sexta-feira, 9 de agosto de 2024

CEFERINO (ZEFERINO) GIMENEZ MALLA - 9 DE AGOSTO DE 2024

 

Ceferino Giménez Malla

Beato Ceferino Giménez Malla
Ceferino Giménez Malla entre 1910 e 1920
Nascimento26 de agosto de 1861
Fraga, Província de Huesca, Espanha
Morte9 de agosto de 1936 (com 74 anos)
Beatificação4 de maio de 1997
por Papa João Paulo II
PadroeiroPovo cigano
 Portal dos Santos

Ceferino Giménez Malla (também conhecido como El Pelé, "o Forte" ou "O Valente"; 26 de agosto de 1861 - 9 de agosto de 1936) foi um romani espanhol, catequista católico romano e ativista pelas causas romani espanholas, considerado o santo padroeiro do povo Romani no catolicismo romano. Vítima das milícias republicanas espanholas durante a Guerra Civil, Ceferino Giménez Malla foi beatificado em 4 de maio de 1997.

Biografia

Giménez Malla é filho de Juan Jiménez e Josefa Malla, uma família católica romani, em Benavent de Segriá, Lleida ou em Alcolea de Cinca, Espanha. As fontes diferem quanto a se o ano foi 1861 ou 1865.[1] Ele foi batizado em Fragaprovíncia de Huesca.[2] Seu pai era comerciante de gado. A família costumava passar o inverno em fazendas em lugares que os fazendeiros reservavam para eles, ou então alugavam uma cabana por alguns meses. Ceferino costumava passar fome. Acompanhando seu pai, ele tornou-se familiarizado em catalão e também em romani. Por volta de 1880 seu pai abandonou a família e eles foram para Barbastro, onde seu tio ensinou Ceferino a tecer cestos de vime. Por volta dos vinte anos, ele se casou com Teresa Jiménez Castro de acordo com uma cerimônia tradicional dos Roma. Eles foram casados e felizes por quarenta anos.[3] Eles não tinham filhos, mas cuidavam de seus irmãos e irmãs mais novos. Por volta de 1909, eles adotaram a sobrinha órfã de Teresa, Pepita. Em 1912, Giménez Malla e sua esposa Teresa solenizaram seu casamento em uma cerimônia católica e compraram uma casa na cidade de Barbastro, em Huescan. Teresa morreu em 1922.

Conhecido por sua honestidade, Ceferino tornou-se uma espécie de líder na comunidade cigana de Barbastro e arredores. As pessoas o procurariam em busca de conselhos e para mediar brigas familiares. Ele também resolveu disputas entre Romani e espanhóis.[4]

Um dia, um proprietário de terras local, com tuberculose, desmaiou na rua. Indiferente ao perigo de contágio, Malla colocou o homem nos ombros e carregou-o para casa. A grata família o recompensou com uma quantia suficiente para começar um negócio de compra e venda de mulas excedentes de que o exército francês não mais precisava após a Primeira Guerra Mundial.[3] Ferramentas com as quais ele limpava ferraduras para mulas e burros foram doadas pelos filho do amigo de Ceferino, Ferruchón, para o Museu dos Mártires de Barbastro. Ceferino era tão generoso com os pobres e necessitados quanto era bem-sucedido. Diz-se que muitas vezes emprestava dinheiro aos ciganos pobres e também permitia que retirassem dos estábulos os animais de que mais gostavam. Eles poderiam pagar suas dívidas quando os vendessem ou no final de seu trabalho sazonal quando tivessem condições financeiras para fazê-lo. De acordo com a tradição Romani, ele também costumava alimentar crianças pobres.

Giménez Malla é descrito como um homem agradável, bem-humorado, alto e magro, cuidadosamente vestido e de aparência distinta. Embora analfabeto, após a morte de sua esposa, Giménez Malla iniciou uma carreira como catequista sob a orientação de um padre-professor, Dom Nicolau Santos de Otto, ensinando crianças romani e espanholas. Ele tinha o dom de catequizar crianças, contando-lhes histórias. Tornou-se membro da Ordem Terceira Franciscana,[5] da Sociedade de São Vicente de Paulo e participou da Adoração Eucarística na quinta-feira à noite.[2]

Em julho de 1936, durante a Guerra Civil Espanhola, Giménez Malla tentou defender um padre católico de milicianos republicanos. Ambos foram presos e encarcerados em um antigo mosteiro capuchinho, convertido em uma prisão de guerra.[6] Um conhecido o avisou que provavelmente seria solto se desistisse de seu rosário, mas ele recusou. Uma lenda Romani conta que os soldados perguntaram-lhe se tinha armas e que ele respondeu: "Sim, e aqui está", enquanto exibia o seu rosário. Em 9 de agosto, Giménez Malla e outros foram levados de caminhão a um cemitério e fuzilados. Ele teria morrido segurando o rosário nas mãos e gritando: "Viva Cristo Rei !".[5] Ele foi enterrado em uma vala comum; seu corpo nunca foi encontrado.

