quarta-feira, 18 de outubro de 2023

DIA MUNDIAL DA MENOPAUSA - 18 DE OUTUBRO DE 2023

 

Menopausa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Menopausa
EspecialidadeGinecologia
SintomasAusência de período menstrual por mais de um ano[1]
Início habitual49–52 anos de idade[2]
CausasGeralmente envelhecimento natural do corpo; remoção cirúrgica dos ovários, alguns tipos de quimioterapia[3][4]
TratamentoNenhum, alterações no estilo de vida[5]
MedicaçãoTerapia de substituição hormonalclonidinagabapentinainibidores seletivos de recaptação de serotoninas[5][6]
Classificação e recursos externos
CID-10N95.0
CID-9627.2
CID-111965418440
DiseasesDB8034
MedlinePlus000894
eMedicinearticle/264088
MeSHD008593
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Menopausa é o momento na vida de maior parte das mulheres em que os períodos menstruais cessam de forma permanente, deixando assim de poder engravidar.[1][7] A menopausa ocorre geralmente entre os 49 e 52 anos de idade.[2] Os profissionais de saúde muitas vezes definem menopausa como a situação em que a mulher não apresenta qualquer hemorragia vaginal durante pelo menos um ano.[3] Pode também ser definida por uma diminuição da produção de hormonas nos ovários.[8] Em mulheres foram submetidas a uma cirurgia para remoção do útero, mas que ainda possuem ovários, pode-se definir menopausa como tendo ocorrido no momento da cirurgia ou no momento em que os níveis hormonais diminuem.[8] Quando o útero é removido, os sintomas geralmente manifestam-se mais cedo, em média aos 45 anos de idade.[9]

Ao longo do intervalo de tempo que antecede a menopausa, geralmente os períodos de uma mulher tornam-se irregulares, o que significa que o intervalo de tempo entre eles pode ser mais curto ou mais longo ou que a quantidade de fluxo menstrual pode ser maior ou menor de período para período. Durante este intervalo, muitas vezes as mulheres sentem ondas de calor que duram entre trinta segundos e dez minutos, e podem estar associadas a arrepios, suor e rubor da pele.[10] As ondas de calor muitas vezes desaparecem após um ou dois anos.[7] Entre outros sintomas estão secura vaginal, dificuldade em adormecer e alterações de humor.[10] A gravidade dos sintomas varia de mulher para mulher.[7] Embora seja comum a crença de que a menopausa está associada a um aumento das doenças cardiovasculares, esse aumento deve-se à própria idade e não existe uma relação direta com a menopausa. Em algumas mulheres, a menopausa pode melhorar algumas condições anteriormente presentes, como endometriose ou períodos dolorosos.[7]

Na maior parte dos casos a menopausa é uma alteração natural do corpo.[4] Em fumadoras, a condição pode ocorrer mais cedo.[3][11] Entre outras causas estão a cirurgia para remoção de ambos os ovários ou alguns tipos de quimioterapia.[3] A nível fisiológico, a menopausa tem origem na diminuição da produção das hormonas estrogénio e progesterona pelos ovários.[1] Embora geralmente não seja necessário, o diagnóstico de menopausa pode ser confirmado pela medição dos níveis hormonais no sangue ou na urina.[12] A menopausa é o oposto da menarca, o momento em que ocorre o primeiro período da mulher.[13]

Geralmente não é necessário tratamento específico para a menopausa. No entanto, alguns dos sintomas podem melhorar com determinadas medidas. As ondas de calor podem melhorar evitando o consumo de tabacocafeína e bebidas alcoólicas. Para a dificuldade em adormecer recomenda-se dormir num quarto fresco ou com a ajuda de uma ventoinha e a realização de exercício físico.[5] Alguns medicamentos também podem melhorar os sintomas, como a terapia de substituição hormonalclonidinagabapentina ou inibidores seletivos de recaptação de serotonina.[5][6] Embora a terapia hormonal fosse anteriormente prescrita de forma rotineira, atualmente não está recomendada em pessoas com sintomas significativos devido à preocupação com os efeitos secundários.[5] Não existem evidências de qualidade que confirmem a eficácia dos tratamento de medicina alternativa,[7] embora haja alguns indícios no caso das isoflavonas de soja.[14]

