terça-feira, 10 de outubro de 2023

FRANCISCO DE BORJA - 10 DE OUTUBRO DE 2023

 

Francisco de Borja

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o santo, veja Francisco de Borja, 4.º duque de Gandia.
Francisco de Borja
Cardeal da Santa Igreja Romana
Protopresbítero
Francisco de Borja na obra "Virgen de las Fiebres" de Pinturicchio
Ordenação e nomeação
Ordenação episcopal19 de agosto de 1495
bispo de Teano
Cardinalato
Criação28 de setembro de 1500
por Papa Alexandre VI
OrdemCardeal-presbítero
TítuloSanta Cecília (1500-1506)
Santos Nereu e Aquileu (1506-1511)
Dados pessoais
NascimentoXàtiva  Espanha
1441
MorteReggio Emilia  Itália
4 de novembro de 1511 (70 anos)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Francisco de Borja (1441 — 4 de novembro de 1511) foi um cardeal espanhol, membro da família Bórgia e o sétimo dos dez cardeais-sobrinhos criados pelo papa Alexandre VI.

Borja nasceu em 1441 em Xàtiva, em Espanha, e era canonista no capítulo da catedral de Valência. Depois da eleição de Rodrigo Borja como Papa Alexandre VI no conclave de 1492, Francisco foi para Roma, tornando-se protonotário apostólico, e tesoureiro-geral em 20 de Setembro de 1493. Escolhido para bispo de Teano em 19 de Agosto de 1495, comandou a sede episcopal até 5 de Junho de 1508, quando resignou a favor do seu sobrinho com o mesmo nome.Não há provas de que tenha sido consagrado. Alexandre VI elevou Francisco a cardeal-presbítero em 28 de Setembro de 1500 in pectore e publicou o seu cardinalato em 2 de Outubro com o título de "Santa Cecilia" três dias depois.[1]

Acumulou depois uma variedade de benefícios adicionais: primeiro como abade commendatário dos mosteiros de S. Vincenzo, Volturno, e S. Stefano di Sermo, depois a diocese de Terracina em 19 de Agosto de 1495, e a sé metropolitana de Cosenza em 6 de Novembro de 1499.[1]

Foi legado papal na Campagna em 1501, e deixou Roma em 22 de Junho para retomar Rocca di Papa e outras propriedades de Colonna para o papado. Em 1502, acompanhou Lucrezia Borgia a Ferrara para o seu casamento com Alfonso d'Este, e tornou-se tutor do filho mais novo de Alexandre VI, Giovanni Borgia.[1]

Entre Janeiro de 1503 e 1504, Borja foi o Camerlengo do Colégio dos Cardeais, e tentou nessa altura recuperar algumas dívidas ao Colégio. Participou nos conclaves de Setembro de 1503 e Outubro de 1503, antes de lhe ter sido conferido o título de Ss. Nereo ed Achilleo em 11 de Agosto de 1506.[1]

Tal como outros cardeais, Borja conspirou contra o papa Júlio II, e de Ferrara publicou a sua oposição ao pontífice. A sua assinatura está afixada no documento de 16 de Março de 1511 que tentou trazer o papa a um concílio em Pisa; Borja delegou a sua autoridade in absentia aos outros cinco cardeais que compareceram ao concílio. Em resultado, foi retirado a Borja o cardinalato, e foi excomungado pelo Papa Júlio II em 24 de Outubro de 1511. Os outros conciliares — cardeais Federico di SanseverinoBernardino López de CarvajalGuillaume BriçonnetRené de Prie, e Amanieu d'Albret (outro cardeal-sobrinho de Alexandre VI) — foram também excomungados, mas ao contrário de Borja viveram tempo suficiente para serem perdoados e reouveram o cardinalato em 1513 com o Papa Leão X. Antes de morrer, Borja foi brevemente protoprete entre Janeiro e 4 de Novembro de 1511, quando morreu em Reggio Emilia (onde está sepultado) sem sequer ter sabido que tinha sido excomungado.[1]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e Miranda, Sal

SÃO DANIEL COMBÓNI - 10 DE OUTUBRO DE 2023

 

Daniel Comboni

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Daniel Comboni
Santo da Igreja Católica
Vicariato apostólico da África Central
Atividade eclesiástica
CongregaçãoMissionários Combonianos do Coração de Jesus
DioceseVicariato apostólico da África Central
Nomeação31 de julho de 1877
PredecessorDom Ignacij Knoblehar
SucessorDom Francesco Sogaro
Mandato1877 - 1881
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral31 de dezembro de 1854
Trento
por Dom Johann Nepomuk von Tschiderer zu Gleitheim
Nomeação episcopal31 de julho de 1877
Ordenação episcopal12 de agosto de 1877
por Dom Alessandro Cardinal Franchi
Brasão episcopal
Santificação
Beatificação17 de março de 1996
Vaticano
por Papa João Paulo II
Canonização5 de outubro de 2003
Vaticano
por Papa João Paulo II
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica10 de outubro
Dados pessoais
NascimentoLimone sul GardaItália
15 de março de 1831
MorteCartumSudão
10 de outubro de 1881 (50 anos)
Nacionalidadeitaliano
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Daniel Comboni (Limone sul Garda15 de março de 1831 — CartumSudão10 de outubro de 1881) foi um bispo católico italiano, canonizado em 5 de outubro de 2003 pelo papa João Paulo II.

