domingo, 8 de outubro de 2023

DIA EUROPEU DOS PAIS E DA ESCOLA - 8 DE OUTUBRO DE 2023

 

Escola

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Prédio escolar na Inglaterra, em 2007.

escola (do grego scholé, através do termo latino schola) tinha como significado, “discussão ou conferência”, mas também “folga ou ócio”. Este último significado, no caso, seria um tempo ocioso onde era possível ter uma conversa interessante e educativa.[1] Hoje é uma instituição concebida para o ensino de alunos sob a direção de professores.[2] A maioria dos países tem sistemas formais de educação, que geralmente são obrigatórios. Nestes sistemas, os estudantes progridem através de uma série de níveis escolares e sucessivos. Os nomes para esses níveis nas escolas variam por país, mas geralmente incluem o ensino fundamental (ensino básico) para crianças e o ensino médio (ensino secundário) para os adolescentes que concluíram o fundamental.[3] Uma instituição onde o ensino superior é ensinado, é comumente chamada de faculdade ou universidade.

Além destas, os alunos também podem frequentar outras instituições escolares, antes e depois do ensino fundamental. A pré-escola fornece uma escolaridade básica para as crianças mais jovens. As profissionalizantesfaculdades ou seminários podem estar disponíveis antes, durante ou depois do ensino médio. A escola também pode ser dedicada a um campo particular, como uma escola de economia ou de música, por exemplo.

As escolas podem ser públicas ou particulares. Podem ser mistas, femininas ou masculinas. Podem ser colégios de aplicação. Podem ser exclusivas para crianças com necessidades especiais. Podem ser escolas religiosas. Escolas para adultos incluem instituições de alfabetização, de treinamento corporativo, militar e escolas de negócios. Porém os modelos de escola e de ensino que ocupam maior espaço no debate político e pedagógico atual, são o público e o privado, suas disparidades, disputas e contradições, além da necessidade da defesa do ensino público como aponta Hypolito e Da Rocha na publicação: Disputas pela escola pública: contribuições históricas para pensar o trabalho docente.[4]

História e desenvolvimento das escolas

Missionários cristãos desempenharam um papel central na criação de escolas modernas na Índia. Foto de 2007.

O conceito de unir estudantes em um local separado para a aprendizagem existe desde a Antiguidade Clássica. O ensino fundamental existe provavelmente desde a Grécia antigaRoma antigaÍndia antiga e China antiga. O Império Bizantino tinha um sistema de ensino criado a partir do nível primário. De acordo com Bentley (2006), a fundação do sistema de educação primária começou em 425 quando "... o pessoal militar geralmente tinha pelo menos o ensino primário ...". Apesar de Bizâncio ter perdido muito da grandiosidade da cultura romana, o Império enfatizou a eficiência nos seus manuais de guerra. O sistema de ensino bizantino continuou até o colapso do império em 1453.[5]

Islã foi outra cultura que desenvolveu um sistema escolar, no sentido moderno da palavra. Na Europa, foi durante os séculos XIV e XV que ocorreu a expansão das escolas devido, em grande parte, aos esforços catequistas da Igreja na busca de fiéis. "(...) é preciso estudar a Bíblia para chegar a Deus, e as palavras da liturgia não toleram imprecisão. Cabe à Igreja atrair fiéis, que devem conhecer as preces e os preceitos.". Assim, os dois últimos séculos da Idade Média presenciam a expansão da escrita, tanto em latim quanto na língua vulgar.[6]

Escola primária nas áreas liberadas pelo PAIGC, em Guiné-Bissau, em 1974.

Destinadas as crianças entre sete e quatorze anos, aos poucos a escola traz o livro do domínio eclesiástico e político para o uso quotidiano. Expande-se para os estabelecimentos comerciais ("livros de contas") e chega à zona rural nos contratos de venda ou locação, mesmo para posses pequenas. Também nas profissões, a escola exerce grande influência: frequentar a escola constitui uma prova de honradez, útil para conseguir um bom casamento, tornar-se administrador dos bens da paróquia ou magistrado municipal: scolae scalae ("a escola é uma escada").[6]

