terça-feira, 13 de agosto de 2024

GOIS - MUNICIPIO E VILA PORTUGUESA - 13 DE AGOSTO DE 2024

 

Góis

 Nota: Este artigo é sobre uma vila portuguesa. Para o apelido, veja Góis (sobrenome).
Góis
Ponte Real
Capela do Castelo
Igreja da Misericórdia
Capela de São Sebastião
Praia fluvial no rio Ceira
Parte do Caminho do Xisto das Aldeias de Góis (2020)
Brasão de GóisBandeira de Góis
Localização de Góis
Mapa de Góis
GentílicoGoiense
Área263,30 km²
População3 811 hab. (2021)
Densidade populacional14,5  hab./km²
N.º de freguesias4
Presidente da
câmara municipal
Rui Sampaio
(PSD2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
1516
Região (NUTS II)Centro (Região das Beiras)
Sub-região (NUTS III)Região de Coimbra
DistritoCoimbra
ProvínciaBeira Litoral
OragoSanta Maria Maior
Feriado municipal13 de Agosto (Doação das terras de Góis a Anaia Vestrares)
Código postal3330-310
Sítio oficialwww.cm-gois.pt
Município de Portugal 
Freguesias do município de Góis
Postal antigo da vila de Goes (1910)
Algumas das praias fluviais do concelho de Góis são galardoadas com a Bandeira Azul anualmente

Góis (pronúncia em português: [ˈɡɔj] (escutar)) é uma vila portuguesa do Distrito de Coimbra, na histórica província da Beira Litoral e na antiga região do Centro (Região das Beiras), estando atualmente inserida na sub-região Região de Coimbra (NUT III), com menos de 2000 habitantes,[1] e é banhada pelo rio Ceira, que nasce na Serra do Açor e desagua no rio Mondego.[2] Encontra-se à cota média de 200m[3] na bacia do Ceira, entre a Serra do Rabadão e a Serra do Carvalhal, em plena cordilheira da Serra da Lousã.

É sede do Município de Góis que tem 263,30 km² de área[4] e 3811 habitantes (2021, que representa um decréscimo de -10,7% da população em relação a 2011)[5], espalhados por quatro freguesias: AlvaresCadafaz e Colmeal, Góis e Vila Nova do Ceira.

O município é limitado a norte pelo município de Arganil, a leste por Pampilhosa da Serra, a sudoeste por Pedrógão Grande e por Castanheira de Pera, a oeste pela Lousã e a noroeste por Vila Nova de Poiares. A vila beneficia da proximidade relativa de Coimbra e da proximidade de três eixos rodoviários portugueses como são o IC6, a norte do concelho (liga Coimbra à Covilhã), o IC8 a sul do concelho (estabelece a ligação da Figueira da Foz a Castelo Branco) e a A13 a sul do concelho (estabelece a ligação Coimbra até ao nó da A23 na Atalaia). Dista 40 km de Coimbra, 161 km do Porto e 224 km de Lisboa.

História

A história secular de Góis e das terras ao redor revelam alguns momentos importantes. Há vestígios, nomeadamente a Pedra Letreira - monumento de arte rupestre composto por uma plataforma de xisto rebaixada, imóvel de interesse público - que explica a ocupação humana antes da Carta de Doação de Góis. Na verdade, a área tem vestígios de presença humana desde tempos muito antigos, incluindo a pré-história e o período romano.[6]

Mais tarde, durante a Idade Média, mais precisamente em 13 de agosto de 1114, D. Teresa de Portugal, regente do Condado Portucalense, e o seu filho D. Afonso Henriques doaram os "castelos de Góis e de Bordeiro" a Anaia Vestrares e à sua esposa Ermesinda Martins, com o objetivo de as povoarem e desenvolverem. As terras de Góis eram, basicamente, uma montanha despovoada.[6][7]

