Máximo, o Confessor
São Máximo | |
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São Máximo No mosteiro de Mosteiro Novo, em Quios | |
Monge, Confessor e Teólogo | |
Nascimento | Constantinopla ou na Palestina c. 580 |
Morte | no exílio, em Tsageri[1], Geórgia 13 de agosto de 662 |
Veneração por | Igreja Católica Igreja Ortodoxa Igreja Anglicana Igreja Luterana |
Festa litúrgica | 13 de agosto (no calendário gregoriano) 21 de janeiro ou 13 de agosto (no calendário juliano)[2] |
Portal dos Santos |
Máximo, o Confessor (em grego: Μάξιμος ο Ομολογητής; latim: Maximus Confessor; 580 - Tsageri, 13 de agosto de 662), também conhecido como Máximo, o Teólogo e Máximo de Constantinopla, foi um monge e teólogo cristão. No início de sua vida foi servidor civil e ajudante do imperador bizantino Heráclio, porém desistiu da vida política para se dedicar ao monasticismo. É considerado um dos Pais da Igreja, grega (Oriental)[3] e cristã.[4]
Após se mudar para Cartago, Máximo estudou diversos autores neoplatônicos e se tornou também um proeminente autor. Quando um de seus amigos começou a desposar o ponto de vista cristológico conhecido como monotelismo, Máximo foi arrastado para a controvérsia, na qual apoiava a posição calcedoniana de que Jesus tinha tanto a vontade humana quanto a divina. Máximo é venerado tanto pela Igreja Ortodoxa quanto pela Igreja Católica Romana. Seus pontos de vista cristológicos o levaram a ser torturado e exilado. Sua morte ocorreu logo em seguida. O seu título de "Confessor" significa que ele sofreu pela fé cristã, mas não chegou ao martírio. Acredita-se que sua Vida da Virgem seja a mais antiga biografia completa de Maria.
Biografia
Primeiros anos
Muito pouco se sabe sobre os detalhes da vida de Máximo antes de seu envolvimento nos conflitos políticos e teológicos da controvérsia monotelita.[nota a]
Máximo nasceu provavelmente em Constantinopla, ainda que uma biografia escrita por seus oponentes maronitas afirme que nasceu na Palestina.[5] Sua posição como secretário pessoal de Heráclio é um forte indício de que ele tenha nascido na nobreza bizantina.[6][7] Por razões desconhecidas, Máximo deixou a vida pública e fez os votos monásticos no mosteiro de Filípico, em Crisópolis, uma cidade do outro lado do Bósforo a partir de Constantinopla (e depois conhecida como Scutari - atualmente a moderna cidade turca de Üsküdar). Máximo foi elevado à posição de abade do mosteiro.[7]
Quando o Império Sassânida conquistou a Anatólia, Máximo foi forçado a fugir para um outro mosteiro, nas redondezas de Cartago. Foi lá que ficou, sob a tutela de São Sofrônio, e começou a estudar as obras cristológicas de Gregório de Nazianzo e Dionísio Areopagita. Também foi durante sua estadia em Cartago que Máximo começou a sua carreira de teólogo e escritor espiritual.[5] Máximo era tido na mais alta estima pelo exarca e pela população, um homem santo, se tornando de maneira ostensiva um influente conselheiro não-oficial sobre assuntos políticos, e líder espiritual no norte da África.