Estas escolas eram presididas por um eclesiástico, scholasticus, subordinado ao bispado, daí o nome de escolástica dado à doutrina e à prática de ensino. Há uma forte demanda por elas, mais para moços, citadinos e mercadores do que para moças, camponeses e pequenos vendedores. Apesar do estímulo à formação de clérigos por Carlos Magno (768-814) e da referência às escolas em 1215 no Concílio de Latrão, não há uma estrutura escolar uniforme, como uma escola por paróquia.[6]

magistério tem maior concentração nas regiões mais desenvolvidas. Os mosteiros beneditinos recebem rapazes e moças e os jovens pensionistas sempre se tornam monges. Os conventos e confrarias também podem manter escolas, assim como hospitais e orfanatos. Fundar, subvencionar e manter uma escola constitui um ato de misericórdia. A escola pode funcionar ainda, sobretudo na Itália, como empresa privada subvencionada pela comuna. Em uma escala mais reduzida, os mercadores ensinam, a seus aprendizes, as bases da escrita e do cálculo.[6]

A oferta assume várias formas, bem adaptada à demanda dos pais e inserida na continuidade da educação familiar, centrada na aprendizagem dos valores, na socialização e na aquisição de competências precisas. Este tipo de oferta tem seus inconvenientes: a flexibilidade de suas estruturas resulta em um funcionamento aleatório; se o pároco muda ou o mestre decide viajar, a escola para de funcionar.[6]

Na França, as escolas elementares só surgiram na segunda metade do século XIII, e se multiplicaram entre 1350 e 1450. As escolas rurais são relativamente bem conhecidas no norte, na Champanha e na Normandia, ou em toda região rica e urbanizada que tem muitos clérigos a formar e muitos monges para formá-los. No norte, em 1449, das 156 aldeias de Flandres, 152 possuem uma escola. Na zona rural, a escola raramente ensina a escrever: "saber ler é uma função intelectual valorizada, saber escrever é uma habilidade manual vagamente desprezada". Na cidade, há todos os tipos de escola (cursos em latim ou em língua vulgar), assim como todos os níveis de ensino. No norte, Lille e Saint-Omer possuem trinta escolas, quase uma por paróquia, e Douai possui sete escolas. Em Valenciennes, que conta com vinte escolas em 1337 e 49 em 1388, há, nessa data, 516 crianças (145 meninas) escolarizadas entre sete e dez anos.[6]

Componentes da maioria das escolas

Quadra da Escola 7 de Setembro em Rondônia, no Brasil, em 2015.
Local de eventos de uma escola municipal de Goiânia, em Goiás, no Brasil, em 2009.

As escolas são espaços organizados propostos para o ensino e a aprendizagem. As salas de aula, onde os professores ensinam e os alunos aprendem, são de importância central, mas as escolas típicas têm muitas outras áreas, que podem incluir:

Segurança

A segurança dos funcionários e alunos é um problema crescente para as comunidades escolares e a maioria das escolas está tendo que aprimorar seus sistemas de segurança. Para evitar fatos como o massacre de Realengo, estão sendo criados planos para proteger alunos e funcionários em caso de um tiroteio na escola. Algumas escolas têm tomado medidas como a instalação de detectores de metal ou de vigilância por vídeo.[8]

Outros problemas de segurança enfrentados pelas escolas incluem atentados terroristas (como o caso do Massacre na escola de Beslan em setembro de 2004), ganguesvandalismos[9] e bullying.[10]

Ver também

Referências

  1.  Etimologia de “escola”, Gramatica.net.br
  2.  FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 687.
  3.  Terra. «O que significa a escola na vida do adolescente». Consultado em 27 de março de 2012
  4.  Rocha, Deise Ramos da; Hypolito, Álvaro Luiz Moreira (1 de setembro de 2020). «Disputas pela escola pública: contribuições históricas para pensar o trabalho docente»Linhas Crí­ticas: e31908–e31908. ISSN 1981-0431doi:10.26512/lc.v26.2020.31908. Consultado em 24 de agosto de 2022 soft hyphen character character in |jornal= at position 11 (ajuda)
  5.  Bentley, Jerry H. (2006). Traditions & Encounters a Global Perspective on the Past. New York: McGraw-Hil. p. 331
  6. ↑ Ir para:a b c d e f Revista História Viva, 05, pg. 48-49. Editora Duetto (março 2004).
  7.  Abril. «Laboratório de informática - Educar para crescer». Consultado em 27 de março de 2012
  8.  «Projetos de lei propõem instalação de detectores de metal nas escolas»G1. Consultado em 27 de março de 2012
  9.  «School Vandalism Takes Its Toll». Wrensolutions.com. Consultado em 3 de outubro de 2009. Arquivado do original em 6 de dezembro de 2009
  10.  «Bulling, Anti-bullying Legislation, and School Safety». Schoolsecurity.org. Consultado em 3 de outubro de 2009. Arquivado do original em 25 de outubro de 2009

