sábado, 20 de abril de 2024

DIA DSA LINGUAGEM CHINESA OU MANDARIM - 20 DE ABRIL DE 2024

 

Língua mandarim

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre um grupo dialetal chinês. Para a língua oficial da China, veja Mandarim padrão.
Mandarim

官話

Pronúncia:Guānhuà
Outros nomes:北方話 (Běifānghuà)
Falado(a) em: China
 Hong Kong
 Macau
Singapura Singapura
 Taiwan
 Organização das Nações Unidas
Região:Leste Asiático
Total de falantes:Cerca de 921.5 milhões de falantes nativos, e mais de 198.7 milhões como segunda língua, no total 1.120 bilhão de falantes
Posição:1
Família:Sino-tibetana
 Chinês
  Mandarim
Estatuto oficial
Língua oficial de:ChinaTaiwanHong KongMacauSingapura, e outros países
Regulado por:República Popular da China
Códigos de língua
ISO 639-1:zh
ISO 639-2:chi (B)zho (T)
ISO 639-3:cmn

Mandarim (chinês simplificado官话chinês tradicional官話pinyinGuānhuà; lit. "fala dos oficiais"; ou ainda, chinês simplificado北方话chinês tradicional北方話pinyinBěifānghuà; lit. "dialetos do norte") é uma das variações da língua chinesa falada na maior parte do norte e do sudoeste da China. Quando é considerado um idioma separado, como frequentemente é feito pela literatura acadêmica, o mandarim possui mais falantes do que qualquer outra língua.

Na linguística, o termo "mandarim" pode se referir a qualquer um dos dois conceitos distintos:

  • Chinês padrão ou mandarim padrão (Putonghua / Guoyu / Huayu / Hanyu), que é baseado no dialeto específico do mandarim falado em Pequim. O mandarim padrão funciona como a língua oral oficial da República Popular da China, da República da China, e é um dos quatro idiomas oficiais de Singapura. O "chinês" - na prática, o mandarim padrão - é uma das seis línguas oficiais das Nações Unidas.
  • Cada um dos dialetos do mandarim, falados no norte e sudoeste da China. Este grupo de dialetos é o foco deste artigo. No uso cotidiano, o termo mandarim se refere normalmente apenas ao mandarim padrão (Putonghua/Guoyu). Num sentido mais amplo, o mandarim é um grupo diverso de dialetos muito próximos linguisticamente, alguns menos mutuamente inteligíveis que outros. É um agrupamento definido e utilizado principalmente por linguistas, e não é comumente utilizado fora dos círculos acadêmicos, ou como forma de autodescrição. Em vez disso, quando perguntados sobre a forma oral do idioma que está utilizando, o chinês que fale uma forma não padrão do mandarim descreverá a variante que está falando, por exemplo, mandarim do sudoeste ou mandarim do nordeste, e considerá-lo diferente do mandarim padrão (putonghua); podem nem mesmo reconhecer que o idioma que falam é categorizado pelos linguistas como uma forma de mandarim, neste sentido mais amplo do termo.

Não existe uma identidade comum "mandarim" baseada no idioma; em vez disso, existem fortes identidades regionais, centradas em cada um dos dialetos individuais, devido à ampla distribuição geográfica e diversidade cultural de seus falantes. Deve-se ressaltar também que, apesar de seu uso difundido no Ocidente, a maior parte dos falantes nativos de mandarim são relutantes em reconhecer o termo mandarim para descrever o idioma, já que a palavra não reflete qualquer origem chinesa; em vez disso, costuma-se referir à língua simplesmente como 'chinês padrão'.

Como todas as outras variantes do chinês, existem diversas controvérsias sobre se o mandarim deve ser considerado um idioma ou um dialeto.