Sinais e sintomas

A menopausa acontece quando os ovários cessam a produção de estrógenos, ao passo em que a capacidade reprodutiva diminui. Como o organismo naturalmente adapta-se aos níveis variáveis dos hormônios, vão surgindo em graus variados sintomas circulatórios como ondas de calor e palpitações, sintomas psicológicos, como aumento da depressão, ansiedade, irritabilidade, variações de humor e falta de concentração e, finalmente, sintomas de atrofia, como secura vaginal e urgência na urinação.

Além desses sintomas, a mulher também pode apresentar ciclos menstruais cada vez mais espaçados, escassos e irregulares.

Tecnicamente, a menopausa reporta à cessação do ciclo menstrual; considerando-se que esta redução dá-se num processo gradual, que leva normalmente cerca de um ano - mas pode durar, nalguns casos, de menos de seis meses a mais de cinco anos - é chamada por Climatério. O uso popular, entretanto, fez com que o termo menopausa fosse mais usado.

A menopausa natural, ou fisiológica, é aquela em que ocorre como uma parte natural do processo de envelhecimento normal da mulher. A menopausa pode, entretanto, derivar de procedimentos cirúrgicos, tais como a histerectomia, quando esta envolve a remoção dos ovários.

O início comum da menopausa se dá por volta dos 50 anos, mas algumas mulheres entram na menopausa numa idade menor, especialmente se elas sofreram algum tipo de câncer ou outra doença séria em que houve uso de quimioterapia.

A menopausa prematura (ou falência prematura dos ovários) são as menopausas que ocorrem em idades inferiores a 40 anos, e tem sua incidência em cerca de 1% das mulheres. Outras causas de menopausa prematura incluem Doença auto-imune, doenças na tireóide, e Diabete Mellitus. A menopausa prematura é diagnosticada medindo-se os níveis de FSH (do inglês: Follicle Stimulating Hormone ou hormônio folículo-estimulante) e do LH (do inglês: luteinizing hormone ou hormônio luteinizante) os níveis desses hormônios serão mais altos na pré-menopausa.

Índices de incidência de menopausa prematura elevados foram encontrados em casos de gêmeas: aproximadamente 5% delas são afetadas pela menopausa precoce antes dos 40 anos de idade. As razões disto não são compreendidas, completamente. Transplantes do tecido ovariano entre gêmeas idênticas tiveram êxito no restabelecimento da fertilidade.[15]

O risco de osteoporose, cujo único sintoma geralmente são mais fraturas, aumenta após a menopausa, especialmente nas mulheres caucasianas de ascendência europeia. Portanto se recomendam exames de densidade óssea regulares.

Em animais

Ao contrários dos seres humanos, os animais raramente experimentam a menopausa. Além dos humanos, a prolongação da vida pós reprodutiva é um fenômeno observado em algumas baleias e insetos, apenas. Essa característica, ainda guarda incertezas em relação as suas origens evolutivas, por isso, busca-se entender a razão de se existir a menopausa em fêmeas humanas.

Graduação dos sintomas

Sendo diferenciados os graus dos sintomas mais comuns da menopausa, os médicos alemães H. S. Kupperman e M. H. G. Blatt propuseram uma tabela onde estes pudessem ser mensurados, em 1953, à qual foram acrescentados novos itens pelas médicas B. Neugarten e Ruth Kraines, em 1964. A presença maior ou menor desses sintomas auxilia no diagnóstico da presença da menopausa [1].

Tabela Kupperman-BlattGraduação
SintomaLeveModeradoAlto
Onda de calor4812
Parestesia246
Insônia246
Impaciência e nervosismo246
Depressão123
Cansaço123
Artrodinia e/ou Mialgia123
Cefaleia123
Palpitação246
Zumbidos123
Totais173451

Os sintomas são considerados leves se a soma destes for até 19; serão moderados, de 20 a 35 e, finalmente, fortes acima de 35.