Ligações externas

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DIA MUNDIAL DOS CUIDADOS PALIATIVOS - 8 DE OUTUBRO DE 2023

 

Paliativismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Cuidados paliativos)

Paliativismo ou cuidados paliativos é o conjunto de práticas de assistência ao paciente incurável que visa oferecer dignidade e diminuição de sofrimento mais comum em pacientes terminais ou em estágio avançado de determinada enfermidade.[1]

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, os “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.[2]

E, para isso, é fundamental a atuação de uma equipe interdisciplinar que ofereça além de um trabalho de qualidade com técnica, os cuidados integrais e humanizados para o paciente e toda sua rede de apoio.[3]

Destaca-se que, os Cuidados Paliativos, precisam ser compreendidos como uma política pública e se integrar a todos os níveis de complexidade da saúde, para garantir o direito de oferecer uma assistência integral a todas as pessoas que se encontram fora de possibilidade de cura.[4]

Os cuidados paliativos, baseados nos conceitos da Ortotanásia, se concentram em amenizar os sintomas da doença e dar apoio físico e psicológico ao paciente e à família, integrando diferentes profissionais da área médica, havendo ou não possibilidade de cura. A prática é menos conhecida e utilizada em países subdesenvolvidos.[5][6]

História

O cuidado paliativo se confunde historicamente com o termo hospice, que definia abrigos destinados a receber e cuidar de peregrinos viajantes. O relato mais antigo remonta do século V, quando Fabíola, discípula de São Jerônimo, cuidava de viajantes provindos da Ásia, África e dos países do Leste no Hospício do Porto de Roma.[7] Uma ordem religiosa, no século XIX, os resumiu a locais destinados a moribundos na Irlanda e em Londres.

Alguns pesquisadores relatam que a filosofia paliativista teve o seu início ainda na antiguidade, quando surgiram os primeiros conceitos sobre o cuidar. [8]. Durante a Idade Média, durante o período das Cruzadas, era comum a existência de hospícios em monastérios (no português significa hospedarias). A característica dos hospices era oferecer acolhimento, proteção, alívio do sofrimento, que ia além da busca pela cura. Eles abrigavam além dos famintos, mulheres em trabalhos de parto, pobres, órfãos e leprosos, os doentes e moribundos.[8]

No século XVII, um padre francês chamado São Vicente de Paula fundou a Ordem das Irmãs da Caridade em Paris, no qual inaugurou casas para órfãos, pobres, doentes e moribundos.[8]

No ano de 1900, algumas das Irmãs da Caridade, irlandesas, inauguraram o St. Josephs´s Convent, em Londres. Elas iniciaram com as visitas aos doentes em suas residências. E, após dois anos, em 1902, abriram o St. Joseph 's Hospice com 30 camas.[8]

Fez parte dessa conquista e avanço dos Cuidados Paliativos em todo o mundo, uma mulher nascida na Inglaterra chamada Cicely Saunders. Ela se formou como enfermeira, depois como assistente social e como médico. Além disso, escreveu livros, artigos e guias que são utilizados até hoje, a sua vida foi dedicada ao cuidado e alívio do sofrimento. Em 1967, fundou o primeiro serviço para oferecer o cuidado integral ao paciente, chamado St. Christopher´s.[8] Até nos dias atuais, o St. Christopher´s é considerado como um dos principais serviços no mundo em Cuidados Paliativos e Medicina Paliativa. Ela faleceu em 2005, sendo cuidada no St. Christopher´s.[8]

O paliativismo tem crescido intensamente nos últimos anos. No Reino Unido, nos anos de 2003 e 2004, cerca 250 mil pessoas foram pacientes da prática nos hospices ou em outros locais de atendimento. Hoje, o tratamento é gratuito e sustentado através de caridade, apesar de já ter sido financiado pela National Health Service.

Nos Estados Unidos, o movimento passou de voluntário, melhorando os cuidados a pessoas que morriam sozinhas, isoladas ou em hospitais, para um significante componente do sistema de saúde. Em 2005, mais de 1,2 milhão de pessoas e suas famílias receberam tratamento paliativo. Esse é o único tratamento cujos benefícios do Medicare inclui remédios, equipamento médico e assistência em tempo integral. A maioria dos cuidados é feita na casa do paciente. É também disponível em diversos ambientes como, casas de enfermagemprisões, hospitais. Na década 1970, o encontro de Cicely Saunders com Elisabeth Klüber-Ross, nos Estados Unidos, fez com que o Movimento Hospice também crescesse naquele país.[9] Desde então, tem havido um intenso aumento no número de programas, mais de 1200 atualmente. Aproximadamente, 55% dos hospitais com mais de 100 leitos possuem um programa. Nos hospitais, o funcionamento dos cuidados paliativos pode ser caro. Requer tempo e integração de vários profissionais. Além disso, os pacientes podem não ter seguro adequado ou quantia em dinheiro suficiente para cobrir os custos. Assim, estratégias para financiamento de programas de cuidados paliativos se concentram em cortar custos hospitalares, garantindo renda.[10]

