sexta-feira, 29 de março de 2024

SANTO EUSTÁSIO DE TESSALÓNICA - 29 DE MARÇO DE 2024

 

Eustácio de Tessalônica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Eustácio de Tessalônica
Nascimentoséculo XII
Constantinopla
Morte1198
Salonica
CidadaniaImpério Bizantino
Ocupaçãosacerdotehistoriadorescritor, mitógrafo, teólogo
Obras destacadasCommentary on Iliad, Commentary on Odyssey, De Thessalonica urbe a Normannis capta
Religiãocristianismo ortodoxo

Eustácio ou Eustáquio de Tessalônica (português brasileiro) ou Tessalónica (português europeu) (em gregoΕὐστάθιος Θεσσαλονίκηςc. 1115 – 1195/6) foi um bispo e acadêmico grego bizantino. Celebrizou-se por seu relato contemporâneo do saque de Tessalônica pelos normandos, ocorrido em 1185, por suas orações e comentários sobre Homero, que incorporaram diversas análises feitas por estudiosos que o precederam.

Biografia

Após se tornar um monge no mosteiro de São Floro, Eustácio foi apontado para o cargo de superintendente de petições (epi ton deeseon), professor de retórica (μαΐστωρ ῥητόρων), e foi ordenado diácono em Constantinopla, capital do Império Bizantino.

Relatos sobre sua vida e obra constam das orações fúnebres de Eutímio e Miguel Coniates (conhecidos por manuscritos existentes na Biblioteca Bodleiana, da Universidade de Oxford). Nicetas Coniates (viii. 238, x.334) o louvou como o homem mais sábio de seu tempo, uma avaliação que é difícil de ser contestada. Eustácio escreveu comentários sobre a obra de diversos poetas da Grécia Antigatratados teológicos, cartas, e um importante relato sobre o saque de Tessalônica realizado pelo rei normando da SicíliaGuilherme II, em 1185.

De suas obras, seus comentários sobre Homero são os mais citados; demonstram que o autor tinha um extenso conhecimento da literatura grega, desde seus inícios mais remotos. Outras obras apresentam um caráter impressionante e grande força oratória, o que lhe rendeu a estima dos Comnenos, dinastia de imperadores. Politicamente, foi aliado do imperador Manuel I. Um pensador original, Eustácio por vezes louvou valores seculares, como as proezas militares, condenou a escravidão, e professava o conceito do progresso histórico da civilização, desde um estado mais primitivo até outro mais avançado.

Obras

Entre suas obras mais importantes estão:

  • Sobre a Conquista de Tessalônica, um relato testemunhal do sítio de 1185 e dos sofrimentos que se abateram a seguir sobre o povo de Tessalônica. Na primeiras seções de suas memórias, Eustácio também descreve eventos políticos ocorridos em Constantinopla desde a morte do imperador Manuel I, passando pelo curto reinado de Aleixo II, até a usurpação de Andrônico I, com comentários ácidos sobre as atividades de todos os envolvidos. O texto grego foi dedicado por Ciriácidis, com uma tradução para o italiano de V. Rotolo; há uma tradução para o inglês de J. Melville-Jones, e uma para o alemão, de H. Hunger.
  • Diversos discursos, alguns dos quais foram reeditados recentemente por P. Wirth (Eustathii Thessalonicensis Opera Minora).
  • Comentários sobre a Ilíada e a Odisseia, de Homero (Παρεκβολαὶ εἰς τὴν Ὁμήρου Ἰλιάδα καὶ Ὀδύσσειαν). Estes textos abordam questões a respeito da gramáticaetimologiamitologiahistória e geografia. São comentários menos originais que os extratos de comentaristas mais antigos, apresentando muitos paralelos com os escólios homéricos. Na medida em que têm como base as muitas obras de gramáticos, críticos e comentaristas de Alexandria, são uma importante contribuição para os estudos homéricos, principalmente porque muitas das obras cujos trechos são citados por Eustácio se perderam ao longo do tempo.

Embora seja provável que Eustácio tenha citado estes autores indiretamente, ele parece ser especialmente familiarizado com as obras dos maiores críticos da Antiguidade, como Aristarco da SamotráciaZenódotoAristófanes de Bizâncio, e outros. Também era um leitor ávido do Dipnosofistas de Ateneu. Alguns dos comentários etimológicos e gramaticais dos antecessores alexandrinos de Eustácio estão repletos de erros; e os próprios comentários de Eustácio são esparsos, e muitas vezes interrompidos por digressões.

A primeira edição impressa, de Majorano, foi publicada em Roma entre 1542 e 1550 (4 volumes, folio); uma reimpressão pouco precisa foi publicada posteriormente na Basileia, em 1559-60. A edição de A. Potito (Florença, 1730, 3 volumes, folio), contém apenas os comentários sobre os primeiros cinco livros da Ilíada, com uma tradução latina. Uma reimpressão toleravelmente correta da edição romana foi publicada em Lípsia, cuja primeira parte continha os comentários da Odisseia (2 volumes, quarto), 1825-1826, e a segunda continha os comentários da Ilíada (3 volumes, quarto), editados por G. J. G. Stallbaum para a Patrologia Grega, 1827-1829. Estes, por sua vez, foram suplantados pela edição de M. van der Valk a partir de 1971. Trechos dos comentários são citados em muitas edições dos poemas homéricos.

