terça-feira, 9 de julho de 2024

7 MÁRTIRES DE TAVIRA - (SÉCULO XIV) - 9 DE JULHO DE 2024

 

Mártires de Tavira

Os Mártires de Tavira são objeto de uma devoção popular de Tavira que remonta ao século XIV, mas que nunca recebeu confirmação apostólica. A veneração era dirigida a um conjunto de um comendador-mor, 5 freires-cavaleiro de Santiago e um mercador que, segundo a chamada Crónica da Conquista do Algarve, morreram às mãos de da populaça de Tavira quando ainda cidade estava ainda sob domínio muçulmano. Segundo a mesma fonte, este martírio está na origem da conquista de Tavira.

História

No dia 9 de Julho de 1242, no Campo das Antas entre Faro e Tavira, teria ocorrido o martírio. As circunstâncias do acontecimento são mal conhecidas. Segundo a chamada Crónica da Conquista do Algarve, o episódio teve lugar quando Cacela era a única testa-de-ponte cristã no Algarve e estava ocupada por Paio Peres Correia e pelos seus freires-cavaleiros da Ordem Militar de Santiago. Após o falhanço das tentativas muçulmanas de expulsar os cristãos do Algarve, os dois lados acordaram uma trégua com os mouros. Nessa altura, o comendador-mor Pedro Peres pediu licença a Paio Peres, chamado Mestre neste texto, para ir caçar com falcões com cinco dos seus freires cavaleiros num campo a poente de Tavira chamado Antas. A populaça muçulmana indignou-se com o facto de os cristãos terem tomado o caminho mais curto e surpreendem os santiaguistas nas Antas. Um mercador, Garcia Rodrigues, que por ali passava ao ver os cavaleiros cercados junta-se a eles e com eles encontra o martírio. Ao saber deste acontecimento, Paio Peres Correia acorre desde Cacela com a maior parte da sua hoste e tenta, sem sucesso, evitar o massacre.[1]

Os nomes dos mártires tal como apresentados na Crónica de Portugal de 1419 são o comendador-mor Pedro (ou Rui) Pires , Bolero de Coya, Durão Vaz, Álvaro Garcia, Estevão Vaz, Martinho do Vale e o mercador Garcia Rodrigues.

Crítica

A crítica histórica tem aceite alguns aspectos desta narrativa,[2] mas no seu conjunto é incoerente, porque Tavira foi conquistada antes de 1244, sendo que o referido comendador-mor Pedro Peres estava vivo em 1248 e só se tornou comendador no final do ano de 1242[3]. Além do mais, Paio Peres Correia enquanto comendador e Mestre de Santiago esteve sobretudo envolvido em conquistas no Levante e no cerco de Sevilha.

Ainda assim, é certo que este massacre ocorreu e que foi construído na igreja de Santa Maria de Tavira um monumento com uma inscrição onde foram sepultados os mártires.[4] Em 1518, o monumento era assim descrito:

"Na ombreira da capela mor está um altar dos Mártires com um monumento com sete escudos de fora, os quais mártires são um comendador-mor da Nossa Ordem de Santiago com cimquo cavaleiros da dita Ordem e hum mercador que morrerão todos juntos polla fee de NS com cuja morte se ganhou esta çidade de Tavilla aos Mouros"[5]

Na atualidade, existe um monumento erguido durante a reconstrução posterior ao terramoto de 1755 com uma inscrição coeva que em alude aos "sete cavaleiros" e à própria presença do corpo do mestre de Santiago, uma tradição local que também não é aceite pelos historiadores, como Luis Filipe Oliveira.[6]

Referências

  1.  Machado, José Pedro (1978). Crónica da Conquista do Algarve (Texto de 1792). Anais do Município de Faro, VIII: Câmara Municipal de Faro. pp. 239–274
  2.  Henriques, António de Castro (2003). Conquista do Algarve, 1189-1249: o segundo reino. [S.l.]: Tribuna da História
  3.  RIveras, Milagros (1985). La encomienda, el priorato y la villa de Uclés en la Edad Media (1174-1310). Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas. p. 243
  4.  «Igreja de Santa Maria de Tavira»
  5.  CORRÊA, Fernando Calapez; VIEGAS, António. Visitação da Ordem de Santiago ao Algarve, 1517-1518. Al’ulyã, 1996, 5. [S.l.: s.n.] p. 66
  6.  Oliveira. «A Ordem de Santiago em Portugal: a conqui