História no Brasil

No Brasil, as primeiras discussões e reflexões sobre a linha paliativista ocorreram desde os anos 70 e, nos anos 90, surgiram os primeiros serviços. O pioneiro foi o professor Marco Túlio de Assis Figueiredo. Ele inaugurou os primeiros cursos e atendimentos com filosofia paliativista na Escola Paulista de Medicina. Além disso, outro serviço que também faz parte da história, é o Instituto Nacional do Câncer, do Ministério da Saúde, que inaugurou em 1998 o hospital Unidade IV, exclusivamente dedicado aos Cuidados Paliativos, porém os iniciar em 1986.[11]

Em 2002, o Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, inaugurou a enfermaria de Cuidados Paliativos. E o programa existe desde 2000. Em 1997, foi fundada a primeira Associação Brasileira de Cuidados Paliativos – ABCP pela psicóloga Ana Georgia de Melo. Em 2005, foi fundada a Academia Nacional de Cuidados Paliativos. A partir dessa institucionalização, houve avanço em relação à regularização dos profissionais e definições de atuação na área. Em 2009, pela primeira vez, o Conselho Federal de Medicina incluiu, em seu novo Código de ética Médica, os Cuidados Paliativos como princípio fundamental.[11]

Princípios dos Cuidados Paliativos

1. Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis;

2. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida;

3. Não acelerar nem adiar a morte;

4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente;

5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente quanto possível, até o momento da sua morte;

6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto;

7. Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto;

8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença;

9. Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida, como a quimioterapia e a radioterapia e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas estressantes.[12]

Diretrizes para organização dos Cuidados Paliativos no Sistema Único de Saúde

A organização dos cuidados paliativos, segundo a Resolução nº 41, de 31 de outubro de 2018, deverá ter como objetivos:

I - integrar os cuidados paliativos na rede de atenção à saúde;

II - promover a melhoria da qualidade de vida dos pacientes;

III - incentivar o trabalho em equipe multidisciplinar;

IV - fomentar a instituição de disciplinas e conteúdos programáticos de cuidados paliativos no ensino de graduação e especialização dos profissionais de saúde;

V - ofertar educação permanente em cuidados paliativos para os trabalhadores da saúde no SUS;

VI - promover a disseminação de informação sobre os cuidados paliativos na sociedade;

VII - ofertar medicamentos que promovam o controle dos sintomas dos pacientes em cuidados paliativos;

VIII - pugnar pelo desenvolvimento de uma atenção à saúde humanizada, baseada em evidências, com acesso equitativo e custo efetivo, abrangendo toda a linha de cuidado e todos os níveis de atenção, com ênfase na atenção básica, domiciliar e integração com os serviços especializados [13].

E deverão ser ofertados em qualquer ponto da rede de atenção à saúde:

I - Atenção Básica: ordenadora da rede e coordenadora do cuidado, será responsável por acompanhar os usuários com doenças ameaçadoras de vida em seu território, prevalecendo o cuidado longitudinal, ofertado pelas equipes de atenção básica, com a retaguarda dos demais pontos da rede de atenção sempre que necessária;

II - Atenção Domiciliar: as equipes de atenção domiciliar, cuja modalidade será definida a partir da intensidade do cuidado, observando-se o plano terapêutico singular, deverão contribuir para que o domicílio esteja preparado e seja o principal locus de cuidado no período de terminalidade de vida, sempre que desejado e possível. Será indicada para pessoas que necessitarem de cuidados paliativos em situação de restrição ao leito ou ao domicílio, sempre que esta for considerada a oferta de cuidado mais oportuna.