A origem do nome Góis - ou Goes - é variada, não se conseguindo ter uma certeza absoluta dela. Pode ter origem do hebraico "Goy Gadol" que significa "Grande nação"; do germânico, do baixo latim gotes significando "montes pedregosos"[8]; do basco 'Goieche', etimologicamente "casa de cima" ou do gótico gauja, via nome germânico Goi-.[9] Pode também querer significar Montanha de Ouro ou Montes dourados.[10][11][12][13][14][15]

Em 1708, relatava o Padre António Carvalho da Costa em seu livro:

Cinco léguas ao Nascente de Coimbra, em um tão profundo vale situado entre as terras do Rabadão e Carvalhal, está fundada a Vila de Góis, banhada pelo Rio Ceira, em cujas correntes se acha bastante ouro e se pescam boas trutas. Mandou-a povoar D. Anião Estrada, fidalgo ilustre natural das Astúrias e companheiro do Conde D. Henrique nas empreitadas do seu tempo. A este D. Anião Estrada deu El-Rey D. Afonso Henriques esta terra pelos anos de 1170 a qual possuiram os seus descendentes com o apelido Góis,[16] onde um deles chamado Vasco Pires Farinha, fundou um grande Morgado, vindo por casamento aos Silveiras, condes de Sortelha, o qual hoje possui D. Luis de Lencastre conde de Vila Nova de Portimão. A esta Vila deu foral El-Rey D. Manuel por sentença da nova Relação em Lisboa a 20 de Maio de 1516. Tem uma Igreja Paroquial dedicada a Nossa Senhora da Assunção, e representa o Vigário da Igreja Matriz no seu termo, duas freguesias sendo uma delas com invocação de Nossa Senhora das Neves, no lugar de Cadafaz com treze aldeias anexas, e a segunda dedicada a S. Sebastião situada no lugar do Colmeal com nove aldeias anexas. Em todo este termo há treze Ermidas com muitas fontes de excelente água.[17]

Seguiram-se como senhores de Góis, Martim Anião, que não teve descendência masculina e a sua irmã Maria herdou o senhorio. Casada com Gonçalo Dias de Góis, acabou este por ser senhor de Góis. Depois vieram Salvador Gonçalves de Góis, filho do anterior, Pedro Salvadores de Góis, filho do anterior e, por fim, em 1290, Vasco Pires Farinha redefine os limites das terras de Góis e assegura a sucessão do senhorio ao seu filho, Gonçalo Vasques de Góis, através de um testamento, consolidando assim o domínio sobre a região.[6]

A primeira carta foral surge em 5 de janeiro de 1314, tendo sido assinada para regular os direitos e deveres dos moradores e do donatário, Gonçalo Vasques de Góis, com o objetivo de fomentar a população, defesa e cultivo das terras. Contudo, só a 20 de maio de 1516, D. Manuel I concedeu uma nova carta de foral a Góis, atualizando as regras e contratos anteriores estabelecidos entre os donatários e os habitantes. É esse documento que conta verdadeiramente para justificar a data de fundação do município.[6][7]

Ainda no mesmo século, a 16 de novembro de 1560, foram criadas as paróquias de Cadafaz e Colmeal, com o consentimento do padroeiro Diogo da Silveira. Cerca de 200 anos depois, a 24 de outubro de 1855, o concelho de Alvares foi extinto, passando a freguesia, ficando incorporada no concelho de Góis, enquanto a freguesia de Portela do Fojo passou a pertencer ao concelho de Pampilhosa da Serra.[6][7]

Pelo Decreto n.º 13833, de 23 de junho de 1927, a freguesia Várzea de Góis passou a chamar-se Vila Nova do Ceira. Anteriormente, tinha sido a freguesia de S. Pedro da Várzea.[6]

Com o fim do Estado Novo, devido à revolução de 25 de Abril de 1974, a democracia instalada permitiu que o poder local fosse reforçado, ganhando mais direitos, mas também mais obrigações. A qualidade de vida dos habitantes do concelho de Góis melhorou significativamente.[6]