Envolvimento na controvérsia monotelita
Enquanto Máximo estava em Cartago, uma controvérsia explodiu sobre o entendimento da interação entre as naturezas humana e divina dentro da pessoa de Jesus. Este debate cristológico foi o desfecho das desavenças que já vinham desde o primeiro concílio de Niceia, em 325, e que se intensificaram após o concílio de Calcedônia, em 451. A posição monotelita foi desenvolvida como uma solução de compromisso, para apaziguar os que tiveram os seus pontos de vista cristológicos declarados heréticos em Calcedônia (principalmente os monofisistas). Os monotelitas aderiram ao credo calcedoniano da união hipostática: duas naturezas, uma divina e outra humana, unidas na pessoa de Cristo. Porém, eles afirmavam que Cristo tinha apenas uma vontade, a divina, e nenhuma humana. O termo monotelita deriva da expressão grega para "uma vontade".[8]
A posição monotelita foi promulgada pelo Patriarca de Constantinopla Sérgio I e pelo amigo e sucessor de Máximo como abade em Crisópolis, o Patriarca Pirro na chamada Ecthesis.[9] Após a morte de Sérgio, em 638, Pirro sucedeu-o como Patriarca, mas foi logo deposto por questões políticas. Durante o exílio de Pirro da capital imperial, Máximo e ele tiveram um debate público sobre o monotelismo. Neste debate, que foi realizado na presença de diversos bispos do norte da África, Máximo argumentou que Jesus possuía tanto a vontade divina quanto a humana. O resultado foi que Pirro admitiu o erro da posição monotelita e seguiu para Roma com Máximo em 645.[10] Porém, com a morte do imperador Heráclio e a ascensão de Constante II, Pirro retornou para Constantinopla e abjurou sua aceitação da posição "diotelita".[11]
Máximo pode ter permanecido em Roma, pois ele estava presente quando o recém-eleito Papa Martinho I convocou o Concílio de Latrão na Basílica de São João de Latrão.[12] Os 105 bispos presentes condenaram o monotelismo nos atos oficiais do sínodo, que alguns acreditam terem sido escritos pelo próprio Máximo.[13] Foi em Roma que Martinho e Máximo foram presos em 653 por ordem do imperador Constante II, que apoiava a doutrina monotelita. O Papa Martinho foi condenado sem julgamento e morreu antes que pudesse ser enviado para Constantinopla.[14]
Julgamento e exílio
A recusa de Máximo em aceitar o monotelismo fez com que ele fosse levado à capital imperial para ser julgado como um herético em 656. Em Constantinopla, a posição monotelita tinha ganho as graças tanto do imperador quanto do Patriarca de Constantinopla. Máximo permaneceu firme na defesa da posição diotelita e foi enviado para o exílio na Trácia por mais quatro anos. Seu discípulo, Anastácio foi enviado para Mesembria.[2] Enquanto estava no exílio, Máximo recebeu visitas de diversos bispos, que tentavam de toda forma persuadi-lo a mudar de opinião.[2] Numa destas visitas, ele travou o seguinte diálogo:
“ | O bispo bizantino, sem corar, afirmou: "O sínodo [em Latrão (649)] é inválido, pois ele foi realizado sem a autorização do imperador!". A resposta de Máximo foi: "Se não é a pia fé e sim a ordem do imperador que valida sínodos, deixo-os então aceitarem os sínodos que foram realizados contra o Homoousion em Tiro, Antioquia, Concílio de Selêucia e o Concílio de Ladrões em Éfeso!"[2] | ” |
A teimosia de Máximo em se manter fiel ao dogma ortodoxo fez então com que suas roupas e seu dinheiro fossem retirados, e ele foi novamente exilado, para ainda mais longe.[2]
Em 662, Máximo e seus discípulos (ambos chamados Anastácio) foram levados a julgamento novamente e anatemizados, juntamente com outros defensores do diotelismo, como o Martinho I e São Sofrônio. A corte ordenou ao prefeito que eles fossem surrados, tivessem suas línguas arrancadas - para que não pudesse mais falar de sua rebelião - e as mãos direitas cortadas para que não pudessem mais escrever suas cartas.[2][13] Máximo foi então exilado para a Lázica ou a Cólquida, na região onde hoje está a Geórgia e confinado na fortaleza de Schemarum, possivelmente Muris-Tsikhe, perto da cidade turca de Tsageri.[15] Ele morreu logo depois, em 13 de agosto de 662.[16] O abade Anastácio morreu um mês antes e Anastácio, o Apocrisiário, em 666. Ele escreveu sobre os sofrimentos durante a longa viagem à Cólquida.[2] Os eventos do julgamento de Máximo foram registrados por Anastácio Bibliotecário.[2]
Legado
Juntamente com o Papa Martinho I, Máximo foi vingado pelo terceiro concílio de Constantinopla (o sexto concílio ecumênico, 680 - 681), que declarou que Cristo possuía tanto a vontade divina quanto a humana. Com esta declaração, o monotelismo se tornou uma heresia e Máximo foi postumamente declarado inocente de todas as acusações contra ele.[2]
