quarta-feira, 31 de maio de 2023

DIA DOS IRMÃOS - 31 DE MAIO DE 2023

 

Dia dos Irmãos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O cartaz do Dia dos Irmãos, no primeiro ano em que foi celebrado em Portugal - 31.maio.2015

Dia dos Irmãos é uma data comemorativa em que se homenageia, agradece e festeja os irmãos. Tem vocação universal, sendo uma festa semelhante ao Dia do Pai, ao Dia da Mãe ou ao Dia dos Avós. Procura assinalar o espírito destacado na deliberação instituidora: «o que vivemos entre irmãos é único, irrepetível, molda a nossa vida para sempre.»

Comemoração

É celebrado um pouco por todo o mundo em diferentes datas.

Na Europa, o Dia dos Irmãos celebra-se a 31 de maio, conforme foi instituído por deliberação da Assembleia Geral da Confederação Europeia das Famílias Numerosas (ELFAC)[1] em 18 de setembro de 2014. Anteriormente, a ELFAC já tinha feito o primeiro lançamento experimental, a 31 de maio do mesmo ano.[2]

A ELFAC tem membros nos seguintes países europeus: Alemanha, Áustria, Chipre, Croácia, Eslováquia, Espanha, Estónia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Portugal, República Checa, Roménia, Sérvia, Suíça e Ucrânia[3]. Mas a adesão à data e ao espírito do 31 de maio está aberta a qualquer outro país europeu ou não-europeu.

Nos Estados Unidos da América, celebra-se a 10 de abril, como National Siblings’ Day. Encontram-se também outras menções ao último sábado de março[4] e a 2 de maio[5] [6]. Estas duas últimas datas aparentam não ter qualquer carácter oficial, nem suficiente consistência institucional. Já as comemorações do 10 de abril, desenvolvidas a partir da Siblings Day Foundation[7] têm ganho adesão contínua e, ano após ano, consolidam-se no planos social e no espaço público.

Jovens divulgam o Dia dos Irmãos numa área comercial, Lisboa 2016

História

A celebração do Dia dos Irmãos – também referido, nas diferentes línguas, como Dia do Irmão ou Dia dos Irmãos e Irmãs – é bastante recente, diversamente de outras celebrações de cunho familiar, como os muito antigos Dia da Mãe e Dia do Pai.

No caso do Dia dos Irmãos, todas as iniciativas lançadas datam dos finais do século XX ou já do século XXI.

Iniciativas

Nos Estados Unidos da América, a iniciativa de estabelecer o Dia dos Irmãos (National Siblings Day (NSD) a 10 de abril, todos os anos, partiu de uma nova-iorquina, Claudia Evart, que, tocada pela morte prematura dos seus dois irmãos, Alan e Lisette, ambos mais velhos, se mobilizou para instituir uma data para a celebração social e familiar dos laços especialmente fortes que existem entre irmãos e irmãs. Para o efeito, criou uma Fundação, a Siblings Day Foundation, reconhecida pela lei americana em 1997 e 1999[8]. O 10 de abril tem crescido progressivamente em reconhecimento público nos EUA, destacando-se as Proclamações pelos Governadores de 49 Estados federados[9].

No Brasil, a escolha do dia 5 de setembro surgiu por iniciativa da Igreja Católica, homenageando o aniversário da morte da missionária Madre Teresa de Calcutá, a partir de 2007 – data em que passaram 10 anos sobre a sua morte[10]. No contexto religioso, o sentido da palavra "irmão" está ligada ao "próximo". O sentido e a oficialidade desta data são postos em dúvida por algumas fontes[11]. Mas tem ganho difusão ao longo dos anos, no sentido de se aplicar a irmãos de família[12] [13].

Divulgação do Dia dos Irmãos num supermercado, Porto 2017

Na Europa, a ideia nasceu no ano de 2014, sendo lançada pela ELFAC – European Large Families Confederation. A data de 31 de maio foi escolhida por anteceder o Dia das Crianças (1 de junho) e ser o último dia do mês de maio, associado a celebrações familiares como o Dia da Mãe (em Portugal, no primeiro domingo de maio; nos Estados Unidos da América, no segundo domingo de maio) e o Dia Internacional da Família (15 de maio)[14], instituído por Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1993[15].

Fernando Ribeiro e Castro, que fundou e foi presidente da APFN e da Confederação Europeia de Famílias Numerosas (ELFAC, na sigla em inglês), falecido em março de 2014, é o autor da frase que foi escolhida como mote da comemoração deste dia na Europa: «Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão. Se queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos»[16], disse. A escolha da véspera do Dia das Crianças (1 de junho) para festejar o Dia dos Irmãos tem a ver com esta frase. No último dia do mês de maio, onde ocorrem outras celebrações ligadas à família, a véspera do Dia das Crianças é o dia certo para o Dia dos Irmãos simbolizar um modo de alegre anúncio de família às crianças pequenas.

