sábado, 22 de junho de 2024

THOMAS MORE - 22 DE JUNHO DE 2024

 

Thomas More

São Tomás Moro
São Thomas More por Hans Holbein, o Jovem (1527).
Lorde Chanceler do Selo Real e Mártir
Nascimento7 de fevereiro de 1478
Londres
Morte6 de julho de 1535 (57 anos)
Londres
Veneração porIgreja Católica;
Comunhão Anglicana
Beatificação29 de dezembro de 1886
Florença
por Papa Leão XIII
Canonização19 de maio de 1935
Roma
por Papa Pio XI
Principal temploCo-catedral de São Thomas More, em Tallahassee, no estado americano da Flórida
Festa litúrgica22 de junho (Igreja Católica);
6 de Julho (Comunhão Anglicana)
PadroeiroPolíticos
 Portal dos Santos

Thomas MoreThomas Morus ou Tomás Moro[1] (Londres7 de fevereiro de 1478 – Londres6 de julho de 1535) foi filósofo, homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino — o primeiro leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento. Sua principal obra literária é Utopia.[2]

Foi canonizado como mártir da Igreja Católica em 19 de maio de 1935 e sua festa litúrgica celebra-se em 22 de junho.[3]

História

De família honesta, mesmo que não célebre

Thomas More chegou a se autodescrever como "de família honrada, sem ser célebre, e um tanto entendido em letras". Era filho do juiz sir John More, investido cavaleiro por Eduardo IV, e de Agnes Graunger. Casou-se com Jane Colt em 1505, em primeiras núpcias, tendo tido como filhos: Margaret, Elizabeth, Cecily e John. Jane morreu em 1511 e Thomas More casou-se em segundas núpcias com lady Alice Middleton. More era homem de muito bom humor, caseiro e dedicado à família, muito próximo e amigo dos filhos. Dele se disse que era amigo de seus amigos, entre os quais se encontravam os mais destacados humanistas de seu tempo, como Erasmo de Rotterdam e Luis Vives.

Deu aos filhos uma educação excepcional e avançada para a época, não discriminando a educação dos filhos e das filhas. A todos indistintamente fez estudar latimgregológicaastronomiamedicinamatemática e teologia. Sobre esta família escreveu Erasmo: "Verdadeiramente, é uma felicidade conviver com eles."

Sobre sua vida privada disse João Paulo II: "A sua sensibilidade religiosa levou-o a procurar a virtude através duma assídua prática ascética: cultivou relações de amizade com os franciscanos conventuais de Greenwich e demorou-se algum tempo na cartuxa de Londres, que são dois dos focos principais de fervor religioso do Reino. Sentindo a vocação para o matrimônio, a vida familiar e o empenho laical, casou-se em 1505 com Joana Colt, da qual teve quatro filhos. Tendo esta falecido em 1511, Tomás desposou em segundas núpcias Alice Middleton, já viúva com uma filha. Ao longo de toda a sua vida, foi um marido e pai afetuoso e fiel, cooperando intimamente na educação religiosa, moral e intelectual dos filhos. A sua casa acolhia genros, noras e netos, e permanecia aberta a muitos jovens amigos que andavam à procura da verdade ou da própria vocação. Além disso, na vida de família dava-se largo espaço à oração comum e à lectio divina, e também a sadias formas de recreação doméstica. Diariamente, Thomas participava na Missa na igreja paroquial, mas as austeras penitências que abraçava eram conhecidas apenas dos seus familiares mais íntimos.".[4]

Fez carreira como advogado respeitado, honrado e competente e exerceu por algum tempo a cátedra universitária. Em 1504, fazia parte da Câmara dos Comuns da qual foi eleito Speaker (ou presidente), tendo ganho fama de parlamentar combativo. Em 1510, foi nomeado Under-Sheriff de Londres, no ano seguinte juiz membro da Commission of Peace. Entrou para a corte de Henrique em 1520; foi várias vezes embaixador do rei e tornou-se cavaleiro (Knight) em 1521. Foi nomeado vice-tesoureiro e depois Chanceler do Ducado de Lancaster e, a seguir, Chanceler da Inglaterra.