Freguesias

O município de Góis está dividido nas seguintes quatro freguesias:

Património

Economia

O concelho, que alberga 190 povoações, é predominantemente silvícola e rural, caracterizando-se por uma agricultura e pastorícia de subsistência, que persistem na atualidade, complementadas com outras atividades económicas. Na zona industrial, encontram-se, por exemplo, fábricas de alumínio, de candeeiros, de mármores e uma serralharia. Góis possui cinco polos industriais localizados nas freguesias de Alvares, Góis e Vila Nova do Ceira.[18]

O concelho de Góis possuí cerca de 1400 indivíduos economicamente ativos, sendo que o setor terciário emprega o maior número de população. Quanto à dimensão das empresas, no concelho predominam as empresas de pequena dimensão, com menos de 10 trabalhadores, representando 98% do tecido empresarial.[18]

Historicamente, entre 1912 e 1992, Góis investiu no fabrico de papel, pela Companhia de Papel de Góis, a maior empresa de que há memória no concelho. A fábrica, cujas ruínas ainda se podem ver, estava sediada na aldeia de Ponte de Sótão.[18]

Gastronomia

A Região de Coimbra recebeu o título "Região Europeia de Gastronomia 2021", uma distinção atribuída pelo Instituto Internacional de Gastronomia, Cultura, Artes e Turismo.[19]

Entre os pratos tradicionais do concelho estão a Sopa de Presunto, a Tibornada, as Trutas à moda do Ceira, o Cabrito do Sinhel, o Bucho Tradicional e as Gamelinhas. Também é usual comer-se Chanfana de Cabra Velha. O azeite, a broa, o queijo, o mel e a castanha são outros alimentos obrigatórios nas mesas desta localidade beirã.[19]

Arte e Cultura

O Ecomuseu Tradições do Xisto de Góis, uma estrutura aberta e ativa sobre as tradições e a cultura serrana, a par com a conservação da natureza, centrado nas Aldeias do Xisto de Góis (Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena) que estão situadas na Serra da Lousã, com uma localização privilegiada, dispondo de fáceis vias de acesso.[20]

Na obra "Caminhos Marianos", da autoria de Marco Daniel Duarte, pode encontrar-se o Caminho VI - Entre Oliveira do Hospital e Penacova, no qual é feita uma referência a Góis, cuja Igreja Matriz é dedicada a Santa Maria, um capítulo com o tema "Sob o patrocínio de Santa Maria: A multissecular cultura erudita e popular" (pp. 127 a 155).[21]

O concelho de Góis, em parceria com a Associação Calçada, a Associação de Municípios da Beira Serra e os municípios de Arganil e da Pampilhosa da Serra, aceitaram fazer parte, em 1999, do projecto "Campo Stella", um projeto de cariz religioso, associado aos Caminhos de Santiago de Compostela. Contudo, o trabalho apresentado no seu todo não foi executado, subsistindo exclusivamente a simbologia adotada, como memória da sua missão, que no caso de Góis é apenas a "Espada" ou "Cruz".[22]

O jornal O Varzeense, quinzenário católico e regionalista de Vila Nova do Ceira, é atualmente o único veículo de comunicação social de todo o concelho. Com direção editorial a cargo do padre Orlando José Guerra Henriques, o periódico, fundado a 15 de março de 1963, chega à população, maioritariamente, por assinatura e através do envio pelo correio.[23]

Turismo

Atravessado pelo rio Ceira, delimitado e separado da Beira Serra Interior, pela Serra da Lousã e pela Serra do Açor, o concelho de Góis está incluído na área designada por Zona Serrana, a mais interiorizada da Beira Litoral, cobrindo 39% da área rural do distrito de Coimbra, onde predominam as grandes altitudes, encostas extensas e muito declivosas.[18]