O Dia dos Irmãos dispõe de um site na internet[17].

Popularização

Na Europa, o caso mais notório de eco social das celebrações do 31 de maio tem acontecido em Portugal. Neste país, a divulgação do Dia dos Irmãos tem conhecido adesão crescente a partir 2015, por dinamização da APFN – Associação Portuguesa das Famílias Numerosas[18], membro português da ELFAC[19].

Além das iniciativas de base e com escolas e autarquias locais, bem como de ações de divulgação na comunicação social realizadas todos os anos, o Dia dos Irmãos foi saudado por mensagem do Presidente da República de Portugal, nos anos de 2016[20] e 2017[21] [22].

Foram celebrados protocolos com confederações de comércio[23] e com algumas empresas de grande difusão. A imagem do Dia dos Irmãos, visto pelas crianças, apareceu em largos milhares de pacotes de açúcar (dose individual)[24], o que alcançou grande divulgação. Várias celebridades, rádios, canais televisivos e outros meios de comunicação costumam destacar a relação entre irmãos e a importância de se celebrar este dia. Todos os anos, em datas próximas ao 31 de maio, artigos alusivos ao Dia dos Irmãos, numa linha de testemunho pessoal ou de visão social, têm sido escrito por algumas figuras públicas portuguesas: Alexandre Patrício Gouveia[25], Diana Leiria Ralha[26], Francisco José Viegas, Francisco Rodrigues dos Santos[27], Inês de Medeiros[28], Inês Teotónio Pereira, José Paulo Carvalho[29], José Ribeiro e Castro[30], José Sá Fernandes[31], Margarida Alvim[32], Margarida Corrêa de Aguiar[33], Margarida Gonçalves Neto[34], Maria Flor Mendonça[35], Paulo Baldaia[36], Pedro Rebelo de Sousa[37], Ricardo Sá Fernandes[38], Roberto Carneiro[39], Teresa Avillez Ereira[40] e Vítor Feytor Pinto[41].

Festa familiar e social

O Dia dos Irmãos é uma festa familiar por excelência: é uma calorosa celebração familiar na sua horizontalidade e, no sentido exato da palavra, fraternidade. É também uma festa social, celebrando a alegria das famílias, no olhar e nas relações dos irmãos e irmãs.

Em reuniões familiares e eventos sociais, festeja-se no Dia dos Irmãos «o que de tão importante une irmãos e irmãs: o crescer juntos; as aventuras; as descobertas; a solidariedade; a proximidade; a cumplicidade; a identidade que é diferença; a diversidade; a entreajuda, a cooperação e a divisão de tarefas; a alegria e a tristeza; as emoções, boas e más; a tolerância; a reconciliação; a partilha; as histórias, raízes e memória.»[1]

