quarta-feira, 22 de maio de 2024

SANTO ATÃO DE PISTOIA - 22 DE MAIO DE 2024

 

Atão de Pistoia

Santo Atão de Pistoia
Santo AtãoFresco de Bernardino Poccetti na sacristia da Abadia de São Bartolomeu de Ripoli, 1585.
Bispo de Pistoia
Nascimentoc.1070
BejaTaifa de Sevilha
Morte22 de maio de 1153 (83 anos)
PistoiaMarca da Toscânia
Veneração porIgreja Católica
BeatificaçãoCulto popular do século XIII e especialmente de 1337
Canonização24 de janeiro de 1605
Basílica de São PedroEstados Papais
por Papa Clemente VIII
Principal temploCatedral de Pistoia
Festa litúrgica22 de maio
21 de junho (Pistoia)
AtribuiçõesTraje episcopal, hábito beneditino, báculo pastoral
 Portal dos Santos

Atão de Pistoia, também conhecido como Santo Atão[1] (Bejac.1070 — Pistoia22 de maio de 1153[nota 1]), foi um historiógrafoabade e bispo português da Ordem de Valumbrosa, que viveu durante os séculos XI e XII.[2]

Foi canonizado pelo papa Clemente VIII na Basílica de São Pedro a 24 de janeiro de 1605.[3] É venerado como santo pela Igreja Católica e a sua festa litúrgica é celebrada a 22 de maio,[5] e em Pistoia a 21 de junho.[6]

Biografia

Nascido na região do Alentejo, tornou-se abade de Valumbrosa em 1105, na Toscânia, e em 1135 foi nomeado bispo de Pistoia, também na Toscânia.[2][7] Em 1145, Atão fez chegar a Pistoia algumas relíquias de Santiago Maior, que lhe foram mandadas pelo arcebispo de Santiago de CompostelaDiogo Gelmires,[8] cuja correspondência é citada na obra Italia sacra, de Ferdinando Ughelli.[9]

Como historiador, escreveu as biografias dos santos João GualbertoBarnabé e Bernardo de Valumbrosa, bispo de Parma e um tratado sobre a Translação das Relíquias de Santiago.[2][10]

Obras

  • A Vida de São João Gualberto (Vitam S. Joannis Gualberti Abbatis Congregationis Vallis umbrosanae institutoris)
  • A Vida de São Bernardo (Vita sancti Bernardi monachi, et abbatis monasterii S. Salvii et Vallis Umbrosae generalis)
  • Translação das Relíquias de Santiago (De translatione reliquiarum et miraculis S. Jacobi Apostoli)[11]

Notas

  1.  Algumas obras referem que Atão teria nascido em Pescia ou no vale do rio Pesa na região da ToscâniaItália[2][3] e outras fontes referem que ele teria nascido em BadajozEspanha, provavelmente a partir de uma leitura errónea do adjetivo Pacensis aplicado ao seu nome, sendo este o nome da cidade de Beja, Portugal, durante a dominação romana da Península Ibérica.[4]

Referências

  1.  «Martirológio Romano». Secretariado Nacional de Liturgia. Consultado em 23 de junho de 2017
  2. ↑ Ir para:a b c d Pincherle, Alberto«ATTO, sant'»Enciclopédia Treccani (em italiano). Instituto da Enciclopédia Italiana. Consultado em 23 de junho de 2017
  3. ↑ Ir para:a b Matteucci, Benvenuto. «Sant' Attone (Atto) di Pistoia Vescovo»Enciclopedia dei santi (em italiano). Città Nuova Editrice. Consultado em 23 de junho de 2017
  4.  López, Teodoro Agustín López (2003). «San Atón en Badajoz ¿Leyenda? ¿Historia?» (PDF)Coloquios Históricos de Extremadura (em espanhol) (26)
  5.  «Índice Alfabético de Santos e Beatos» (PDF). Secretariado Nacional de Liturgia. p. 664. Consultado em 23 de junho de 2017
  6.  Gestri, Paolo (21 de junho de 2014). «Atto, il Vescovo che portò le reliquie di Jacopo»Il Tirreno (em italiano)
  7.  Chagas, Manuel Pinheiro (1876). «Atro (Santo)». Dicionário Popular, Histórico, Geográfico, Mitológico, Biográfico, Artístico, Bibliográfico e LiterárioLisboa: Tipografia Lallemant Fréres. p. 378. Resumo divulgativo – Google Livros
  8.  Bracara Augusta4 22.ª ed. Braga: Câmara Municipal de Braga. 1952. p. 374. Resumo divulgativo – Google Livros
  9.  Ughelli, Ferdinando (1659). Italia sacra, sive de episcopis Italiae et insularum adiacentium. Complectens Metropolitanas earumq[ue] suffraganeos Ecclesias, quae in Lucaniae seu Basilicatae, & Apuliae tum Dauniae, cum Peucctiae Regni Neapolitani praeclaris Provinciis continentur (em latim). 7Roma: Tanus. p. 296. Resumo divulgativo – Biblioteca Estadual da Baviera
  10.  Silva 2012, p. 35.
  11.  Silva 2009, pp. 32, 54, 121 e 132.