A praia fluvial Peneda - Pêgo Escuro ostenta Bandeira Azul há diversos anos, inclusive para 2024. Anteriormente, a outra muito frequentada praia do concelho - Canaveias - tem vindo a receber o prémio no passado, mas, atualmente, e apesar de ter outras distinções como “Praia Acessível – Praia para Todos!” ou “Qualidade de Ouro”, não a tem hasteada. Por último, a Praia Fluvial de Alvares foi candidata, pela primeira vez, ao galardão Bandeira Azul para 2024, mas não conseguiu conquistá-lo.[24][25]

O Góis Moto Clube organiza, durante o mês de agosto e há mais de 30 anos, uma das maiores concentrações motards do país, no Parque Natural de MotoTurismo.[26]

A rota da mítica Estrada Nacional 2 (EN 2), que atravessa Portugal de Norte a Sul e é considerada a estrada de maior extensão do país, com início em Chaves, no km 0, e término em Faro, no km 738,5, corta o concelho de Góis ao meio, com o início do troço ao km 262 em Vila Nova do Ceira e o seu final ao km 308 no Amioso Fundeiro. Uma curiosidade: o ponto médio da EN2 - marco 300 - localiza-se na freguesia de Alvares.[27]

Miradouros com baloiços e locais de selfies é outra das coisas que podem ser encontradas no concelho de Góis. O Baloiço do Castelo, localizado em plena Vila de Góis, no parque do Castelo, apresenta uma vista magnífica sobre o Centro Histórico da Vila. O Baloiço dos Penedos, rodeado pelo imenso verde serrano, está nos Penedos de Góis, escarpados. O Miradouro da EN2, datado de 1941, onde se pode apreciar a vila de Góis e, por fim, o Naturally Góis, localizado no Rabadão, em plena comunhão com a natureza.[28][29]

Em 2022, abriram ao público os Passadiços do Cerro da Candosa, um percurso de aproximadamente 1,2 km (ida e volta) que percorre um dos locais mais enigmáticos de Vila Nova do Ceira. As fragas quartzíticas onde se ergue a Capela de Nossa Senhora da Candosa integram a crista que atravessa toda a região e se estende entre os Penedos de Góis e a Serra do Buçaco.[30] O concelho possuí ainda os Passadiços da Peneda que partem daquela praia fluvial, no centro da sede do concelho, e sobe ao longo rio Ceira.

A vila tem parque de campismo municipal desde 1994 que foi concessionado à empresa Trans Serrano em 2015, passando a designar-se “Góis Camping”. Tem capacidade para cerca de 350 pessoas e, nas suas infraestruturas, conta com uma estação de serviço para autocaravanas.[31]

Góis é um concelho de tradições com a celebração dos Santos Populares como o Santo António (13 de junho) e São João (24 de junho), mas também a celebrar o dia de Todos os Santos (1 de novembro) com a Feira dos Santos, do Mel e da Castanha e, ainda, no Carnaval. Nas Aldeias do Xisto que se situam no concelho acontece a tradicional Corrida do Entrudo, com os foliões trajados a rigor a fazer diabruras pelas aldeias, ocultos pela Máscara de Cortiça, imagem de marca do Entrudo de Góis.[32]

Política

Eleições autárquicas[33]

Data%V%V%V%V%V%V%VParticipação
PSPPD/PSDCDS-PPFEPU/APU/CDUPRDINDPSD-CDS
197645,66326,10117,5613,12-
45,79 / 100,00
197935,84253,1635,81-
62,92 / 100,00
198242,66340,1829,61-2,46-
67,78 / 100,00
198557,83336,5821,30-
69,79 / 100,00
198948,38338,5421,85-7,41-
68,31 / 100,00
199351,11342,4521,74-
70,81 / 100,00
199767,11425,7611,38-0,82-
69,89 / 100,00
200156,19336,9820,98-1,90-
72,47 / 100,00
200555,16336,2821,03-2,17-
69,27 / 100,00
200951,45343,5521,10-
73,02 / 100,00
201347,3733,13-1,14-42,072
70,21 / 100,00
201736,062CDS-PPPPD/PSD0,69-30,88229,101
75,71 / 100,00
202118,66140,4122,41-3,01-32,272
73,41 / 100,00

