domingo, 30 de julho de 2023

GIORGIO VASARI - PINTOR - NASCEU EM 1511 - 30 DE JULHO DE 2023

 

Giorgio Vasari

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Giorgio Vasari
Autorretrato de Giorgio Vasari
Nascimento30 de julho de 1511
ArezzoToscanaItália
Morte27 de junho de 1574 (62 anos)
FlorençaToscana
NacionalidadeItaliano
Principais trabalhosLe vite de' più eccellenti pittori, scultori e architettori
ÁreaPinturaarquitetura
FormaçãoAndrea del Sarto
Movimento(s)Renascimento

Giorgio Vasari (Arezzo30 de julho de 1511 – Florença27 de junho de 1574) foi um pintor e arquiteto italiano conhecido principalmente por suas biografias de artistas italianos.

Juventude

Ainda muito jovem, tornou-se discípulo de Guglielmo da Marsiglia, um pintor de grande talento especializado em vitrais. Fora recomendado a Marsiglia por um parente, Luca Signorelli. Aos 16 anos, o cardeal Silvio Passerini o enviou para estudar em Florença, no círculo de Andrea del Sarto e seus pupilos, Rosso e Jacopo Pontormo. Sua educação humanista foi-lhe de grande serventia, e durante seus estudos, conheceu Michelangelo, cuja arte influenciou bastante o estilo de Vasari.

Em 1529, visitou Roma e estudou os trabalhos de Rafael e outros artistas do Alto Renascimento romano e que pertenciam à geração anterior à de Vasari. Produziu pinturas maneiristas que foram mais admiradas durante sua vida do que postumamente.

O profeta Eleazar. Óleo sobre madeira, Galleria degli UffiziFlorença

Seus serviços eram regularmente utilizados pela família dos Médici tanto em Florença como em Roma, mas trabalhou também em locais como Nápoles e Arezzo. Dentre seus trabalhos mais importantes, podem-se citar: a parede e o teto da sala principal do Palazzo Vecchio, em Florença, e os afrescos incompletos, no Domo de Santa Maria del Fiore, a catedral de Florença.

Teve maior êxito como arquiteto, podendo-se citar a loggia do Palazzo degli Uffizi, ao lado do Arno: o planejamento urbanístico do longo e estreito jardim que funciona como praça pública (piazza) e a longa passagem que o conecta ao Palácio Pitti através da Ponte Vecchio.

Trabalhou com Giacomo Vignola e Bartolomeo Ammanati na mansão do Papa Júlio II (a Villa Giulia), em Roma. Por outro lado, sua atividade prejudicou bastante as igrejas medievais de Santa Maria Novella e da Basilica di Santa Croce, em Florença, pois delas ele retirou várias partes que viriam a integrar seus trabalhos, além de ter-lhes modificado a estética conforme o estilo maneirista de seu próprio tempo.

Em vida, Vasari contou com alta reputação e fez fortuna. Em 1547, construiu para si uma mansão em Arezzo (que hoje é museu em sua homenagem) e passou incontáveis dias dedicando-se a decorá-la com obras-de-arte. Foi eleito para o Conselho Municipal (priori) de sua cidade natal, tendo alcançado, mais tarde, o cargo supremo de Gonfaloneiro.

Em 1563, fundou a Accademia del Disegno em Florença. O grão-duque local e Michelangelo tornaram-se líderes da instituição e trinta e seis artistas foram escolhidos para tornarem-se membros.

Vite

Capa de As Vidas dos Artistas

Vasari ficou conhecido como o primeiro historiador da arte, através de seu livro Vite ou Le vite de' più eccellenti pittori, scultori e architettori, onde registrou a biografia dos principais artistas do Renascimento. O termo Gótico foi pela primeira vez impresso em seu livro. Publicado pela primeira vez em 1550, incluía, além das biografias, um valioso tratado das técnicas empregadas. Teve uma revisão em 1568, acrescida de retratos dos biografados.

Por bairrismos e jogo político, o livro favorecia os florentinos, em detrimento de outros artistas, como os venezianosTiziano, por exemplo, só foi incluído na segunda edição, após Vasari visitar Veneza. Apesar dessas falhas, e mesmo não utilizando uma pesquisa rigorosa, é uma das únicas fontes coesas para a história da arte da época.

A Última Ceia

Em 1966, o Rio Arno transbordou e causou grandes danos a Florença e à obra A Última Ceia de Vasari, que estava exposta no museu da Igreja de Santa Cruz. Esta obra, de 6 metros de comprimento e 2,40 metros de altura, ficou submersa na água lamacenta e oleosa por ao menos 12 horas. Quando resgatada, seus painéis de choupo-branco estavam encharcados e a tinta que os cobria estava descascando. Em 2010, a Getty Foundation investiu US$ 400 mil para restaurar a pintura. O restauro foi concluído em novembro de 2016, após muito trabalho de pesquisa para que se conseguisse resgatar a dimensão original da obra, que encolheu significativamente, e as pigmentações mais parecidas com as utilizadas por Vasari nas partes onde houve descascamentos.