Biografia

Nasceu em família humilde de agricultores, num pequeno povoado à beira do lago de Garda, rodeado por montanhas.

Na escola a sua professora percebeu que o menino era diferente: as respostas que dava revelavam uma inteligência incomum, uma curiosidade viva que se traduzia em perguntas sem fim. Aos dez anos de idade, já escolheu de ser padre. Para poder estudar o menino foi obrigado a deixar a família, sendo encaminhado a Verona, a cidade grande mais próxima, onde foi confiado ao sacerdote Nicola Mazza que ali fundara e mantinha dois colégios.

Em 1846, aos quinze anos, ao ler a história dos mártires do Japão, entusiasmou-se e decidiu ser missionário. Um dos padres do colégio, Ângelo Vinco, voltando de uma Missão na África relatou a situação miserável daquelas populações. No dia 31 de dezembro de 1854, em Trento, Comboni foi ordenado padre.

Sem perda de tempo, preparou-se para a sua tarefa na África. Estudou inglêsfrancêsárabe. A sua primeira viagem realizou-se em 1857. À época de partir, eclodiu na região de Verona uma epidemia de cólera. Na ocasião, entregou-se inteiramente ao serviço dos doentes, arriscando o contágio. Partiu e dedicou-se de corpo e alma aos africanos lutando com tudo o que podia contra a encravadura.

Em 14 de setembro, junto ao túmulo de São Pedro em Roma, recebeu uma grande inspiração. Como resultado, durante o Concílio Vaticano I, apresentou aos bispos o seu Plano pela Regeneração dos Africanos. Tinha compreendido que o brancos não aguentavam muito na África, e que os Africanos trazidos para a Europa se corrompiam com o conforto e não desejavam mais voltar a sua terra natal para ser evangelizadores. Iluminado, propôs "Salvar a África com a África", ou seja, preparar sacerdotes e missionários africanos na própria África, mas em ambientes africanos, onde os brancos pudessem viver e os próprios africanos se mantivessem em sua terra.

Viajou muito, por todos os meios, de barco, de camelo, de navio, mas sempre com o coração voltado para os africanos, que queriam ser livres da escravidão, das doenças e da miséria. Fundou colégios, pediu a colaboração de mulheres e fundou a Congregação das Pias Madres da Nigritia.

Praticamente obrigado pelo Cardeal prefeito da Congregação do Vaticano responsável da Propagação da Fé, fundou em 1 de junho de 1867, o Instituto dos Filhos do Sagrado Coração de Jesus, que hoje tem o nome oficial de Missionários Combonianos do Coração de Jesus (MCCJ). Os membros desta instituição estão hoje nos cinco continentes, contando até hoje vinte e quatro mártires nos trabalhos de evangelização. Em 1877 foi nomeado bispo do extenso Vicariado que abrangia praticamente toda a África Central.

Comboni faleceu a 10 de outubro de 1881 em Cartum, no Sudão, vítima das terríveis febres que já tinham vitimado quase todos os seus companheiros. No leito de morte rogou aos presentes que nunca desistissem, nem que sobrasse apenas um único deles. A sua obra continua pelo mundo afora.

Beatificação

Em 6 de Abril de 1995 foi reconhecido o milagre operado por sua intercessão em favor de uma menina afro‑brasileira, Maria José de Oliveira Paixão. Foi então beatificado no ano seguinte em 17 de Março de 1996 pelo Papa João Paulo II.

Este milagre ocorreu no município de São Mateus, no estado do Espírito Santo, na década de 1970. A menina Maria José se encontrava internada em um hospital do município. O médico, Doutor Carlos Cassiano, após uma cirurgia realizada no estômago da criança, havia diagnosticado infecção generalizada e que nada mais poderia ser feito para salvar sua vida.

Parentes e amigos passaram toda a noite em orações e súplicas, implorando a intercessão de São Daniel Comboni, por influência dos missionários combonianos na região. E o milagre aconteceu: a menina levantou curada no dia seguinte. O fato foi estudado por médicos e especialistas que constataram: a cura da menina é um fato que não pode ser explicado pela ciência

Canonização

Daniel Comboni foi canonizado pelo papa João Paulo II em 5 de outubro de 2003, porém, sua festa litúrgica é 10 de outubro. Foi canonizado devido à cura milagrosa de Lubna Abdel Aziz a ele atribuída numa maternidade em Cartum no Sudão.

Ver também

Ligações externas

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