Bibliografia

Atribuição

Ligações externas

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SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 DE MAIO DE 2024

 

Rita de Cássia

 Nota: "Santa Rita de Cássia" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Rita de Cássia (desambiguação).
Rita de Cássia
Santa Rita de Cássia
Mãe, esposa e monja agostiniana
Nascimento1381
RoccaporenaItália
Morte22 de maio de 1457 (76 anos)
Cássia
ProgenitoresMãe: Amata Ferri Lotti
Pai: Antonio Lotti
Veneração porIgreja Católica
Beatificação1627
Roma
por Papa Urbano VIII
Canonização24 de maio de 1900
Roma
por Papa Leão XIII
Principal temploBasílica de Santa Rita de Cássia, em Cássia
Festa litúrgica22 de maio
Atribuiçõescrucifixo, rosas
Padroeiradas causas impossíveis, dos doentes, das viúvas e das mães.
 Portal dos Santos

Santa Rita de Cássia, nascida Margherita Lotti (Roccaporena1381 – Cássia22 de maio de 1457), foi uma freira agostiniana da diocese de EspoletoItália. Foi beatificada em 1627 e canonizada em 1900 pela Igreja Católica.

Foi uma pessoa de muita fé e que salvou da peste o cunhado apenas pela oração. Seu marido foi assassinado e seus filhos desejaram vingar-se de sua morte, mas Rita disse que preferiria ver morrer seus filhos a ver "o derramar de mais sangue".

História

Imagem medieval de Santa Rita de Cássia, a mais antiga a representar uma santa. Pintura dos meados do século XV.

Santa Rita de Cássia, filha de Antonio Lotti e Amata Ferri Lotti nasceu em Roccaporena em 1381.[1] Desde criança, a santa demonstrava seu desejo de viver uma vida em Cristo, acreditava no Amor pela Sagrada Família e, por isso, almejava constituir uma família. Seu pai, um juiz de paz, arrumou um casamento entre classes para a filha. No entanto, a moça acreditava que deveria casar por amor.

Conheceu nos mercados um homem que salvou uma criança. Dias mais tarde o encontrou na casa de sua amiga Mancini e o reconheceu: era Paulo. Paulo também se apaixonou por ela, contudo era filho de Ferdinando Mancini — um dos cavaleiros mais ricos e poderosos da região — que gostaria que seus filhos fizessem casamentos que favorecessem os negócios da família. Ela pediu a intercessão de Jesus, que seu amor fosse possível. Esse é o primeiro milagre: Santa Rita e Paulo casaram-se, mesmo vindo de classes distintas. Do casamento entre Rita e Paulo nasceram dois filhos gêmeos: Giangiacomo Antonio e Paulo Maria

Teve uma vida conjugal difícil devido aos hábitos da nova família e ao caráter violento do marido. Com seu empenho e orações, conseguiu convertê-lo. Viveram anos como camponeses. Após a morte do marido, vítima de assassinato por traição do chefe do feudo, o pai de Paulo, Ferdinando Mancini (sogro de Santa Rita) levou os garotos para lhes ensinar a batalhar a fim de, posteriormente, vingarem a morte do pai. Na hora da batalha, foram pegos em emboscada. Com o objetivo de protegê-los, a santa os enviou para um convento distante. Contudo, as freiras abrigavam leprosos, que transmitiram sua doença aos filhos da Santa, os quais não sobreviveram.

