quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

NICHOLAS ROERICH - PINTOR - MORREU EM 1947 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023

 

Nikolai Konstantinovich Roerich

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Nicholas Roerich)
Nikolai Konstantinovich Roerich
Nascimento27 de setembro de 1874
São Petersburgo (Império Russo)
Morte13 de dezembro de 1947 (73 anos)
Naggar (Domínio da Índia), Kulu (Domínio da Índia)
CidadaniaImpério Russo
Etniarussos
Progenitores
  • Konstantin Roerich
  • Maria Vasiljevna Rerich
CônjugeHelena Roerich
Filho(a)(s)Svetoslav Rjorich, George de Roerich
Irmão(ã)(s)Boris Konstantinovič Rerich, Vladimir Roerich
Alma mater
  • Universidade Imperial de São Petersburgo
  • Higher Art School at the Imperial Academy of Arts
Ocupaçãofilósofo, pintor, coreógrafoescritor, arqueólogo, poetadiplomatahistoriador, explorador, cenógrafofigurinodesigner, artista gráfico, ilustrador, muralista, místico, ocultista, viajante
Prêmios
Página oficial
http://www.roerich-museum.ru/
Assinatura
Nikolai Konstantinovich Roerich com a família

Nikolai Konstantinovich Rerich (russo: Николай Константинович Рéрих; 9 de Outubro de 1874 - 13 de Dezembro de 1947), Nicholas Roerich, na grafia inglesa, foi um pintorescritorhistoriadorpoeta e professor espiritual (líder intelectual) russo.

Biografia

Educado no seio de uma família apologista da paz, interessava-se por literaturafilosofiaarqueologia e, especialmente, arte. A família de seu pai, Konstantin Fyodorovich Roerich é de origem escandinava, o sobrenome significa "rico em glória" remonta aos viquingues. Um dos primeiros Roerichs foi Cavaleiro Templário no século XIII, outros foram líderes políticos e militares, incluindo um oficial sueco que lutou na campanha russo-sueca contra 'Pedro, o Grande' seus descendentes, guardando sua fé luterana, se estabeleceram no noroeste da Rússia. Em 1860, casou-se com Maria Vasilievna Kalashnikova, com quem teve Lidia, Nicolas, Boris e Vladimir. Nicolas foi batizado na Igreja Ortodoxa Russa, religião de sua mãe, de linhagem puramente russa.

Nicolas Roerich nasceu em 27 de setembro em São Petersburgo, Leningrado, e foi primeiramente educado no país e, posteriormente, no exterior. Frequentava simultaneamente, na Universidade de São Petersburgo, a Escola de Direito, a Faculdade de História e Filologia, A Academia de Artes e o Instituto de Arqueologia. Depois de estudar na Rússia, prosseguiu seus estudos em Paris, e viajou através da Europa. Possuia uma memória fora-de-série. Casou-se com Helena, e tiveram dois filhos, Yuri e Svetoslav, pintor como seu pai. Helena Roerich traduziu parte da obra de Blavatsky.

Sua obra consta de 6000 pinturas, afrescos em Igrejas e Edifícios Públicos, desenhos para mosaicos e motivos arquitetônicos. Realizou a pintura de cenários e figurinos de várias óperas: de WagnerMussorgskyBorodinRimsky-Korsakov, Ibañez, e Maeterlinck.

Trabalhou com Igor StravinskyA Sagração da Primavera, a qual teve coreografia de Vaslav Nijinsky e música e argumento de Roerich, também criador do cenário e figurinos folclóricos, onde sua criação foi baseada no leitmotiv. Como autor e erudito escreveu livros de Arte, Culturas, Filosofia e Humanitarismo. Publicou perto de 30 volumes, além de muitos ensaios e artigos. Escreveu No Coração da Ásia, e Shambhala, entre outras obras, que incluem poemas. Como explorador e cientista, realizou pesquisa arqueológica e escavações na Rússia. Organizou e conduziu uma expedição de 5 anos a Ásia central (1924-1928). Em 1935, outra expedição, desta vez para a China, incluindo a Mongólia.

Visitou, na década de 20, Nova Iorque, nos EUA, onde, junto com a sua esposa, fundou várias fundações de mecenato cultural e de teosofia. Depois de viver na cidade estadunidense, Roerich percorreu a Ásia, estabelecendo-se, em 1928, na Índia, país muito conhecido pelos seus líderes pacificadores e teósofos. Ali fundou o Instituto Himaláico de Arqueologia.

No ano seguinte foi nomeado para o Nobel da Paz pela Universidade de Paris. Teve o apoio veemente de Albert Einstein, H. G. Wells e Bernard Shaw. Em 1935, recebeu a segunda nomeação. Preocupado com a paz mundial criou a Pax Cultura, que, como símbolo, tinha uma cruz vermelha, representando esta a arte e a cultura.