Tratamento

A menopausa é um estágio natural da vida, não uma doença ou disfunção, e desta maneira não necessita automaticamente de nenhum tipo de tratamento. No entanto, quando os efeitos corporais são severos e prejudiciais, pode-se aliviá-los com tratamento medicamentoso.

Terapia de Reposição Hormonal (HRT)

Na terapia de reposição hormonal (HRT), um ou mais estrogênios, usualmente em combinação com progesterona (e algumas vezes com testosterona) são administrados para compensar parcialmente a redução dos níveis destes hormônios no organismo, e também na tentativa de manutenção dos níveis naturais durante a perimenopausa. HRT era o tratamento mais usado para os sintomas da menopausa até a publicação de dois estudos nacionais de larga escala, em 2002. Estes estudos, um realizado pela Women’s Health Initiative dos Estados Unidos, e outro pela Million Woman Study da Inglaterra, investigaram os efeitos da HRT na saúde de mais de um milhão de mulheres. Os estudos demonstraram que o uso da HRT aumenta significativamente o risco de ataque cardíaco, ocorrência de trombos vasculares, acidente vascular cerebral e câncer de mama. Após a publicação destas descobertas, o órgão americano FDA (Food and Drug Administration) passou a recomendar que as mulheres que queiram usar a HRT, optem pela menor dose e tempo de tratamento possíveis. Também é recomendado que as mulheres que sentem ondas de calor tentem alternativas à HRT como tratamento de primeira escolha.

Modulador seletivo do receptor de estrógeno (SERM)

SERM constituem uma nova classe de drogas que agem seletivamente como agonistas ou antagonistas dos receptores de estrogênio no organismo. FitoSERM são SERM oriundos de fonte botânica, fazendo-os relativamente mais seguros que outros tipos de tratamento disponíveis.

Suplementos dietéticos alternativos

Suplementos dietéticos alternativos oferecem alívio intenso a moderado dos sintomas da menopausa. Alguns suplementos de fontes botânicas, como os fitoestrogênios, são conhecidos por exercerem efeitos estrogênicos no organismo, gerando alívio relativamente moderado dos sintomas da menopausa. Os suplementos fitoestrogênicos incluem isoflavonas de soja, red clover (Trifolium pratense), black cohosh (Cimicifuga racemosa) e yam (inhame selvagem, Dioscorea villosa). Note que efeitos adversos hepáticos severos têm sido descritos com o uso de black cohosh.[16] Outras mudanças dietéticas também possuem um efeito positivo no alívio das ondas de calor. Estas incluem evitar o consumo de cafeína, bebidas quentes, chocolate, comidas apimentadas e álcool.[17] Acredita-se que certas ervas também possam ajudar.[18]

