terça-feira, 23 de abril de 2024

DIA DO ABRAÇO - 23 DE ABRIL DE 2024

 

Abraço

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um abraço durante um show na Itália

Abraço ou amplexo é quando duas ou mais pessoas, geralmente duas, ficam parcial ou completamente entre os braços da outra. É usado, dependendo da cultura local, como forma de demonstração de afeto de uma pessoa para outra. Através dele podemos cumprimentar ou expressar sentimentos como carinhoamorcompaixãosaudade, congratulação, terror, etc. Um abraço em alguém pode demonstrar também proteção instintiva.

Especificações

Um abraço pode ser um sinal de alegria ou felicidade
Um abraço após um show nos Estados Unidos
Um abraço depois de um jogo de vôlei no Canadá
Um abraço na Argentina

Um abraço, às vezes associado a um beijo, é uma forma de comunicação não verbal. Dependendo da cultura, do contexto e do relacionamento, um abraço permite que você exteriorize um sentimento de amizadeamor, fraternidade ou simpatia[1] Ao contrário de outros tipos de contato físico, um abraço pode ser feito publicamente e em privado, sem estigma em muitos países e em diferentes religiões e culturas, independentemente de sexo ou idade. [2] Geralmente é um indicador de familiaridade com o outro.

Carícias

Em 2014, os sociólogos britânicos Eric Anderson e Mark McCormack publicaram um estudo mostrando que 93% dos jovens estudantes de esportes heterossexuais britânicos já abraçaram um amigo como sinal de amizade. [3] [4] Outro estudo britânico de 30 homens heterossexuais que estudam esportes publicado na revista científica Men and Masculinities em 2017 descobriu que 29 de 30 homens deram abraços e carícias na cama com seu amigo bromantico.[5]

Tipos de abraço

Impessoal

Um abraço impessoal geralmente é apenas falado e não é dado de fato. Especialmente no Brasil, é comum cumprimentar ou se despedir dizendo "um abraço", mas muitas vezes não abraçando de fato. Esse tipo de abraço impessoal é um sinal de mínima intimidade mas é comum também entre pessoas desconhecidas. Ao se despedir numa carta, por exemplo, é relativamente comum dizer "um abraço", "abraço" ou "abraços". Na linguagem da internet - o internetês - isso pode ser ainda representado por dois colchetes, desta forma: []'s ou ainda por parênteses assim: ()'s ou mesmo escrito sob a forma de "abç" ou "abs" (não apenas na internet, mas também em uma carta ou bilhete informal). Esse tipo de expressão, no entanto, não é tão comum em outras línguas. No inglês, por exemplo, "hug" pode ser íntimo demais caso seja escrito ou falado e dificilmente tem o sentido impessoal.

Sexual

Na cultura popular brasileira, chama-se o abraço que exprime uma conotação sexual como "amasso" ou "abraço quente". Um abraço neste estilo consiste geralmente em apalpar, apegar-se ou apertar mais que um abraço comum.

Amplexoterapia

Acredita-se que abraçar seja uma ótima terapia contra a tristeza e a depressão, pois o abraço seria muito mais do que um simples "apertão" de braços, e que no momento que abraçamos afetuosamente a quem apreciamos, transmitimos ali emoções como o amor e a paz.

Galeria

Ver também

Referências

  1.  Kathleen Keating, The Hug Therapy Book, Hazelden Publishing, USA, 2011
  2.  Cédric Mayrargue, Universal and Culture-Specific Properties of Greetings, Journal of Linguistic Anthropology, USA, volume 7, p. 63-97, junho de 2008
  3.  Eric Anderson Mark McCormack, Cuddling and Spooning: Heteromasculinity and Homosocial Tactility among Student-athletes, Men and Masculinities, USA, junho 2015, volume 18. 2, p.421–430
  4.  Henry Alford, The Bro Hug: Embracing a Change in Custom, nytimes.com, EUA, 26 de setembro de 2014
  5.  Amanda MacMillan, Men Are More Satisfied By ‘Bromances’ Than Their Romantic Relationships, Study Says, time.com, EUA, 12 de outubro de 2017
Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Abraço

DIA DO AUTOR PORTUGUÊS - 23 DE ABRIL DE 2024

 

Autor

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Autor (desambiguação).
Mark Twain foi um proeminente autor americano em vários gêneros, incluindo ficção e jornalismo, durante o século XIX.
Virginia Woolf, uma das autoras mulheres mais influentes do século XX.

Autor (do latim auctor, derivado do verbo augeo, 'aumentar')[1] é aquele que cria, causa ou dá origem a alguma coisa, especialmente obra literária, artística ou científica.[2] É diferente de narrador.[3] Na narratologia, o autor é uma das entidades da história.

