segunda-feira, 27 de novembro de 2023

GUARDA - MUNICIPIO E CIDADE PORTUGUESA - FERIADO - 27 DE NOVEMBRO DE 2023

 

Guarda

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Guarda (desambiguação).
Guarda

Catedral - Sé da Guarda
Brasão de GuardaBandeira de Guarda
Localização de Guarda
Mapa de Guarda
GentílicoGuardense;
Egitaniense[1]
Área712,1 km²
População40 126 hab. (2021)
Densidade populacional56,3  hab./km²
N.º de freguesias43
Presidente da
câmara municipal
Sérgio Costa (Pela Guarda2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
1199
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Beiras e Serra da Estrela
DistritoGuarda
ProvínciaBeira Alta
OragoNossa Senhora da Assunção
Feriado municipal27 de Novembro (Foral)
Código postal6300 e 6301
Sítio oficialwww.mun-guarda.pt
Município de Portugal 
A cidade da Guarda
A cidade da Guarda

Guarda é uma cidade portuguesa com 1 056 m de altitude máxima, sendo a mais alta cidade do país. Com 26 446 habitantes (2021) no seu perímetro urbano, é a capital do Distrito da Guarda, estando situada na região estatística do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela.

É sede do município da Guarda com 712,1 km² de área e 40 126 habitantes (censos de 2021), subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/13 em 43 freguesias.[2] O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira. O seu distrito tem uma população residente de 173 831 habitantes. Está situada no último contraforte nordeste da Serra da Estrela.

Possui acessos rodoviários importantes, como a A25, que a liga a Aveiro e ao Porto, bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23, que liga a Guarda a Lisboa e ao Sul de Portugal, bem como o IP2, que liga a Guarda a Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente a Bragança.

A nível ferroviário, a cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa (reaberta após modernização em 2021) e a linha da Beira Alta (encerrada para obras de modernização com abertura prevista para o ano 2023), que se encontram completamente eletrificadas, permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias para o centro da Europa", com ligação a Hendaye (França, via SalamancaValladolidBurgos).

O ar, historicamente reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um sanatório dedicado à cura da tuberculose.

A cidade da Guarda
A cidade da Guarda

Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiarias das maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três bacias hidrográficas se encontram.

História

Nos primeiros séculos da romanização da Península Ibérica habitaram a região da Guarda os lusitanos e outros povos ibéricos pré-romanos, entre os quais os igeditanos, os lancienses opidanos e os transcudanos. Estes povos colaboraram para resistir à romanização durante dois séculos. Ao contrário dos latinizados, estes povos não consumiam vinho, preferindo cerveja de bolota. A sua arma de eleição pensa-se ter sido a falcata[3][4] — uma espada curva — que facilmente quebrava os gládios romanos devido à sua superioridade metalúrgica.

Os seus deuses pagãos diferiam também dos romanos, podem ainda hoje encontrar-se algumas inscrições religiosas lusitanas em santuários como o Cabeço das Fráguas.

Durante muito tempo os historiadores julgaram que a Cividade dos Igeditanos (Egitânia) se localizava na Guarda mas mais recentemente chegou-se à certeza que tal localização era em Idanha-a-Velha. Daqui que o gentílico de egitanienses se enraizou. No entanto, existe dúvida se a Guarda foi realmente Egitânia. Confinando com os terrenos dos igeditanos, a norte estavam os dos lancienses opidanos cuja capital, a Cividade Lância Opidana, foi referida a curta distância da atual localização da Guarda.

Esta teoria foi defendida acerrimamente pelo General João de Almeida (influente militar português, herói das campanhas de África, natural da Guarda), o que levou alguns críticos a menosprezá-la, no entanto, todas as pesquisas seguintes indicam a sua veracidade. Já o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao Rio Mondego, o Castro de Tintinolho.

Após o período romano seguiram-se períodos de ocupação por parte dos visigodos, mais tarde pelo reino das Astúrias e também pela civilização islâmica. Só após o processo da reconquista é atribuído o foral, reconfirmando definitivamente a importância da cidade e da região.

O rei D. Dinis e D. Isabel de Aragão estiveram na cidade mês e meio após casarem. O rei sancionou os «Costumes da Guarda» e viria a iniciar a preparação para uma guerra com Castela, no entanto a contenda foi resolvida com a assinatura do Tratado de Alcanizes.

Porta do Sol

«A cidade dos 5 Fs»

A explicação mais conhecida e consensual do significado do epíteto de «cidade dos 5 F's» diz que estes significam Forte, Farta, FriaFiel e Formosa.[5][6][7][8][9] A explicação destes efes tão adaptados posteriormente a outras cidades é simples:

  1. Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força;
  2. Farta: devido à riqueza do vale do Rio Mondego;
  3. Fria: a proximidade à Serra da Estrela e o facto de estar situada a uma grande altitude explicam este F;
  4. Fiel: porque Álvaro Gil CabralAlcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral, recusou entregar as chaves da cidade ao Rei João I de Castela durante a Crise dinástica de 1383–1385. Teve ainda fôlego para combater na Batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de Coimbra de 1385, onde elegeu o Mestre de Avis como Rei D. João I de Portugal;
  5. Formosa: pela sua natural beleza.

