terça-feira, 21 de maio de 2024

ANTÓNIO ARNAUT - MORREU EM 2018 - POLÍTICO PORTUGUÊS (PAI DO Serviço Nacional de Saúde.) - 21 DE MAIO DE 2024

 

António Arnaut

António Arnaut
António Arnaut
Ministro(a) de Portugal Portugal
PeríodoII Governo Constitucional
  • Ministro de Estado dos Assuntos Sociais
Antecessor(a)Armando Bacelar
Sucessor(a)Acácio Pereira Magro
Dados pessoais
Nascimento28 de janeiro de 1936
CumeeiraPenela
Morte21 de maio de 2018 (82 anos)
Santo António dos OlivaisCoimbra
PartidoPS
Profissãoadvogado

António Duarte Arnaut GOL • GCL (PenelaCumeeira28 de janeiro de 1936 – CoimbraSanto António dos Olivais21 de maio de 2018) foi um advogado e político português.

Ocupou o cargo de Ministro dos Assuntos Sociais do II Governo Constitucional.

Biografia

Era advogado, tendo obtido a licenciatura em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1959.

Desde jovem se envolveu na oposição ao Estado Novo. Participou na comissão distrital da candidatura presidencial de Humberto Delgado, em Coimbra, em 1958, foi arguido no processo resultante da carta dos católicos a António de Oliveira Salazar, em 1959, candidato à Assembleia Nacional, pela Comissão Democrática Eleitoral, no círculo de Coimbra, nas eleições legislativas de 1969.

Militante da Acção Socialista Portuguesa desde 1965, foi cofundador do Partido Socialista, em 1973, na cidade alemã de Bad Münstereifel, tendo sido seu dirigente até 1983.

Ministro do II Governo Constitucional, formado por coligação entre o PS e o CDS de Diogo Freitas do Amaral, coube-lhe a pasta dos Assuntos Sociais, tendo nessa qualidade lançado o Serviço Nacional de Saúde.[1]

Exerceu diversos cargos na Ordem dos Advogados, nomeadamente o de presidente do Conselho Distrital de Coimbra.[2] É autor de um Estatuto da Ordem dos Advogados Anotado, bem como de um ensaio intitulado Iniciação à Advocacia, destinado a estudantes e jovens advogados. Em 2007, recebeu a Medalha de Honra da Ordem dos Advogados.[3]

Foi um dos fundadores do Círculo Cultural Miguel Torga e presidente da sua Assembleia Geral.[4]

Em 1995, fundou a Associação Portuguesa de Escritores Juristas, de que foi presidente.[5]

Foi vogal do Conselho Superior da Magistratura.[6]

Foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade a 25 de abril de 2004, nas comemorações dos 30 anos da Revolução de 25 de Abril.[7]

A 7 de abril de 2016, nas comemorações do Dia da Saúde, foi elevado ao grau de Grã-Cruz da Ordem da Liberdade pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.[7]

Em 2016, foi nomeado presidente honorário do PS no XX congresso do partido, após a morte de António de Almeida Santos.[8]

Faleceu nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde estava internado, no dia 21 de maio de 2018.[9]

Funções políticas

Após a Revolução de 25 de Abril, desempenhou vários cargos políticos:

Funções maçónicas

Foi Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa, de 2002[11] a 2005.[12]

Obra publicada

Poesia

  • Versos da mocidade. 1954
  • Pátria, memória antiga. 1.ª ed., 1986. 2.ª ed., 1992.
  • Miniaturais outros sinais: poesia. Coimbra, Livraria Almedina, 1987.
  • Conto de Job (Homenagem a Miguel Torga). 1996
  • Nobre arquitectura. 1997
  • Por este caminho. 1.ª ed., 1999. 2.ª ed., Coimbra, Coimbra Editora, 2000. ISBN 978-972-32-0937-2
  • Do litoral do teu corpo: antologia do amor. Vila Nova de Gaia, Editora Ausência, 2003. ISBN 978-989-553-009-0
  • Recolha poética (1954-2004). Coimbra, Coimbra Editora, 2004. ISBN 978-972-32-1234-1

Ficção

  • Rude tempo, rude gente. 1.ª ed. 1985. 2.ª ed. 1995.
  • A viagem: contos do absurdo. Coimbra, Livraria Almedina, 1988.
  • Ossos do ofício. 1.ª ed., Coimbra, Fora do Texto, 1990. 2.ª ed., Coimbra, Coimbra Editora, 2002. ISBN 978-972-32-1093-4
  • Rio das sombras. Coimbra, Coimbra Editora, 2007. ISBN 978-972-32-1533-5[13]

