sábado, 11 de maio de 2024

Jiddu Krishnamurti - filósofo - nasceu em 1895 - 11 de MAIO DE 2024

 

Jiddu Krishnamurti

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jiddu Krishnamurti
em telugoజిడ్డు కృష్ణ మూర్తి
Jovem Jiddu Krishnamurti na década de 1920.
Nascimento11 de maio de 1895
Madanapalle
Morte17 de fevereiro de 1986 (90 anos)
OjaiCalifórnia
Nacionalidadeindiano
Ocupaçãofilósofoescritoreducador

Jiddu Krishnamurti (telugu: జిడ్డు కృష్ణ మూర్తి) (Madanapalle11 de maio de 1895 — Ojai17 de fevereiro de 1986) foi um filósofoescritororador e educador indiano. Proferiu discursos que envolveram temas como revolução psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, a natureza da mente, a origem do pensamento e a realização de mudanças positivas na sociedade global. Constantemente ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, política ou social. Uma revolução que só poderia ocorrer através do autoconhecimento; bem como da prática correta da meditação ao homem liberto de toda e qualquer forma de autoridade psicológica.

Vida

Seu pai, Jiddu Narianiah, graduado na Universidade de Madrasta e empregado do departamento de receita inglês, alcançou a posição de coletor de renda e magistrado do distrito. Seus pais tiveram um total de onze filhos, dos quais seis sobreviveram à infância.[1]

Jiddu Krishnamurti veio de uma família telagú de linha Brahmanica. Nasceu em 12 de maio em um pequeno povoado situado a 250 quilómetros ao norte de Madrasta. Como oitavo filho, seu nome foi dado segundo a tradição ortodoxa hindu, em homenagem a Sri Krishna que havia sido também um oitavo filho.

Com seus irmãos acompanhou seu pai Jiddu Narianiah a Adyar em 23 de janeiro de 1909, pois este conquistara um emprego de secretário-assistente da Sociedade Teosófica, entidade que estuda todas as religiões. Reza a tradição brâmane, a qual a família era vinculada, que o oitavo filho toma no batismo o nome Krishna, em homenagem ao deus Sri Krishna, de quem a mãe, Sanjeevamma, era devota; foi o que aconteceu com Krishnamurti, a quem foi dado o nome de Krishna, juntamente com o nome de família, Jiddu.

Com a idade de treze anos, passou a ser educado pela Sociedade Teosófica, que o considerava um dos grandes Mestres do mundo. Em Adyar, Krishnamurti, foi 'descoberto' por Charles W. Leadbeater, famoso membro da Sociedade Teosófica (ST), em abril de 1909, que, após diversos encontros com o menino, viu que ele estava talhado para se tornar o 'Instrutor do Mundo', acontecimento que vinha sendo aguardado pelos teosofistas. Após dois anos, em 1911 foi fundada a Ordem da Estrela do Oriente, com Krishnamurti como chefe, que tinha como objetivo reunir aqueles que acreditavam nesse acontecimento e preparar a opinião pública para o seu aparecimento, com a doação de diversas propriedades e somas em dinheiro.

Krishnamurti assim foi sendo preparado pela ST; algo, porém, iniciou sua separação de seus tutores: a morte de seu irmão Nitya em 13 de novembro de 1925, que lhe trouxe uma experiência que culminou em uma profunda compreensão. Krishnamurti em breve viria a emergir como um instrutor espiritual, e dito Mestre extraordinário e inteiramente descomprometido. As suas palestras e escritos não se ligam a nenhuma religião específica, nem pertencem ao Oriente ou ao Ocidente, mas sim ao mundo na sua globalidade:

"Afirmo que a Verdade é uma terra sem caminho. O homem não pode atingi-la por intermédio de nenhuma organização, de nenhum credo (…) Tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão dos conteúdos da sua própria mente, através da observação. (…)".

Durante o resto da existência, foi rejeitando insistentemente o estatuto de guia espiritual que alguns tentaram lhe atribuir. Continuou a atrair grandes audiências por todo o mundo, mas recusando qualquer autoridade, não aceitando discípulos e falando sempre como se fosse de pessoa a pessoa. O cerne do seu ensinamento consiste na afirmação de que a necessária e urgente mudança fundamental da sociedade só pode acontecer através da transformação da consciência individual. A necessidade do autoconhecimento e da compreensão das influências restritivas e separativas das religiões organizadas, dos nacionalismos e de outros condicionamentos, foram por ele constantemente realçadas. Chamou sempre a atenção para a necessidade urgente de um aprofundamento da consciência, para esse "vasto espaço que existe no cérebro onde há inimaginável energia". Essa energia parece ter sido a origem da sua própria criatividade e também a chave para o seu impacto catalítico numa tão grande e variada quantidade de pessoas.

educação foi sempre uma das preocupações de Krishnamurti. Fundou várias escolas em diferentes partes do mundo onde crianças, jovens e adultos pudessem aprender juntos a viver um cotidiano de compreensão da sua relação com o mundo e com os outros seres humanos, de descondicionamento e de florescimento interior. Durante sua vida, viajou por todo o mundo falando às pessoas, tendo falecido em 1986, com a idade de noventa anos. As suas palestras e diálogos, diários e outros escritos estão reunidos em mais de sessenta livros.

Reconhecendo a importância dos seus ensinamentos, amigos do filósofo estabeleceram fundações, na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina e na Índia, assim como Centros de Informação, em muitos países do mundo, onde se podem colher informações sobre Krishnamurti e a sua obra. As fundações têm carácter exclusivamente administrativo e destinam-se não só a difundir a sua obra mas também a ajudar a financiar as escolas experimentais por ele fundadas.