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c «Menopause: Overview». Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. 28 de junho de 2013. Consultado em 8 de março de 2015
  2. ↑ Ir para:a b Takahashi, TA; Johnson, KM (maio de 2015). «Menopause.». The Medical clinics of North America99 (3): 521–34. PMID 25841598doi:10.1016/j.mcna.2015.01.006
  3. ↑ Ir para:a b c d «What is menopause?». Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. 28 de junho de 2013. Consultado em 8 de março de 2015
  4. ↑ Ir para:a b «What causes menopause?». Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. 6 de maio de 2013. Consultado em 8 de março de 2015
  5. ↑ Ir para:a b c d e «What are the treatments for other symptoms of menopause?». Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. 28 de junho de 2013. Consultado em 8 de março de 2015
  6. ↑ Ir para:a b Krause, MS; Nakajima, ST (março de 2015). «Hormonal and Nonhormonal Treatment of Vasomotor Symptoms.». Obstetrics and Gynecology Clinics of North America42 (1): 163–179. PMID 25681847doi:10.1016/j.ogc.2014.09.008
  7. ↑ Ir para:a b c d e «Menopause: Overview». PubMedHealth. 29 de agosto de 2013. Consultado em 8 de março de 2015
  8. ↑ Ir para:a b Sievert, Lynnette Leidy (2006). Menopause : a biocultural perspective [Online-Ausg.] ed. New Brunswick, N.J.: Rutgers University Press. p. 81. ISBN 9780813538563
  9.  International position paper on women's health and menopause : a comprehensive approach. [S.l.]: DIANE Publishing. 2002. p. 36. ISBN 9781428905214
  10. ↑ Ir para:a b «What are the symptoms of menopause?». Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. 6 de maio de 2013. Consultado em 8 de março de 2015
  11.  Warren, volume editors, Claudio N. Soares, Michelle (2009). The menopausal transition : interface between gynecology and psychiatry [Online-Ausg.] ed. Basel: Karger. p. 73. ISBN 978-3805591010
  12.  «How do health care providers diagnose menopause?». Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. 6 de maio de 2013. Consultado em 8 de março de 2015
  13.  Wood, James. «9». Dynamics of Human Reproduction: Biology, Biometry, Demography. [S.l.]: Transaction Publishers. p. 401. ISBN 9780202365701
  14.  Franco, Oscar H.; Chowdhury, Rajiv; Troup, Jenna; Voortman, Trudy; Kunutsor, Setor; Kavousi, Maryam; Oliver-Williams, Clare; Muka, Taulant (21 de junho de 2016). «Use of Plant-Based Therapies and Menopausal Symptoms». JAMA315 (23): 2554–63. PMID 27327802doi:10.1001/jama.2016.8012
  15.  «Gêmeas têm menopausa mais precoce| Boasaúde»www.boasaude.com.br. Consultado em 3 de maio de 2021
  16.  Vitetta L, Thomsen M, Sali A (2003). «Black cohosh and other herbal remedies associated with acute hepatitis»Med. J. Aust178 (8): 411–2. PMID 12697018
  17.  «Hot Flash, Hot Flashes - Menopause and What's a Hot Flash?»
  18.  Effect of yoga on cognitive functions in climacteric syndrome: a randomised control study. Chattha R - BJOG - 01-JUL-2008; 115(8): 991-1000

Ligações externas

SÃO LUCAS EVANGELISTA - 18 DE OUTUBRO DE 2023

 

Lucas, o Evangelista

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: "São Lucas" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja São Lucas (desambiguação).
Lucas
São Lucas mostrando uma pintura da Virgem, de Guercino (1591–1666)
apóstoloevangelista e mártir
NascimentoAntioquiaSíriaImpério Romano 
c. 1–16
Mortepróximo à BeóciaGrécia 
c. 84–100
Veneração porIgreja Católica,
Igreja Ortodoxa,
Igreja AnglicanaIgreja Luterana e outras igrejas protestantes
Principal temploPáduaItália
Festa litúrgica18 de outubro
Padroeiroartistas e médicos
 Portal dos Santos

São Lucas, o Evangelista (do grego antigo Λουκᾶς, Loukás) é, segundo a tradição, o autor do Evangelho de São Lucas e dos Atos dos Apóstolos — o terceiro e quinto livros do Novo Testamento. É o santo padroeiro dos médicos e artistas, segundo a Igreja Católica. É celebrado no dia 18 de outubro.

Chamado por Paulo "O Médico Amado" (Colossenses 4:14), pode ter sido um dos cristãos do primeiro século que conviveu pessoalmente com os doze apóstolos.

Vida

Lucas foi um médico grego que viveu na cidade grega de Antioquia, na Síria Antiga.

A primeira referência a Lucas encontra-se na Epístola a Filemon de Paulo de Tarso, no versículo 24. É mencionado também na epístola aos Colossenses, 4:14, bem como na segunda epístola a Timóteo 4:11. A segunda menção mais antiga a Lucas encontra-se no "Prólogo Anti-Marcionita ao Evangelho de São Lucas", um documento que já foi datado do século II, mas que recentemente já é considerado como do século IV. Contudo, Helmut Koester defende que o seguinte excerto – a única parte preservada do documento original, em grego – pode ter sido escrito, realmente no século II:

Lucas é um sírio de Antioquia, sírio pela raça, médico de profissão. Tornou-se discípulo dos apóstolos e mais tarde seguiu a Paulo até ao seu martírio. Tendo servido o Senhor com perseverança, solteiro e sem filhos, cheio da graça do Espírito Santo, morreu com 84 anos de idade.