Neste dia, é comum irmãos e irmãs oferecerem-se uma lembrança simbólica, enviarem uma mensagem ou, se possível, passarem tempo uns com os outros. É um dia especial para lembrar e honrar a presença e importância de irmãos e irmãs na vida e na identidade de cada um.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «O que é o Dia dos Irmãos: entenda a data». Portal Dia dos Irmãos, separador "Sobre"
  2.  «Primeiro lançamento do Dia dos Irmãos». ELFAC websiteNews
  3.  «ELFAC members»European Large Families Confederation / About us / Members
  4.  «Brothers and Sisters Day»Brothers and Sisters Day I
  5.  «Brothers and Sisters Day»Brothers and Sisters Day II
  6.  «Brothers' and Sisters' Day»Brothers and Sisters Day II
  7.  «Siblings Day Foundation». Fundação Dia dos Irmãos
  8.  «Fact/Information Sheet». Nota informativa da SDF
  9.  «NSD Gubernatorial (State) Proclamations». Proclamações estaduais do NSD
  10.  «Calendarr». Calendarr - Brasil
  11.  «Dia do irmão – Afinal, qual a data oficial?». Dia do irmão, Brasil
  12.  «Blog.floresonline.com.br». Mensagens e curiosidades sobre o Dia do Irmão
  13.  «www.movenoticias.com». Hoje é o dia do irmão no Brasil. E as celebridades não se esquecem de assinalar a data.
  14.  «International Day of Families». Nações Unidas
  15.  «Resolution 47/237». Assembleia Geral das Nações Unidas: «§15: Also decides that, beggining in 1994, 15 May of every year shall be observed as the International Day of Families.»
  16.  «"Se queres ver uma criança feliz dá-lhe um irmão"». Expresso, 31.maio.2016
  17.  «Portal Dia dos Irmãos». Dia dos Irmãos APFN / ELFAC
  18.  «Portal APFN». APFN - Associação Portuguesa das Famílias Numerosas
  19.  «ELFAC website». ELFAC - European Large Families Confederation
  20.  «Presidência da República Portuguesa 2016». Portugal: Mensagem do Presidente da República, 31.maio.2016
  21.  «Presidência da República Portuguesa 2017». Portugal: Mensagem do Presidente da República, 31.maio.2017
  22.  «Marcelo envia abraço caloroso à lusofonia no Dia dos Irmãos». Presidente da República celebra a data e diz que foi "uma ideia feliz". - 31.maio.2017
  23.  «Collaboration to establish Siblings Day in Europe». Protocolo APFN/CCP
  24.  «Special offers for the Siblings Day». Pacotes de açúcar alusivos ao Dia dos Irmãos, 2016
  25.  «O meu irmão António». artigo de Alexandre Patrício Gouveia - Observador, 25.maio.2016
  26.  «O milagre dos irmãos». artigo de Diana Leiria Ralha - Jornal de Notícias, 24.maio.2016
  27.  «Os três irmãos». artigo de Francisco Rodrigues dos Santos - Diário de Notícias, 25.maio.2017
  28.  «As três irmãs». artigo de Inês de Medeiros - Jornal de Notícias, 28.maio.2015
  29.  «Recordações do irmão do meio». artigo de José Paulo Carvalho - Jornal de Notícias, 30.maio.2017
  30.  «Os irmãos Sobral». artigo de José Ribeiro e Castro - Observador, 31.maio.2017
  31.  «Os meus irmãos: Ricardo e Paula». artigo de José Sá Fernandes - jornal "i", 22.maio.2017
  32.  «Guerra e Paz». artigo de Margarida Alvim - Observador, 27.maio.2017
  33.  «Três irmãs e um irmão, quatro personalidades distintas». artigo de Margarida Corrêa de Aguiar - Observador, 23.maio.2017
  34.  «31 de Maio, Dia dos Irmãos». artigo de Margarida Gonçalves Neto - Diário de Notícias, 30.maio.2016
  35.  «Queridos manos». artigo de Maria Flor Mendonça - jornal "i", 26.maio.2016
  36.  «Irmãos e cuidadores». artigo de Paulo Baldaia - Diário de Notícias, 31.maio.2017
  37.  «O meu irmão Marcelo». artigo de Pedro Rebelo de Sousa - Expresso, 28.maio.2016
  38.  «Paula e Zé, os meus irmãos». artigo de Ricardo Sá Fernandes - jornal "i", 31.maio.2016
  39.  «Um testemunho: do irmão que não tive ao irmão que tudo me deu». artigo de Roberto Carneiro - Público, 31.maio.2015
  40.  «Carta aberta ao chefe Avillez». artigo de Teresa Avillez Ereira - jornal "i", 29.maio.2017
  41.  «A verdadeira fraternidade». artigo de Vítor Feytor Pinto - Público, 31.maio.2017

Ligações externas

DIA EUROPEU DOS VIZINHOS - 31 DE MAIO DE 2023

 

Unidade de vizinhança

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Vizinho)

unidade de vizinhança é um escalão urbano que se assemelha ao bairro e é resultado da reunião de várias unidades residenciais.[1] Ela foi idealizada como uma resposta ao crescimento dos grupos secundários[2] (característicos das grandes áreas urbanas) de forma que os grupos primários seriam reforçados, através de uma configuração urbana que propiciasse a convivência e os contatos sociais.[3]

Clarence Arthur Perry[3][4] estabeleceu a escola primária como equipamento central e o delimitador espacial de uma unidade de vizinhança: ela se estenderia de forma que sua população não ultrapassasse a capacidade de uma escola primária.

Origem

É possível notar no Plano de Barcelona, de Ildefonso Cerdá, preocupações na distribuição dos equipamentos urbanos e suas relações com os habitantes, de certa forma antecipando conceito de unidade de vizinhança.[5] No início do século XX, estudiosos constataram o desaparecimento das relações sociais entre vizinhos com o crescimento das metrópoles.[3] Esses grupos primários seriam importantes para uma vida saudável e a falta de convivência nesses grupos poderia até provocar desordens mentais.[6] A ideia então foi usar o planejamento urbano como forma de recriar essas relações.