Etimologia e história

O termo "mandarim" nasceu das relações comerciais entre portugueses e chineses no início do século XVII. Os comerciantes lusitanos aportavam nas cidades chinesas em busca de cháseda e outros artigos exóticos, e tratavam com funcionários determinados pelo governo imperial da China. Seus subordinados eram proibidos de entrar em contato com os forasteiros, e o comércio era feito apenas com os chineses que mandavamː assim, o idioma utilizado por estes funcionários ficou conhecido como "mandarim" no ocidente[carece de fontes]. Outra versão largamente difundida para a origem da palavra é que ela viria originalmente do Sânscrito "mantri", significando "conselheiro", "ministro de estado", passando então ao malaio "menteri", depois ao português "mandarim"[1] e, a partir do português, teria sido assimilada por outras línguas europeias, incluindo o inglês, onde o registro do primeiro uso da palavra "mandarin" data de 1589.

O mandarim possui 80 000 (oitenta mil) caracteres, chamados de hanzis, dos quais 7 000 (sete mil) são mais usados.

Uma pesquisa nacional do Ministério da Educação da China mostrou que, hoje em dia, 94% dos chineses falam mandarim[carece de fontes], a língua oficial do país, na China chamada de pǔtōnghuà. Nada surpreendente para uma população que possui 55 minorias étnicas (10% da população em termos quantitativos), todas com seus dialetos próprios[carece de fontes].

O mandarim se tornou língua nacional da China em 1956, mas, desde esta época, o país discute se forçar suas minorias étnicas a falar mandarim não seria como condená-las ao fim. Pelo visto, a resistência é forte. No Tibete, por exemplo, onde a maioria da população ainda é pobre, todos falam tibetano e só o topo da pirâmide social possui um putonghua básico.

Ver também

Referências

  1.  Zhang, Sarah. «Why 'Mandarin' Doesn't Come From Chinese». The Atlantic. Consultado em 4 de janeiro de 2019

Bibliografia

  • Chao, Yuen Ren (1968). A Grammar of Spoken Chinese. University of California Press. ISBN 0-520-00219-9.
  • Norman, Jerry (1988). Chinese. Cambridge University Press. ISBN 0-521-29653-6.
  • Ramsey, S. Robert (1987). The Languages of China. Princeton University Press. ISBN 0-691-01468-X.

Ligações externas

ERNESTO MANUEL GERALDES DE MELO E CASTRO - ENGENHEIRO - NASCEU EM 1932 - 20 DE ABRIL DE 2024

 

E. M. de Melo e Castro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
E. M. de Melo e Castro
Nome completoErnesto Manuel Geraldes de Melo e Castro
Nascimento1932
CovilhãPortugal
Morte29 de agosto de 2020 (88 anos)
São PauloBrasil
Nacionalidadeportuguês
CônjugePrimeira mulher Maria Alberta Menéres, depois casado com Elza Miné
OcupaçãoEngenheiropoetaensaístaescritorartista plástico
PrémiosGrande Prémio de Poesia Inaset – Inapa (1990);

Prémio Jacinto do Prado Coelho (1995)[1]

Magnum opusIdeogramas (1962)

E. M. de Melo e Castro, nome literário de Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro ComIH (Covilhã1932 - São Paulo29 de agosto de 2020), foi um engenheiropoetaensaístaescritor e artista plástico português.

Figura multifacetada, autor de uma obra caracterizada pela construção de experiências com vários materiais e vários média, a ação de E. M. de Melo e Castro foi particularmente marcante na emergência da poesia experimental em Portugal.

Biografia

Filho de Ernesto de Campos Melo e Castro (Covilhã, 1896 — Covilhã, 1973), director da Escola Industrial e Comercial Campos Melo[2], neto materno do 1.° Visconde da Coriscada e Comendador da Ordem da Instrução Pública a 1 de Agosto de 1955, e de sua mulher e duas vezes prima Maria Gonzaga de Campos e Melo Geraldes.

Foi casado com a escritora Maria Alberta Menéres e pai da cantora Eugénia Melo e Castro.

Licenciatura em Engenharia Têxtil pela Universidade de Bradford (1956); Doutoramento em Letras pela Universidade de São Paulo (1998). Foi professor no Instituto Superior de Arte, Design e Marketing (IADE) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.