Foi vegetariano desde nascença.[2]

Citações

Livros publicados

  • A Busca (Poemas)
  • Cartas às Escolas
  • Comentários Sobre Viver
  • O Despertar da Sensibilidade
  • O Descobrimento do Amor
  • Diálogos Sobre a Vida
  • Diálogos Sobre a Visão Intuitiva
  • Diário de Krishnamurti
  • Vida e Morte de Krishnamurti
  • A Educação e o Significado da Vida
  • A Eliminação do Tempo Psicológico
  • Ensinar e Aprender
  • A Essência da Maturidade
  • Fora da Violência
  • O Futuro da Humanidade
  • O Futuro é Agora
  • Libertação dos Condicionamentos
  • Liberte-se do Passado
  • O Mistério da Compreensão
  • O Mundo Somos Nós
  • Novo Acesso à Vida
  • Novo Ente Humano
  • Novos Roteiros em Educação
  • Onde Está a Bem-Aventurança
  • O Passo Decisivo
  • Palestras com Estudantes Americanos
  • A Primeira e Última Liberdade
  • A Questão do Impossível
  • A Rede do Pensamento
  • Reflexões Sobre a Vida
  • Sobre o Amor e a Solidão
  • Sobre o Aprendizado e o Conhecimento
  • Sobre o Conflito
  • Sobre Deus
  • Sobre Liberdade
  • Sobre o Medo
  • Sobre a Mente e o Pensamento
  • Sobre a Natureza e o Meio Ambiente
  • Sobre Relacionamentos
  • Sobre a Verdade
  • Sobre a Vida e a Morte
  • Sobre o Viver Correto
  • Uma Nova Maneira de Agir
  • O Verdadeiro Objetivo da Vida
  • O Voo da Águia
  • Acampamento em Ommen, Holanda 1937/38
  • Aos pés do Mestre

Ver também

Referências

  1.  Williams, C. V. (2004). Jiddu Krishnamurti: World Philosopher (1895-1986) : His Life and Thoughts (em inglês). [S.l.]: Motilal Banarsidass Publ.
  2.  Rynn Berry, The New Vegetarians, Pytagorean Publishers, 1993, p. 180.

Ligações externas

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SANTO ANTIMO - WIKIPEDIA - 11 DE MAIO DE 2024

 

Ântimo III de Constantinopla

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ântimo III de Constantinopla
Patriarca Ântimo III de Constantinopla
Nascimento1762
Naxos (Império Otomano)
Morte1842
Esmirna
Ocupaçãopresbítero ortodoxo
Religiãocristianismo ortodoxo

Ântimo III de Constantinopla (em gregoΆνθιμος Γ΄17621842) foi patriarca ecumênico de Constantinopla entre 1822 e 1824.

História

Ântimo era natural de Koronis, na ilha de Naxos, em 1762. Seu pai era o sacerdote de sua vila e de origem lacônia, com sobrenome Chorianopoulos. Ântimo serviu como diácono do Patriarcado durante o patriarcado de Neófito VII e como grande arquidiácono a partir de 1791. Em abril de 1797, tornou-se protossincelo do Patriarcado.

No mesmo ano, foi eleito bispo metropolitano de Esmirna no lugar do metropolitano Gregório, que assumiu o patriarcado com o nome de Gregório V. Em 1821, Ântimo foi eleito metropolitano de Calcedônia, onde permaneceu até 1822. Os otomanos, em retaliação por causa da Revolução Grega, o prenderam juntamente com outros hierarcas gregos e o mantiveram em cativeiro por sete meses na masmorra de uma prisão em Istambul. Em 1822, depois que Gregório V foi enforcado e Eugênio II, seu sucessor, ter morrido por causa dos ferimentos sofridos sob tortura, Ântimo, ainda preso, foi eleito patriarca.

Durante seu mandato, ele conseguiu manter a independência da Igreja de Chipre e suas prerrogativas durante um período no qual os otomanos continuavam executando clérigos e kodjabashis (lideranças cristãs entre os anciãos) da ilha e até mesmo membros do Santo Sínodo defendiam a sua abolição. Ântimo também proibiu que um protestante inglês publicasse uma tradução da Bíblia para o grego demótico pela imprensa patriarcal.

Em 1824, Ântimo III foi deposto pelo sultão Mamude II por ter se recusado a cooperar com ele na luta contra a Revolução Grega e acusado de apoiar a independência dos sérvios do Império Otomano. Ele se refugiou em Üsküdar e foi depois exilado para o Mosteiro de Timiou Prodromou, em Kayseri, na Capadócia. Depois de muitos meses de exílio e de diversas vicissitudes que prejudicaram sua saúde, o sultão permitiu que ele retornasse para Esmirna em dezembro de 1825.

Ali Ântimo viveu num pequeno apartamento em Alta Mahalla e participava com frequência da vida cristã local. Ele também serviu como interino do bispo metropolitano de Esmirna em 1831 e em 1833. Faleceu em 1842 no Hospital Grego de Esmirna e deixou todas as suas posses para igrejas e instituições de caridade. Seu magnífico funeral foi realizado pelo bispo metropolitano de ÉfesoÂntimo V, e seu corpo foi sepultado na Igreja de São João, o Teólogo, onde havia um grande ícone em sua homenagem até a Guerra greco-turca de 1919-1922.

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