domingo, 3 de dezembro de 2023

DIA INTERNACIONAL DOS PORTADORES DE ALERGIA CRÓNICA - 3 DE DEZEMBRO DE 2023

 

Alergia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alergia
Urticária resultado de uma alergia
EspecialidadeAlergologia e imunologia
SintomasOlhos vermelhos, irritação pruriginosa da pele, muco nasalfalta de arinchaçoespirros[1]
TiposRinite alérgicaalergias alimentaresdermatite atópicaasmaanafilaxia[2]
CausasFatores genéticos e ambientais[3]
Método de diagnósticoBaseado nos sintomas, provas de sensibilidade cutânea[4]
Condições semelhantesIntolerâncias alimentaresintoxicação alimentar[5]
PrevençãoExposição precoce a potenciais alergénios[6]
TratamentoEvitar a exposição a alergénios conhecidos, medicação, hipossensibilização[7]
MedicaçãoCorticosteroidesanti-histamínicosepinefrina[8][7]
FrequênciaComum[9]
Classificação e recursos externos
CID-10T78.4
CID-9995.3
CID-11971190258
DiseasesDB33481
MedlinePlus000812
eMedicinemed/1101
MeSHD006967
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Alergias são um conjunto de reações causadas por hipersensibilidade do sistema imunitário a agentes que geralmente causam pouco ou nenhum problema na maioria das pessoas.[10] Estas doenças incluem rinite alérgicaalergias alimentaresdermatite atópicaasma alérgica e anafilaxia.[11] Os sintomas mais comuns são olhos vermelhos, manchas que provocam comichãofluxo nasal abundantefalta de ar ou inchaço.[12] As intolerâncias e intoxicações alimentares são condições distintas.[13][4]

Entre os alergénios mais comuns estão o pólen e determinados alimentos, embora os metais e outro tipo de substâncias também possam causar alergias. As causas das reações alérgicas mais graves incluem alguns alimentos, picadas de insetos e determinados medicamentos. O desenvolvimento de doenças alérgicas tem origem em fatores genéticos e ambientais.[3] O mecanismo subjacente envolve a ligação dos anticorpos de imunoglobulina E a um alergénio, os quais se ligam depois a um recetor nos mastócitos ou basófilos, onde acionam a libertação de químicos inflamatórios como a histamina.[14] O diagnóstico tem por base o historial clínico da pessoa. Em alguns casos, pode ser útil a realização de provas de sensibilidade cutânea ou análises ao sangue.[4] No entanto, os resultados positivos nem sempre significam que exista uma alergia significativa à substância em causa.[15]

A exposição a potenciais alergénios no início de vida pode oferecer alguma proteção.[6] Os tratamentos para as alergias incluem evitar a exposição aos alergénios conhecidos e o uso de medicamentos como esteroides e anti-histamínicos.[7] Nas reações mais graves é recomendada a injeção de adrenalina (epinefrina).[8] A imunoterapia com alergénios, que gradualmente expõe a pessoa a quantidades cada vez maiores de alergénios, pode ter utilidade para alguns tipos de alergias, como a rinite alérgica e as reações a picadas de insetos, embora a sua eficácia em alergias alimentares não seja ainda clara.[7]

As alergias são doenças comuns.[9] Nos países desenvolvidos, cerca de 20% das pessoas são afetadas por rinite alérgica,[16] cerca de 6% têm pelo menos uma alergia alimentar,[4][6] e cerca de 20% manifestam dermatite atópica pelo menos uma vez na vida.[17] Dependendo do país, entre 1 e 18% da população tem asma[18][19] e entre 0,05 e 2% tem anafilaxia.[20] A prevalência de muitas doenças alérgicas aparenta estar a aumentar.[8][21] O termo "alergia" foi usado pela primeira vez por Clemens von Pirquet em 1906.[3]

Sinais e sintomas

O alérgico pode apresentar um ou vários dos sinais abaixo, conforme a patologia.

Asma

Rinite

Dermatite atópica

  • Lesões descamativas, principalmente em locais de dobras do corpo (anterior do cotovelo, posterior do joelho e pescoço) e couro cabeludo.

Alergias alimentares, ferroadas de himenópteros, medicamentos e látex.