Ainda relativamente ao «4.º F» da Cidade, é sintomática a gárgula voltada em direção a nascente (ao encontro de Espanha): um traseiro, em claro tom de desafio e desprezo. É comum ver turistas procurando essa gárgula específica, recentemente apelidada de "Fiel".

Guarda, o Berço da Língua Portuguesa

Foi por amor a uma bela mulher — pela qual muitos se apaixonaram — que haveria de se originar a Língua Portuguesa, hoje uma das mais faladas em todo o mundo.

E foi, na cidade da Guarda que se deu o acontecimento que marcou claramente o nascimento da Língua Portuguesa em 1189: aqui se escreveu o primeiro texto literário em Língua Portuguesa, da autoria do trovador galego Paio Soares de Taveirós para sua amada Maria Pais Ribeira ( também conhecia por Ribeirinha), intitulada de Cantiga da Ribeirinha.

A mesma Ribeirinha que acabaria por chamar a atenção do monarca D. Sancho I que também se inspirou a redigir-lhe reais trovas, e com quem haveria de manter uma notória relação extraconjugal, gerando numerosa descendência.

E assim, por amor a uma bela mulher — diziam-na "branca de pele, de fulvos cabelos, bonita, sedutora" — surge na Guarda a Língua Portuguesa, reflexo poderoso de paixões que os séculos não conseguiram apagar.

Orago

Virgem da Assunção é a Padroeira da Guarda.

Não é por acaso que:

  • Por cima da entrada principal, ao centro, está a estátua da Virgem da Assunção, ladeada pelas torres sineiras com a heráldica de D. Pedro Vaz Gavião.
  • O altar-mor (da Sé Catedral), atribuído a João de Ruão e mandado fazer ca. 1553 pelo bispo D. Gregório de Castro, é composto por um retábulo com uma centena de figuras esculpidas (do Antigo e do Novo Testamento) em pedra de Ançã. Um dos painéis centrais é ocupado por uma estátua invocando Nossa Senhora da Assunção.
  • Segundo Adriano Vasco Rodrigues, é uma "“imagem em granito da Senhora da Assunção, padroeira da Guarda.”

(Fonte: ‘A Catedral da Guarda, motivo de orgulho!’, de Adriano Vasco Rodrigues, em GuardaViva Boletim Municipal, Nº 1, página 21)

  • “Fachada principal virada a oeste, sendo visível um primitivo remate em pena angular, sendo rasgada por portal em arco abatido, com cogulhos internos, que se entrelaçam, dando origem a uma nicho com mísula e baldaquino, onde se integra a imagem de Nossa Senhora da Assunção ; é ladeado por dois colunelos finos, assentes em bases altas com toros e escócias, surgindo, nos intercolúnios, mísulas ornadas por folhagem protegidas por baldaquinos; o colunelo exterior prolonga-se sobre o nicho da Virgem, em arco canopial, com cogulhos internos e externos, sendo flanqueado por dois possantes gigantes, constituídos por amplas bases, de onde saem feixes de colunas torsas, rematando em pináculos também torsos e com florão.”
  • “Na Estatística Paroquial, é referido que a paróquia da Sé, de Nossa Senhora da Assunção, era um priorado apresentado pelo bispo local.”

(Fonte: Sistema de Informação para o Património Arquitetónico)

  • "...no centro a Virgem da Assunção, padroeira da cidade da Guarda.”

(Fonte: MONOGRAFIA ARTÍSTICA DA GUARDA, Adriano Vasco Rodrigues, 2ª edição, 1977, página 98, 2º parágrafo)

  • Diocese da Guarda (Diœcesis Ægitaniensis) — Padroeiro: Nª Senhora da Assunção
  • "Num nicho central, vê-se a imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da Guarda."

(Fonte: Património & Turismo, Distrito da Guarda 1999 [(REGISTOS: Ministério da Justiça, Empresa Jornalística Nº 222 033, ICS (Titularidade) Nº 122 034] , página 46)

  • "Paróquia: Guarda; Orago: Nossa Senhora da Assunção"

(Fonte: CÚRIA DIOCESANA DA GUARDA — ANUÁRIO CATÓLICO)

