sábado, 4 de novembro de 2023

SÃO MARTINHO DE PORRES - 4 DE NOVEMBRO DE 2023

 

Martinho de Porres

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Martinho de Porres
Santo / Religioso Dominicano
Nascimento9 de dezembro de 1579
LimaPeru
Morte3 de novembro de 1639 (59 anos)
LimaPeru
ProgenitoresMãe: Ana Velásquez
Pai: João de Porres
Veneração porIgreja Católica
Beatificação29 de outubro de 1837
Roma
por Papa Gregório XVI
Canonização6 de maio de 1962
Roma
por Papa João XXIII
Festa litúrgica3 de novembro
 Portal dos Santos

Martinho de Porres, ou Martinho de Lima, (Lima9 de dezembro de 1579 — Lima3 de Novembro de 1639) foi um religioso e santo peruano.[1] É considerado o padroeiro dos barbeiros[2] e dos mestiços católicos. A sua festa litúrgica é celebrada em 3 de Novembro.[2][3]

Era filho ilegítimo de João de Porres, nobre espanhol pertencente à Ordem de Alcântara e de Ana Velásquez, negra alforriada. Segundo o jornalista peruano Marco Aurelio Denegri, seu pai chamava-se na realidade João de Porras. Devido ao uso vulgar da palavra "porra"[4][5] em países lusófonos, a Igreja Católica teria mudado o nome para "Porres".[6]

Biografia

Infância

Ainda na infância foi reconhecido pelo pai, bem como a sua irmã Joana, tendo ambos sido levados para Guayaquil, onde ocupava um cargo na administração local. Quatro anos depois, foi o seu pai nomeado governador do Panamá, pelo que enviou o filho à mãe, em Lima (atual Peru), deixando a filha sob os cuidados de outros parentes.

Martinho de Porres tornou-se aprendiz de Mateo Pastor, que exercia o ofício de cirurgiãodentista e barbeiro. Foi ali que o jovem mestiço aprendeu os rudimentos de medicina, que depois lhe seriam tão úteis no convento.

Vida religiosa

Aos 15 anos, resolveu dedicar-se à vida religiosa,[2] tentando entrar num convento da Ordem de São Domingos, o que não foi fácil dada a sua condição de pobre e mestiço. Foi no convento de Nossa Senhora do Rosário que Martinho quis entrar na qualidade de doado, isto é, quase escravo, aceitando servir, não como frade, mas como irmão cooperador, o lugar mais baixo na hierarquia da Ordem. Comprometeu-se a servir toda a vida, sem nenhum vínculo com a comunidade, e com o único benefício de vestir o hábito religioso.

Após o primeiro ano de prova, recebeu o hábito de cooperador. Mas isso não agradou ao orgulhoso pai, de quem levava o sobrenome. Dom João pediu aos superiores dominicanos que recebessem Martinho, de tão ilustre estirpe pelo lado paterno, ao menos na qualidade de irmão leigo. Ora, isso era contra as constituições da época, que não permitiam receber na Ordem pessoas de cor. O Superior quis que o próprio Martinho decidisse. “Eu estou contente neste estado e é meu desejo imitar o mais possível a Nosso Senhor, que se fez servo por nós”. Tal atitude encerrou a questão.

Encarregado da enfermaria do convento, auxiliava todos quantos se lhe dirigiam, fossem seus irmãos da comunidade, fosse pessoas da cidade. Além de cuidar da enfermaria, varria todo o convento, cuidava da rouparia, cortava o cabelo dos duzentos frades, e era o sineiro, dispensando ainda de seis a oito horas por dia à oração.

Reconstrução facial forense de Martinho de Porres

Quando uma epidemia atingiu Lima, no convento do Rosário sessenta religiosos ficaram enfermos e muitos estavam numa seção fechada do convento. São Martinho teria passado a portas fechadas para cuidar deles, um fenômeno que encontraria residência. Martinho levava doentes para o convento, até que o Superior provincial, alarmado com o contágio, proibiu-o de continuar a fazê-lo. Sua irmã, que morava no país, ofereceu sua casa para alojar todos aqueles que a residência do religioso não poderia. Um dia ele encontrou na rua um pobre índio, sangrando até a morte por uma punhalada, e levou-o ao seu próprio quarto. O Superior, quando soube tudo isto, o repreendeu por desobediência. O Superior foi extremamente edificado pela sua resposta: "Perdoa meu erro, e por favor me instrui, porque eu não sabia que o preceito da obediência se sobrepõe ao da caridade." Então o Superior deu-lhe liberdade para seguir as suas inspirações posteriormente no exercício da misericórdia.

Tinha uma horta na qual ele mesmo cultivava as plantas que utilizava para suas medicinas. Estando doente o Bispo de La Paz, de passagem por Lima mandou que chamassem Frei Martinho para que o curasse. O simples contato da mão do doado em seu peito o livrou de grave moléstia que o levava ao túmulo. Foi um precioso amigo e colaborador de Santa Rosa de Lima e de Juan Macias, igualmente dominicanos.