Viúva e sem os filhos, manifesta a vontade de ingressar no mosteiro das irmãs Agostinianas, que só aceitavam jovens solteiras. Ficou muito tempo refugiada na casa dos sogros. Ainda assim, começou a cuidar de doentes de lepra e a curar enfermos.

Então, numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando: Rita. Rita. Rita.

Ela abriu a porta e estavam ali, Santo AgostinhoSão Nicolau e São João Batista.[2] Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, os santos desapareceram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, estando este com as portas trancadas. Então as freiras não lhe puderam negar a entrada. Rita viveu ali por quarenta anos.[3]

Cinco meses antes da morte de Rita, um dia de inverno com a temperatura frígida e um manto de neve cobria tudo, uma parente lhe foi visitar e antes de ir embora perguntou à Santa se ela desejava alguma coisa, Rita respondeu que teria desejado uma rosa da sua horta. Quando voltou a Roccaporena a parente foi à horta e grande foi a sua surpresa quando viu uma belíssima rosa, a colheu e a levou a Rita.

Assim Santa Rita foi denominada a Santa da “Rosa” e dos impossíveis. Santa Rita antes de fechar os olhos para sempre, teve a visão de Jesus e da Virgem Maria que a convidavam no Paraíso. Uma freira viu a sua alma subir ao céu acompanhada de Anjos e contemporaneamente os sinos da igreja começaram a tocar sozinhos, enquanto um perfume suavíssimo se espalhou por todo o Mosteiro e do seu quarto viram uma luz luminosa como se fosse entrado o Sol. Era o dia 22 de Maio de 1457.

Veneração

Santuario de Santa Rita em RoccaporenaItália.
Basílica de Santa Rita em Cascia.
Estátua de Santa Rita de Cássia — a maior estátua católica do mundo, localizada na cidade de Santa Cruz/RN.

Santa Rita de Cássia foi beatificada 180 anos depois da sua subida aos céus e proclamada Santa após 453 anos da sua morte.

Esta foi um exemplo de vida religiosa, com suas orações e suas mortificações. Ela se devotou especialmente a cuidar de irmãs doentes e a aconselhar pecadores. Por 14 anos, até sua morte, trouxe na testa um estigma, associando-se, assim, à paixão de Cristo.

São-lhe atribuídos tantos e tão extraordinários milagres que é tida como "advogada das causas perdidas e a santa do impossível". É também protetora absoluta das mães e esposas que sofrem pelos maus-tratos dos maridos.[4]

Túmulo de Santa Rita com seu corpo incorrupto na Basílica de Cássia.

O corpo de Rita, que permaneceu incorrupto ao longo dos séculos, é venerado hoje no santuário de Cascia, muitas pessoas do mundo todo visitam sua tumba. O pintor francês Yves Klein havia se dedicado a ela quando criança. Em 1961, ele criou um Santuário de Santa Rita, que é colocado no Convento de Cássia.[5]

No Brasil, na cidade de Santa Cruz, Estado do Rio Grande do Norte, está localizada a maior estátua católica do mundo, que representa a Santa Rita de Cássia e foi inaugurada em 26 de junho de 2010.[6]


Referências

  1.  DiGregorio OSA, Michael. The Precious Pearl/The Story of Saint Rita of Cascia, National Shrine of St. Rita of Cascia, Philadelphia, Pennsylvania
  2.  «The Story of St. Rita of Cascia»
  3.  St. Rita di Cascia from Fr. Alban Butler's Lives of the Saints
  4.  Figueiredo, Pe. Antônio Pereira (2013). Bíblia Sagrada (edição luxo). [S.l.]: DCL. ISBN 978-85-368-1571-8
  5.  Weitemeier, Hannah, Yves Klein, Taschen, Köln 2001, S. 70–71, ISBN 3-8228-5643-6
  6.  «Estátua de Santa Rita de Cássia»Wikipédia, a enciclopédia livre. 18 de julho de 2019

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