domingo, 21 de julho de 2024

ERNEST HEMINGWAY - ESCRITOR - NASCEU EM 1899

 

Ernest Hemingway

Ernest Hemingway
Ernest Hemingway trabalhando no livro Por Quem os Sinos Dobram em Sun ValleyIdaho, em dezembro de 1939
Nome completoErnest Miller Hemingway
Nascimento21 de julho de 1899
Oak Park, em IllinoisEstados Unidos
Morte2 de julho de 1961 (61 anos)
Ketchum, em IdahoEstados Unidos
Causa da morteSuicídio com arma de fogo
ParentescoMariel Hemingway (neta), Margaux Hemingway (neta)
CônjugeElizabeth Hadley Richardson (1921–1927)

Pauline Pfeiffer (1927–1940)
Martha Gellhorn (1940–1945)
Mary Welsh Hemingway (1946–1961)

Ocupaçãoescritor
Principais trabalhosThe Sun Also Rises
For Whom the Bell Tolls
The Old Man and the Sea
PrêmiosPrémio Pulitzer de Ficção (1953)

Nobel de Literatura (1954)

Gênero literárioromancecontos
Magnum opusPor Quem os Sinos Dobram
Assinatura
Mesa do escritor em Key West, na Flórida

Ernest Miller Hemingway (Oak Park21 de julho de 1899 — Ketchum2 de julho de 1961) foi um escritor norte-americano. Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola (1936–1939). Esta experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939–1945), se instalou em Cuba. Em 1953, ganhou o Prémio Pulitzer de Ficção, e, em 1954, ganhou o prêmio Nobel de Literatura.[1][2][3] Suicidou-se em KetchumIdaho, em 1961.[2]

Biografia

Ainda muito jovem, quando a Grande Guerra (1914–1918) assombrava o mundo, decidiu ir à Europa pela primeira vez. Hemingway havia terminado o segundo grau em Oak Park e trabalhado como jornalista no jornal The Kansas City Star. Tentou alistar-se no exército, mas foi preterido por ter um problema na visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, que viria a ser sua inspiração para a criação da heroína de Adeus às Armas (1929) — a inglesa Catherine Barkley. Atingido por uma bomba, retornou para Oak Park, que, no entanto, depois do que havia visto na Itália, tornara-se monótona demais para ele.[2]

Voltou então à Europa (Paris) em 1921, recém-casado com Elizabeth Hadley Richardson, seu primeiro casamento, com quem teve um filho. Na ocasião, trabalhava para a revista canadense Toronto Star Weekly e, em início de carreira, se aproximou de outros principiantes: Ezra Pound (1885–1972), F. Scott Fitzgerald (1896–1940) e Gertrude Stein (1874–1946).[2] Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em Paris conhecida como "Geração Perdida", nome inventado e popularizado por Gertrude Stein.

A vida e a obra de Hemingway têm intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve mas marcante passagem para o escritor americano, que estabeleceu uma relação emotiva e ideológica com os espanhóis. Em Pamplona, em meados do século XX, fascinou-se pela tauromaquia, chegando a tourear como amador, experiência que abordaria no seu livro O Sol Também Se Levanta (1926).

O seu segundo casamento (1927) foi com a jornalista de moda Pauline Pfeiffer, com quem viria a ter dois filhos. Em 1928, o casal decidiu morar em Key West, na Flórida. Em Key West, no entanto, o escritor sentiu falta da vida de jornalista e correspondente internacional. Ao mesmo tempo, o casamento com Pauline se tornou instável. Nessa época, conheceu Joe Russell, dono do Sloppy Joe's Bar e companheiro de farra.