Cronologia

  • 200 000 000 a.C. — Impacto de um meteoro a NE da atual cidade da Guarda, formando-se uma cratera complexa de 35 km de diâmetro.[10]
  • 139 a.C. — Viriato é assassinado, e o seu funeral teria ocorrido provavelmente no Cabeço das Fráguas nas proximidades da atual cidade da Guarda.
  • 1199 — Em 27 de novembro, fundação da cidade da Guarda – através de carta foral de D. Sancho I – com o propósito de servir de centro administrativo, de comércio e de defesa da fronteira da Beira contra os Reinos da Meseta do centro da Península Ibérica: primeiro, o Reino de Leão; depois, o Castela e finalmente, Espanha. Foi este propósito que deu origem ao nome de Cidade da Guarda.
  • 1202 — Criação da Diocese da Guarda, transferida de Idanha, a antiga e importante cidade romana da Egitânia, que foi largamente abandonada no tempo das invasões e lutas contra os mouros, já que a sua situação em plena fronteira e localização difícil de defender a expunham quer a mouros quer a cristãos. A cidade da Guarda foi fundada em posição muito mais fácil de defender, o que lhe permitiria tirar à Idanha a posição de centro principal da Beira Interior.
  • 1203 — D. Martinho Pais é Bispo da Guarda.
  • 1255 — Criação das Feiras de S. João.
  • 1281–1282 — D. Dinis realiza as Cortes da Guarda.
  • 1333 — Homens bons da Guarda solicitam a D. Afonso IV a redução das rendas.
  • 1379 — D. Fernando autoriza o Bispo D. Afonso Correia II a criar o Colégio para estudantes pobres.
  • 1384 — O alcaide-mor do castelo da Guarda Álvaro Gil Cabral (trisavô de Pedro Álvares Cabral) recusa-se a entregar as chaves da cidade a D. João I de Castela.
  • 1385 — D. João, o Mestre de Avis, aloja-se na cidade.
  • 1405 — D. João I ordena que os judeus usem uma estrela vermelha de seis pontas ao peito, estranhamente mais tarde vem recuar revogando essa mesma lei após abusos das autoridades.
  • 1435 — Nasce Frei Pedro da Guarda.
  • 1450 — Litígio entre o Bispo, a Câmara da Guarda e D. Afonso V, devido à entrada de vinho de fora da cidade.
  • 1459–1476 — O Bispo da Guarda explora ferrarias em Caría auxiliado por biscaínhos, especializados em fundições.
  • 1462 — D. Afonso V concede ao Bispo da Guarda o direito de explorar minas de chumbo, prata, ouro, estanho, cobre e outros metais.
  • 1465 — D. Afonso V realiza novas Cortes na Guarda.
  • 1475 — O príncipe D. João (futuro Rei D. João II) reúne Conselho na Guarda para reunir tropas que participarão na batalha de Toro.
  • 1476 — Em janeiro o príncipe parte da Guarda chegando a Ciudad Rodrigo no dia 24 desse mesmo mês.
  • 1492 — Expulsão dos judeus de Espanha. Aumenta exponencialmente a população judia da Guarda.
  • 1493 — Rui de Pina delineia o Tratado de Tordesilhas na Guarda e parte em embaixada para Castela. Deste episódio sobrou ainda nos dias de hoje a expressão que nos diz que «O Brasil nasceu na Guarda».
  • 1496 — É dada ordem para a conversão ou expulsão dos judeus, levando ao aparecimento dos chamados cristãos-novos e do cripto-judaísmo na região.
  • 1499 — O Papa autoriza o Bispo da Guarda a fundar três Mosteiros onde quiser.
  • 1500 — A 12 de maio dá-se o primeiro Sínodo Diocesano da Guarda.
  • 1519 — D. Manuel I concede isenções fiscais aos moradores da Guarda.
  • 1530 — A 5 de outubro o Rei D. João III nomeia D. Fernando como Duque da Guarda.
  • 1540 — Concluídas as obras da Catedral da Guarda, tal como hoje se conhece.
  • 1541 — O Inquisidor Cardeal D. Henrique, autoriza o Reitor da Universidade de Coimbra a fazer inquisição no Bispado da Guarda, a sul do Tejo.
  • 1543 — Iniciam-se as perseguições da inquisição na Guarda.
  • 1580 — O Bispo da Guarda D. João de Portugal torna-se partidário da independência e opositor da dominância filipina, vindo mais tarde a combater em Alcântara ao lado do D. António o Prior do Crato, vindo a morrer no cárcere em 1592 às ordens de Filipe II de Espanha.
  • 1582 — É adotado o calendário gregoriano na diocese Egitaniense.
  • 1582 — Pedro Telésio é mestre de música na Sé da Guarda.
  • 1597 — Início dos trabalhos das novas Constituições do bispado da Guarda.
  • 1614–1615 e 1617 — Guerra entre bandos na Guarda.
  • 1655 — Intensificada a exploração de Estanho nas minas da Guarda.
  • 1670 — Matias de Sousa Vilas Lobo ensina música na Guarda.
  • 1674 — Sínodo diocesano para regulamentar os dízimos. Este irá produzir levantamentos populares em Idanha-a-Nova.
  • 1697 — Ano de fome em toda a região da Guarda.
  • 1704 — Encontram-se na Guarda, D. Pedro II e o Arquiduque Carlos d'Áustria, envolvidos na guerra de sucessão de Espanha.
  • 1727 — A 19 de junho morre, com 103 anos, a Madre Mariana de S. Miguel no Convento de Sta. Clara. A 26 de junho, pelas 14h, a cidade sofre uma trovoada com pedras de dimensões nunca vistas, dois raios caem na Catedral causando danos no interior.
  • 1730 — O Bispo da Guarda, D. João de Mendonça, funda em Castelo Branco o Recolhimento de Santa Maria Madalena
  • 1730 a 1735 — Intensifica-se a perseguição aos judeus, aumentam as marcas cruciformes na judiaria da Guarda.
  • 1733 — Morre António de Sequeira e Albuquerque com 103 anos, fora Cónego da Sé durante 86 anos.
  • 1744 — A 6 de julho o Rei D. João V pede ao Bispo da Guarda que lhe sejam remetidos os rendimentos do Cabido.
  • 1749 — Grande cheia no Mondego inunda a povoação de Porto da Carne e terrenos marginais.
  • 1753 — A 23 de agosto o Rei D. José proíbe o Bispo da Guarda de dar ordens aos oficiais de justiça seculares, ou de os ameaçar de excomunhão.
  • 1755 — Sente-se o terramoto de Lisboa na Região, que causa graves danos em Pinhel.
  • 1757 — A 6 de dezembro o Rei D. José adverte o Bispo da Guarda quanto às punições destinadas a eclesiásticos que colaboram com o contrabando, escondendo-os nas igrejas.
  • 1762 — Estado de Guerra na região, ataques dos Espanhóis a Castelo Rodrigo e Almeida. O Rei D. José pede ao Bispo da Guarda para prevenir os eclesiásticos que as suas casas poderiam ser requisitadas para albergar militares.
  • 1773 — A 16 de fevereiro o Marquês de Pombal manda abolir finalmente os atestados de limpeza de sangue e queimar os cadastros de cristãos-novos.
