quinta-feira, 16 de novembro de 2023

SANTA MARGARIDA DA ESCÓCIA - 16 DE NOVEMBRO DE 2023

 

Margarida da Escócia (santa)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outras santas de mesmo nome, veja Santa Margarida.
Margarida
Vitral com a imagem de Margarida na Capela de Santa Margarida, no Castelo de Edimburgo
Rainha da Escócia
Reinado1070 – 13 de novembro de 1093
 
Nascimentoc. 1045
 Hungria
Morte16 de novembro de 1093 (48 anos)
 Castelo de EdimburgoEscócia
Sepultado emAbadia de DunfermlineFifeEscócia
CônjugeMalcolm III da Escócia
DescendênciaEdgar, Rei da Escócia
Alexandre I da Escócia
David I da Escócia
Matilde, Rainha de Inglaterra
Maria, Condessa de Bolonha
CasaWessex (por nascimento)
Dunkeld (por casamento)
PaiEduardo, o Exilado
MãeÁgata
Santa Margarida
Veneração porIgreja Católica
Comunhão Anglicana
Canonização1250
por Papa Inocêncio IV
Principal temploAbadia de Dunfermline
Festa litúrgica10 de junho (em 1693)
16 de novembro (a partir de 1969)
AtribuiçõesLeitura
PadroeiraDunfermlineEscóciaFifeShetland, The Queen's Ferry, Inglaterra

Margarida da Escócia ou Margarida de Wessex (Hungriac. 1045 — Castelo de Edimburgo16 de novembro de 1093), foi rainha consorte da Escócia como esposa de Malcolm III da Escócia. É venerada santa da Igreja Católica.[1][2]

Biografia

Era filha do Atelingo Eduardo, o Exilado, herdeiro da Inglaterra.[1] Assim, era neta do rei Edmundo, Braço de Ferro. Seu pai tinha fugido dos normandos com Ágata, sua mulher, assim como o seu filho e o verdadeiro rei da Inglaterra, Edgar de Wessex, mais tarde cruzado, e portanto irmão da santa Margarida. Uma irmã, Cristina, era freira em Romsey. Sua mãe, Ágata, era parente de Gisela, esposa de Santo Estêvão da Hungria ou do Imperador Henrique II.

Estátua de Margarida feita pelo escultor francês François Augustin Caunois, presente na Igreja de la Madeleine, em Paris.

A tradição diz que seu pai e seu tio Edmundo foram para a Hungria por segurança, durante o reinado de Canuto II da Dinamarca, mas não se encontram registros na Hungria. Margarida voltou por volta de 1057 à corte de Eduardo o Confessor. Dez anos depois, após a batalha de Hastings, fugiu com o irmão e foi, contra seu desejo, casada.

Morto o pai, com a conquista da Inglaterra pelos normandos, sua mãe Ágata resolveu voltar ao continente mas uma tempestade jogou seu navio na Escócia, onde foram acolhidos por Malcolm III que decidiu tomá-la por esposa.[1][2] Margarida desejava ser freira, mas o casamento deve ter acontecido entre 1067 e 1070.

Foi rainha devota e muito amada pelo povo pois mudou os modos da corte e seus padrões de comportamento. Os magnatas foram proibidos de embebedar-se e ela usou o dinheiro do reino para ajudar os pobres, alimentá-los, dar-lhes abrigo. Encorajou o comércio exterior e fundou mosteiros e igrejas, incluindo-se a abadia de Dunfermline, construída para abrigar seu maior tesouro, uma relíquia da verdadeira Cruz. Restaurou a Abadia de Iona, na ilha de Iona, que tinha sido fundado por São Columba.

Seu Evangelho ou livro de horas, ricamente adornado com joias, caiu um dia num rio e foi miraculosamente recuperado, estando hoje na Biblioteca Bodleian em Oxford.

Com seu casamento aproximou as igrejas romana e céltica. Reuniu um sínodo que produziu novos regulamentos para o jejum da Páscoa, a comunhão e alguns abusos quanto aos casamentos em graus proibidos.

Anglicizou e refinou a corte e o marido com suas virtudes, modéstia, beleza rara. Paciência e doçura suavizaram os modos do marido - e converter o Rei é converter o Reino. O marido era analfabeto e bruto se foi tornando cristão e gracioso e seus três filhos reinaram a seguir, e neles a mãe inspirara amor a Deus, desprezo das vaidades terrestres e horror do pecado.

Margarida morreu em 16 de novembro de 1093, no castelo de Edimburgo), tendo sido seu corpo sepultado diante do altar principal da abadia de Dunfermline, em Fife, ao lado do marido o rei Malcolm III da Escócia.

A rainha foi canonizada em 1250 ou 1251 pelo Papa Inocêncio IV e é festejada em 16 de novembro.[1][2]

Suas relíquias foram transferidas em 19 de Junho de 1259 para um santuário novo, cuja base se vê na parede oriental moderna da igreja restaurada.

Na Reforma, seu crânio passou a pertencer a Maria Stuart, Rainha dos Escoceses, e mais tarde aos jesuítas de Douai, acreditando-se ter sido destruído na Revolução Francesa. George Conn, autor do livro «De duplici statu religionis apud Scots» (Roma 1628), crê que o resto das relíquias, assim como as do seu marido, o rei Malcolm, foram compradas por Filipe II da Espanha e postas em duas urnas no Escorial. Mas quando, no século XIX, o Bispo Gillies de Edimburgo pediu pelo Papa Pio IX sua devolução, não foram encontradas.