19 MÁRTIRES DE GORCUM - WIKIPEDIA - 9 DE JULHO DE 2024

 

Mártires de Gorcum

Mártires gorcumienses
Os Mártires de Gorcum.
Por Cesare Fracassini (1838–1868).
Mártires
Morte9 de julho de 1572
GorcumPaíses Baixos
Veneração porIgreja Católica
Beatificação1673.
por Papa Clemente X
Canonização29 de junho de 1865
por Papa Pio IX
Festa litúrgica9 de julho
 Portal dos Santos

Mártires de Gorcum (ou Mártires gorcumienses) foi um grupo de dezenove religiosos católicos martirizados em 1572 na cidade holandesa de Gorcum.

Contexto histórico

Em 1572, durante a Guerra dos oitenta anos que os rebeldes holandeses mantinham contra a Espanha para realizar sua independência, a iconoclastia se estendia pelas Dezessete Províncias dos Países Baixos (Beeldenstorm); a luta entre luteranos e calvinistas mantinha o país em um estado de intransigência com a liberdade de culto religioso. Em abril de 1572 os mendigos do mar, corsários holandeses de confissão calvinista, tomaram BrielleFlandres e outras cidades da zona, até então em poder da coroa espanhola. Em junho, Dordrecht e Gorcum caíram também em suas mãos.

Mártires

Mártires de Gorcum

Nesta última cidade prenderam vários religiosos: Nicolás Pieck, franciscano; Jerónimo de Weert, vigário; Teodoro de Eem, de Amersfoort; Nicasio Janssen, de Heeze; Willehald da Dinamarca; Godofredo de Melveren; Antônio de Weer; Antônio de Hoornaert; Francisco van Rooy; Padre Guillermo; Pedro de Assche; Cornelio de Wyk de Duurnstende; Fray Enrique; João de Oisterwljk, agustinho; Pontus van Huyter, administrador da comunidade.

A estes quinze se aderiram mais tarde outros quatro: João de Hoornaer, chamado João de Colônia, dominicano; Jacobo Lacops de Oudenaar, norbertino; Adriano Janssen de Hilvarenbeek e Andreas Wouters de Heynoord.

Martírio

Após serem torturados na prisão de Gorcum entre 26 de junho e 6 de julho foram trasladados a Brielle. No dia seguinte, Guilherme II de la Marck, líder dos mendigos do mar, ordenou o interrogatório do grupo.

Foram convidados a abandonar a fé católica e a retirar sua obediência ao papa, ao que eles se recusaram; só Pontus van Huyter e Andreas Wouters aceitaram, liberando-se assim da morte; Guilherme de Orange enviou uma carta em que pedia às autoridades competentes a liberar os religiosos, mas a mesma chegou depois que tinham sido torturados e executados no dia 9 de julho de 1572.

Canonização

Foram beatificados pelo papa Clemente X em 1673 e canonizados por Pio IX em 29 de junho de 1865. Sua festividade se celebra em 9 de julho, data da morte do grupo.

Sua história foi reconhecida por Guillermo Hessels van Esten em sua Historia Martyrum Gorcomiensium, publicada en Douai en 1603.

Ligações externas

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SANTA GIOVANNA SCOIPELLI - 9 DE JULHO DE 2024

 

Giovanna Scopelli

Beata Giovanna Scopelli, O.Carm.
Beata Giovanna Scopelli
Virgem
Nascimento1428
Reggio EmiliaItália
Morte9 de julho de 1491 (63 anos)
MântuaItália
Veneração porIgreja Católica
Beatificação24 de agosto de 1771
por Papa Clemente XIV
Festa litúrgica9 de julho
 Portal dos Santos

Giovanna Scopelli (Reggio Emilia1428 — Mântua9 de julho de 1491) foi uma religiosa carmelita católica italiana.[1]

Órfã precoce, após a morte dos pais retirou-se com outras mulheres e, posteriormente, construíram um mosteiro. Dedicou sua vida à caridade e à oração.[1]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Beata Giovanna Scopelli»Santiebeati.it (em italiano). Consultado em 17 de junho de 2023
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