Dermatite de contato níquel, cobalto, cosméticos e outros.

Diagnóstico

O diagnóstico de alergia é um diagnóstico eminentemente clínico, que pode ser auxiliado pelos testes cutâneo-alérgicos e por exames laboratoriais. Os testes cutâneo-alérgicos são rápidos e práticos e podem ser feitos no próprio consultório do médico especialista em Alergia e Imunologia e geralmente são suficientes para confirmar o diagnóstico. Quando por qualquer razão, não trouxerem as informações necessárias, o especialista pode solicitar exames laboratoriais complementares.[22] As análises de alergia no sangue podem ajudar a confirmar/excluir alergia e, consequentemente, reduzir reações adversas limitando a evicção e medicação desnecessárias.[23][24]

Um diagnóstico correto, com aconselhamento e medidas de evicção baseados em resultados válidos de testes de alergia, ajuda a reduzir a incidência de sintomas bem como a medicação e a melhorar a qualidade de vida.[24] O profissional de saúde pode utilizar os resultados dos testes para identificar alergénios específicos, que possam contribuir para os sintomas. Com esta informação, juntamente com a história clínica e o exame físico, o médico pode diagnosticar a causa dos sintomas e definir o tratamento que ajudará o doente a sentir-se melhor. Um resultado negativo pode ajudar o médico a excluir determinadas alergias, de modo a explorar outras possibilidades. Excluir alergias é tão importante como confirmá-las, de modo a reduzir a evicção e preocupação desnecessárias bem como o impacto social negativo[25]

Em geral, todas as crianças com sintomas alérgicos persistentes/recidivantes/graves, ou indivíduos com necessidade de tratamento contínuo, devem realizar análises de alergia no sangue, independentemente da idade da criança.[26] Os sinais e sintomas podem incluir manifestações relacionadas com:

  • a pele (ex. eczema, prurido, eritema, urticária aguda ou angioedema)
  • o trato gastrointestinal (ex. inchaço dos lábios/língua, náuseas, cólicas abdominais, diarreia, vómitos)
  • o trato respiratório (ex. prurido nasal, espirros, nariz entupido, tosse, compressão torácica, sibilância, falta de ar)
  • sinais ou sintomas de anafilaxia ou outras reações alérgicas sistémicas

As diretivas emitidas pelo National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), em fevereiro de 2011, oferecem aconselhamento de boas práticas no tratamento de crianças e adolescentes até aos 19 anos de idade, com suspeita de alergias alimentares. As diretivas NICE estabelecem que todas as crianças e adolescentes com suspeita de alergia alimentar IgE mediada devem realizar uma análise de alergia no sangue, bem como o doseamento de anticorpos IgE específicos.[24]

As diretivas NIH para diagnóstico e abordagem da alergia alimentar e da asma, recomendam as análises de alergia no sangue ou testes cutâneos para determinar com segurança a sensibilização alérgica[23][27] (1, 5). Ambos os testes são muito precisos e têm valor de diagnóstico similar, em termos de sensibilidade e especificidade.[23][28] Os avanços e aperfeiçoamentos da tecnologia nas análises de alergia no sangue melhoraram a sensibilidade e a exatidão do teste, ao ponto de as análises de alergia no sangue e os testes cutâneos serem considerados intermutáveis.[23]

Para uma análise de alergia no sangue, uma amostra do sangue do doente é levada para o laboratório. O médico examina os resultados do teste para determinar se o doente é alérgico.

Os testes cutâneos envolvem a introdução de uma pequena quantidade de um extracto de alergénio padronizado na camada superior da pele, habitualmente no antebraço. A resultante libertação de mediadores provoca uma pápula característica e uma reação cutânea no doente sensibilizado. O tamanho da pápula é avaliado pelo médico para determinar se o doente é alérgico ou não.