Eleições legislativas

Ano%
PSPSDCDSPCPUDPADAPU/

CDU

FRSPRDPSNB.E.PANPSD
CDS
LCHIL
197634,3129,2215,002,340,91
197933,77ADADAPU0,8649,774,01
1980FRS0,4055,033,0731,84
198348,3330,6211,760,633,18
198539,0831,789,680,753,109,02
198732,1653,004,44CDU0,261,981,32
199129,7559,712,501,360,721,29
199550,5841,083,180,440,850,16
199953,9235,403,351,450,85
200244,3744,474,531,881,12
200551,6334,594,051,652,97
200943,8135,515,072,277,34
201136,5843,376,082,393,060,76
201540,08CDSPSD2,966,290,5541,400,32
201944,0729,712,191,899,122,090,751,000,60
2022[34]46,8535,611,191,334,150,910,813,571,67
2024[35]36,28ADAD33,571,804,101,310,9913,792,25

Evolução da população do município

De acordo com os dados do INE, o distrito de Coimbra registou em 2021 um decréscimo populacional na ordem dos 5,0% relativamente aos resultados do censo de 2011. No concelho de Góis esse decréscimo rondou os 10,5%.

Número de habitantes[36]
1864187818901900191119201930194019501960197019811991200120112021
10 30511 24510 89511 89112 97412 61612 23012 48811 1039 7446 9556 4345 3724 8614 2603 811

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram)

Número de habitantes por grupo rtário[37]
1900191119201930194019501960197019811991200120112021
0-14 Anos4 0344 3274 0654 2033 8903 1432 5001 4951 240840580467316
15-24 Anos1 7952 2182 1272 2122 1431 8421 454835798587551354314
25-64 Anos4 6745 0315 1194 9775 0744 8314 4423 1402 8642 3852 1751 9891 743
= ou > 65 Anos9908789501 0161 0631 2071 3481 2351 5321 5601 5551 4501 438

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Goienses ilustres

  • António Alberto Torres Garcia
  • António Francisco Barata - escritor e ex-director da Biblioteca de Évora
  • Horácio Nogueira - padre e escritor
  • Anselmo dos Santos Ferreira, conhecido por “Elmanso Beirão” - poeta
  • Mário Nogueira Ramos - advogado e antigo presidente da Câmara Municipal de Góis
  • António Simões Lopes - economista
  • António Fernandes de Almeida Júnior - preso político do Estado Novo

Geminações

A vila de Góis é geminada com as seguintes cidades:

Ver também

Lista de percursos pedestres de pequena rota:

Referências

  1.  INE (2013). Anuário Estatístico da Região Centro 2012. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 30. ISBN 978-989-25-0217-5ISSN 0872-5055. Consultado em 5 de maio de 2014
  2.  Câmara Municipal de Góis-Território
  3.  «Mapa topográfico Góis»pt-br.topographic-map.com. Consultado em 4 de julho de 2024
  4.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  5.  «Censo 2021 - resultados preliminares». INE. Consultado em 31 de julho de 2021
  6. ↑ Ir para:a b c d e f g «Alguns momentos no tempo que marcaram a nossa história»cm-gois.pt. Consultado em 24 de junho de 2024
  7. ↑ Ir para:a b c «Diccionario geografico, ou Noticia historica de todas as cidades, villas, lugares e aldeas ... dos reynos de Portugal e Algarve, ... - Luiz Cardoso na Regia Officina Sylviana, e da Academia Real, 1747 - 754 páginas»books.google.pt. Consultado em 26 de junho de 2024
  8.  «Góis»Dicionários Porto EditoraInfopédia
  9.  «Outra vez Góis - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa»ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 5 de julho de 2023
  10.  https://acervojudaico.com.br/sobrenome-gois-goes-gois-goes/
  11.  https://ia902603.us.archive.org/24/items/catalogo-l-730-pt-tt-ccssg-v-1-2016-2/Catalogo-L-730-PT-TT-CCSSG-v1_2016%20%282%29.pdf
  12.  https://forebears.io/pt/surnames/goes
  13.  https://uolpress.com.br/sobrenome-gois-goes-origem-historia-e-sua-relacao-com-a-comunidade-judaica/
  14.  https://folhamidia.com.br/a-historia-do-sobrenome-gois-as-montanha-de-ouro-e-o-legado-de-d-aniao-de-estrada/
  15.  https://sobrenomes.genera.com.br/sobrenomes/goes-gois-gois/#:~:text=G%C3%B3is%20(ou%20G%C3%B3es)%20%C3%A9%20um,designaria%20caminho%2C%20distrito%20ou%20comarca.
  16.  Nobiliarquia Portuguesa - fol.18 - refere que os fidalgos tomavam os apelidos das mesmas terras de que eram Senhores - Tal como referido em Corografia portugueza e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal - Autor P. António Carvalho da Costa - MDCCVIII - 1708 - Tomo II - Oferecido a D. João V - pag. 46. Oficina Valentim da Costa Deslandes
  17.  Corografia portugueza e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal - Autor P. António Carvalho da Costa - MDCCVIII - 1708 - Tomo II - Oferecido a D. João V - pag. 49 e 50. Oficina Valentim da Costa Deslandes
  18. ↑ Ir para:a b c d «Plano Diretor Municipal de Góis» (PDF)cm-gois.pt. Consultado em 3 de julho de 2024
  19. ↑ Ir para:a b «Região Europeia de Gastronomia 2021»tastecoimbraregion.pt. Consultado em 24 de junho de 2024
  20.  «Ecomuseu das Tradições do Xisto»aldeiasdoxisto.pt. Consultado em 24 de junho de 2024
  21.  «O culto Mariano em Portugal»cm-gois.pt. Consultado em 24 de junho de 2024
  22.  «Espada ou Cruz de Santiago: Projeto «Campo Stella»»cm-gois.pt. Consultado em 24 de junho de 2024
  23.  «Classificação da publicação "O Varzeense" - ERC»erc.pt. Consultado em 24 de junho de 2024
  24.  «Nem tanto ao Rio nem tanto à Serra»cm-gois.pt. Consultado em 24 de junho de 2024
  25.  «Góis»bandeiraazul.abaae.pt. Consultado em 24 de junho de 2024
  26.  «Tudo o que já se sabe sobre a 30.ª Concentração Internacional de Motos de Góis»newincoimbra.nit.pt. 6 de agosto de 2023
  27.  «Há um novo spot de paragem obrigatória na Estrada Nacional 2 em Góis»newincoimbra.nit.pt. Consultado em 15 de julho de 2023
  28.  «Baloiço dos Penedos»baloicosdeportugal.pt. Consultado em 15 de julho de 2023
  29.  «Naturally Góis»cm-gois.pt. Consultado em 15 de julho de 2023
  30.  «Vila Nova do Ceira: Os passadiços no espectacular Cerro da Candosa»viagens.sapo.pt. Consultado em 13 de março de 2024
  31.  «Sobre Nós»goiscamping.com. Consultado em 24 de junho de 2024
  32.  «Góis, o que visitar: Roteiro com o que ver e fazer e dicas de alojamento»vagamundos.pt. Consultado em 24 de junho de 2024
  33.  «Concelho de Góis : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media»www.marktest.com. Consultado em 15 de dezembro de 2021
  34.  «Eleições Legislativas 2022 - Góis»legislativas2022.mai.gov.pt. Consultado em 1 de dezembro de 2023
  35.  «Eleições Legislativas 2024 - Góis»legislativas2024.mai.gov.pt. Consultado em 13 de junho de 2024
  36.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  37.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  38.  «Lei n.º 13.018 de 6 de julho de 2000»legislacao.prefeitura.sp.gov.br. Consultado em 19 de junho de 2024
  39.  «O concello de Oroso e a Cámara Municipal de Góis profundizan no seu irmandamento incluíndo un intercambio cultural para mozos»oroso.gal. Consultado em 4 de março de 2024