Roerich faleceu em Punjab, na Índia. Foi cremado e suas cinzas espalhadas diante das montanhas que tanto amava e retratou em quase sete mil trabalhos. A maioria das suas obras conserva-se hoje em museus europeus, como o Museu Nacional de Artes da Letónia e o Museu Nicholas Roerich em Nova Iorque.

O Pacto de Roerich

Convidados estrangeiros1901, óleo sobre tela.

Pacto de Roerich, a 15 de Abril de 1935, foi assinado na Casa Branca, nos EUA juntamente com mais vinte e um países da América. Outros depois o assinaram, representando este um antecipado instrumento de proteção às artes. O pacto declara a necessidade de se proteger a atividade e produção cultural no mundo, independente de a época ser de guerra ou de paz. Lugares de valor cultural seriam declarados neutros e protegidos, incluindo universidadesbibliotecas, salas de concerto e teatros (como a Cruz Vermelha faz com seus hospitais, razão pela qual é frequentemente chamado Cruz Vermelha da Cultura). A herança cultural das nações deve ser, segundo o acordo, cuidada e renovada, impedindo que se deteriore, pois não há nada de valor superior para uma nação do que sua cultura.

Tem como símbolo a Bandeira da Paz, onde 3 círculos que representam a Arte, a Ciência e a Religião aparecem envoltos por uma circunferência que significa a totalidade da Cultura.

Bibliografia

  • NICHOLAS ROERICH, Vida e Arte de um mestre RussoJacqueline Decter
  • PLANETA, nº 190, julho 88, A Arte iniciática de Nicolas Röerich, de Adriano Colangelo
  • No Coração da Ásia, de Nicolas Röerich, Editorial Kier, 1930

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SANTA LUZIA WIKIPEDIA - 13 DE DEZEMBRO DE 2023

 

Lúcia de Siracusa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Santa Luzia de Siracusa
Virgem e Mártir
Nascimento27 de março de 283
SiracusaItália
Morte13 de dezembro de 304 (21 anos)
SiracusaItália
Veneração porIgreja Católica
Igreja Ortodoxa
Igreja Anglicana
Festa litúrgica13 de dezembro
AtribuiçõesOlhos sobre um prato[1]
PadroeiraDos oftamologistas e daqueles que têm problemas de visãoArquidiocese de Siracusa, Arquidiocese de Messina-Lipari-Santa Lucia del Mela, Diocese de MossoróSanta LúciaSanta Luzia (MG)Santa Luzia (PB)Santa Luzia (BA)Santa Luzia (MA)Santa Lúcia (PR)Santa Luzia do NorteLuzilândia (PI)Luziânia (GO)Santarém (PA)SiracusaBelpassoSanta Lucía CotzumalguapaMucuchiesSanta Lucía (Venezuela)Macajuba (BA)
 Portal dos Santos

Luzia de Siracusa (Lucia, em italiano, Siracusa27 de março de 283 — Siracusa, 13 de dezembro de 304) foi uma mártir cristã do início do século IV, morta no contexto das perseguições de Diocleciano aos cristãos. É venerada como santa pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa, que honram sua memória no dia 13 de dezembro. É uma das sete virgens mencionadas no Cânon romano e por tradição é invocada como protetora da vista (olhos) em razão da etimologia latina do seu prenome (Lux, luz). Os seus restos mortais são mantidos no Santuário de Santa Luzia em Veneza. Seu principal local de culto é a igreja de Santa Lucia ao Sepolcro em Siracusa, no sul da Sicília[2].

Na antiguidade cristã, juntamente com Santa CecíliaSanta Águeda e Santa Inês, a veneração a Santa Luzia foi das mais populares e, como as primeiras, tinha ofício próprio. Chegou a ter vinte templos em Roma nomeados em sua memória.

O episódio da cegueira, a partir do qual a iconografia a representa, está ligado ao seu nome Luzia derivado de luce (em italiano, luz), elemento indissociável ao sentido da visão, bem como à faculdade espiritual de se captar a realidade sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui-lhe a função de graça iluminadora.[2]

É, assim, a padroeira dos oftalmologistas e daqueles que têm problemas de visão.

A sua festa é celebrada simbolicamente em 13 de dezembro, possivelmente doze dias antes do Natal para indicar ao cristão a necessidade de preparação espiritual e sua iluminação correspondente para essa importante data que se avizinha.

História

Luzia nasceu na cidade de Siracusa (na Sicília, sul da Itália) e era de uma família rica e cristã. Era considerada uma das jovens mais belas de sua cidade. O seu pai morrera quando ela tinha 5 anos e sua mãe, Eutíquia, sofria de graves hemorragias internas. Luzia tinha uma grande convicção cristã, que a fez consagrar-se, secretamente, ao Senhor Jesus, e oferecer perpetuamente a sua virgindade.

Um dia ela e sua mãe foram peregrinar à cidade de Catânia onde se encontrava o corpo da grande Santa Águeda, que morrera por não se converter aos deuses romanos.

Procissão de Santa Lúcia em Siracusa.