Em 1923, Clarence Perry, inspirado em Ebenezer Howard, pela primeira vez mostra o conceito de unidade de vizinhança.[7] Para ele, os equipamentos urbanos deveriam estar próximos às habitações e estas não deveriam ser interrompidas por vias de trânsito de passagem, mas apenas tangenciadas, preservando a vida comunitária e dando segurança às crianças. Estas poderiam ir à escola sozinhas, já que os caminhos eram seguros e a distância era ideal para não cansá-las. Por isso, a escola primária era o equipamento básico de uma unidade de vizinhança.[8]

Enquanto Perry desenvolvia seus estudos, Henry Wright e Clarence Stein aplicaram conceitos parecidos nos conjuntos habitacionais de Sunnyside Garden e Radburn, próximos a Nova Iorque. Stein define a unidade de vizinhança como uma área residencial delimitada (mas não cortada) por vias de trânsito de passagem e que seriam projetadas para uma população que necessitasse de uma escola elementar.[3] Queen Carpenter confirma a função da unidade de vizinhança em recriar os laços de contatos primários, onde "os residentes se conhecem pessoalmente e têm o hábito de se visitar" e onde "os membros se encontram em terreno conhecido [...] para desenvolver actividades sociais primárias e contatos sociais espontâneos ou organizados".[9]

Difusão da ideia

O conceito de unidade de vizinhança se difundiu após os anos 20. Após a Segunda Guerra Mundial, os debates sobre a organização habitacional foram bastante influenciados pela unidade de vizinhança e modelos funcionais e organizacionais foram considerados muito importantes. A partir daí a unidade de vizinhança foi amplamente usada.[5] Seus conceitos foram usados, por exemplo, em Porto RicoFrançaInglaterraEstados Unidos da AméricaBrasilUnião Soviética e Áustria.[10]

Esse conceito pode ser dividido em duas correntes. A primeira, anglo-saxônica, baseia-se nas cidades jardins e em baixas densidades demográficas. É o caso do Plano da Grande Londres (a partir de 1944), de Patrick Abercombrie, e das novas cidades inglesas (da primeira e segunda gerações). A segunda corrente foi influenciada pelo racionalismo europeu e por Le Corbusier. Nela são explorados os edifícios habitacionais. São os casos das superquadras de BrasíliaConjunto Ceará em Fortaleza/CE e da Unité d'Habitation.[11]

Críticas

Por cerca de 40 anos a unidade de vizinhança foi ideia corrente no urbanismo, constituindo uma "fórmula mágica de constituir comunidades de habitantes".[11] Seu uso intenso e o tempo levariam à reflexão e às primeiras reações contra a unidade de vizinhança. Após anos de experimentação, chegou-se à conclusão de que as unidades de vizinhança não atenderam às expectativas em torno da recriação dos grupos primários.[8][12] As causas de tal fracasso seriam a própria tendência de a população urbana de se isolar (diretamente proporcional ao tamanho da cidade[8]), graças às relações sociais mais alargadas permitidas pelos meios de transportes e comunicação e à impossibilidade de evolução da forma urbana concebida, no tocante a oferecer postos de trabalho, tanto no setor terciário quanto no secundário.[12]

Apesar disso, uma das funções da unidade de vizinhança foi alcançada: dar proteção à criança.[7] Suas diretrizes de distribuição de equipamentos e serviços na área urbana também estão presentes hoje, como medidas de planejamento compatíveis com o desenho urbano[12]

Ver também

Referências

  1.  FERRARI, 1991, p. 303
  2.  FERRARI, 2001, pp.297-303
  3. ↑ Ir para:a b c d LAMAS, 2004, p. 317
  4.  FERRARI, 2001, p. 300.
  5. ↑ Ir para:a b LAMAS, 2004, p. 318
  6.  FERRARI, 1991, p. 298
  7. ↑ Ir para:a b Citado por FERRARI, 1991, p. 301
  8. ↑ Ir para:a b c FERRARI, 1991, p. 301
  9.  Citado por LAMAS, 2004, p. 318
  10.  FERRARI, 1991, pp. 303-304
  11. ↑ Ir para:a b LAMAS, 2004, p. 320
  12. ↑ Ir para:a b c LAMAS, 2004, p. 322

Bibliografia

  • BRITO, Lauro Gurgel de; GÓIS, Veruska Sayonara de. A cidade de natal e o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).In: Revista Constituição e Garantia de Direitos. V. 2, n. 001, 2008. Natal: Programa de Pós Graduação em Direito, UFRN. Disponível em: <http://periodicos.ufrn.br/constituicaoegarantiadedireitos/article/view/4277>
  • FERRARI, Celson. Planejamento municipal integrado. 7. ed. São Paulo: Pioneira, 1991.
  • LAMAS, José M. Ressano Garcia. Morfologia urbana e desenvolvimento da cidade. 3. ed. Porto: Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação para a Ciência e a Tecnologia, 2004.

Ligações externas

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