III - Atenção Ambulatorial: deverá ser estruturada para atender as demandas em cuidados paliativos proveniente de outros pontos de atenção da rede;

IV - Urgência e Emergência: os serviços prestarão cuidados no alívio dos sintomas agudizados, focados no conforto e na dignidade da pessoa, de acordo com as melhores práticas e evidências disponíveis; e

V - Atenção Hospitalar: voltada para o controle de sintomas que não sejam passíveis de controle em outro nível de assistência.[13]


O Ministério da Saúde, através da portara 2.439/GM, de 8 de dezembro de 2005, estabeleceu a Política Nacional de Atenção Oncológica, incluindo promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, para implementar em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão. Ou seja, o serviço em oncologia precisa garantir atenção integral aos pacientes sem a possibilidade de cura, seja por meio do serviço ambulatorial, hospitalar ou domiciliar.[14]

Composição da equipe

Os cuidados paliativos por ser considerado uma abordagem complexa e que tem como finalidade o cuidado integral ao paciente e seus familiares, prioriza uma equipe multiprofissional. Essa equipe é composta por enfermeiro, psicólogo, médico, assistente social, farmacêutico, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, dentista e assistente espiritual.[12]

Fonoaudiologia e Cuidados Paliativos

No dia 2 de setembro de 2021 foi publicada a resolução que dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo em Cuidados Paliativos, no âmbito do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa).[15]

O fonoaudiólogo visa contribuir na alimentação e comunicação. No que se refere à deglutição, visa contribuir na realização de avaliação clínica e exames, na indicação de estratégias para oferecer alimentação prazerosa e segura sempre que possível, na modificação e adaptação de volumes e consistências alimentares e nas orientações aos profissionais, pacientes e rede de apoio que participam do cuidado. Sobre a comunicação, visa a efetividade e clareza na transmissão da mensagem ao paciente, e entre ele e outras pessoas.[16]

Dia Mundial dos Cuidados Paliativos

O Dia Mundial dos Cuidados Paliativos é um dia de ação para celebrar e apoiar os cuidados paliativos e os cuidados paliativos no mundo. A celebração é retirada no segundo sábado de outubro de cada ano.

A The Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA) faz parte dessa construção. A WHPCA é uma organização internacional não governamental que atua no desenvolvimento dos Cuidados Paliativos e Hospices no mundo. E, a cada ano, ela ele um tema para a campanha. O tema de 2021 é “Não deixe ninguém para trás – Equidade no acesso aos Cuidados Paliativos“.[17]

Ver também

Referências

  1.  Tempo de envelhecer: percursos e dimensões psicossociais/ organização Ligia Py...[et al.]. - Rio de Janeiro: NAU Editora, 2004.
  2.  WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). National cancer control programmes: policies and managerial guidelines. 2.ed. Geneva: WHO, 2002.
  3.  Moreira, Márcio José da Silva; Guimarães, Michelle Ferreira; Lopes, Leonardo; Moreti, Felipe (31 de julho de 2020). «Contribuições da Fonoaudiologia nos cuidados paliativos e no fim da vida»CoDASISSN 2317-1782doi:10.1590/2317-1782/20202019202. Consultado em 23 de novembro de 2021
  4.  «Os cuidados paliativos como política pública: notas introdutórias». 2015 line feed character character in |titulo= at position 47 (ajuda); |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  5.  Prática Hospitalar, 2006.[ligação inativa]
  6.  Comunidade virtual de antropologia.
  7.  CORTES, C. C. Historia y desarollo de los cuidados paliativos. In: Marcos G. S. (ed.). Cuidados paliativos e intervención psicossocial em enfermos com cáncer. Las palmas: ICEPS, 1988.
  8. ↑ Ir para:a b c d e f Academia Nacional de Cuidados Paliativos. «História dos Cuidados Paliativos»
  9.  PESSINI, L. Distanásia: até quando investir sem agredir? Bioética, v. 4, p. 31-43, 1996.
  10.  Wikipédia inglesa
  11. ↑ Ir para:a b Academia Nacional de Cuidados Paliativos. «História dos Cuidados Paliativos no Brasil»
  12. ↑ Ir para:a b Manual de Cuidados Paliativos ANCP. Ampliado e atualizado 2ª edição. Academia Nacional de Cuidados Paliativos.
  13. ↑ Ir para:a b Ministério da Saúde. Cuidados Paliativos. Resolução nº 41, de 31 de outubro de 2018. https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51520746/do1-2018-11-23-resolucao-n-41-de-31-de-outubro-de-2018-51520710
  14.  Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Oncológica. nº 2.439, de 08 de dezembro de 2005.
  15.  Conselho Federal de Fonoaudiologia. «Resolução 633 de 2 de setembro de 2021»
  16.  Eckman S, Roe J. «Speech and language therapists in palliative care: what do we have to offer?». Int J Palliat Nurs.: 11(4):179-81
  17.  WHPCA. «World hospice and palliative care day»

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