Segundo as Diretivas NICE e os dados de economia na área da saúde os testes cutâneos e as análises ao sangue (doseamento dos anticorpos IgE) são igualmente económicos em termos de custo-benefício face à não realização dos mesmos.[24] Para além disso, diagnósticos mais precoces e precisos poupam custos, ao reduzirem as consultas de clínica geral, o encaminhamento a cuidados secundários, erros de diagnóstico e hospitalizações de urgência.[29]

Uma análise de alergia no sangue é rápida e simples e pode ser solicitada por um profissional de saúde habilitado, por ex. um alergologista, clínico geral ou pediatra. Ao contrário dos tradicionais testes cutâneos, a análise pode ser realizada independentemente da idade, condição de pele, medicação, sintomas, doenças ou gravidez. Adultos e crianças de qualquer idade podem realizar uma análise de alergias no sangue. Em bebés e crianças muito pequenas, uma única picada para uma análise ao sangue é muito menos cruel do que vários testes cutâneos.

Uma análise de alergia no sangue está disponível na maioria dos laboratórios. Uma amostra de sangue do doente é levada para o laboratório para análise e os resultados são dados poucos dias depois. É possível detetar múltiplos alergénios com uma única amostra de sangue. O profissional de saúde aprova os resultados e, juntamente com os sintomas e a história clínica do doente, determina se o doente é alérgico ou não.

As Diretivas NIH estabelecem que: “os testes de quantificação de IgE específica são úteis para identificar alimentos potencialmente causadores de reações alérgicas alimentares IgE mediadas, e os valores de normalidade específicos, definidos como valores preditivos de 95%, são possivelmente mais preditivos que os testes cutâneos com reatividade clínica, em determinadas populações”. Estabelecem ainda que “as análises de IgE específica são muito úteis para detetar a presença de anticorpos IgE específicos, indicando a existência de sensibilização alérgica. Os ensaios com anticorpos marcados por fluorescência possuem sensibilidade comparável aos testes cutâneos, e os níveis absolutos de anticorpos IgE específicos podem estar diretamente relacionados com a verosimilhança da reatividade clínica, comparativamente a testes de provocação oral para identificação de alimentos causadores de alergias alimentares IgE mediadas”.[27]

As análises de alergia no sangue (como ImmunoCAP) realizam-se sem alterações ao procedimento e a padronização de resultados é excelente.[30] Por outro lado, os reagentes e métodos para realização dos testes cutâneos não estão padronizados.[23][31] Em “Evidence-based Allergy Diagnostic Tests”, Portnoy afirma:

“Embora os testes cutâneos de alergia sejam sensíveis e específicos, são também altamente variáveis. Os resultados dos testes cutâneos num individuo podem diferir consoante a pessoa que o executa, e tendem a variar consoante a altura do dia e a estação do ano, localização do teste no corpo do doente, instrumento utilizado, fonte do extrato e concentração do mesmo. Infelizmente, há muita tradição em torno dos procedimentos para realização e interpretação dos testes cutâneos. Por exemplo, as técnicas podem divergir dependendo do local de formação do clínico e de quem o formou, pois alguns locais realizam apenas testes cutâneos, outros só realizam testes intradérmicos, e outros ainda realizam ambos os testes”.[32]

Prevenção e rastreio

A alergia muda de forma dinâmica ao longo do tempo, e os doentes podem superar ou adquirir novas alergias. Recomenda-se o rastreio regular dos alergénios relevantes, pois fornece informação sobre se e como a abordagem do doente deve ser alterada, de modo a melhorar a sua saúde e qualidade de vida. As análises anuais são importantes para determinar se as alergias a leite de vaca, ovo, soja e trigo foram superadas; no caso de alergia a amendoim, frutos secos, peixe e crustáceos, o intervalo entre testes é alargado para 2 a 3 anos.[23] Os resultados dos testes de monitorização podem ajudar a decidir se é seguro introduzir ou reintroduzir alimentos alergénicos na alimentação, ou quando será o melhor momento para o fazer.[27] O intervalo para reavaliação depende do alimento específico a que o indivíduo é alérgico, da idade e história clínica do doente.