Veneração

Em 4 de maio de 1997 Ceferino Giménez Malla foi beatificado pelo Papa João Paulo II que disse que Malla "soube semear harmonia e solidariedade entre os seus, também mediando conflitos que às vezes turvam a relação entre não-ciganos e ciganos, mostrando o amor de Cristo sabe sem fronteiras de raça ou cultura."[2]

Aproximadamente 3.000 Romanis participaram da cerimônia de beatificação em Roma, alguns viajando de lugares distantes como a Eslováquia e o Brasil.[6] Ele é o primeiro cigano beatificado.

Referências

Leitura adicional

Ligações externas

SÃO MATIAS - APÓSTOLO - 9 DE AGOSTO DE 2024

 

Matias (apóstolo)

 Nota: "São Matias" redireciona para este artigo. Para outros santos de mesmo nome, veja São Matias (desambiguação).
Matias, o Apóstolo
Estátua em Wehr
Apóstolo e Mártir
Nascimentoséculo I
Judeia
Morteca. 80
Veneração porIgrejas de Sucessão Apostólica
Festa litúrgica14 de maio
AtribuiçõesMachado
 Portal dos Santos
Seu santuário em Pádua.

São Matias ou Matias Apóstolo foi, segundo a Bíblia, o discípulo escolhido para ocupar o lugar que Judas Iscariotes abandonou para viver seu destino.

Relato bíblico

Martírio do Apóstolo São Mateus, de Jan de Beer.

Conforme o relato da Bíblia, logo no capítulo inicial dos Actos dos Apóstolos, após a morte, ressurreição e ascensão de Jesus ao céu, o apóstolo Pedro, observou que o Rei David escrevera no Salmo 109:8 (segundo apresentado nas seguintes traduções):

"Tome outro o seu bispado" - Novo Testamento, Salmos e Provérbios da Sociedade Bíblica do Brasil
"Seja a sua vida curta, e outro ocupe o seu lugar." - Nova Versão Internacional

Pedro aplicou esta declaração das Escrituras Hebraicas à necessidade de substituir Judas que se havia tornado traidor. Assim, propôs aos aproximadamente cento e vinte discípulos reunidos que a vaga fosse preenchida. A congregação referiu os nomes de José Barsabás e Matias como hipóteses para a escolha. Depois de orarem em conjunto, lançaram sortes e Matias foi escolhido. Esta ocorrência, apenas poucos dias antes do derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes do ano 30 ou 33 d.C., consoante as opiniões de alguns estudiosos, foi a última ocasião mencionada na Bíblia em que se recorreu a sortes para se saber a escolha de Deus num determinado assunto.

Segundo as palavras de Pedro registadas em Actos 1:21, 22, Matias havia sido seguidor de Jesus durante os três anos e meio do seu ministério e havia estado intimamente associado com os apóstolos. Provavelmente era um dos setenta discípulos ou evangelistas que Jesus enviou para pregar, segundo o relato de Lucas 10:1. Após a sua escolha, ele foi "contado com os onze apóstolos" pela congregação e quando o livro de Actos logo depois fala dos "apóstolos" ou dos "doze", isso incluía Matias.

Outras referências históricas

De acordo com Nicéforo[1], Matias primeiro pregou o Evangelho na Judeia, seguindo para a Etiópia e, posteriormente, se dirigiu para região da Cólquida (agora conhecida como Geórgia Caucasiana), onde foi crucificado. Um marco localizado nas ruínas da fortaleza romana de Gônio, atual Apsaros, nas modernas regiões georgianas de Adjara indicam que Matias estará sepultado naquele lugar.

A "Sinopse" de Doroteu de Tiro contém esta tradição:

"Matthias in interiore Æthiopia, ubi Hyssus maris portus et Phasis fluvius est, hominibus barbaris et carnivoris praedicavit Evangelium. Mortuus est autem in Sebastopoli, ibique prope templum Solis sepultus."

Cuja tradução é:

"Matias esteve na Etiópia, onde o Porto Marítimo de Hisso e o Rio Fásis estão. Faleceu em Sebastópolis e está sepultado aqui, próximo ao Templo do Sol."

Um trecho dos Atos Coptas de André e Matias localiza sua atividade similarmente na "Cidade dos Canibais", na Etiópia. Alternativamente, outra tradição, menos confiável, menciona que Matias foi enterrado em Jerusalém pelos judeus, onde teria sido decapitado [2].

Já a tradição, narrada por Hipólito de Roma, informa que Matias teria morrido em idade avançada em Jerusalém.

Ver também

Referências

  1.  Historia eccl., 2, 40
  2.  Tillemont, Mémoires pour servir à l'histoire ecclesiastique des six premiers siècles, I, 406-7

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