  • 1774 — A 12 de abril o Papa Clemente XIV separa o território do Arcediago de Seia do Bispado de Coimbra e integra-o na Guarda.
  • 1801 — O Marquês de Alorna derruba parte da muralha da Guarda para construir o Forte Velho, a 3 km da cidade.
  • 1808 — As tropas francesas comandadas por Loisin entram na cidade da Guarda.
  • 1810 — A Cidade sofre a 3ª invasão francesa.
  • 1811 — A 16 de Abril as tropas francesas veem se obrigadas a abandonar a cidade devido à batalha de Fuentes de Oñoro que viriam a perder em 5 de Maio.
  • 1812 — A 16 de maio o Estado fornece sementes de milho pela população para reparar os prejuízos da Guerra com os franceses.
  • 1829 — Em janeiro regista-se uma "intensa vaga de frio que faz congelar os ovos e a aguardente". (Para que isto ocorra são necessárias temperaturas inferiores a -23 °C).
  • 1833 — O Bispo absolutista D. José Pacheco e Sousa abandona a cidade que só voltará a ter bispo em 1858.
  • 1835 — Novo derrube de secções da muralha para construção do cemitério.
  • 1839 — Destruição da porta da Covilhã e da torre das freiras.
  • 1855 — Criação do Liceu da Guarda.
  • 1866 — O Governador Civil Sande e Castro intervém para que se crie o Montepio Egitaniense.
  • 1868 — Criado aquele que se pensa ser o 1º jornal da Guarda: «O Egitaniense».
  • 1871 — Nasce Carolina Beatriz Ângelo.
  • 1876 — Fundação da Companhia dos Bombeiros Voluntários da Guarda.
  • 1881 — É extinta a Diocese de Pinhel e incorporada na diocese da Guarda.
  • 1882 — A 4 de agosto D. Luís I e D. Maria Pia são recebidos solenemente na Guarda por ocasião da Inauguração da linha da Beira Alta entre a Guarda e Vilar Formoso, junto da fronteira com Espanha.
  • 1883 — Nasce Ladislau Patrício.
  • 1885 — Morre a última freira do convento de Sta. Clara, que é posteriormente entregue à Misericórdia para a instalação de um hospital. Inicia-se dos trabalhos de ligação com a Linha da Beira Baixa.
  • 1887 — O Governador Civil D. João de Alarcão intercede e consegue a criação do Asilo de mendicidade Distrital.
  • 1889 — Criação do Asilo da Infância desvalida.
  • 1894 — Conferência de S. Vicente Paulo (Intervenção do Bispo D. Tomaz G. de Almeida)
  • 1895 — Integração da Guarda na 5ª Brigada através dos corpos de Infantaria nº 12, 21 e 23. Construção do Mercado fechado com arte em ferro.
  • 1896 — Eletrificação da Guarda, sendo concessionário Francisco de Pinto Balsemão.
  • 1897 — Criação da Escola Normal (Magistério Primário).
  • 1899 — Começam obras de restauro da catedral (Arq. Rosendo Carvalheira e Mestre Valentim).
  • 1901 — A 30 de dezembro a Sé Catedral é decretada monumento nacional.
  • 1902 — Câmara da Guarda gasta 387 000$00 no abastecimento de água para a freguesia de Vela.
  • 1904 — Fundada a Caixa Económica da Guarda, por João Caetano Salvado.
  • 1907 — A 18 de maio chegam à Guarda D. Carlos I e D. Amélia para inaugurar o Sanatório Sousa Martins.
  • 1910 — Implantação da República, saudada com grande entusiasmo pela população da cidade.
  • 1911 — Durante um baile no Regimento de Infantaria n.º 12 o soalho abate provocando vários feridos com fraturas, especialmente entre as senhoras.
  • 1921 — A Câmara Municipal tem direito a imprimir moeda (cédulas camarárias).
  • 1922 — O ex-aluno do Liceu da Guarda, Sacadura Cabral, inicia a 1ª travessia do Atlântico Sul.
  • 1926 — Início da Ditadura militar.
  • 1929 — A 26 de fevereiro falece Augusto Gil.
  • 1931 — Sai o último nº (938) do jornal O Combate, foi seu diretor o poeta José Augusto de Castro.
  • 1934 — Morre no Tarrafal o General Adalberto Gastão de Sousa Dias, heroico defensor da Democracia. É transportado para a Guarda e depositado sem honras fúnebres num jazigo do cemitério municipal.
  • 1937 — O Jornal democrático "Distrito da Guarda" é encerrado pela censura.
  • 1940 — Chegam à Guarda refugiados da Segunda Guerra Mundial, começam a sentir-se o racionamento de alimentos.
  • 1941 — Ciclone derruba milhares de árvores no Distrito.
  • 1942 — Inaugurado o Hotel Turismo.
  • 1944 — Dia da Liberdade.
  • 1946 — Reabre a escola do magistério primário.
  • 1948 — Fundação da Rádio Altitude no Sanatório da Guarda.
  • 1951 — A 11 de novembro falece Salvador do Nascimento, a cidade presta honras fúnebres.
  • 1956 — Entra em funcionamento a Escola Comercial e Industrial da Guarda.
  • 1963 — As Indústrias Lusitanas Renault instalam-se na Guarda.
  • 1967 — Morre Ladislau Patrício.
  • 1974 — O Regimento de Infantaria adere desde a primeira hora ao MFA.
  • 1976 — Acordos da Guarda — entre Portugal e Espanha.
  • 1977 — Celebra-se na Guarda o "Dia das Comunidades Lusíadas" com a presença do Pres. da República General Ramalho Eanes e Membros do Governo.
  • 1978 — Criada na Guarda a Associação de Amizade Portugal-Israel.
  • 1979 — Geminação da cidade com Safed.
  • 1983 — Criação da Escola Superior de Saúde da Guarda — Nasce o Instituto Politécnico da Guarda.
  • 1988 — Em março — Presidência aberta sendo presidente Dr. Mário Soares.
  • 1995 — Abílio Curto abandona a Presidência da Câmara Municipal, cargo que exercia desde 1976.
  • 1999 — Celebração do VIII centenário do Foral Sanchino, com a presença do Presidente Jorge Sampaio. É criado o Centro de Estudos Ibérico.
  • 2000 — Fundação do Jornal O Interior.
  • 2001 — D. José Saraiva Martins ascende a Cardeal.
  • 2010 — O histórico Hotel Turismo é encerrado. A Câmara Municipal da Guarda acorda vender o edifício ao Turismo de Portugal.
  • 2010 — Encerramento da Delphi, à data uma das maiores empregadoras da região.
  • 2011 — O último Governador do Distrito, Santinho Pacheco é exonerado pelo Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho.
  • 2013 — A coligação PSD/CDS ganha a autarquia da Guarda
  • 2014 — A cidade é, novamente, palco das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, com a Presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
  • 2021 — Sérgio Costa vence as eleições autárquicas, como independente. Torna-se o primeiro Presidente da Camâra independente.

