terça-feira, 4 de junho de 2024

SÃO PEDRO DE VERONA - 4 DE JUNHO DE 2024

 

Pedro de Verona

 Nota: Se procura outras personalidades chamadas Pedro Mártir, veja Pedro Mártir (desambiguação).
Pedro de Verona
São Pedro Mártir, obra de Pedro Berruguete
Nascimento1205
VeronaItália
Morte6 de abril de 1252 (47 anos)
BarlassinaSeveso, entre as cidades de Como e MilãoItália
Veneração porIgreja Católica
Canonização9 de março de 1253
por Papa Inocêncio IV
Festa litúrgica6 de abril
AtribuiçõesFerimento na cabeça, palma, livro
PadroeiroVeronaFornelli (Isérnia), Roccasecca (Frosinone)
 Portal dos Santos

Pedro de Verona, também conhecido como Pedro Mártir (Veronaca. 1205 — Seveso6 de abril de 1252) foi um frade dominicanoinquisidor e mártir italiano do século XIII. É venerado como santo católico.[1][ligação inativa]

Biografia

Nasceu na cidade de Verona em uma família cátara. Frequentou uma escola católica e mais tarde a Universidade de Bolonha. Pedro entrou para a Ordem dos Dominicanos e tornou-se célebre pregador por todo o norte e Itália central.

De 1230 em diante, Pedro pregou contra a heresia e, especialmente o Catarismo que conhecia bem e tinha muitos adeptos no norte da Itália do século XIII. Catarismo era uma forma de dualismo, também chamado de maniqueísmo, e rejeitava a autoridade do Papa e muitos ensinamentos cristãos.

Em 1234, o Papa Gregório IX o nomeou Inquisidor Geral para o norte da Itália. Pedro evangelizou quase toda a Itália, pregando nas cidades de RomaFlorençaBolonhaGênova e Como.

Em 1251, o Papa Inocêncio IV reconheceu as virtudes de Pedro e nomeou-o inquisidor na Lombardia. Ele passou cerca de seis meses no cargo e não está claro se ele esteve envolvido em algum julgamento. Seu único ato registrado foi uma declaração de clemência por aqueles que confessaram heresia ou simpatia por heresia.

Em seus sermões, Pedro denunciava a heresia e também aqueles católicos que professavam a fé apenas por palavras. Multidões vinham ao seu encontro e o seguia; havia inúmeras conversões, incluindo a de cátaros que retornaram à ortodoxia.

Por causa de seus sermões, um grupo de cátaros milaneses conspiraram para matá-lo. Eles contrataram um assassino, Carino de Balsamo. O cúmplice de Carino era Manfredo Clitoro de Giussano. Em 6 de abril de 1252, quando Pedro estava retornando de Como para Milão, os dois assassinos o seguiram até um local solitário perto de Barlassina, e lá o mataram e feriram mortalmente o seu companheiro, um frade chamado Dominic.

"O assassinato de Pedro mártir" por Gentile da Fabriano

Segundo a lenda, Carino atingiu a cabeça de Pedro com um machado e então atacou Dominic. Pedro ficou de joelhos, e recitou o primeiro artigo do Credo dos Apóstolos. Oferecendo o seu sangue como um sacrifício a Deus, ele molhou o dedo com seu sangue e escreveu no chão: "Credo".[1][ligação inativa] O golpe que o matou cortou sua cabeça, mas o testemunho prestado no inquérito sobre sua morte confirma que ele começou a recitar o Credo, quando foi atacado.

Dominic foi levado para Meda, onde morreu cinco dias depois.

Veneração

O corpo de Pedro foi levado para Milão e depositado na Basílica de Sant'Eustorgio, onde um mausoléu ornamentado, trabalho de Giovanni di Balduccio, foi erigido à sua memória. Desde o século XVIII este está localizado na Capela Portinari.

Pedro foi canonizado pelo Papa Inocêncio IV em 9 de março de 1253, a mais rápida canonização feita por um papa.

A comemoração litúrgica de São Pedro Mártir foi inicialmente definida para 29 de abril, em seguida, para evitar a sobreposição com a festa dedicada à Santa Catarina de Siena, foi transferida para 4 de junho, o dia da solene transferência, ocorreu em 1340, no atual túmulo, construído por Giovanni di Balduccio entre 1335 e 1339.