Estudo para um retrato da família de Tomás Moro, por Hans Holbein, o jovem, c. 1527

A sua obra mais famosa é "Utopia" (1516) (em grego, utopos = "em lugar nenhum"). Neste livro criou uma ilha-reino imaginária que alguns autores modernos viram como uma proposta idealizada de Estado e outros como sátira da Europa do século XVI. Um dos aspectos desta obra de More é que ela recorreu à alegoria (como no Diálogo do conforto, ostensivamente uma conversa entre tio e sobrinho) ou está altamente estilizada, ou ambos, o que lhe abre um largo campo interpretativo.

Como intelectual, ele foi inicialmente um humanista no sentido consensual do termo. Latinista, escreveu uma "História de Ricardo III" em texto bilíngüe latim-inglês, em que Shakespeare, mais tarde se basearia para escrever a peça de igual nome. Foi um grande amigo de Erasmo de Roterdão que lhe dedicou o seu "In Praise of Folly" (a palavra "folly" equivale à "moria" em grego).

Era um leitor das obras de Santo Agostinho e traduziu para o vernáculo "A Vida de Pico della Mirandolla", obras que exerceram sobre ele grande influência. Escolheu John Colet, sacerdote, como diretor espiritual, que lhe estabeleceu um plano intenso de práticas pietistas.

De Morus teria dito Erasmo: "É um homem que vive com esmero a verdadeira piedade, sem a menor ponta de superstição. Tem horas fixas em que dirige a Deus suas orações, não com frases feitas, mas nascidas do mais profundo do coração. Quando conversa com os amigos sobre a vida futura, vê-se que fala com sinceridade e com as melhores esperanças. E assim é More também na Corte. Isto, para os que pensam que só há cristãos nos mosteiros."

O divórcio de Henrique VIII

Thomas WolseyArcebispo de York, não foi bem sucedido na sua tentativa de conseguir nem o divórcio, nem a anulação do casamento do rei com Catarina de Aragão como pretendia Henrique VIII de Inglaterra e foi forçado a demitir-se em 1529. More foi nomeado chanceler em sua substituição, sendo evidente que Henrique ainda não se tinha apercebido da rectidão de caráter de More nesta matéria.

Sendo profundo conhecedor de teologia e do direito canónico e homem piedoso — More via na anulação do sacramento do casamento uma matéria da jurisdição do papado, e a posição do Papa Clemente VII era claramente contra o divórcio em razão da doutrina sobre a indissolubilidade do matrimônio. Contrário às Reformas Protestantes então já efetuadas e percebendo que na Inglaterra poderia acontecer o mesmo (devido às questões pessoais do soberano que conduziram à crise político-diplomática com Roma), More — apoiante das decisões da Santa Sé e arraigadamente católico — deixa seu cargo de Lord Chancellor do rei em 16 de maio de 1532, provocando desconfiança na Corte e em Henrique VIII particularmente.

A reacção de Henrique VIII foi atribuir-se a si mesmo a liderança da Igreja em Inglaterra sendo o sacerdócio obrigado a um juramento ao abrigo do Acto de Supremacia que consagrava o soberano como chefe supremo da Igreja.

More escapara, entretanto, a uma tentativa de o implicar uma conspiração. Em 1534, o parlamento promulgou o "Decreto da Sucessão" (Succession Act), que incluía um juramento (1) reconhecendo a legitimidade de qualquer criança nascida do casamento de Henrique VIII com Ana Bolena, sua segunda esposa, e (2) repudiando "qualquer autoridade estrangeira, príncipe ou potentado". Tal como no juramento de supremacia, este apenas foi exigido àqueles especificamente chamados a fazê-lo, por outras palavras, a todos os funcionários públicos e àqueles suspeitos de não apoiarem Henrique.

Martírio

More foi convocado, excepcionalmente, para fazer o juramento em 17 de abril de 1534, e, perante sua recusa, foi preso na Torre de Londres, juntamente com o Cardeal e Bispo de Rochester John Fisher, tendo ali escrito o "Dialogue of Comfort against Tribulation". A sua decisão foi manter o silêncio sobre o assunto. Pressionado pelo rei e por amigos da corte, More decidiu não enumerar as razões pelas quais não prestaria o juramento.