Destacou-se como um dos pioneiros da Poesia Visual (concreta) em Portugal. Ideogramas[3] data de 1962 e reúne 29 poemas concretos, publicados sem qualquer introdução ou nota explicativa; este livro é considerado um marco fundador da Poesia Concreta e do Experimentalismo em Portugal. Participou no primeiro e foi um dos organizadores do segundo número da revista Poesia Experimental, em 1964 e 1966, respetivamente (Ver: Poesia Experimental Portuguesa). Entre as diversas antologias e suplementos em que colaborou, assinale-se a organização de Hidra 2[4] (1969) e Operação 1[5] (1967).[6][7]. Também colaborou revista Arte Opinião [8] (1978-1982).

A prática poética de Melo e Castro "tem sido acompanhada por uma teorização sistemática sobre a linguagem e as tecnologias de comunicação. Na sua extensa obra cruzam-se múltiplas práticas e formas experimentais: a explosão grafémica e gráfica que combina a fragmentação da palavra com a espacialização da escrita alfabética e do desenho geométrico; o poema-objeto tridimensional e a instalação; a recombinação intermédia de escrita, som e imagem em movimento; a performance que inscreve a presença corporal, vocal e gestual do autor nas práticas sociais e técnicas de comunicação; a teorização do poema como dispositivo de crítica do discurso no universo saturado dos média". Figura marcante no contexto artístico português dos anos de 1960 e 1970, nas décadas que se seguiram dedicou-se a investigar e a espelhar no seu trabalho as relações entre a arte e o desenvolvimento tecnológico. Foi autor de um conjunto de obras pioneiras na utilização do vídeo e do computador na produção literária, que constituem uma "síntese da consciência autorreflexiva da ciência e da arte contemporânea" (na Universidade Aberta, nomeadamente, desenvolveu entre 1985 e 1989 um projeto de criação de videopoesia denominado Signagens).[7]

A sua prolífica atividade artística foi apresentada em numerosas exposições coletivas, em Portugal e no estrangeiro (entre as quais a histórica Alternativa Zero, 1977); realizou diversas exposições individuais (Galeria 111, Lisboa, 1965; Galeria Buchholz, 1974; Galeria Quadrum, 1978; etc.), espetáculos e happenings (Galeria Divulgação, 1975; Centro de Arte ModernaFundação Calouste Gulbenkian, 1985; etc.). Na sua atividade enquanto poeta e crítico publicou dezenas de livros (entre os quais a Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, 1959, em colaboração com Maria Alberta Menéres).[9]

Em 2006, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves apresentou O Caminho do Leve, uma grande exposição retrospetiva da sua obra; da poesia concreta e experimental à infopoesia, passando pela videopoesia, sem esquecer a criação de imagens fractais, a mostra reuniu uma seleção de obras representativas de quase cinco décadas de trabalho. Em Coimbra, na sua exposição Do Leve à Luz (integrada no ciclo Nas Escritas PO.EX, 2012), apresentou 14 novos Videopoemas. [7][10]

A 10 de junho de 2017, foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[11]

Morreu na noite de 29 de agosto de 2020, aos 88 anos, em São Paulo.[12]

Transgressão

"[...] para mim, trabalhar o verso, trabalhar a prosa, trabalhar o signo não verbal, quer com meios gráficos convencionais ou com meios tecnológicos avançados, faz parte de um processo total que eu chamo poiésis, isto é, a produção do artefato, a produção do objeto, mas do objeto novo, evidentemente. E é justamente nesta inovação, ou nos aspetos transgressivos em relação às normas estabelecidas para a produção de versos, de poemas em prosa ou até mesmo de poemas visuais, é na transgressão que, para mim, se encontra o ponto crucial dessa produção". E. M. de Melo e Castro, 2001[13]

Algumas obras[7][14]

Tontura, 1962 (Ideogramas, pág. 25)