Máximo está listado entre os cristãos que foram venerados como santos logo após a sua morte. A justificação da posição teológica de Máximo o tornou muito popular na geração seguinte à sua morte, e a sua causa foi ajudada ainda pelos relatos de milagres em seu túmulo.[17] Na Igreja Católica, a veneração de Máximo começou antes da fundação da Congregação para as Causas dos Santos.[2]
Teologia
Como um estudante de Pseudo-Dionísio, Máximo foi um dos muitos teólogos cristãos que preservaram e interpretaram a filosofia neoplatônica anterior, incluindo o pensamento de figuras como Plotino e Proclo. A obra de Máximo sobre Pseudo-Dionísio, o Areopagita, foi continuada por João Escoto Erígena a pedido de Carlos, o Calvo.[2] A influência platônica no pensamento de Máximo pode ser percebida mais claramente em sua antropologia teológica. Nela, Máximo adotou o modelo platônico de entrada-retorno (exitus-reditus), ensinando que a humanidade foi feita à imagem de Deus e o propósito da salvação é restaurar esta unidade com Deus.[18] Esta ênfase na deificação ou theosis ajudou a assegurar o lugar de Máximo na teologia oriental, onde estes conceitos sempre tiveram muita importância.[19]
Cristologicamente, Máximo insistia num estrito diofisismo, o que pode ser percebido como um corolário de sua ênfase na theosis. Em termos de soteriologia (estudo da salvação), a humanidade está destinada, incondicionalmente, a se unir completamente com Deus.[20] Isto seria possível para Máximo por que Deus já teria se unido completamente à humanidade na encarnação de Jesus.[2] Se Cristo não fosse totalmente humano (se, por exemplo, ele tivesse apenas a vontade divina), então a salvação não seria mais possível, pois a humanidade nunca conseguiria ser completamente divina.[21]
Sobre a salvação, Máximo já foi descrito como tendo acreditado na apocatástase, a ideia de que todas as almas humanas irão eventualmente ser salvas, como Orígenes e Gregório de Níssa.[22] Porém, ainda que esta alegação já tenha sido contestada também por outros,[23] alguns argumentam que Máximo compartilhava esta crença na reconciliação universal com os seus estudantes mais maduros espiritualmente.[24]
Recepção
Além da obra de um outro universalista, Escoto, na Irlanda, Máximo foi quase totalmente esquecido pelos teólogos do ocidente até anos recentes.[25] A situação é bem diferente na Igreja Ortodoxa e nas Igrejas católicas orientais, onde Máximo sempre foi muito influente. Os teólogos orientais Simão, o Novo Teólogo e Gregório Palamas são tidos como herdeiros intelectuais de Máximo. Além disso, um grande número de obras de Máximo estão incluídas na Filocalia grega - uma coleção das mais influentes obras de escritores cristãos em grego.[26]
Obras
As obras conhecidas de Máximo são:[2]
- Questões para Talássio – uma longa exposição sobre vários textos das escrituras.
- Escólia – comentário sobre as obras anteriores de Pseudo-Dionísio.
- Ambígua – Uma exploração das passagens mais difíceis na obra de Pseudo-Dionísio e de Gregório de Nazianzo, focando-se em questões cristológicas. Esta obra foi posteriormente traduzida por Erígena.
- Mistagogia – Um comentário e uma meditação sobre a liturgia da Eucaristia.
- Comentário sobre o salmo 59.
- Comentário sobre o Pai Nosso.
- Séculos de amor e Séculos de Teologia - máximas sobre o jeito cristão apropriado de viver, agrupadas em grupos de cem.
- A vida asceta – uma discussão sobre a regra monástica de vida.
- Hinos
- Vida da Virgem - a mais antiga biografia completa de Maria, a mãe de Jesus.[27]
Excertos
O pensamento de Máximo é considerado como o sintetizador da teologia oriental; expresso em cartas, discursos, debates e rascunhos, muitas vezes é tido por obscuro e com enigmas, centrado ontologicamente sobretudo na sua visão da Encarnação.[4] Alguns exemplos do pensamento de São Máximo:
Sobre Maria
- O nascimento e a adolescência daquela que concebeu e deu à luz - evento impensável, incompreensível, inefável! - ao Filho de Deus, o Verbo, Rei e Deus do Universo, já haviam sido mais maravilhosos que tudo o que se pode ver na natureza. Desde então, todos os dias de sua inteira existência, mostrou um estilo de vida superior à natureza [...] Logo, no caminho de sua fatigosa tarefa, sofreu e suportou muitas tribulações, provas, aflições e lamentos durante a Crucifixão do Senhor, alcançando uma completa vitória e obtendo coroas de triunfo, até ao ponto de ser constituída a Rainha de todas as criaturas. (in: Vida da Virgem, nª95-99[3])
Sobre Jesus