População

Número de habitantes * [11]
1864187818901900191119201930194019501960197019811991200120112021
33 00636 28040 20541 91044 01041 90943 31447 86251 46848 99439 74140 36038 76543 82242 54140 117
Número de habitantes por Grupo Etário ** [12] [13]
1900191119201930194019501960197019811991200120112021
0-14 Anos14 18114 81614 17714 67815 79915 61714 23311 1059 0287 2826 8095 8334 486
15-24 Anos7 9018 1287 5638 2538 8519 8148 3996 1957 2195 7896 1264 4094 156
25-64 Anos17 01618 26717 31617 65920 06021 83622 07617 45518 15518 84622 72123 42621 341
= ou > 65 Anos2 1722 3372 4622 9723 1143 9024 2864 4905 9586 5858 1668 87310 134
  • Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.
    • De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)

Lendas

Segundo uma lenda, no tempo da Reconquista, havia uma jovem Ana apaixonada por Alfonso III das Astúrias que seguiu o rei, vestida de soldado. Depois duma batalha, o rei descobriu o segredo de Ana e emocionado, mandou construir um castelo para Ana viver, tornando-se a guardiã daquelas terras.

Geografia

A Guarda é sobranceira ao Vale do Mondego, insere-se no último contraforte Norte da Serra da Estrela é a cidade mais alta de Portugal, quanto à altitude da área urbana do município, com altitude máxima de 1 056 m.

Fruto desta altitude é também o curioso facto de esta região pertencer a três bacias hidrográficas — Mondego, Douro e Tejo, contribuindo desta forma para os recursos hídricos das regiões de Lisboa, Porto e Coimbra. O ponto de confluência das três bacias localiza-se na povoação de Vale de Estrela nas imediações da Guarda.