Alguns manuscritos afirmam que Lucas morreu em Tebas, capital da Beócia. Todas estas referências parecem indicar que Lucas terá, de fato, seguido Paulo durante algum tempo.

Tradições mais tardias desenvolveram-se a partir daqui. Epifânio de Salamina assegura que Lucas era um dos Setenta Discípulos (Panarion 51.11), e João Crisóstomo refere que o "irmão" referido por Paulo na segunda epístola aos Coríntios, 8:18 ou é Lucas ou é Barnabé. J. Wenham assevera que Lucas era "um dos Setenta, um dos discípulos de Emaús, parente de Paulo e de Lúcio de Cirene." Nem todos os académicos têm tanta certeza disso como Wenham.

Outra tradição cristã defende que foi o primeiro iconógrafo, e que terá pintado a Virgem MariaPedro e Paulo. É por isso que, mais tarde, as guildas medievais de São Lucas, na Flandres, ou a Accademia di San Luca ("Academia de São Lucas") em Roma - associações imitadas noutras cidades europeias durante o século XVI - reuniam e protegiam os pintores.

São Lucas representado no livro de Horas do Duque de Berry

O que diz a Bíblia sobre Lucas

Lucas foi o companheiro de Paulo, e segundo a quase unânime crença da antiga igreja, escreveu o evangelho que é designado pelo seu nome, e também os Atos dos Apóstolos.
Ele é mencionado somente três vezes pelo seu nome no N.T. (Cl 4.14 - 2 Tm 4.11 - Fm 24). Pouco se sabe a respeito da sua vida. Alguns julgam que ele foi do grupo dos setenta discípulos mandados por Jesus a evangelizar (Lc 10.1) - outros pensam que foi um daqueles gregos que desejavam vê-lo (Jo 12.20) - e também considerando que Lucas é uma abreviação de Lucanos, já têm querido identificá-lo com Lúcio de Cirene (At 13.1).
Dois dos Pais da igreja dizem que era sírio, natural de Antioquia. Na verdade não parece ter sido de nascimento judaico (Cl 4.11).
Era médico (Cl 4.14). Ele não foi testemunha ocular dos acontecimentos que narra no Evangelho (Lc 1.2), embora isso não exclua a possibilidade de ter estado com os que seguiam a Jesus Cristo.
Todavia, muito se pode inferir do emprego do pronome da primeira pessoa na linguagem dos Atos. Parece que Lucas se juntou a Paulo em Trôade (At 16.10), e foi com ele até à Macedônia - depois viajou com o mesmo Apóstolo até Filipos, onde tinha relações, ficando provavelmente ali por certo tempo (At 17.1).
Uns sete anos mais tarde, quando Paulo, dirigindo-se a Jerusalém, visitou Filipos, Lucas juntou-se novamente com ele (At 20.5). Se Lucas era aquele ‘irmão’, de que se fala em 2 Co 8.18, o intervalo devia ter sido preenchido com o ativo ministério. Lucas acompanhou Paulo a Jerusalém (At 21.18) e com ele fez viagem para Roma (At 21.1). E nesta cidade esteve com o Apóstolo durante a sua primeira prisão (Cl 4.14 - Fm 24) - e achava-se aí também durante o segundo encarceramento, precisamente pouco antes da morte de Paulo (2 Tm 4.11). Uma tradição cristã o apresenta como pregando o Evangelho no sul da Europa, encontrando na Grécia a morte de um mártir. (*veja Lucas - o Evangelho segundo.)

Referências do artigo original

  • J. Wenham, "The Identification of Luke", Evangelical Quarterly 63 (1991), 3-44
  • Burton L. Mack, Who Wrote the New Testament?: The Making of the Christian Myth, (San Francisco, CA: HarperCollins, 1996)

Ligações externas

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