Inconformado com o silêncio de More, o rei determinou o seu julgamento, sendo condenado à morte, e posteriormente executado em Tower Hill a 6 de julho. Nem no cárcere nem na hora da execução perdeu a serenidade e o bom humor e, diante das próprias dificuldades reagia com ironia. Mesmo nos últimos quatro dias de vida não abandonou os rigores da penitência, com desejos de purificação.[5] Na segunda-feira, 5 de julho, enviou à sua filha Meg a camisa-cilício e uma pequena carta escrita com a ponta de um graveto. São as últimas palavras que escreveu.[5]

Pela sentença o réu era condenado "a ser suspenso pelo pescoço" e cair em terra ainda vivo. Depois seria esquartejado e decapitado. Em atenção à importância do condenado o rei, "por clemência", reduziu a pena a "simples decapitação". Ao tomar conhecimento disto, Tomás comentou: "Não permita Deus que o rei tenha semelhantes clemências com os meus amigos." No momento da execução suplicou aos presentes que orassem pelo monarca e disse que "morria como bom servidor do rei, mas de Deus primeiro.".

A sua cabeça foi exposta na ponte de Londres durante um mês, foi posteriormente recolhida por sua filha, Margaret Roper. A execução de Thomas More na Torre de Londres, no dia 6 de julho de 1535 "antes das nove horas", ordenada por Henrique VIII, foi considerada uma das mais graves e injustas sentenças aplicadas pelo Estado contra um homem de honra, consequência de uma atitude despótica e de vingança pessoal do rei. Ele está sepultado na Capela Real de São Pedro ad Vincula.[6]

Canonização

Sua trágica morte — condenado a pena capital por se negar a reconhecer Henrique VIII de Inglaterra como cabeça da Igreja da Inglaterra, é considerada pela Igreja Católica como modelo de fidelidade à Igreja.

Devido à sua retidão e exemplo de vida cristã, foi reconhecido como mártir, declarado beato em 29 de dezembro de 1886 por decreto do Papa Leão XIII e canonizado, conjuntamente com São João Fisher em 19 de maio de 1935 pelo Papa Pio XI. O seu dia festivo é 22 de junho.

Deixou vários escritos de profunda espiritualidade e de defesa do magistério da Igreja. Em 1557, seu genro, William Roper, escreveu sua primeira biografia. Desde a sua beatificação e posterior canonização publicaram-se muitas outras.

Patrono dos políticos e dos governantes

Estátua de Thomas More em frente do Chelsea Old Church, localizado na esquina de Old Church Street e Cheyne Walk, Londres.

Em 2000, São Thomas More foi declarado [7] "Patrono dos Estadistas e Políticos" pelo Papa João Paulo II:

Obras de More (editadas em várias línguas)

  • The Workes of Sir Thomas More Knyght, sometyme Lorde Chauncellour of England, written by him in the Englysh tongue ("Trabalhos de sir Thomas More" escrito em inglês). Ed. William Rastell, London, 1557.
  • Thomae Mori Opera Omnia Latina. Lovaina, 1565. Reimpresso em Frankfurt, 1963.
  • Um homem para todas as horas (Correspondência de Tomás Moro). The Correspondence of Sir Thomas More. Princeton: Elizabeth F. Rogers Edit., 1947.
  • Thomas More's Prayer Book. Louis L. Martz & Richard S. Sylvester. New Haven, Connecticut, 1969.
  • Diálogo da fortaleza contra a tribulação.
  • A Agonia de Cristo.
  • A Apologia.
  • Um homem só (Cartas da torre).
  • Os Novíssimos.
  • Réplica a Martinho Lutero.
  • Diálogo contra as heresias.
  • Súplica das Almas.
  • Refutação da Resposta de Tyndale.
  • Debelação de Salem e Bizancio.
  • Tratado sobre a Paixão de Cristo.
  • Expositio Passionis.
  • Tratado para receber o Corpo de Nosso Senhor.
  • Piedosa Instrução.
  • Orações.
  • Epitáfio.
  • Vida de Pico della Mirandola.
  • História de Ricardo III.[8]
  • Utopia.