Poesia

  • Entre o Som e o Sul (1960)
  • Queda Livre (1961)
  • Mudo Mudando (1962)
  • Ideogramas (1962)
  • Objeto Poemático de Efeito Progressivo (1962)
  • Poligonia do Soneto (1963)
  • Versus-in-Versus (1968)
  • Álea e Vazio (1971)
  • Visão/Vision (1972)
  • Ciclo de Queda Livre (1973) – antologia
  • Concepto Incerto (1974)
  • Resistência das Palavras (1975)
  • Cara lh amas (1975)
  • Círculos Afins (1977) – antologia
  • As Palavras Só-Lidas (1979)
  • Re-Camões (1980)
  • Corpos Radiantes (1982)
  • Autologia: Poemas Escolhidos 1951-1982 (1983) – antologia
  • Entre o Rigor e o Excesso: um Osso (1994)
  • Finitos mais Finitos (1996)
  • Trans(a)parências – Poesia I, 1950-1990 (1990) – antologia; Grande Prémio de Poesia Inaset – Inapa, 1990
  • Enquanto Jactos e Hiatos (1994)
  • Algorritmos: Infopoemas (1998)

Ensaio

  • A Proposição 2.01 (1965)
  • O Próprio Poético (1973)
  • Dialéctica das Vanguardas (1976)
  • In-novar (1977)
  • As Vanguardas na Poesia Portuguesa do Século XX (1980)
  • PO.Ex: Textos Teóricos e Documentos da Poesia Experimental Portuguesa (1981; com Ana Hatherly)
  • Antologia de Textos Teóricos – Essa Crítica Louca (1982)
  • Literatura Portuguesa de Intervenção (1984)
  • Projeto: poesia (1984)
  • Poética dos Meios e Arte High Tech (1986)
  • Voos de Fénix Crítica (1995) – Prémio Jacinto do Prado Coelho, da Delegação Portuguesa da Associação Internacional dos Críticos Literários.

Videopoemas

  • Roda-Lume (1969, 1986)
  • Signagens (1985-1989)
  • Sonhos de Geometria (1993)
  • Navegações Fractais (2001)
  • Gerador de Universos (2005)

Publicações recentes (Brasil)

  • Antologia Efémera (2001)
  • Livro de Releituras e Poiética Contemporânea (2008)
  • Neo-Poemas-Pagãos (2010)
  • Quatro Cantos do Caos (2009)
  • O Paganismo em Fernando Pessoa (2010)
  • A Agramaticidade das Feridas do Coração (2011)
  • Poemas do É (2012)

Ver também

Referências

  1.  «Sobre E.m. de melo e castro». Consultado em 24 de julho de 2016
  2.  Na morte do poeta E. de Melo e Castro, por Manuel da Silva Ramos, Jornal do Fundão
  3.  «Ideogramas». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 24 de julho de 2016
  4.  «Hidra 2». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 24 de julho de 2016
  5.  «Operação 1». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 24 de julho de 2016[ligação inativa]
  6.  Teixeira, Claudio Alexandre de Barros – "Erotografia poética de E. M. de Melo e Castro". Via Atlântica, São Paulo, N. 27, 301-314, junho 2015
  7. ↑ Ir para:a b c d Manuel Portela. «E. M. de Melo e Castro [Biografia]». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 22 de julho de 2016
  8.  Rita Correia (16 de maio de 2019). «Ficha histórica:Arte Opinião (1978-1982)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de Maio de 2019
  9.  A.A.V.V. – III Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986.
  10.  Marcos Cruz. «Ernesto de Melo e Castro em Serralves». Diário de Notícias. Consultado em 22 de julho de 2016
  11.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Ernesto Geraldes de Melo e Castro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de fevereiro de 2018
  12.  «Morreu o poeta português Ernesto Manuel de Melo e Castro»Expresso. 30 de agosto de 2020. Consultado em 30 de agosto de 2020
  13.  Lucilo Antônio Rodrigues. «A Poesia Digital de Melo e Castro». Consultado em 25 de julho de 2016
  14.  «E. M. de Melo e Castro». Instituto Camões. Consultado em 22 de julho de 2016

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