públicas ocorrem em 15 de agosto, dia do santo. Já que não é reconhecido e incluído no calendário de santos da Igreja Católica, a data é contestada e, em alguns casos, é festejada em 13 de agosto.[3]

    Imagem

    A representação varia, mas a figura clássica é a de um esqueleto humano, de pé, com recursos simples, minimalistas. O esqueleto geralmente carrega uma foice, em alguns casos com gotas de sangue na ponta. Outras representações incluem um esqueleto de pé sem uma foice, ou sentado em um caixão.

    Suas esculturas podem ser esculpidas em madeira, ossos, metal (especialmente balas) e, geralmente, se situam entre 3 e 15 centímetros de altura. O aumento dos poderes são atribuídos às esculturas que são criadas a partir de materiais de origem significativa, como a falange do dedo mínimo, um osso de bebê morto, a madeira retirada do caixão de uma pessoa morta, ou um crucifixo que pertencia a alguém falecido recentemente. Outras matérias-primas mais comuns incluem madeira de cedro.[4]

    Segundo os crentes, a escultura, de modo a ser capaz de conceder favores, precisa ser consagrada por um padre católico sete vezes. Se a escultura é esculpida em osso de um homem católico ele só precisa ser consagrado cinco vezes, pois o osso já foi consagrado duas vezes. Para obter esculturas abençoadas, os fiéis recorrem a subterfúgios, tais quais esconder uma imagem debaixo de uma de um santo convencional. Quando um padre abençoa a imagem normal, considera-se que a outra também foi abençoada.[5]

    Além das esculturas que são normalmente mantidas em um altar ou em um lugar fixo em casa, há uma série de formas pessoais do ritual que envolvem representações na forma de amuletos e tatuagens ou no corpo sob a forma de entalhes inseridos sob a pele do fiel. Tatuagens, amuletos e inserções do corpo ofereceriam proteção especial da morte e evitariam lesão corporal e prisão. Entre os devotos, as balas disparadas, de preferência as que tenham ferido ou matado um homem cristão são consideradas matéria-prima mais eficiente para amuletos.

    Correspondência

    Existem semelhanças no cultivo aos exus de Umbanda, no que tange às oferendas, tais quais, uísque, aguardente, charutos, cigarros e comidas. Também há similitude nas imagens. A representação de São Morte sentado assemelha-se muito a Exu Tata Caveira.

    Ver também

    Bibliografia

    • Chesnut, R. Andrew. Devotado à Morte: Santa Muerte, o esqueleto de Saint (Oxford University Press, 2012) ISBN 0199764654

    Ligações externas

    Referências

    1.  K. Freese: "The death Cult of the Drug Lords Mexico's Patron Saint of Crime, Criminals and the Dispossessed Arquivado maio 15, 2014 no WebCite " Foreign Military Studies Office, Fort Leavenworth, KS., 2005
    2.  R. Andrew Chesnut, Devoted to Death: Santa Muerte, the Skeleton Saint (Oxford University Press, 2012).
    3.  M.J. Carozzi and D. Miguez: "Multiple Versions of 'The Fairest of all Saints' in "San La Muerte - Una Voz Extraña", Buenos Aires, 2005
    4.  A. Schinini: "Popular Devotion in Sacred Carvings" in "San La Muerte - Una Voz Extraña", Buenos Aires, 2005
    5.  G. Insarralde: "The body as a m

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