Relíquias

Os padres jesuítas em Stonyhurst possuem uma notável colecção de relíquias secundárias, a maioria das quais lhes chegou vindas do padre Thomas More, S.J., falecido em 1795, o último herdeiro masculino do mártir. Estas incluem o seu chapéu, boné, crucifixo de ouro, um selo de prata, "George", e outros artigos.

A camisa de cilício usada por ele durante muitos anos e enviada a sua filha Margaret Roper na véspera do seu martírio, é preservada pelos agostinianos canoneses de Abbots Leigh, Devonshire, onde foi levada por Margaret Clements, filha adotiva de sir Thomas. Uma série de autógrafos e cartas estão no Museu Britânico.

Filme

Em 1966, foi feito o filme A Man for All Seasons, que no Brasil recebeu o título de O Homem que Não Vendeu sua Alma. O filme, de Fred Zinnemann; o filme foi indicado ao Oscar em diversas categorias, tendo vencido seis dentre as oito categorias nas quais concorreu. O filme conta a história de Thomas Morus, desde o divórcio de Henrique VIII até a perseguição feita pelo rei a Thomas Morus que culminou no seu martírio em 6 de julho de 1535. Thomas foi interpretado por Paul Scofield.

Ver também

Referências

  1.  Gonçalves, Rebelo (1947). Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa. Coimbra: Atlântida - Livraria Editora. p. 348
  2.  Utopia: Obra de Thomas More propõe sociedade alternativa e perfeita, acesso em 17 de janeiro de 2016.
  3.  «Thomas More - Utopia, Henry VIII & Facts - Biography»www.biography.com. Consultado em 5 de outubro de 2020
  4.  Proclamação como Patrono dos Governantes e Políticos Sítio da Santa Sé
  5. ↑ Ir para:a b C. Nieto, José Lino. Thomas More, um homem para a eternidade. Quadrante. São Paulo, 1987, p.45
  6.  Thomas More (em inglês) no Find a Grave
  7. ↑ Ir para:a b Motu proprio que declara Tomás Moro patrono dos governantes. Visitado em 17.out.2007
  8.  The History of King Richard the Third by Master Thomas More, 1513, PDF (em inglês)

Bibliografia

  • ACKROYD, Peter. The Life of Thomas More. Doubleday. Reino Unido, 1998.
  • BARTSCHMID-KLAPPROTH, Marguerete. A Consciência do rei, Tomás Moro e o seu tempo. (Tradução de Tarcísio Nascimento Teixeira). São Paulo: Paulinas, 1968.
  • BERGLAR, Peter. La hora de Tomás Moro.Madrid: Palabra, 1993.
  • GIBSON, R. W., J. M. Patrick. St. Thomas More: A Preliminary Bibliography, New Haven, Connecticut, 1961. (USA)
  • LEMONNIER, Léon. Tomás MoreChanceler de Henrique VIII. Tradução de Nuno Santos. Lisboa: Editorial Aster, s/d (Título original: "Un resistant catholique". Editions de la Colombe, Paris).
  • MORUS, Thomas. Obras Completas. Yale University Press (The Complete Works of St. Thomas More), New Haven, Connecticut. (USA)
  • NIETO, José Lino C. Thomas More. São Paulo: Quadrante, 1987.
  • PRADA, Andres Vasquez de. Sir Tomas Moro, Lord Canciller de Inglaterra. Madrid: RIALP, 1989. ISBN 84-321-2490-7
  • ROPER, William. La vida de Sir Tomás Moro. Tradução e edição de Álvaro de Silva. Pamplona: EUNSA, 2000.
  • ROTTERDAM, Erasmus of, Desiderius. Enchiridion Militis Christiani. Oxford, 1981.
  • SARDARO, Anna. La correspondencia de Tomás Moro. Pamplona: EUNSA, 2007.
  • SILVA, Álvaro de. Un hombre para todas las horas. La correspondencia de Tomás Moro (1499-1534). Rialp. Madrid, 1998.
  • SILVA, Álvaro de. Tomás Moro, un hombre para todas las horas. Madrid: Marcial Pons, 2007.
  • STAPLETON, Thomas. Tres Thomae. Vita Tomae Mori. Londres, 1588. A Vida e o Ilustre Martírio de Sir Thomas More. Trad. de Aldo dos Santos Dias, Queluz, 2022. ISBN 9786500466201
  • Paloma Castillo Martinez, Tommaso Moro il primato della coscienza, Paoline, Milano, 2010. C. 9788831536752 CONTROLLA SPAGNOLO.