Clima

O clima na cidade da Guarda é temperado, com influência mediterrânica, visto que no verão há uma curta estação seca. O mês mais quente é julho, com temperatura média de 19,7 °C, e o mês mais frio é janeiro, com média de 4 °C. O mês mais chuvoso é dezembro, com pluviosidade média de 150,6 mm, e o mês mais seco é agosto, com média de escassos 10,4 mm. A temperatura média anual é de 11,1 °C e a pluviosidade média anual é de 914,2 mm. É considerada uma das cidades mais frias de Portugal, experimentando algumas vezes por ano precipitações de neve.

As temperaturas inferiores a -10 °C ocorrem com alguma frequência, havendo inclusivamente registos históricos datados de janeiro de 1829 que parecem indicar temperaturas inferiores a -20 °C (ver secção cronologia).

[Esconder]Dados climatológicos para Guarda (1981-2010)
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAno
Temperatura máxima recorde (°C)15,217,623,024,530,833,738,334,636,027,021,317,138,3
Temperatura máxima média (°C)6,88,611,412,416,421,225,125,021,115,010,07,815,1
Temperatura média (°C)4,05,57,78,412,316,219,719,516,311,47,55,311,15
Temperatura mínima média (°C)1,22,33,74,67,711,314,013,911,98,35,02,97,2
Temperatura mínima recorde (°C)−10,8−6,2−8,8−4,5−1,81,24,44,91,8−0,6−7,5−6,7−10,8
Precipitação (mm)104,871,259,486,786,333,918,210,458,2107,4127,1150,6914,2
Dias com neve0100000000001
FonteInstituto Português do Mar e da Atmosfera (1981–2010)[14](Records: 1971-2010) 26 de fevereiro de 2013
Fonte 2: Climate Zone (Dias de neve - média 2010 a 2014) [15] 26 de fevereiro de 2013

Organização administrativa

Até 2013, a cidade da Guarda era oficialmente constituída pelas freguesias urbanas da São Vicente e São Miguel, entretanto unidas numa só (Freguesia da Guarda).

Freguesias

Freguesias do município da Guarda

Desde a reorganização administrativa de 2012/2013,[2] o município da Guarda está dividido em 43 freguesias:

Até 1 de janeiro de 2002, fazia também parte do município a freguesia do Vale de Amoreira, a qual entretanto foi transferida para o vizinho município de Manteigas.

Cidades geminadas

A cidade da Guarda está geminada com cinco cidades:[16]

Política

Eleições autárquicas [17]

Data%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%VParticipação
PSCDS-PPPPD/PSDAPU/CDUPCTP/ MRPPADPPMPRDBEPSD-CDSMPTINDCH
197633,56331,22221,6624,89-1,81-
64,22 / 100,00
197954,284ADAD3,00-1,77-37,173AD
79,52 / 100,00
198257,3454,15-1,26-32,812
72,30 / 100,00
198552,44431,7533,53-0,75-7,52-
68,10 / 100,00
198952,8146,47-33,4332,67-0,63-
67,12 / 100,00
199352,3445,30-34,4933,25-
67,95 / 100,00
199756,2944,08-32,1232,98-
65,26 / 100,00
200147,6542,97-42,4631,98-0,82-
68,26 / 100,00
200552,5144,55-33,8431,78-0,59-1,99-
70,40 / 100,00
200955,7955,15-28,3322,68-0,70-2,89-
62,72 / 100,00
201330,392PSDCDS3,89-2,42-3,66-51,435
59,47 / 100,00
201723,3525,59-61,2052,11-CDS3,04-CDS
60,86 / 100,00
202117,9812,69-33,6831,31-1,60-36,2232,69-
63,19 / 100,00

Eleições legislativas

Data%
CDSPSPSDPCPUDPADAPU/

CDU

FRSPRDPSNBEPANPàFLCHIL
197632,1330,3218,643,551,23
1979AD36,73APU0,8249,515,49
1980FRS0,7851,234,8235,15
198318,7846,2023,270,344,84
198516,4630,2827,440,825,1513,00
19875,4429,4153,28CDU0,253,152,12
19915,4236,2948,612,390,811,80
199510,4952,6230,690,412,120,35
199910,3547,7133,223,441,45
20029,8639,8342,502,351,79
20056,8951,7927,273,004,71
200911,4836,4430,783,5510,99
201113,3428,5941,353,894,680,81
2015PàF33,83PàF4,1110,231,5141,730,63
20194,7636,1432,122,9310,772,250,701,520,81
20222,1045,6131,001,593,930,720,698,722,52

Património arquitetónico e arqueológico

A cidade tem vários monumentos arquitetónicos, na sua maioria situados no centro histórico:

Sé da Guarda e estátua de D. Sancho I

No centro histórico da Guarda encontram-se vários edifícios com marcas mágico-religiosas: um estudo de novembro de 2006, editado pela Sociedade Pólis Guarda e pela autarquia local, identifica 48 marcas cruciformes em edifícios da zona da Judiaria.