Já na década de 1930, resolveu partir com o amigo para uma pescaria. Dois dias em alto-mar que terminaram em Havana, capital cubana, para onde passou a voltar anualmente na época da pesca ao marlim (entre os meses de maio e julho). Na cidade, hospedava-se no Hotel Ambos Mundos, em plena Habana Vieja, bairro mais antigo da cidade, que se tornou o lar do escritor e o cenário que comporia sua história e a da própria ilha pelos próximos 23 anos. Duas décadas de turbulências que teriam, como desfechos, a revolução socialista e o suicídio do escritor.[2]

Em Cuba, o escritor se apaixonou por Jane Mason, que era casada com o diretor de operações da Pan American Airways. Hemingway e Jane se tornaram amantes. Em 1936, novamente se apaixonou: desta feita pela destemida jornalista Martha Gellhorn, motivo do segundo divórcio, confirmando o que predissera seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris: "Você vai precisar de uma mulher a cada livro". Assim, Hemingway partiu para a Espanha, onde Martha já estava, e, em meio à guerra, os dois viveram um romance que resultou no seu terceiro casamento.[4] Ao cobrir a Guerra Civil Espanhola como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo,[2] o que viria a ser o tema do livro Por Quem os Sinos Dobram (1940), considerada sua obra-prima.[5] Quando a república espanhola caiu e a Europa vivia o prenúncio de um conflito generalizado, Hemingway retornou para Cuba com Martha.[2]

Hemingway a bordo de seu iate por volta de 1950

Em Cuba, durante a Segunda Guerra Mundial, Hemingway montou uma rede de informantes com a finalidade de fornecer, ao governo dos Estados Unidos, informações sobre os espanhóis simpatizantes do fascismo na ilha. Também passou a patrulhar o litoral a bordo de seu iate Pilar na busca de possíveis submarinos alemães. Porém a Agência Federal de Investigação estadunidense via com desconfiança a colaboração de Hemingway, por considerá-lo um simpatizante do comunismo.[6]

Em 1946, o escritor casou-se pela quarta e última vez: desta vez com Mary Welsh, também jornalista mas tímida e disposta a viver ao lado de um Hemingway cada vez mais instável emocionalmente.[2] Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de ter tido vários relacionamentos românticos. Em 1952, publicou "O Velho e o Mar", com o qual ganhou o Prémio Pulitzer de Ficção (1953).[4] Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1954[1][2] devido ao seu "domínio da arte da narrativa, mais recentemente demonstrado em O Velho e o Mar, e pela influência que exerceu no estilo contemporâneo[7]".

Suicídio

Ao longo da vida do escritor, o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita frequência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros. Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, enviou-lhe, pelo correio, a pistola com a qual o seu pai havia se matado.[4]

Aos 61 anos e enfrentando problemas de hipertensãodiabetesdepressão e perda de memória,[2][8] na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum, em Idaho, tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo. Encontra-se sepultado no Cemitério de Ketchum, em Ketchum, no Condado de Blaine, em Idaho, nos Estados Unidos.[9]

Bibliografia

Romances de Ernest Hemingway

n.º de sérieTítulo originalTítulo em PortuguêsTraduçãoAnoEditora
01The Torrents of SpringAs Torrentes da PrimaveraMaria Luísa Osório1925Livros do Brasil
02The Sun Also Rises(br: O Sol Também Se Levanta; pt: O Sol Nasce Sempre (Fiesta))Berenice Xavier1926Gráfica O Cruzeiro, Civilização Brasileira, Abril Cultural, Bertrand Brasil, Nova Cultural,
03A Farewell to Arms(br: Adeus às Armas; pt: O Adeus às Armas)Monteiro Lobato1929Delta, Opera Mundi, Cia. Editora Nacional, Bertrand Brasil
04To Have and Have Not(br/pt: Ter e Não Ter)Luís Peazê, Monteiro Lobato1937Cia. Editora Nacional, Civilização Brasileira, Bertrand Brasil
05For Whom the Bell Tolls(br/pt: Por Quem os Sinos Dobram)Monteiro Lobato, Luís Peazê1940Cia. Editora Nacional, Bertrand Brasil,
06Across the River and Into the Trees(br: Do Outro Lado do Rio e Entre as Árvores; pt: Na Outra Margem, Entre as Árvores)José Geraldo Vieira; Joao Palma-Ferreira1950Civilização Brasileira, Bertrand Brasil, Livros do Brasil
07The Old Man and the Sea(br/pt: O Velho e o Mar)André Telles, Fernando de Castro Ferro1952Civilização Brasileira, Círculo do livro, Bertrand Brasil, Folha de São Paulo,
08Islands in the Stream(br: As Ilhas da Corrente; pt: Ilhas na Corrente)Milton Persson1970Abril Cultural, Círculo do livro, Nova Fronteira, Bertrand Brasil
09The Garden of EdenO Jardim do ÉdenWilma Freitas Ronald de Carvalho1986Nova Fronteira, Círculo do livro,