Inicialmente o dia 6 de abril, data de sua morte, não foi usado porque entraria em conflito muitas vezes com o Tríduo Pascal.[2] Hoje o dia de São Pedro, o Mártir é festejado em 6 de abril.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «São Pedro de Verona». Consultado em 23 de outubro de 2011
  2.  Prudlo, Donald (2008). The martyred inquisitor. the life and cult of Peter of Verona. [S.l.]: Ashgate Publishing. p. 84. ISBN 075466256X

Ligações externas

Este artigo incorpora texto da Catholic Encyclopedia, publicação de 1913 em domínio público.


CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS - 4 DE JUNHO DE 2024

 

Carlos Luanga

Carlos Luanga
Quizito sendo batizado por Carlos Luanga em Munionio no vitral no Santuário de Munionio
Mártir
Nascimento1 de janeiro de 1860
Singo
Morte3 de junho de 1886 (26 anos)
Namugongo
Veneração porIgreja Católica
Beatificação1920
Vaticano
por Papa Bento XV
Canonização18 de outubro de 1964
Vaticano
por Papa Paulo VI
Festa litúrgica3 de junho
 Portal dos Santos

Carlos Luanga (em lugandaLwanga) foi um dos mártires a serem mortos a mando do cabaca Muanga II (r. 1884–1888) do Reino de Buganda, na atual Uganda.

Vida

Carlos Luanga nasceu na região de Singo em 1860, filho de Mussazi e Meme e irmão mais novo de Noé Mauagali, todos pertencentes ao clã negabi. Em tenra idade, foi enviado a Budu para ser criado por Cudu, o qual alguns achavam ser seu pai, mas que talvez fosse seu tio. Em agosto de 1878, Cadu mandou-o servir a Maulugungu, chefe dos quiruanis, como mencionado pelo explorador inglês Henry Morton Stanley. Em 1879, acompanhou seu chefe à região de Singo. Numa visita à capital em 1880, interessou-se pelos ensinamentos dos missionários católicos e começou a frequentar suas aulas. Com a morte de Maulugungu e a dispersão de sua comitiva em 1882, se juntou a um grupo de cristãos recém-batizados em Bulemezi.[1]

Em 1884, com a ascensão do cabaca Muanga II (r. 1884–1888), foi à corte e entrou no serviço real. Para tal, se fez passar por membro do clã colobo de Maulugungu, pois os negabis eram tradicionalmente vetados da presença real. Por sua personalidade, foi nomeado no grande auditório como encarregado geral dos pajens e ganhou a confiança e afeto daqueles sob seu comando. Diz-se também que era bom em luta livre, que era o esporte palaciano mais popular. Seu superior, José Mucassa, lhe designou o dever sobre os pajens no que diz respeito à instrução, guia e proteção de más influências na corte, bem como devia escavar o lago do Cabaca ao pé do Rubaga. Em 15 de novembro de 1885, ele e outros servos foram à missão católica e foram batizados por Simeon Lourdel. No começo de dezembro, várias vezes Muanga intimidou os pajens e numa delas Luanga declarou que, longe de ajudar os brancos a tomarem o reino, morreria pelo cabaca.[1]

Após incêndio no palácio real em 22 de fevereiro de 1886, Luanga mudou a corte temporariamente à sua cabana de caça em Munionio às margens do lago Vitória. Ali, continuou protegendo os pajens e, perante a realidade do martírio, batizou cinco catecúmenos. Em 3 de junho, foi executado em Namugongo numa pequena pira num morro acima do lugar de execução de outros cristãos. Foi enrolado numa esteira de junco com canga de escravos no pescoço, mas lhe foi permitido arrumar sua pira. Para que sofresse mais, o fogo foi acesso embaixo de seus pés e pernas, que queimaram até o osso antes das chamas queimarem o resto do corpo. Ao ser insultado, respondeu que "estão me queimando, mas é como se estivessem jogando água sobre meu corpo". Depois permaneceu em silêncio, em oração, e antes de morrer exclamou em voz alta Katonda (Meu Deus).[1]

Relicário de bronze com fragmento ósseo de São Carlos Luanga (propriedade privada)
Relicário de bronze com fragmento ósseo de São Carlos Luanga (propriedade privada)

Luanga estava entre os 22 mártires de Uganda beatificados pelo papa Bento XV em 1920 e canonizados pelo papa Paulo VI em 1964. Em 1969, Paulo VI pôs a pedra fundacional sobre a Capela Católica de Namugongo no lugar onde Luanga foi martirizado. O santuário foi dedicado em 3 de junho de 1975 pelo representante papal Sergio Pirgnedoli.[1]

Referências

Bibliografia

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