Património natural

Centro da cidade da Guarda com um nevão

Encontram-se classificadas como árvores de interesse nacional:

Mais património natural da região:

  • Cão da Serra da Estrela — sem dúvida um dos mais interessantes canídeos de Portugal;
  • Teixos da Serra da Estrela;
  • Lobo Ibérico — as últimas alcateias livres a sul do Douro situam-se nesta região;
  • Vale Glaciar de Manteigas;
  • Orografia granítica, com afloramentos frequentes e por vezes com dimensões monumentais;
  • Carvalhais de Carvalho Negral;
  • Soutos e Castinçais;
  • Possível cratera de 35 km de diâmetro;[10]
  • Linha de festo tago-duriense que define as vertentes das bacias hidrográficas do Tejo e do Douro, na freguesia de Panoias de Cima .[18]

O município encontra-se parcialmente inserido no Parque Natural da Serra da Estrela

Associações recreativas e desportivas

Durante muitos anos, o principal clube desportivo da cidade, com notório ecletismo, foi a Associação Desportiva da Guarda.

Foi criado o clube Guarda Desportiva Futebol Clube, que se dedicou apenas ao futebol.

Outros clubes que se têm destacado neste desporto são o Mileu-Guarda Sport Clube e o NDS (Núcleo Desportivo e Social), este sobretudo nas camadas jovens. Clubes que se têm destacado fora do âmbito do futebol são o Clube de Montanhismo da Guarda, e o Centro de Desporto e Cultura do Pinheiro no atletismo.

A cidade tem ainda diversas associações culturais e recreativas, dentre as quais, a Associação de Desenvolvimento Carapito S. Salvador.

Existe ainda o Grupo Desportivo e Recreativo das Lameirinhas (GDRL) que se destaca no âmbito do futsal, no escalão nacional de seniores, possuindo também uma equipa B e escalões de iniciação. O clube tem também escalões juvenis de basquetebol feminino.

Infraestruturas e acessibilidades

O município é servido por uma boa rede viária:

Ferrovias

Na Guarda passam ainda as seguintes linhas ferroviárias:

Após o abandono do projeto do TGV português devido à crise económica mundial, o governo português anunciou em 2011 a requalificação da linha da beira alta para bitola europeia de forma a permitir a circulação de mercadorias em velocidade alta a partir dos portos do norte de Portugal para o centro da Europa.

Plataforma logística e outras

No município existe a PLIE — Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, uma área infraestruturada de raiz com cerca de 100 hectares, de cariz logístico-industrial onde a atividade de armazenagem e produção tem condições ótimas do ponto de vista da distribuição Ibérica, não só pela confluência das várias vias rodoviárias e ferroviárias, mas também pela posição intermédia entre Lisboa-Madrid e Aveiro-Madrid, sendo de todas as passagens fronteiriças aquela que proporciona o menor e mais rápido trajeto em direção ao centro da Europa.

No município existe a barragem do Caldeirão, importante infraestrutura para o abastecimento de água e produção de energia. A barragem foi também feita com o intuito de ser um pólo de atração turística.

Economia

Antes do 25 de Abril, a grande maioria da população do município habitava em aldeias e vivia da agricultura de subsistência. Com a democracia, começou a haver uma deslocalização dos meios rurais para a cidade e as pessoas começaram a trabalhar no sector dos serviços e da indústria. Houve grandes fábricas, como a Renault e a Gartêxtil, ambas já desaparecidas.

Os 14 municípios do distrito da Guarda possuirão um total de 15 521 empresasdas quais 4 189 estarão sediadas no município da Guarda.[19]

Atualmente (2010), a crise paira na indústria desta cidade gerando milhares de desempregados: a principal empregadora a Delphi, fechou em 31 de dezembro de 2010, despedindo os últimos 321 trabalhadores (chegou a ter cerca de 3 000 trabalhadores). No entanto existem outras empresas do mesmo sector que poderão absorver alguns desses trabalhadores. Outros exemplos de empresas relevantes são a GELGURTECoficabDura AutomotiveSODECIA metalurgia entre outras.

A boa situação geográfica do município e as boas acessibilidades fazem da Guarda um excelente local para o armazenamento e transporte de mercadorias de Portugal para o resto da Europa (e vice-versa), nesse sentido entidades privadas em conjunto com a Câmara Municipal criaram a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) que é uma plataforma transfronteiriça que procura dinamizar a economia regional e a captação de fluxos e investimentos industriais.

Turismo e gastronomia

turismo é também uma aposta da Guarda. Os principais pontos turísticos da cidade são:

Atualmente, o município tem vários hotéis que aproveitam a proximidade com a Serra da Estrela, com as Aldeias Históricas e com a região do vinícola do Douro que posicionam a Guarda como base ideal para a descoberta desses destinos. A gastronomia do município é muito diversificada, com destaque para o Caldo de Grão, o Bacalhau à Conde da GuardaBacalhau à Lagareiro, o Cabrito Assado, as Morcelas da Guarda e o Arroz Doce.

Política

Presidentes da Câmara após o 25 de Abril:

Guardenses ilustres

O município da Guarda foi o berço de várias personalidades, entre as quais:

Filhos adotivos da Guarda

A Guarda, ao longo dos tempos, foi acolhendo individualidades que, pela sua relevância e ligação à Cidade, perduram na alma Guardense.