Poesia e ficção

Ensaio e outras

  • Serviço Nacional de Saúde: uma aposta no futuro, 1978.
  • A condição portuguesa no Diário de Miguel Torga (Conferência), 1984.
  • Onze anos depois de Abril - Reflexão Política, 1985.
  • Para uma visão diacríptica do romance com Miguel Torga. Coimbra, Gráfica de Coimbra, 1985[14].
  • O dia do encontro - No 40.º aniversário da D. U. D. do Homem (Conferência), 1989.
  • Protótipos Torguianos (Conferência), 1990.
  • Estudos Torguianos. 1.ª ed., 1992. 2.ª ed., 1997.
  • Iniciação à advocacia: história, deontologia, questões práticas. 1.ª ed., 1993. 9.ª ed., Coimbra, Coimbra Editora, 2006. ISBN 978-972-32-1440-6
  • Introdução à maçonaria. 1.ª ed., 1996. 5.ª ed., Coimbra, Coimbra Editora, 2006. ISBN 978-972-32-1416-1
  • Estatuto da Ordem dos Advogados: anotado. 1.ª ed., 1996. 10.ª ed., Coimbra, Coimbra Editora, 2006. ISBN 978-972-32-1409-3
  • Entre o esquadro e o compasso: três intervenções. 1999.
  • Ética e Direito: algumas questões concretas. Coimbra, Livraria Mateus, 1999. ISBN 972-98263-0-7
  • Vencer a morte: conferência (seguida de três poemas). Coimbra, Coimbra Editora, 2001. ISBN 978-972-32-1007-1
  • Fernando Pessoa e a Maçonaria. Lisboa, Grémio Lusitano, 2005.

Antologias

Participou na organização das seguintes antologias:

  • Imaginários Portugueses: antologia de autores portugueses contemporâneos. Com outros. Coimbra, Fora do Texto, 1992.
  • Cântico em Honra de Miguel Torga. Com Rui Mendes. Coimbra, Fora do Texto, 1996.

Fonte das obras publicadas

As obras publicadas foram identificadas na Base Nacional de Dados Bibliográficos (PORBASE)[15] e no livro de António Arnaut Introdução à maçonaria.

Referências

  1.  Cf. Entrevista Arquivado em 3 de junho de 2013, no Wayback Machine. a António Arnaut no site do Congresso realizado em 26 e 27 de março de 2009 sobre o sistema de saúde português.
  2.  Cf. Conselho Distrital de Coimbra (consultado em 3 de Abril de 2010)
  3.  Cf. Medalha de Honra da Ordem dos Advogados.
  4.  «Rio de Sombras de António Arnaut, apresentado em Vila Realnoticias do Douro, Edição de 28-03-2008»
  5.  Biografia[ligação inativa] no sítio da Internet da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas. (consultado em 3 de abril de 2010)
  6.  Cf. site na Internet do Conselho Superior da Magistratura Arquivado em 23 de agosto de 2014, no Wayback Machine.. (consultado em 3 de abril de 2010)
  7. ↑ Ir para:a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Duarte Arnaut". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 13 de janeiro de 2015
  8.  Cf. Presidente honorário do Partido Arquivado em 13 de janeiro de 2017, no Wayback Machine., na página oficial do Partido Socialista.
  9.  observador.pt (21 de maio de 2018). «Morreu António Arnaut, pai do SNS e "o socialista mais genuíno"». Consultado em 21 de maio de 2018
  10.  Deputados à Assembleia Constituinte].
  11.  «António Arnaut é o novo Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano»Público. 24 de Junho de 2002. Consultado em 8 de Outubro de 2015
  12.  Grande Oriente Lusitano. «Past Grão-Mestres». Consultado em 12 de janeiro de 2017[ligação inativa]
  13.  Romance histórico que questiona em que medida a acção político-partidária será ainda "compatível com a lisura de carácter" e com a ética. Cf. [1]
  14.  Conferência integrada no ciclo "O romance português contemporâneo".
  15.  António Arnaut na PORBASE.