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RADEGUNDA - 13 DE AGOSTO DE 2024

 

Radegunda

Santa Radegunda
Estátua de Santa Radegunda por Louis Desprez na Igreja de São Germano de Auxerre, em Paris.
Rainha de Soissons
Nascimentoc. 518
ErfurtTuríngiaAlemanha
Morte13 de agosto de 587 (69 anos)
PoitiersFrança
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Ortodoxa
Principal temploIgreja de Santa RadegundaPoitiers
Festa litúrgica13 de agosto
PadroeiraJesus CollegeUniversidade de Cambridge
 Portal dos Santos

Radegunda (em francêsRadegondeErfurt518 — Poitiers13 de agosto de 587) foi esposa do rei da dinastia merovíngia Clotário I e e tornou-se rainha do reino franco de Soissons. Empenhou-se na difusão do cristianismo a seus súditos e fundou igrejas e monastérios onde esteve presente. Veio a ser venerada como santa da Igreja Católica.

Biografia

Era filha do rei da Turíngia, Bertacário, e de sua esposa de nome desconhecido. Quando os reis francos Teodorico I e Clotário I conquistaram a Turíngia em 531, Radegunda foi presa por Clotário em Nêustria com outros prisioneiros e companheiros. Foi um dia à corte de Soissons e, quando o rei viu sua beleza, decidiu torná-la sua esposa, enviando-a a Athies para receber uma educação digna de uma rainha.

Radegunda decidiu entregar-se à vontade do rei e, relutante, casou-se com ele em 540. O matrimônio, devido a brutalidade do marido, foi demasiadamente infeliz e acabou definitivamente quando Clotário resolveu matar Clotacário, o único sobrevivente da família de Radegunda. Ela decidiu abandonar o marido (com autorização dele) e consagrar-se a Deus.

Representação da rainha de 1836.

Recebeu o título de diaconisa de São Medardo e ingressou no monastério de Tours (onde encontrou sua companheira, Santa Clotilde); transferiu-se para Saix, onde se dedicou à assistência dos leprosos. Em Poitiers, fundou seu próprio mosteiro, adotando a regra para mosteiros femininos de Cesário de Arles, tendo sido escolhida como abadessa uma pessoa de sua confiança, a monja Agnes.

Por volta de 570, obteve do rei Sigeberto autorização para adquirir em Constantinopla relíquias da Vera Cruz, o que provocou a ira do bispo de Poitiers, Meroveu. Este, como guardião do culto de Santo Hilário de Poitiers, provavelmente temia a concorrência da relíquia vinda do Oriente: um fragmento da cruz de Cristo era uma peça com potencial suficiente para ofuscar o culto do confessor Hilário, reduzindo com isso a importância do bispo local. Meroveu recusou-se a presidir a entronização da nova relíquia. A cerimônia foi então conduzida pelo bispo de Tours, Santo Eufrônio (556 - 573), mediante autorização de Sigeberto.

Em 587, a santa morreu e foi enterrada na Igreja de Santa Maria Extramuros, mais tarde renomeada para Igreja de Santa Radegunda, em Poitiers. Meroveu, sob o pretexto de estar em visita a uma de suas paróquias, não celebrou a missa solene nos funerais. A incumbência mais uma vez coube ao bispo de Tours, agora na pessoa de Gregório. Até então o mosteiro funcionara quase que independentemente da diocese de Poitiers, reportando-se diretamente ao rei franco que tinha jurisdição sobre a cidade. Mas, após a morte de Radegunda, a abadessa solicitou a proteção do bispo. Meroveu obteve autorização por escrito do rei Quildeberto para manter o mosteiro sob sua supervisão direta.

Recebeu honrosamente a dedicação, por Gregório de Tours, de uma página na Historia Francorum.

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