Tratamento

O tratamento das alergias geralmente consiste em evitar a exposição ao alergénio que a causa e em medicamentos para melhorar os sintomas.[7] A imunoterapia com alergénios pode ter utilidade em alguns tipos de alergias.[7]

Medicação

Existem vários medicamentos disponíveis para bloquear a ação dos mediadores alérgicos ou para prevenir a ativação das células e dos processos de degranulação. Entre os medicamentos mais comuns para o tratamento de doenças alérgicas estão os anti-histamínicosglicocorticoidesadrenalina (epinefrina), estabilizadores de mastócitos e antagonistas do receptor de leucotrieno.[33] São também de uso comum os anti-colinérgicos e descongestionantes nasais. Embora rara, a gravidade da anafilaxia muitas vezes requer uma injeção de adrenalina, a qual pode ser administrada pela própria pessoa através de um autoinjetor de adrenalina.[34]

Imunoterapia

Imunoterapia contra a alergia

imunoterapia com alergénios pode ter utilidade em alergias ambientais, alergias a picadas de insetos e na asma.[7][35] O benefício em alergias alimentares é ainda pouco claro, pelo que não é recomendada neste caso. A imunoterapia envolve a exposição da pessoa a doses progressivamente maiores do alergénio de forma a tentar modificar gradualmente a resposta do sistema imunitário.[7]

A imunoterapia é geralmente segura e eficaz para a rinite e conjuntivite alérgica, formas alérgicas de asma e alergia a picadas de insetos.[36] As meta-análises têm verificado que a injeção de alergénios sob a pele é eficaz no tratamento de rinite alérgica em crianças[37][38] e de asma.[35] Os benefícios podem-se manter durante anos após a interrupção do tratamento.[39] A imunoterapia não é recomendada como tratamento único para a asma.[39]

Na imunoterapia sublingual, o alergénio é administrado por baixo da língua, o que faz com que a maioria das pessoas o prefira em relação às injeções.[39] Embora menos robustas, as evidências apoiam o uso de imunoterapia sublingual para o tratamento de rinite e asma.[39] No caso de alergias sazonais, o benefício é reduzido.[40]

Medicina alternativa

Há evidências relativamente fortes que a irrigação nasal salina e a planta Petasites possam ter alguma eficácia, quando comparadas com outros tratamentos alternativos para os quais as evidências são fracas, negativas ou não existentes, como é o caso do melacupuncturaómega 3Astragaluscapsaicina, extrato de semente de uva, Pycnogenolquercetinaespirulinaurtiga ou Tinospora cordifolia.[41][42] Um estudo de revisão concluiu que os tratamentos homeopáticos não são eficazes nem apresentam qualquer diferença em relação a placebos. Os autores concluem que, com base nos ensaios clínicos rigorosos a todos os tipos de homeopatia para doenças em crianças e adolescentes, não há evidências que apoiem o uso de tratamentos homeopáticos.[43]

Referências

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Ligações externas

Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Alergia

DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - 3 DE DEZEMBRO DE 2023

 

Deficiência

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(Redirecionado de Pessoas com deficiência)
Símbolo Internacional de Acesso a Pessoa com Deficiência Física

Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquicafisiológica ou anatômica. Diz respeito à atividade exercida pela biologia da pessoa. Este conceito foi definido pela Organização Mundial de Saúde. A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer pessoa que tenha impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Contudo, há que se observar que em contextos legais ela é utilizada de uma forma mais restrita e refere-se a pessoas que estão sob o amparo de uma determinada legislação.

Um aparelho operado com a mão num veículo de câmbio automático permite às pessoas com limitações nas pernas dirigir com normalidade.

O termo deficiente para denominar pessoas com deficiência tem sido considerado por algumas ONGs e cientistas sociais inadequado, pois o termo leva consigo uma carga negativa depreciativa da pessoa, fato que foi ao longo dos anos se tornando cada vez mais rejeitado pelos especialistas da área e em especial pelos próprios indivíduos a quem se refira. Assim, em alguns contextos, tem sido proposto o termo diversidade funcional, enquanto todas as pessoas precisam de ajuda em algum momento de suas vidas, especialmente na infância e na velhice.[1] Muitos, entretanto, consideram que essa tendência politicamente correta tende a levar as pessoas com deficiência a uma negação de sua própria situação e a sociedade ao não respeito da diferença. Atualmente, porém, esta palavra está voltando a ser utilizada,[carece de fontes] visto que a rejeição do termo, por si só, caracteriza um preconceito de estigmatização contra a condição do indivíduo revertida pelo uso de um eufemismo, o que pode ser observado em sites voltados aos "deficientes" é que o termo deficiente é utilizado de maneira não-pejorativa.[carece de fontes]