Igrejas

Algumas das igrejas dedicadas a Margarida:

Instituições de ensino

Algumas das instituições de ensino nomeadas em honra a Margarida:

Referências

  1. ↑ Ir para:um b c d Rosewell, Roger (2017). Santos, Santuários e Peregrinos (em inglês). Londres: Bloomsbury Publishing. pág. 107. ISBN 9781784421991
  2. ↑ Ir para:um b c Bezan, Jéssica; Mountin, André; Thurow-Mountin, Jena (2021). Palavra Viva 2021–2022: Reflexões e Ações do Evangelho Dominical para Adolescentes (em inglês). Chicago: Publicações de Treinamento de Liturgia. pág. 62. ISBN 9781616716165

Ligações externas

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Precedido por
Ingibiorg Finnsdottir
Rainha da Escócia
1070 – 13 de novembro de 1093
Sucedido por
Etelreda da Nortúmbria
(possivelmente)

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

DIA NACIONAL DA LINGUAGEM GESTUAL - 15 DE NOVEMBRO DE 2023

 

Língua gestual portuguesa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Língua Gestual Portuguesa
Utilizado em:Portugal
Total de usuários:100 000[1]
Família:
Códigos de língua
ISO 639-1:-
ISO 639-2:sgn
ISO 639-3:psr
Lista de Língua de Sinais

Língua gestual portuguesa (LGP) é uma língua gestual usada em Portugal, por meio da qual grande parte da comunidade surda comunica-se entre si. É processada através de gestos sistematizados e a sua captação é visual. É usada pela comunidade surda, de cerca de 30 000 indivíduos,[2] e também por toda a comunidade envolvente, como familiares de surdos, educadores, professores, técnicos, entre outros.[1]

História

No século XIX, o rei D. João VI chamou a Portugal Pär Aron Borg, um sueco que tinha fundado no seu país um instituto para educação de surdos e logo em 1823 foi criada a primeira escola portuguesa com essa valência. Assim embora o vocabulários línguas gestuais portuguesa e sueca sejam diferentes, o alfabeto tem uma origem comum.[3]

Nos termos da alínea h) do n.º 2 do artigo 74.º da Constituição da República Portuguesa (revisão de 1997), «na realização da política de ensino incumbe ao Estado (...) proteger e valorizar a língua gestual portuguesa, enquanto expressão cultural e instrumento de acesso à educação e da igualdade de oportunidades».

Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa comemora-se a 15 de Novembro.[4] A comemoração deste dia originou-se dos esforços da Comissão Para o Reconhecimento e Proteção da Língua Gestual Portuguesa e Defesa dos Direitos Das Pessoas Surdas.

Aspetos linguísticos

Ao realizar a LGP, o gestuante terá uma 'mão dominante', cujo desempenho poderá diferir da 'mão não dominante'. Ao realizar o gesto, este deverá atender aos 5 parâmetros da LGP:

  • Configuração das mãos;
  • Local de articulação;
  • Movimento das mãos;
  • Orientação das mãos;
  • Componente não manual (expressão e movimento corporal).

Ao ser alterado um destes parâmetros, usualmente, o gesto perde o seu sentido.

Na LGP, a marcação do género ocorre unicamente no caso dos seres animados e geralmente o mesmo só é marcado quando ocorre no feminino, recorrendo-se ao gesto MULHER, como prefixo.

A fim de se marcar o número, na LGP existem vários métodos: por repetição, por redobro (realização do gesto por ambas as mãos) ou por incorporação (recurso a um numeral ou determinativo).

Relativamente à ordem dos elementos na frase em LGP, esta usa uma estrutura específica, não acompanhando a mesma ordem das frases da língua portuguesa. Não existe consenso quanto a qual a ordem predominante: alguns linguistas afirmam que pode ser 'sujeito-objeto-verbo' (S-O-V),[1] outros que é 'objeto-sujeito-verbo' (O-S-V).[5] Nas frases interrogativas, recorre-se à expressão facial, combinada com o recurso a pronomes interrogativos, que ocorrem no final da frase. As frases negativas pode ser elaboradas de diversas maneiras, por exemplo, recorre-se à expressão corporal, especialmente o movimento da cabeça, ou executa-se o gesto NÃO ou ainda utilizando uma forma específica de verbo na forma negativa, como por exemplo NÃO QUERER.[1]

Embora a LGP seja considerada um meio de comunicação principalmente na comunidade surda, sendo considerada a língua materna, ela não consegue abranger todos os tipos de informação, pois ainda se encontra dificuldades ao expressar conteúdos matemáticos.[6]

Na LGP não existe discurso indireto. As mudanças do discurso indireto para o direto fazem-se através da expressão corporal, mais especificamente, à deslocação do gestuante no espaço, transferindo para cada uma das posições, papeis diferentes.[7]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d BALTAZAR, Ana Bela - Dicionário de Língua Gestual Portuguesa. Porto Editora. 2010
  2.  Associação Portuguesa de Surdos. «Pessoas Surdas usuárias de Língua Gestual Portuguesa». Consultado em 14 de abril de 2021
  3.  O que todos devíamos saber sobre língua gestual (em dez pontos), Mariana Correia Pinto, Público, 14/11/2017, Fonte: Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa
  4.  Educamais.com. «Dia Nacional da LGP». Consultado em 11 de novembro de 2014
  5.  AMARAL, Maria Augusta et alPara uma Gramática de Língua Gestual Portuguesa (Colecção Universitária, série Linguística). Portugal, 1994. Editora Caminho. ISBN 972-21-0981-2.
  6.  Cruz-Santos, Anabela; Martinho, Maria Helena (25 de fevereiro de 2019). «Desafios à inclusão dos alunos com deficiência auditiva numa aula de matemática»Linhas Crí­ticas: e23252–e23252. ISSN 1981-0431doi:10.26512/lc.v25.2019.23252. Consultado em 18 de fevereiro de 2022 soft hyphen character character in |jornal= at position 11 (ajuda)
  7.  Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome MESQUITA e SILVA

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