Precedido por
Armando Bacelar
Ministro dos Assuntos Sociais
II Governo Constitucional
1978
Sucedido por
Acácio Pereira Magro
Precedido por
Eugénio Óscar Filipe de Oliveira
Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano
2002 – 2005
Sucedido por
António Fernando Marques Ribeiro Reis

SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES (CRISTOBAL DE MAGALLANES) - 21 DE MAIO DE 2024

 

Cristóvão de Magalhães

São Cristóvão de Magalhães
São Cristóvão de Magalhães
Mártir
Nascimento30 de julho de 1869
Totatiche , JaliscoMéxico
Morte25 de maio de 1927 (57 anos)
Jalisco, Mexico
ProgenitoresMãe: Clara Jara
Pai: Rafael de Magallhães
Veneração porIgreja Católica
Beatificação22 de novembro de 1992
Roma
por Papa João Paulo II
Canonização21 de maio de 2000
Roma
por Papa João Paulo II
Festa litúrgica21 de Maio
 Portal dos Santos

São Cristóbal Magallanes Jara, também conhecido como Cristóvão de Magalhães é um mártir e santo venerado na Igreja Católica que foi assassinado sumariamente enquanto celebrava a Missa durante a guerra dos Cristeiros no México.

Infância e juventude

Nascido em TotaticheJaliscoMéxico no dia 30 de julho de 1869. Filho de Rafael de Magallhães e Clara Jara, que trabalhavam como fazendeiros.

Seu trabalho durante a infância era de pastoreio e entrou no seminário São José em Guadalajara com 19 anos.

Sacerdócio

Foi ordenado com 30 anos em Guadalajara e trabalhou como capelão da escola do Espírito Santo na mesma cidade. Após alguns anos foi designado pároco de sua cidade natal Totatiche. Seus biógrafos coincidem em que era um sacerdote piedoso e serviçal. Em sua paróquia ajudou a fundar escolas, carpintarias e planejou a represa conhecida como "La Candelária".

Executou um grande trabalho pastoral entro os índios huichol, ajudando a que estes repovoassem a cidade de Azqueltán. Fundou um orfanato, um asilo para idosos e criou capelas e pequenas Igrejas nas fazendas da sua paróquia.

Em 1916 fundou o Seminário Auxiliar de Nossa Senhora de Guadalupe donde saíram um de seus companheiros de martírio Agustín Caloca Cortés e o que o sucedeu na paróquia Pe. José Pilar Quezada Valdés.

Martírio

Magalhães sempre escreveu e pregou contra a rebelião armada, mas foi falsamente acusado de promover a rebelião Cristeira na sua região. Preso em 21 de Maio de 1927 enquanto se dirigia para celebrar a Missa numa fazenda, deu aos seus assassinos seus bens, e sem julgamento, foi martirizado quatro dias depois com outros católicos em Colotlán, Jalisco.

Diante de seus assassinos, São Cristóvão de Magalhães disse em voz alta:

Sou e morro inocente; perdoo de coração aos que me matam e peço a Deus que meu sangue sirva para a paz dos Mexicanos desunidos
Original (em castelhano): Soy y muero inocente; perdono de corazón a los autores de mi muerte y pido a Dios que mi sangre sirva para la paz de los mexicanos desunidos
— São Cristóvão de Magalhães

 (em castelhano)

. Vendo um de seus companheiros assustado lhe disse:

Padre, só um momento e estaremos no Céu
Original (em castelhano): Padre, solo un momento y estaremos en el Cielo
— São Cristóvão de Magalhães

 (em castelhano)

Estas foram suas últimas palavras.

Após sua morte foo sucedido como pároco pelo Frei José Pilar Quezada Valdés, que foi posteriormente o primeiro bispo da Arquidiocese de Acapulco.

Canonização e Representações na cultura popular

Padre Cristóvão de Magalhães foo canonizado pelo Papa João Paulo II em 21 de Maio de 2000.

Ele é venerado na Igreja Católica como memória facultativa no dia 21 de Maio.

No filme Cristiada de Andy Garcia, São Cristóvão de Magalhães é representado pelo ator Peter O'Toole.

Ver também

Ligações externas


SÃO MANÇOS - ÉVORA - 21 DE MAIO DE 2024

 

Manços de Évora

Manços de Évora
Antiga capella de San Mancio al monestir de Sahagún, avui en ruïnes
Nascimentoséculo I
Roma
Morteséculo I
CidadaniaReino de Portugal
São Manços, em iluminura do século XVI

São Manços ou São Mâncio é um bispo semi-lendário, considerado santo, que terá sido o primeiro bispo da Arquidiocese de Évora e de Lisboa.

Em 1195 surge uma referência escrita a este e o seu culto difundiu-se nos fins do século XIII.

Segundo a versão mais conhecida, ainda que toda a sua história esteja envolta em lenda, teria sido um romano discípulo de Cristo, que não um dos Doze Apóstolos, que terá inclusive participado na Última Ceia e testemunhado o acontecimento do Pentecostes.

Depois terá sido enviado a evangelizar a Península Ibérica, fixando-se em Évora, onde fundaria o seu bispado. Terá sido, também, o primeiro bispo de Lisboa no ano 36.

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