Capacitismo, é o termo designado para definir quando há discriminação e preconceito contra pessoas com qualquer tipo de deficiência. Cripface (termo é muito utilizado nos EUA, porém, no Brasil, pouco se escreveu sobre ele. Em fatos, existem apenas duas citações deste termo na imprensa nacional, até o momento[2][3] ), é o termo designado para definir quando uma pessoa sem deficiência representa uma pessoa com deficiência em alguma obra teatral, televisiva, cinematográfica, etc.

A pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades. A educação especial tem sido uma das áreas que tem desenvolvido estudos científicos para melhor atender estas pessoas, no entanto, o que inclui pessoas com deficiência além das necessidades comportamentais, emocionais, ocupacionais e sociais.

Desde a Declaração de Salamanca, surgiu o termo necessidades educativas especiais, que veio a substituir o termo criança especial, anteriormente utilizado em educação para designar a criança com deficiência. Porém, este novo termo não refere-se apenas à pessoa com deficiência, pois engloba toda e qualquer necessidade considerada atípica e que demande algum tipo de abordagem específica por parte das instituições, seja de ordem comportamental, seja social, ocupacional, física, emocional ou familiar.

Convenção da Deficiência

Um acordo foi celebrado em 25 de agosto de 2006 em Nova Iorque, por diversos Estados em uma convenção preliminar das Nações Unidas sobre os direitos da pessoa com deficiência, o qual realça, no artigo 24, a educação inclusiva como um direito de todos. O artigo foi substancialmente revisado e fortalecido durante as negociações que começaram há cinco anos. Em estágio avançado das negociações, a opção de educação especial (segregada do ensino regular) foi removida da convenção, e entre 14 e 25 agosto de 2006, esforços perduraram até os últimos dias para remover outro texto que poderia justificar a segregação de estudantes com deficiência. Após longas negociações, o objetivo da inclusão plena foi finalmente alcançado e a nova redação do parágrafo 2 do artigo 24 foi definida sem objeção. Cerca de sessenta delegações de Estado e a Liga Internacional da Deficiência (International Disability Caucus), que representa cerca de 70 organizações não governamentais (ONGs), apoiaram uma emenda proposta pelo Panamá que obriga os governos a assegurar que: as medidas efetivas de apoio individualizado sejam garantidas nos estabelecimentos que priorizam o desenvolvimento acadêmico e social, em sintonia com o objetivo da inclusão plena.

A Convenção preliminar antecede a assembleia geral da ONU para sua adoção, que se realizará no final deste ano. A convenção estará então aberta para assinatura e ratificação por todos os países membros, necessitando de 20 ratificações para ser validada. A Convenção da Deficiência é o primeiro tratado dos direitos humanos do Século XXI e é amplamente reconhecida como tendo uma participação da sociedade civil sem precedentes na história, particularmente de organizações de pessoas com deficiência.

Elementos do artigo 24 na instrução do esboço

  • Nenhuma exclusão do sistema de ensino regular por motivo de deficiência;
  • Acesso para estudantes com deficiência à educação inclusiva na sua comunidade local;
  • Acomodação razoável das exigências individuais;
  • O suporte necessário dentro do sistema de ensino regular para possibilitar a aprendizagem.

CIF

A Organização Mundial de Saúde vem desenvolvendo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde cuja versão para crianças e jovens (ICF-CY) foi lançada pela OMS em Outubro de 2007,[4] em Veneza e encontra-se disponível no Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para a Classificação Internacional de Doenças em Português, ou Centro Brasileiro de Classificação de Doenças – CBCD, como passou a ser conhecido, criado em 1976.[5]

Histórico da Deficiência no Brasil

A deficiência no Brasil foi tratada de várias maneiras no decorrer da história sobre um viés da Cultura Pública. No início, nas populações indígenas, as crianças com alguma deficiência física eram abandonadas e excluídas do convívio social. Entre a população negra que era escravizada no País, a deficiência física e sensorial eram decorridas dos inúmeros castigos físicos aplicados nas fazendas de café e engenhos de cana-de-açúcar. No século XIX, deficiências tornaram-se mais recorrentes por causa dos conflitos militares.