Não ficção de Ernest Hemingway

n.º de sérieTítulo originalTítulo em PortuguêsTraduçãoAnoEditora
01Death in the AfternoonMorte à tardeMaxi Sanchez1932Independently Published
02Green Hills of AfricaAs Verdes Colinas de ÁfricaGuilherme de Castilho1935Livros do Brasil
03The Dangerous SummerO Verão PerigosoAna Zelma Campos1960Civilização Brasileira, Círculo do livro, Bertrand Brasil
04A Moveable FeastParis é uma FestaÊnio Silveira1964Civilização Brasileira, Círculo do Livro, Bertrand Brasil
05True at First LightVerdade ao Amanhecer: memória ficcionalMario Pontes1999Bertrand Brasil
06Ernest Hemingway Selected Letters 1917-19612003
07Under KilimanjaroAs Neves do Kilimanjaro e outros contosJosé J. Veiga e Ênio Silveira2005BestBolso

Contos e pequenas estórias de Ernest Hemingway

n.º de sérieTítulo originalTítulo em PortuguêsTraduçãoAnoEditora
01Three Stories and Ten Poems1923
02In Our Time1925
03Men Without Women1927
04The Snows of Kilimanjaro1932
05Winner Take Nothing1933
07The Fifth Column and the First Forty-Nine StoriesA quinta colunaEnio Silveira1938Civilização Brasileira, Bertrand Brasil
08The Essential Hemingway1947
09The Hemingway Reader1953
10The Nick Adams Stories1972
11The Complete Short Stories of Ernest HemingwayContos de Ernest Hemingway, 03 volumesJosé J. Veiga1976Bertrand Brasil
12Collected Stories1995
13Hills like White ElephantsSem data

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Lynn (1987), 574
  2. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j Revista História Viva, nº 46, pp. 28-33, Editora Duetto (2006).
  3.  «122º aniversário de nascimento de Ernest Hemingway: o gênio deprimido que viveu intensamente»Revista Bula. 21 de julho de 2021. Consultado em 11 de fevereiro de 2022
  4. ↑ Ir para:a b c «Ernest Hemingway - Biografia»Banco de Dados da Folha. UOL - Educação. Consultado em 21 de julho de 2012
  5.  Southam, B.C., Meyers, Jeffrey (1997). Ernest Hemingway: The Critical Heritage. New York: Routledge. pp. 35–40, 314–367
  6.  Veja. Disponível em http://veja.abril.com.br/260700/p_086.html. Acesso em 22 de junho de 2014.
  7.  «Facts on the Nobel Prize in Literature»www.nobelprize.org. Consultado em 8 de agosto de 2018
  8.  A morte de Hemingway e a consciência sobre a hemocromatose
  9.  Ernest Hemingway (em inglês) no Find a Grave

Ligações externas

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SÃO VITOR DE MARSELHA - 21 DE JULHO DE 2024

 

Vítor de Marselha

Vítor de Marselha
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NascimentoMarselha
Mortec. 303 ou 304
Veneração porIgreja Católica RomanaIgreja Ortodoxa
Festa litúrgica21 de julho
Atribuiçõesrepresentado como soldado romano
 Portal dos Santos

São Vítor de Marselha foi um mártir cristão executado durante a perseguição de Diocleciano. É venerado como santo tanto pela Igreja Católica Romana como pela Igreja Ortodoxa. É tido como soldado da Legião Tebana. Como cristão, recusou o sacrifício aos deuses e foi torturado e executado por trituração numa .

É o santo padroeiro de Marselha.

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