  • Um comentário sobre Dionísio Periegeta (dedicado a João Ducas, filho de Andrônico Camatero). As anotações são tão esparsas quanto os comentários sobre Homero, porém trazem diversos trechos valiosos de autores mais antigos. Foi impresso pela primeira vez com a edição de R. Stephens da obra de Dionísio (Paris, 1547, quarto), e, posteriormente, na de H. Stephens (Paris, 1577, quarto, e 1697, octavo), na Geograph. Minor, de Hudson (vol. iv.) e, por último, na edição de Bernhardy de Dionísio (Lípsia, 1828, octavo).)
  • Um comentário sobre Píndaro. Nenhum manuscrito sobreviveu, porém a introdução existe. Foi publicada pela primeira vez por Tafel em seu Eustathii Thessalonicensis Opuscula (Frankfurt, 1832, quarto), a partir do qual foi reimpresso separadamente por Schneidewin, Eustathii prooemium commentariorum Pindaricorum (Gotinga, 1837, octavo).
  • Outras obras publicadas. Algumas foram publicadas por Tafel na sua Opuscula, de 1832, e outras apareceram posteriormente, como em P. Wirth, Corpus Fontium Historiae Byzantinae.
  • Obras não-publicadas, que incluem escritos teológicos e discursos comemorativos. Diversos destes são importantes fontes históricas.

Notas

Bibliografia



SÃO QUIRINO - 29 DE MARÇO DE 2024

 

São Quirino da Sescia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Quirino da Sescia
 Portal dos Santos

São Quirino (em croataKvirin) (falecido em 309) é venerado como um dos primeiros bispos de Sescia, hoje Sisak na Croácia. Ele é mencionado por Eusébio de Cesareia.

Um Passio, considerado não confiável, afirma que Quirino foi morto durante as perseguições de Diocleciano após ser preso em 309. Quirino tentou fugir, mas foi preso. Ele conseguiu converter seu carcereiro, chamado Marcelo, ao Cristianismo. Após três dias, o governador de Panônia Prima, Amantius, ordenou que ele fosse levado para Sabaria (atual SzombathelyHungria), onde, depois de tentar fazer Quirino abjurar sua fé, mandou o bispo ser jogado no rio Gyöngyös local com uma pedra de moinho no pescoço dele.

Uma variante da lenda afirma que ele quase foi morto durante a perseguição de Diocleciano aos cristãos: as autoridades o amarraram a uma pedra de moinho e o jogaram em um rio, mas ele se libertou do peso, escapou e continuou a pregar sua fé. Dizem que São Floriano, outro santo associado à Panônia, foi executado afogando-se com uma pedra amarrada no pescoço. Os Atos do martírio do santo foram coletados em (Thierry Ruinart, "Acta martyrum", Ratisbon, 522), e um hino foi escrito em sua homenagem por Prudêncio (loc. Cit., 524).[1]

Veneração

O poço principal de Krk representa São Quirino
Rua Szombathely Óperint - Placa da morte do 1700º aniversário

Os cristãos locais de Savaria recuperaram seu corpo e o enterraram perto do portão conhecido como "Scarabateus" (provavelmente em Sopron)

Após a incursão dos bárbaros na Panônia no final do século IV e início do V, suas relíquias foram levadas para Roma e depositadas em um mausoléu ou câmara abobadada chamada Platonia, atrás da abside da Basílica de San Sebastiano fuori le mura na Via Ápia.[2]

A "Platônia" era uma construção na parte traseira da basílica; acreditava-se que havia sido a tumba temporária para Pedro e Paulo, mas era uma tumba para Quirino.

Seu culto tornou-se popular, como atestado pelos Itinerários do século VII. Algumas fontes afirmam que suas relíquias foram traduzidas para vários locais, incluindo Correggio, Emília-RomanhaMilãoAquileia e a Basílica de Santa Maria em Trastevere, em Roma. Suas relíquias também podem ter sido transportadas para Tivoli. Há um culto a São Quirino de Tivoli, que pode ou não ser o mesmo santo. As relíquias em Tivoli foram levadas para a Península dos Apeninos durante a invasão dos hunos.[3]

Quirino tornou-se considerado um dos protetores nacionais da República de São Marinho, depois de um denso nevoeiro atribuído a ele pelos samarinenses em seu dia de festa de 4 de junho de 1543, frustrando uma tentativa de conquista do país por Fabiano di Monte San Savino, sobrinho do futuro Papa Júlio III.[4] A igreja franciscana capuchinha de San Quirino foi posteriormente construída na capital San Marino por volta de 1550.[5]

Uma igreja é dedicada a ele em Jesenovik, Croácia. Seu banquete é comemorado em 4 de junho.

Notas

 O conteúdo deste artigo incorpora material da Enciclopédia Católica de 1913, que se encontra no domínio público.


Referências

  1.  Kirsch, Johann Peter. "Sts. Quirinus." The Catholic Encyclopedia Vol. 12. New York: Robert Appleton Company, 1911. 23 November 2017
  2.  Monks of Ramsgate. “Quirinus”. Book of Saints, 1921. CatholicSaints.Info. 24 February 2017
  3.  Škiljan, Filip (2008). Kulturno – historijski spomenici Banije s pregledom povijesti Banije od prapovijesti do 1881. Serb National Council (em sérvio). Zagreb, Croatia: [s.n.] ISBN 978-953-7442-04-0
  4.  Nevio and Annio Maria Matteimi The Republic of San Marino: Historical and Artistic Guide to the City and the Castles, 2011, p. 20.
  5.  Church of San Quirino. SanMarinoSite. Retrieved January 4, 2020.

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