quarta-feira, 22 de maio de 2024

SANTA QUITÉRIA DE BRACARA AUGUSTA - 22 DE MAIO DE 2024

 

Quitéria de Brácara Augusta

(Redirecionado de Santa Quitéria)
 Nota: Para outros significados, veja Santa Quitéria (desambiguação).
Santa Quitéria
Santa Quitéria, pintura à óleo portuguesa do século XVIII
Virgem e Mártir
Nascimentoc. 120
Braga
Morte22 de maio de 135 (15 anos)
Aire-sur-l'Adour
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica22 de Maio
AtribuiçõesPalma do martírio; cão atado à coleira; emergindo do mar com a cabeça em mãos
PadroeiraPessoas angustiadas e deprimidas, contra mordida de cachorro e raiva do gado, cidade de Santa Quitéria
 Portal dos Santos

Quitéria de Brácara Augusta (Bragac. 120 – Aire-sur-l'Adour22 de Maio de 135) foi uma jovem infanta lusitana martirizada na povoação de Aire-sur-l'Adour, na Aquitânia, por exercer sua fé cristã.

Biografia

Segundo consta do hagiológio português e na história de Braga, Quitéria foi uma das nove filhas nascidas de parto único de Cálsia Lúcia, mulher de Lúcio Caio Otílio, governador de Portugal e Galiza sob o Império Romano, no século II da nossa era. Quitéria nasceu no ano de 120, em Bracara Augusta, na região do Minho, por ocasião em que seu pai acompanhava o imperador romano Adriano em viagem pela Península Ibérica.

Naquela época predominavam as superstições, a ponto de represália do marido, homem de procedimento muito rígido, instruiu a parteira de nome Cília que matasse as nove crianças. Mas, movida pelos sentimentos cristãos de piedade e amor ao próximo, Cília desobedeceu à patroa entregando as meninas ao arcebispo de Braga, Santo Ovídio, que as baptizou e encomendou o seu cuidado e educação a diversas famílias cristãs, tudo a suas expensas[1].

Anos mais tarde, tomando conhecimento da existência das suas filhas e estando comprometido com um cortesão de nome Germano, desejou que a filha Quitéria com ele se casasse. Ante a recusa da filha, Otílio condenou-a à morte, cuja execução foi perpetrada pelo próprio Germano no dia 22 de Maio do ano de 135. Quitéria estava com 15 anos de idade.

Conta-se que os soldados que a prenderam ficaram cegos. Diz ainda a tradição que após ter a cabeça decepada, Quitéria tomou em suas mãos e caminhou até a cidade vizinha onde caiu e foi sepultada[2].

Galeria

Notas

  1.  «SAN OVIDIO»parroquiasanmartin.com. Consultado em 17 de outubro de 2022
  2.  Biografia de Santa Quitéria.[ligação inativa]

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Quitéria de Brácara Augusta

SANTA JULIA DE CARTAGO - 2 DE MAIO DE 2024

 

Júlia de Cartago

Júlia de Cartago
Estátua e pintura de Santa Júlia na igreja homônima de Nonza
Virgem e Mártir
Nascimentoc. 420
Cartago
Mortec. maio de 450
Córsega
Veneração porIgreja Católica
Igreja Ortodoxa
Principal temploIgreja de Santa Júlia, BresciaItália
Festa litúrgica22 de maio no Ocidente
16 de julho no Oriente
AtribuiçõesCruzpalma do martírio
PadroeiraCórsegaLivorno
 Portal dos Santos

Júlia de Cartago, conhecida também como Júlia de Córsega (Cartagoc. 420 – Córsegac. 450), foi uma jovem mártir cristã que segundo relatos teria sido crucificada por não renunciar a sua fé.

Vida

Martírio de Júlia da Córsega por Floriano Ferramola no Museu de Santa Júlia em Bréscia

Santa Júlia nasceu de pais romanos nobres de África, pertencia a família Julia. Pouco se sabe de sua infância, mas afirma-se que vivia uma vida simples e dedicada a Deus. Quando era bastante jovem, em 436 sua cidade foi conquistada pelos vândalos, liderados por Genserico. Júlia foi capturada e vendida como escrava a Eusébio, um comerciante pagão sírio, porém ela não se queixou e nem se sentiu triste, pois compreendeu que era vontade de Deus. Aceitou tudo e desempenhou as tarefas mais humildes com uma alegria maravilhosa. Amou a Deus com todo o seu coração. Em suas horas vagas e com autorização de seu próprio amo, lia livros santos e rezava fervorosamente.

No ano de 450, seu dono resolveu levá-la consigo para a França. No caminho, parou em uma vila, na ilha de Córsega, para ir a um festival pagão. Júlia se negou a ir. Contudo, parou na porta do templo local e, ajoelhada, rezou para que Jesus convertesse todas aquelas pessoas.

Félix, o governador dessa região, ficou muito enojado com ela porque não se uniu ao festejo. Convidou Eusébio para um banquete em seu palácio e ofereceu-lhe quatro de suas melhores escravas em troca dela. Seu dono recusou, já que tinha um enorme afeto por Júlia, que era uma servente muito fiel e boa.

Enquanto o comerciante dormia, o governador fez com que Júlia fizesse sacrifícios a seus ídolos. Prometeu-lhe dar a liberdade se ela consentisse em abandonar o cristianismo. Ela se negou dizendo que a única liberdade que desejava era a de servir Jesus. Félix, mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada e atirada ao mar.[1] Quando Eusébio acordou, era tarde.

Ela aceitou o sofrimento como contribuição para que o cristianismo crescesse e desse frutos. O seu corpo foi encontrado, no dia 22 de maio de 450, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona. Depois eles o transportaram para a ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro.

No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo Desidério, mandou transladar as relíquias de santa Júlia para Brescia, propagando ainda mais sua veneração entre os fiéis. Um ano depois, o Papa Paulo I consagrou a Santa Júlia uma igreja naquela cidade.[2] A sua festa litúrgica ocorre no dia 22 de maio. É a padroeira da Córsega.

Ver também

Referências

  1.  «St. Julia, Virgin and Martyr of Corsica - Information on the Saint of the Day - Vatican News»www.vaticannews.va (em inglês). Consultado em 22 de maio de 2022
  2.  «Santa Giulia»Santiebeati.it. Consultado em 22 de maio de 2022
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