- O Verbo de Deus nasceu uma vez para todos segundo a carne. Mas, por causa do seu amor pelos homens, Ele deseja nascer sem cessar pelo espírito para todos os que o desejam; Ele faz-se criança e forma-se neles ao mesmo tempo que as virtudes; manifesta-se na medida de que sabe ser capaz aquele que o recebe. Agindo desta forma, já não é por ciúme que atenua o brilho da sua própria grandeza, mas porque afere e mede a capacidade daqueles que desejam vê-Lo. Assim, o Verbo de Deus revela-se-nos sempre da maneira que nos convém e contudo permanece invisível para todos, por causa da imensidade do Seu mistério. Por isso, o Apóstolo por excelência, considerando a força deste mistério, diz com sabedoria: «Jesus Cristo é sempre o mesmo ontem e hoje e por toda a Eternidade» (Heb 13,8); Ele contemplava este mistério sempre novo que a inteligência nunca acabará de sondar... Só a fé consegue apreender este mistério, ela que está no fundo de tudo aquilo que ultrapassa a inteligência e desafia a expressão. (in: "Não é Ele o filho do carpinteiro?". Capita theologica[3])
Da encarnação do Cristo
- Assim, quando quis dar a todos os homens um remédio saudável, não se serviu, como seus ajudantes, dos Anjos e Arcanjos, nem do céu emanou uma voz sonora e adequada a todos os homens, e sim que do útero de uma virgem se construiu um habitáculo humano e dali saiu fora, visto como um homem e adorado como Deus, gerado da substância do Pai, antes do princípio dos séculos, e tomando da virgem o elemento visível, sendo ao mesmo tempo novo e eterno. (in: "Razão da Encarnação: não deixar o que o homem fosse assediado pelo pecado e entregue à morte", Epístola 11: PG 91, 454-455 - Teodoreto, Cura das enfermidades dos pagãos.[3])
Notas
- [nota a] ^ O relato a seguir foi baseado numa longa biografia do século X catalogada como BHG 1234 e impressa por Migne na Patrologia Grega (90, 68A1-109B9). Em anos recentes, porém, este relato tem sido questionado com base em novas pesquisas acadêmicas. O autor, ou melhor, compilador da BHG 1234 acabou se mostrando um reutilizador de material biográfico de Teodoro, o Estudita (BHG 1755) para preencher as lacunas nas informações que ele tinha sobre Máximo [28]. A informação que o compilador de fato tinha, ele buscou de obras ("paixões") que existiam na sua época e que nada diziam sobre os primeiros anos de Máximo[29]. Com base sobretudo na análise de evidências internas aos textos de Máximo, C. Boudignon defende de forma convincente o nascimento de Máximo na Palestina[30]. Se isto for verdade, a informação confirma o valor da biografia maronita, mesmo que ela seja claramente contra Máximo.
Referências
- ↑ «São Máximo confirmado na tumba em Tsageri» (em georgiano). News.ge. Consultado em 30 de março de 2011
- ↑ ab c d e f g h i j k l m "St. Maximus of Constantinople" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
- ↑ ab c d Igreja Grega do Brasil. «São Máximo, o Confessor». Ecclesia.com
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- ↑ F.L. Cross, ed. (1958). Oxford Dictionary of the Christian Church. Maximos, St., Confessor (em inglês). London: Oxford Press. ISBN 0-19-211522-7.
- ↑ ab "St. Maximus of Constantinople" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público. "Este grande homem era de uma família nobre de Constantinopla".
- ↑ "Monothelitism and Monothelites" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
- ↑ "St. Maximus of Constantinople" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.: "A primeira ação de São Máximo que sabemos nesta controvérsia foi uma carta enviada por ele para Pirro, então abade em Crisópolis..."
- ↑ SCHAFF, Philip. History of the Christian Church. Mediaeval Christianity. A.D. 590-1073 (em inglês). IV. [S.l.: s.n.] Consultado em 26 de março de 2011
- ↑ Richard Barrie Dobson (ed.). Encyclopedia of the Middle Ages. Pyrrhus I of Constantinople (em inglês). 2. [S.l.: s.n.]
- ↑ Jerald Brauer, ed. (1971). The Westminster Dictionary of Church History. Maximus the Confessor (em inglês). Philadelphia: Westminster Press. ISBN 0-664-21285-9. Este concílio é geralmente conhecido como "Primeiro" ou "Segundo" Concílio de Latrão, e não é reconhecido como um Concílio Ecumênico, não devendo portanto ser confundido com ele.
- ↑ ab Por exemplo, Berthold, Gerald (1997). Encyclopedia of Early Christianity. Maximus Confessor (em inglês). New York: Garland. ISBN 0-8153-1663-1
- ↑ Farmer, David Hughes (1987). The Oxford Dictionary of the Saints (em inglês). Oxford: Oxford University Press. 288 páginas. ISBN 0-19-869149-1. Isto fez dele o último bispo de Roma a ser venerado como um mártir.