Roland Barthes escreve, em seu ensaio "Morte do Autor" (1968), que "é a língua que fala, não o autor".[4] As palavras e a linguagem de um texto determinam e expõem o significado para Barthes, e não para alguém que tenha responsabilidade legal pelo processo de sua produção. Cada linha de texto escrito é um mero reflexo de referências de qualquer uma das muitas tradições, ou, como Barthes coloca, "o texto é um tecido de citações retiradas dos inúmeros centros de cultura"; nunca é original. Com isso, a perspectiva do autor é retirada do texto, e os limites anteriormente impostos pela ideia de uma voz autoral, um sentido último e universal, são destruídos. A explicação e o significado de uma obra não precisam ser buscados naquele que a produziu, "como se sempre fosse no final, através da alegoria mais ou menos transparente da ficção, a voz de uma única pessoa, o autor 'confiando' em nós". A psique, a cultura, o fanatismo de um autor podem ser desconsiderados quando se interpreta um texto, porque as próprias palavras são suficientemente ricas com todas as tradições da linguagem. Para expor significados em um trabalho escrito sem apelar para a celebridade de um autor, seus gostos, paixões, vícios, é, para Barthes, permitir que a linguagem fale, ao invés de autor.

Michel Foucault argumenta em seu ensaio "O que é um autor?" (1969) que todos os autores são escritores, mas nem todos os escritores são autores. Ele afirma que "uma carta particular pode ter um signatário - ela não tem um autor".[5] Para um leitor atribuir o título de autor a qualquer trabalho escrito é atribuir certos padrões ao texto que, para Foucault, está trabalhando em conjunto com a ideia de "a função de autor".[5] A função de autor de Foucault é a ideia de que um autor existe apenas em função de um trabalho escrito, uma parte de sua estrutura, mas não necessariamente parte do processo interpretativo. O nome do autor "indica o status do discurso dentro de uma sociedade e cultura", e em algum momento foi usado como uma âncora para interpretar um texto, uma prática que Barthes argumentaria não ser um esforço particularmente relevante ou válido.[5]

Expandindo a posição de Foucault, Alexander Nehamas escreve que Foucault sugere que "um autor [...] é quem pode ser entendido como tendo produzido um texto em particular como o interpretamos", não necessariamente quem escreveu o texto.[carece de fontes] É essa distinção entre produzir uma obra escrita e produzir a interpretação ou o significado em uma obra escrita na qual tanto Barthes quanto Foucault estão interessados. Foucault alerta para os riscos de manter o nome do autor em mente durante a interpretação, porque poderia afetar o valor e significado com o qual se lida com uma interpretação.

Os críticos literários Barthes e Foucault sugerem que os leitores não devem confiar ou procurar a noção de uma voz abrangente ao interpretar um trabalho escrito, devido às complicações inerentes ao título de autor de um escritor. Eles advertem sobre os perigos que as interpretações podem sofrer ao associar o assunto de palavras e linguagem inerentemente significativas à personalidade de uma voz autoral. Em vez disso, os leitores devem permitir que um texto seja interpretado em termos da linguagem como "autor".

A Escrita

... Escrever significa revelar-se ao excesso .... É por isso que nunca se pode ficar sozinho quando se escreve, porque mesmo a noite não é noite suficiente. ... Tenho pensado muitas vezes que o melhor modo de vida para mim seria sentar-me no cômodo mais recôndito de um espaçoso porão trancado com minhas coisas de escrita e uma lâmpada. Comida seria trazida e sempre colocada longe do meu quarto, do lado de fora da porta mais externa da adega. A caminhada até a minha comida, no meu roupão, através dos porões abobadados, seria meu único exercício. Eu então voltava para a minha mesa, comia devagar e com deliberação, depois começava a escrever de novo imediatamente. E como eu iria escrever! De que profundidade eu iria arrastar! [Franz Kafka, "Cartas para Felice", 1913][6]

Ver também

Wikcionário
Wikcionário tem o verbete Autor.

Referências

  1.  «author (n.)». Online Etmology Dictionary. Consultado em 29 de Janeiro de 2016
  2.  «Significado de Autor». Dicio. Consultado em 29 de Janeiro de 2016
  3.  «Autor e Narrador: Diferenças». Algo Sobre. Consultado em 29 de Janeiro de 2016
  4.  Roland., Barthes, (1977). Image, music, text. [London]: Fontana. ISBN 0006348807OCLC 4466112
  5. ↑ Ir para:a b c Alter, Jean; Harari, Josue V. (1980). «Textual Strategies: Perspectives in Post-Structuralist Criticism»Poetics Today2 (1b). 213 páginas. ISSN 0333-5372doi:10.2307/1772249
  6.  «author | Origin and meaning of author by Online Etymology Dictionary

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