Além de todas essas atividades, Martinho saía também do convento para pedir esmolas para os mais necessitados. Martinho, com o corpo gasto pelo excesso de trabalho, jejum contínuo e penitência, faleceu pouco antes de completar 60 anos de idade, em 1639. Martinho foi beatificado em 1837 pelo Papa Gregório XVI e canonizado pelo Papa João XXIII em 1962.

Ver também

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Referências

  1.  «São Martinho de Porres»Arquidiocese São Paulo. 29 de outubro de 2014. Consultado em 6 de junho de 2021
  2. ↑ Ir para:a b c Informações (ACI), Agência Católica de (3 de novembro de 2021). «São Martinho de Lima: Veja história do santo da vassoura, mensagem e oração»Rádio Jornal. Consultado em 4 de novembro de 2022
  3.  «S. Martinho de Porres, religioso dominicano - Informações sobre o Santo do dia - Vatican News»www.vaticannews.va. Consultado em 6 de junho de 2021
  4.  «4. San Martín de Porres, humilde mulato peruano»Fundación Gratis Date (em espanhol). Consultado em 10 de junho de 2015. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015
  5.  Mariátegui, Javier (2001). «Un santo mulato en la Lima Seiscentista: Martín de Porras*» (PDF). Biblioteca Central de la Universidad Nacional Mayor de San Marcos. Acta Médica Peruana (em espanhol). Consultado em 3 de novembro de 2022
  6.  PERÚ, NOTICIAS EL COMERCIO (24 de abril de 2017). «¿San Martín de Porres o de Porras?, por Marco Aurelio Denegri | LUCES»El Comercio Perú (em espanhol). Consultado em 4 de novembro de 2022
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SÃO MALAQUIAS DE IRLANDA - 4 DE NOVEMBRO DE 2023

 

São Malaquias

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Malaquias
São Malaquias O' Morgan
Arcebispo de Dublin e Abade de Armagh
Nascimento1094
Armagh
Morte2 de novembro de 1148 (54 anos)
Clairvaux
Veneração porIgreja Católica
Canonização6 de julho de 1199
por Papa Clemente III
Festa litúrgica3 de novembro
AtribuiçõesMística e profecias, sendo a mais famosa, a "Profecia dos Papas"
 Portal dos Santos
 Nota: Se procura o livro do AT, veja Malaquias.

São Malaquias (em irlandês antigoMáel Máedóc Ua Morgair; em irlandês modernoMaelmhaedhoc O'Morgan) nasceu em 1094 na Irlanda. Ainda na adolescência tornou-se abade de Armagh. As suas visões começaram em 1139 na sua primeira viagem a Roma. Foi canonizado em 1199 pelo Papa Clemente III. É-lhe habitualmente atribuída a autoria das Profecia dos Papas.

Profecias

Sobre a sua própria morte

São Bernardo afirma que São Malaquias lhe disse a data precisa da sua morte, dia 2 de novembro de 1148.

Sobre a Irlanda

Ele afirmou que a Irlanda seria oprimida pela Inglaterra e que ao ser libertada seria ela importante para que a fé voltasse à Inglaterra.

Notas

Bibliografia

  • Edição especial do Correio da Manhã - "Os Papas - De São Pedro a João Paulo II" - Fascículo I, "Como se elege o Santo Padre", página 9, ano 2005.
  • Edição especial do Correio da Manhã - "Os Papas - De São Pedro a João Paulo II" - Fascículo VII, "Constantinopla separa-se de Roma com Leão IX", página 163, ano 2005.

Ver também

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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

DIA INTERNACIONAL PELO FIM DA IMPUNIDADE DOS CRIMES CONTRA JORNALISTAS - 2 DE NOVEMBRO DE 2023

 

Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas é um dia reconhecido pela ONU e celebrado anualmente no dia 2 de novembro.

O dia chama atenção para a baixa taxa global de condenação por crimes violentos contra jornalistas e trabalhadores da mídia, estimado em apenas um em cada dez casos.[1] Como esses indivíduos desempenham um papel fundamental para informar e influenciar o público sobre questões sociais importantes, a impunidade por ataques contra eles tem um impacto particularmente devastador, limitando a conscientização pública e o debate construtivo.[2]

No dia 2 de novembro, organizações e indivíduos em todo o mundo são incentivados a falar sobre os casos não resolvidos nos seus países e a escrever para o governo e funcionários intragovernamentais para demandar ação e justiça. A UNESCO organiza uma campanha de sensibilização sobre os resultados do relatório bienal sobre a segurança dos jornalistas e o risco de impunidade, da Diretoria-Geral da UNESCO,[3] que cataloga as respostas de Estados ao pedido formal da UNESCO para atualizações sobre o andamento dos casos de assassinatos de jornalistas e trabalhadores da mídia. A UNESCO e grupos da sociedade civil em todo o mundo também usam o dia 2 de novembro como uma data de lançamento para outros relatórios, eventos e outras iniciativas de advocacy relacionados com o problema da impunidade para crimes contra a liberdade de expressão.

Veja também

Referências

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