Ligações externas

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PAULINO DE NOLA - 22 DE JUNHO DE 2024

 

aulino de Nola

 Nota: Para outros significados, veja São Paulino.
São Paulino de Nola
Vitral de São Paulino de Nola
ConfessorBispo de Nola
Nascimento354
BordéusGália
Morte22 de junho de 431 (77 anos)
Sicília, perto de SuteraCaltanisettaItália
Veneração porIgreja Católica

Igreja Ortodoxa

Canonizaçãopor Pré-Congregação
Festa litúrgica22 de junho
 Portal dos Santos

Paulino de Nola (em latimPaulinus NolanusBórdeus, 354 - Sícilia, 22 de junho de 431), nascido Pôncio Merópio Anício Paulino (em latimPontius Meropius Anicius Paulinus), foi Bispo da Diocese de Nola, e é considerado um dos Padres da Igreja do ocidente. [1]

Na sua juventude foi cônsul e exerceu importantes cargos civis no Império Romano do Ocidente, até ser batizado. Vendeu seus bens, distribuindo o dinheiro aos pobres e, com sua esposa Terásia de Nola, passou a viver vida eremítica.

Recebeu a ordenado episcopal em 409, provavelmente logo após a morte de Terásia, como chefe da Diocese de Nola, onde governou até sua morte em 431.[2]

Foi contemporâneo de Santo Agostinho e São Jerônimo, e é venerado como santo pela Igreja Católica, tendo sua festa litúrgica em 22 de junho.

Biografia

Governou a Campânia, no sul da Itália, e ficou conhecido pela sua mansidão e sabedoria neste cargo. O início de sua conversão ao cristianismo é fruto do seu contato com a fé simples e intensa do povo desta região. Após a morte de seu filho recém-nascido, decidiu junto com a sua mulher doar os seus bens aos pobres, viver em casta fraternidade e fundar uma comunidade monástica.

Foi ordenado sacerdote no natal de 394, em Barcelona.

Sua atividade pastoral ficou marcada pela sua particular atenção para com os pobres, deixando sempre a imagem de autêntico "pastor da caridade".

Deixou escritos vários tratados de teologia e compôs uma coleção de poemas, notáveis pela elegância do seu estilo.[3]

Segundo o Papa Bento XVI a sua conversãoː

"impressionou aos seus contemporâneos, que o reprovavam o desprezo pelos bens materiais e o abandono da sua vocação de literato, ao que Paulino replicava que a sua entrega aos pobres não significava desprezo pelos bens terrenos, mas o contrário, valorizava-os ainda mais para o fim mais alto da caridade e que "uma nova estética governava a sua sensibilidade: a beleza de Deus encarnado, crucificado e ressuscitado."" (Audiência geral, 12.dez.2007).

Referências

  1.  «St. Paulinus, Bishop of Nola»Catholic Encyclopedia. Consultado em 22 de junho de 2021
  2.  «CATHOLIC ENCYCLOPEDIA: St. Paulinus of Nola»www.newadvent.org. Consultado em 22 de junho de 2021
  3.  S. Paulino de Nola (bispo, +431), evangelhoquotidiano.org

Bibliografia

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  • Joseph T. Lienhard, Paulinus of Nola and Early Western Monasticism, with a study of the Cronology oh His Work and an Annotated Bibliography, 1879-1976 (Theophaneia 28), Köln-Bonn 1977, pp. 192–204; Cesare Magazzù, Dieci anni di studi su Paolino di Nola (1977-1987), in Bollettino di studi latini 18 (1988), pp. 84–103; Carmine Iannicelli, Rassegna di studi paoliniani (1980-1997), in Impegno e Dialogo 11 (1994-1996) [pubblic.1997], pp. 279–321 RASSEGNA IANNICELLI
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