Educação

Na Guarda, existem vários estabelecimentos de ensino:

Ensino superior

  • IPG (Instituto Politécnico da Guarda) (público)
  • Instituto Superior de Administração, Comunicação e Empresas (privado)

Ensino secundário

  • Escola Secundária c/ 3º CEB da Sé
  • Escola Secundária Afonso de Albuquerque

Ensino privado

  • Ensiguarda
  • Instituto de S. Miguel
  • Colégio da Cerdeira
  • Conservatório de Música de S. José da Guarda

A cidade da Guarda tem um total de 21 escolas.

Gentílico

Alguns autores acham que o gentílico da Guarda não é guardense, mas egitaniense. A palavra deriva de Egitânia, o nome latino de Idanha, e tem a ver com o facto de a diocese da Idanha (atualmente a pequena aldeia de Idanha-a-Velha, município de Idanha-a-Nova), ter sido transferido para a Guarda.

Referências

  1.  «guardense/egitaniense». Instituto Camões. Consultado em 8 de Agosto de 2013
  2. ↑ Ir para:a b Diário da RepúblicaReorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I.
  3.  Yumpu.com. «EN TORNO AL ORIGEN Y PROCEDENCIA DE LA FALCATA ...»yumpu.com (em espanhol). Consultado em 18 de fevereiro de 2023
  4.  PromakosHM (8 de abril de 2020). «La falcata ¿mito romántico o realidad? - Archivos de la Historia»Archivos de la Historia | Tu página de divulgación (em espanhol). Consultado em 18 de fevereiro de 2023
  5.  http://www.gov-civ-guarda.pt/distrito/guarda.asp
  6.  http://www.mun-guarda.pt/index.asp?idEdicao=51&id=720&idSeccao=625&Action=noticia
  7.  http://www.pad.pt/volta2009/info/mensagens/camaras/Mensagem%20Camara%20da%20Guarda.pdf
  8.  http://www.descubraportugal.com.pt/edicoes/tdp/registo.asp?idcat=14&id=868&tipo=a&o=t
  9.  http://www.esecd.ipg.pt/candidatos_viver_guarda.asp
  10. ↑ Ir para:a b «Guarda Circular Structure»Universidade de Harvard. Consultado em 7 de Setembro de 2013
  11.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  12.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  13.  INE - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0011166&contexto=bd&selTab=tab2
  14.  «Normais Climatológicas - 1981-2010 (provisórias) - Guarda». Consultado em 26 de fevereiro de 2013
  15.  «Guarda weather history»Climate Zone. Consultado em 26 de fevereiro de 2013
  16.  http://www.anmp.pt/anmp/pro/mun1/gem101l0.php?cod_ent=M6300
  17.  «Concelho de Guarda : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media»www.marktest.com. Consultado em 18 de dezembro de 2021
  18.  António Saraiva (2009). Guarda Vista do Céu. [S.l.]: Argumentum
  19.  http://www.infoempresas.com.pt/Distrito_GUARDA.html

Ver também

Ligações externas

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FERNANDO VALLE - MÉDICO - MORREU EM 2006 - 27 DE NOVEMBRO DE 2023

 

Fernando Valle

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fernando Valle
Nascimento30 de julho de 1900
Arganil
Morte27 de novembro de 2004
Coimbra
CidadaniaPortugal
Ocupaçãomédicopolítico
Prêmios
  • Grã-Cruz da Ordem do Mérito
  • Grande-Oficial da Ordem da Liberdade

Fernando Baeta Cardoso do Valle (ArganilCerdeira30 de julho de 1900 — Coimbra27 de novembro de 2004) foi um médico e político portuguêsrepublicano, membro da Maçonaria e um dos fundadores do Partido Socialista português.

Biografia

Nasceu em Arganil, numa família de médicos onde já estavam enraizados os ideais republicanos e socialistas. Estudou e fez-se médico tal como os seus pais, e rapidamente enveredava, também, pela política, destacando-se na oposição ao Estado Novo e ajudando a fundar, ainda na clandestinidade, o Partido Socialista (PS). Marcou presença no Reviralho e nas campanhas de Norton de Matos e Humberto Delgado à Presidência da República e, por várias vezes, escondeu em sua casa foragidos que eram procurados pela PIDE.

Com a Revolução de 25 de Abril de 1974, viria a ter um papel discreto no pós-revolução, como governador civil do Distrito de Coimbra de 1976 a 1980, onde terá tido um papel importante na contenção de alguns distúrbios aquando do Verão Quente de 1975. Terá, depois disso, regressado para Arganil, onde continuou a exercer como médico e onde deixou trabalho feito na área do associativismo local. Veio a ser, após a morte de Tito de Morais, presidente honorário do partido que ajudou a fundar, demonstrando em algumas ocasiões a sua desconfiança e incómodo com a liderança do partido, então nas mãos de José Sócrates. Apoiou Manuel Alegre na corrida às Presidenciais em que este participou.

A 14 de abril de 1982, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e a 28 de julho de 1989 com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito.[1]

Referências

  1.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Fernando Baeta Cardoso do Valle". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de julho de 2019
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