segunda-feira, 29 de julho de 2024

PAPA URBANO II - WIKIPEDIA - 29 DE JULHO DE 2024

 

Papa Urbano II

Urbano II
Beato da Igreja Católica
159° Papa da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
OrdemOrdem de São Bento
DioceseDiocese de Roma
Eleição12 de março de 1088
Entronização12 de março de 1088
Fim do pontificado29 de julho de 1099
(11 anos, 139 dias)
PredecessorVítor III
SucessorPascoal II
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral1068?
Ordenação episcopal20 de julho de 1085
Nomeado arcebispo12 de março de 1088
Cardinalato
Criação1073
por Papa Gregório VII
OrdemCardeal-bispo
TítuloÓstia
ConsistórioConsistórios de Urbano II
Santificação
Beatificação14 de julho de 1881
RomaItália
por Papa Leão XIII
Festa litúrgica29 de julho
Dados pessoais
NascimentoChâtillon-sur-MarneFrança
1042
MorteRomaItália
29 de julho de 1099 (57 anos)
Nacionalidadefrancês
Nome de nascimentoOto de Chantillon
SepulturaBasílica de São Pedro
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de papas

Papa Urbano II, nascido Oto de Chantillon, (Châtillon-sur-Marne1042 — Roma29 de julho de 1099) foi o 159º Papa da Igreja Católica e o seu pontificado decorreu entre 1088 e 1099. Era monge beneditino da Abadia de Cluny.[1][2]

É conhecido por predicar a Primeira Cruzada no Oriente Próximo, embora tenha morrido antes da culminação desta com a tomada de Jerusalém.[3] Também estabeleceu a Cúria Romana na sua forma atual.

Primeiros anos

Destacou-se como um dos mais firmes defensores da reforma gregoriana, tendo entrado em conflito com Henrique IV, Sacro Imperador Romano-Germânico, que o mandou encarcerar durante um breve período de tempo.

Destacado para a Saxónia em 1085, encarregou-se de que a maioria das sedes fosse ocupada por clérigos partidários do Papa Gregório VII.

Já nessa altura começou a ser considerado como um dos possíveis sucessores de Gregório VII, embora à morte deste, em 1086, o eleito para lhe suceder tenha sido Desidério, abade de Montecassino, que dirigiu a Igreja de Roma sob o nome de Vítor III durante dois anos e com quem Oto de Lagery se tinha confrontado a princípio. Finalmente, Oto foi eleito Papa por unanimidade em 1088, depois de um pequeno concílio celebrado em Terracina, uma região montanhosa situada a pouca distância de Roma. Diz-se que tanto Gregório VII como Vítor III, com quem se tinha reconciliado, o propuseram como sucessor antes de morrerem. Na sua proclamação tomou o nome de Urbano II.

As cruzadas

Papa Urbano II apela às cruzadas.

No Concílio de Clermont-Ferrand (1095) Urbano II convocou os cristãos a uma guerra contra os muçulmanos, a fim de reconquistar Jerusalém. Iniciaram-se assim as cruzadas, expedições militares que partiam da Europa cristã a fim de combater os muçulmanos no Oriente.[3]

Os participantes consideravam-se "marcados pelo sinal da cruz" e bordavam a cruz na roupa.

Essas expedições ocorreram por vários motivos:

  • Libertar os cristãos sob o poder dos turcos seljúcidas;
  • Liberar o caminho para peregrinações a Terra Santa que havia sido bloqueado pelos referidos turcos;
  • Fazer frente aos planos dos turcos os quais planejavam conquistar a Europa (esta conquista iniciou-se com a queda de Constantinopla em 1453);
  • indulgência plenária, concedida pelo Papa;
  • O desejo de melhorar a vida. Na Europa a população crescia, e a produção de alimentos não atendia a necessidade de todo povo;
  • Obter riqueza no Oriente. Havia muitos nobres sem terras, pois na época a herança cabia somente ao irmão mais velho (ou ao mais novo em algumas regiões);
  • Os mercadores europeus queriam aumentar o comércio com o Oriente e obter privilégios nas cidades conquistadas pelos cruzados;
  • Papado e seus aliados na Reforma gregoriana, esperavam unir de novo todos os cristãos, pois a Cristandade, desde o Grande Cisma do Oriente, tinha passado a estar dividida em igreja do ocidente e igrejas do oriente;
  • O Papa esperava socorrer os maronitas, que eram católicos e que estavam a ser brutalmente perseguidos onde estavam isolados, no monte Maron, no Líbano, desde a invasão turca.

A cristianização da Sicília e da Campânia

Quase tão ambiciosa como a proclamação da Primeira Cruzada a Oriente foi a política de Urbano II de cristianizar o sul da Península Itálica e da Sicília. Esta cristianização não foi precisamente tal na realidade, já que a maioria dos habitantes destas regiões já eram cristãos, se bem que não reconhecessem o Patriarca de Roma mas o Patriarca de Constantinopla e seguiam o rito grego em vez do latino. Na Sicília, depois de vários séculos de domínio muçulmano até à conquista pelos normandos em 1061, existia também uma pequena comunidade islâmica.

O processo consistiu sobretudo numa substituição da influência da Igreja Ortodoxa na zona pela Igreja Romana, objetivo que Urbano II conseguiu graças às suas boas relações com os normandos que administravam essas terras.

Referências

  1.  «Veja a lista de todos os Papas da história». G1. 11 de fevereiro de 2013. Consultado em 14 de agosto de 2019
  2.  Infopédia. «Artigo de apoio Infopédia - Urbano II»Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 14 de agosto de 2019
  3. ↑ Ir para:a b «Primeira Cruzada»Mundo Educação. Consultado em 14 de agosto de 2019
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Precedido por
Vítor III

Papa

159.º
Sucedido por
Pascoal II

SÃO SULIEN, (SULIAN ou SILIN) - WIKIPEDIA - 29 DE JULHO DE 2024

 

Sulien

São SulienSulian, ou Silin foi um suposto abade do século VI, fundador de um mosteiro em Luxulyan, na Cornualha. Sua festa é 29 de julho.

Ali, foi provavelmente algum de outros santos celtas cristãos com o mesmo nome (ou similar), e uma variante disso é também usada, como um pseudônimo de São Tisílio (ver abaixo).

Etymologia

Sulien é uma variante galesa de um nome dito ser "Julian", mas foi interpretado como sendo derivado do galês sul, que significa "sol" + geni, que significa "nascido", sendo então Sulien o nome de uma deidade solar celta.[1]

Outros São Suliens

Há uma certa confusão entre diferentes lendas de santos celtas com o nome Sulien (em uma variedade de pronúncias). Os três mais frequentemente encontrados são:

Os dois primeiros, que se originam de estados celtas, de modo geral, em contexto histórico similar, devem ser a mesma pessoa. Contudo, o fato que separa os dias festivos que têm sido atribuído a eles na Antiguidade é uma forte evidência que eles são pessoas diferentes, e que eles foram de fato, três santos celtas diferentes com o mesmo nome (ou similar).

Referências

  1.  Doble, G. H. (1970) The Saints of Cornwall: part 5. Truro: Dean and Chapter, 1970, pp. 104-126

Fontes

  • "Saint Sulian: founder of Luxulyan church (?)" in: G. H. DobleThe Saints of Cornwall; part 5: Saints of Mid-Cornwall. Truro: Dean and Chapter, 1970, pp. 104–126

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