Segundo Vimieiro e Maia (2011) no século XX, principalmente, no período que compreende os anos de 1960 a 1984, a educação, saúde e trabalho eram tidas como as alternativas da época para a questão da deficiência, possuindo um caráter integrativo. A educação era utilizada para que essas pessoas "se educassem para parecerem normais" e o trabalho seria uma forma de voltarem à produtividade.[6] Por outro lado, nos anos pós-1984, a temática entra na perspectiva do direito, remetendo a um caráter de inclusão.[7]

Flávia Piovesan delimita quatro estágios na construção dos direitos humanos da pessoa com deficiência[8]:

Num primeiro estágio de total intolerância tais pessoas eram consideradas impuras, castigadas pelos deuses. Platão em “A República” e Aristóteles em “A Política” fazem referência à eliminação de crianças nascidas com deformidades, seja por abandono seja atirando-as da cadeia montanhosa de Tygetos na Grécia. Famosa foi a cidade grega de Esparta, onde no reinado de Leônidas, os guerreiros deveriam ser perfeitos para defender suas fronteiras, sendo sumariamente executadas as crianças nascidas com qualquer tipo de deficiência[8].

O segundo estágio foi o da invisibilidade. As pessoas eram colocadas em guetos, separadas do resto da humanidade. Como exemplo desta fase tem-se os relatos bíblicos dos leprosos, considerados impuros e segregados por toda a sociedade. Salienta-se a importância da doutrina cristã, principalmente do novo testamento. Com a descrição dos milagres e curas a pessoa com deficiência foi trazida para o centro das atenções. Os preceitos do amor ao próximo, do acolhimento e da universalidade dos direitos humanos foram importantes passos para dar novo enforque a pessoa com deficiência na sociedade[8].

O terceiro estágio, talvez o mais vivenciado no Brasil, foi o assistencialismo, marcada pelos avanços da medicina e a tentativa de curar qualquer limitação. O indivíduo seria o "portador de uma enfermidade" e deveria receber a ajuda assistencial por parte da sociedade, enquanto não houvesse a cura para a sua "doença" (na realidade, deficiência).[8].

A fase atual tem foco nos direitos humanos e na inclusão da pessoa com deficiência de maneira plena em todas os âmbitos sociais. Quem deve ser tratada agora, em que pese a extrema importância da continuidade das pesquisas cientificas que visam minorar limitações, é a sociedade. A deficiência, na expressão pejorativa da palavra, não está mais centrada na pessoa, mas sim na sociedade que tem profundas dificuldades de lidar com as diferenças, com qualquer pessoa que destoe dos padrões vigentes[8].

Ver também

Referências

  1.  Diversidade funcional: a diferença e o histórico modelo de homem-padrão. História, Ciências, Saúde-Manguinhos. 2009
  2.  «'Como eu era antes de você' é criticado por deficientes físicos»Cinema. 6 de junho de 2016
  3.  «Novo filme de Alec Baldwin é rechaçado por grupo de advogados por usar 'cripface'»A Gambiarra. 10 de julho de 2017
  4.  International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) na OMS
  5.  Centro Brasileiro de Classificação de Doenças - Consultado em 30 de julho de 2017
  6.  «trabajo para discapacitados». Consultado em 21 de março de 2019
  7.  VIMIEIRO; MAIA, A.C; R. «Enquadramentos da mídia e o processo de aprendizado social: transformações na cultura pública sobre o tema da deficiência de 1960 a 2008.»Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Consultado em 7 de julho de 2016. Arquivado do original em 16 de agosto de 2016
  8. ↑ Ir para:a b c d e Araujo, Elizabeth Alice Barbosa Silva de; Ferraz, Fernando Basto (2010). «O CONCEITO DE PESSOA COM DEFICIENCIA E SEU IMPACTO NAS AÇÕES AFIRMATIVAS BRASILEIRAS NO MERCADO DE TRABALHO» (PDF). Fortaleza: XIX Encontro Nacional do CONPEDI. XIX Encontro Nacional do CONPEDI. Consultado em 5 de dezembro de 2021

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