O Evangelho pregado na Santa Missa desse dia foi o da mulher que sofria com hemorragias internas, iguais às da mãe de Lúcia, que então pensou: "Se aquela mulher ao tocar nas vestes do Senhor ficou curada, será que Santa Águeda não pedirá ao Senhor que cure minha mãe da mesma forma que curou aquela mulher?"

Luzia pedia então a sua mãe para que esperassem todos e saíssem da Igreja, para que elas pudessem ir rezar junto ao corpo de Santa Águeda. Durante esse tempo de oração Luzia dormiu, e em êxtase sonhou que anjos rodeavam Santa Águeda, e que a mesma lhe disse: "Lúcia minha irmã, por que pedes a mim uma coisa que tu mesma podes conceder?"

Luzia rapidamente saiu do êxtase e despertou do sonho. Foi procurar a sua mãe, que lhe disse que tinha sido curada. Lúcia aproveitou esse momento para revelar à mãe que tinha feito um voto de castidade a Jesus, e que iria distribuir todos os seus bens aos pobres.

A sua mãe disse: "Luzia minha filha, tudo o que é meu e de teu falecido pai é teu, por isso faz o que quiseres." Ao chegar em casa começaram a distribuir todos os seus bens aos pobres.

Tomando conta do que estava a suceder, um jovem muito rico e pagão, politeísta de nascença, que já era apaixonado por Luzia, foi perguntar à mãe de Luzia o motivo de tanto esbanjamento de dinheiro, ao que Eutíquia respondeu: "Luzia é muito providente; e é porque julga os bens do Paraíso Celeste muito mais valiosos do que esses que estamos fazendo isso".

O jovem não entendeu o significado de "bens" do Paraíso Celeste, por isso entendeu como quis e voltou para casa. Os dias foram-se passando e Lúcia e sua mãe iam dando mais e mais dinheiro aos necessitados assim dilapidando a grande fortuna da família, e por isso o jovem logo teve a certeza que Luzia era cristã, tendo-a denunciado ao governador (prefeito romano) de Siracusa, Pascasio, o qual ficou furioso com a grande fé cristã de Lúcia, tendo-a mandado ao Imperador Diocleciano, que tentou persuadi-la a se converter aos ídolos. Luzia mostrou-se cheia do Espírito Santo em frente ao imperador Diocleciano. Vendo que nada a convertia, decidiu-se pelo seu martírio.

O martírio

Diocleciano, vendo que nada a convertia, mandou-a para uma casa de prostituição, mas foi em vão: ninguém conseguia tirar Luzia dali. Nem mesmo uma junta de bois conseguiu. Os soldados saíram envergonhados; seus pés estavam como que fincados no chão, como raízes de plantas.[3] Naquele tempo, as virgens tinham mais medo de perder a virgindade do que enfrentar uma cova cheia de leões.

Como nada dera certo, tentaram atear-lhe fogo, o que fez com que Luzia rezasse a seguinte oração: "Senhor Deus, Jesus Cristo meu Rei, não deixeis que estas chamas me façam mal algum." As chamas nada fizeram contra ela, nem mesmo vermelhidão no seu corpo deixaram, por isso retiraram-na do fogo.

Foi-lhe então aplicado o castigo mais cruel depois da degolação. Como Luzia não se convertia aos deuses romanos, um soldado, a mando do imperador, arrancou-lhe os olhos e entregou-lhos num prato, mas, milagrosamente, nasceram-lhe no rosto dois lindos olhos, sãos, perfeitos e mais lindos do que os primeiros.[4]

Vendo que nada a convencia a converter-se ao paganismo, deceparam-lhe a cabeça no momento em que Luzia dizia: "Adoro a um só Deus verdadeiro, a quem prometi amor e fidelidade." No mesmo instante a sua cabeça rolou pelo chão. Era 13 de dezembro do ano de 304 d.C.

Os cristãos recolheram-lhe o corpo e o sepultaram nas catacumbas de Roma. A sua fama de santa se espalhou por toda a Itália e Europa, e depois para todo o mundo, sendo hoje venerada e honrada como a "Santa da Visão".

Devoção popular

Sendo santa bastante venerada no interior da Região Nordeste do Brasil, várias pessoas não trabalham nesse dia, sobretudo as que trabalham com atividades que precisam de uma visão apurada, como costureiras. A crença dessas pessoas é que, desse modo, estarão, prestando respeito à santa, conservando a qualidade de sua visão. Também em alguns lugares existe uma tradição de colocar um prato com capim na noite da véspera do dia em homenagem à santa e ganhar doces no dia seguinte. Tradição que aos poucos vai desaparecendo com as novas gerações.

Galeria

Referências

  1.  «Santa Lúcia»aguas.ics.ul.pt. Consultado em 12 de dezembro de 2015
  2. ↑ Ir para:a b Santa Luzia, virgem, mártir, +303, evangelhoquotidiano.org
  3.  «St. Lucy»Catholic Encyclopedia
  4.  «Saint Lucy»Saints & Angels
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