Ver também

Bibliografia

Ligações externas

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SÃO PEDRO CRISÓLOGO - 30 DE JULHO DE 2023

 

Pedro Crisólogo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de São Pedro Crisólogo)
 Nota: Para outros santos chamados de "São Pedro", veja São Pedro (desambiguação).
Pedro Crisólogo
Pedro Crisólogo
Bispo de RavenaConfessorDoutor da Igreja
NascimentoÍmolaImpério Romano 
c. 380
MorteÍmolaImpério Romano 
31 de julho de 450 (70 anos)
Festa litúrgica30 de julho
 Portal dos Santos

Pedro Crisólogo (em gregoἍγιος Πέτρος ὁ Χρυσολόγοςromaniz.: Petros Chrysologos , "Pedro das palavras de ouro"; em latimPetrus Chrysologus)[1] foi bispo de Ravena de 433 até sua morte.[2] Venerado como santo por católicos e ortodoxos, é autor de belas homilias e daí ser "Crisólogo", isto é, "Palavra de Ouro".[3] Foi também proclamado Doutor da Igreja pelo papa Bento XIII em 1729.

Biografia

Pedro nasceu em Ímola, onde Cornélio, bispo da cidade, o batizou, educou e ordenou diácono. Por influência do imperador romano do ocidente Valentiniano III, tornou-se arcediago até que, finalmente, Sisto III nomeou-o bispo de Ravena (é possível que tenha sido arcebispo) por volta de 433, desprezando o candidato proposto pela população da cidade. O relato tradicional, que aparece no "Breviário Romano", é que Sisto teria tido uma visão de São Pedro (o primeiro papa) e Santo Apolinário de Ravena (o primeiro bispo da cidade) que lhe mostraram um jovem rapaz que seria o próximo bispo de Ravena. Quando o grupo de Ravena chegou, incluindo Cornélio e seu arcediago (Pedro), Sisto reconheceu-o como sendo o jovem de sua visão e consagrou-o bispo.[4]

A população já conhecia Pedro, o "doutor das homilias", por seus breves e inspirados discursos. Conta o relato que ele os compunha curtos pois temia entediar sua audiência. Sua piedade e zelo lhe valeram admiração universal. Depois de ouvir sua primeira homilia como bispo, a imperatriz romana Gala Placídia teria supostamente chamado-o de Chrysologus, que significa "das palavras de ouro" e passou, a partir daí, a patrocinar diversos projetos de Pedro.

Em suas homilias sobreviventes, Pedro explica os textos bíblicos de forma breve e concisa. Nelas, ele condena o arianismo e o monofisismo como heresias e explica de forma muito bela o "Credo dos Apóstolos", o mistério da Encarnação e outros tópicos difíceis utilizando uma linguagem simples e clara. Pedro dedicou uma série de homilias a São João Batista e à Virgem Maria. Ele defendia que os fieis tomassem a Eucaristia diariamente e urgia seus ouvintes a confiar no perdão oferecido através de Cristo.[5][6][7] Ele era ainda um amigo pessoal do papa Leão Magno (r. 440-461), outro Doutor da Igreja.

Um sínodo realizado em Constantinopla em 448 condenou Eutiques por sua doutrina monofisista. Inconformado, ele apelou a Pedro Crisólogo, mas não conseguiu convencê-lo. Os atos do Concílio de Calcedônia (451) preservam o texto da carta que Pedro enviou com a resposta para Eutiques na qual ele admoesta-o por não aceitar as determinações do concílio e urge que ele obedeça ao bispo de Roma como sucessor de São Pedro.

O arcebispo Félix de Ravena, no início do século VIII, colecionou e preservou 176 de suas homilias. Depois disso, elas foram editadas e traduzidas por muitos autores e para diversas línguas.

Morte e veneração

Pedro Crisólogo morreu por volta de 450 durante uma visita a Ímola, sua cidade natal. A mais antiga referência literária afirma que a data era 2 de dezembro, mas uma interpretação mais moderna da "Liber Pontificalis Ecclesiae Ravennatis" (século IX) indica que ele morreu em 31 de julho.[8]

Em 1729, quando ele foi declarado Doutor da Igreja, sua festa, que ainda não constava no Calendário tridentino, foi inserido no Calendário de santos da Igreja Católica em 4 de dezembro. Em 1969, depois do Concílio Vaticano II, sua festa foi movida para 30 de julho, a mais próxima possível do dia de sua morte, 31 de julho, que já era a festa de Santo Inácio de Loyola.

Um retrato de São Pedro Crisólogo de sua época pode ser visto nos mosaicos da Igreja de São João Evangelista em Ravena, no qual ele aparece entre os membros das famílias imperiais do oriente e do ocidente, uma prova de sua extraordinária influência.

Referências

  1.  The Liturgy of the Hours, Vol. III, pp. 1562.
  2.  Michael Walsh, ed. "Butler's Lives of the Saints," New York: HarperCollins Publishers, 1991.
  3.  S. Pedro Crisólogo, bispo, Doutor da Igreja, +450, evangelhoquotidiano.org
  4.  «December 4»Breviário Romano. Confraternity of Ss. Peter and Paul. Consultado em 28 de junho de 2010. Arquivado do original em 24 de novembro de 2010
  5.  Sermão 58, "Sobre o Credo", par. 13
  6.  Sermão 30, "Sobre Mateus" 9:9ff, par. 5
  7.  Sermão 168 par. 3
  8.  "Calendarium Romanum" (Libreria Editrice Vaticana, 1969), p. 98

Bibliografia

  • Otto BardenhewerPatrologia, tr. Shanan, pp. 526 ff.
  • Dapper, Der hl. Petrus von Ravenna Chrysologus, Posen, 1871
  • Looshorn, Der hl. Petrus Chrysologus und seine Schriflen in Zeitschrift f. kathol. Theol., III, 1879, pp. 238 ff.
  • Wayman, Zu Petrus Chrysologus in Philologus, LV (1896), pp. 464 ff.
  • San Pietro Crisologo, Sermoni, dois volumes, Città Nuova, Roma 1997 

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