- ↑ Berthold, George C. (1985). Maximus Confessor: Selected Writings (em inglês). [S.l.]: Paulist Press. 31 páginas. ISBN 0-8091-2659-1
- ↑ Por exemplo, veja «São Máximo» (em inglês). Catholic Forum. Consultado em 26 de março de 2011. Arquivado do original em 25 de junho de 2007. Os ferimentos que ele sofreu em sua tortura e as condições em que ele foi exilado contribuíram muito para a sua morte, o que faz com que ele seja venerado como mártir por muitos.
- ↑ Por exemplo, da biografia providenciada pela Orthodox Church in America: "Três velas apareceram sobre o túmulo de São Máximo e queimaram milagrosamente. Isto foi um sinal de que São Máximo era um bastião da ortodoxia durante a sua vida e continua a servir de exemplo de virtude para todos. Muitas curas já ocorreram em seu túmulo."
- ↑ Cross, F. L., ed. (1958). The Oxford Dictionary of the Christian Church. Maximos, St., Confessor (em inglês). London: Oxford University Press. ISBN 0-19-211522-7. É especialmente notável na mistagogia e na ambigua de Máximo.
- ↑ O'Carroll,, Michael (1987). Trinitas: A Theological Encyclopedia of the Holy Trinity. Maximus the Confessor (em inglês). Delaware: Michael Glazier, Inc. ISBN 0-8146-5595-5
- ↑ Bishop Artemije Radosavljević (1975). Why Did God Become Man? The Unconditionality of the Divine Incarnation. Deification as the End and Fulfillment of Salvation According to St. Maximos the Confessor (PDF) (em inglês). Athens: The mystery of salvation according to St. Maximos the Confessor. pp. 180–196
- ↑ Cross, F. L., ed. (1958). The Oxford Dictionary of the Christian Church. Maximos, St., Confessor (em inglês). London: Oxford University Press. ISBN 0-19-211522-7
- ↑ Por exemplo, «Apokatastasis» (em inglês). Theandros: An Online Journal of Orthodox Christian Theology and Philosophy. Consultado em 26 de março de 2011. Arquivado do original em 20 de junho de 2006 e "Apocatastasis" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
- ↑ von Balthasar, Hans Urs (2003). Cosmic Liturgy: The Universe According to Maximus the Confessor (em inglês). [S.l.]: Ignatius Press. pp. 355–356. ISBN 0-89870-758-7
- ↑ John C. Médaille. «The Daring Hope of Hans Urs Von Balthasar» (em inglês). Consultado em 26 de março de 2011. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007
- ↑ O "The Oxford Dictionary of the Saints" (de David Hugh Farmer), que não tem um verbete sobre Máximo, é um excelente exemplo de como os teólogos ocidentais estão redescobrindo Máximo. Veja também O'Carroll,, Michael (1987). Trinitas: A Theological Encyclopedia of the Holy Trinity. Maximus the Confessor (em inglês). Delaware: Michael Glazier, Inc. ISBN 0-8146-5595-5; O'Carroll chama Hans Urs von Balthasar de um "pioneiro" nesta redescoberta.
- ↑ Palmer, G. E. H.; Ware, Kallistos; Allyne Smith; Sherrard, Philip (2006). The Philokalia: The Eastern Christian Spiritual Texts—selections Annotated & Explained (SkyLight Illuminations). [S.l.]: Skylight Paths Publishing. pp. vii–xiv. ISBN 1-59473-103-9. Consultado em 30 de março de 2011
- ↑ Sally Cuneen (4 de dezembro de 2009). «Maximus's Mary». Commonweal Magazine (em inglês)
- ↑ Lackner, W. (1967). «Zu Quellen und Datierung der Maximosvita (BHG3 1234)». Analecta Bollandiana (em alemão) (85): 285-316
- ↑ Roosen, B. (2010). «Maximi Confessoris Vitae et Passiones Graecae. The Development of a Hagiographic Dossier». Byzantion (80)
- ↑ Boudignon, C. (2004). B. Janssens – B. Roosen – P. Van Deun, Philomathestatos., ed. Maxime le Confesseur était-il constantinopolitain?. Studies in Greek and Byzantine Texts Presented to Jacques Noret for his Sixty-Fifth Birthday [= Orientalia Lovaniensia Analecta 137]. Leuven – Paris – Dudley, MA: [s.n.] pp. 11–43 e Boudignon, C. (2007). A. Camplani - G. Filoramo, ed. «Le pouvoir de l'anathème ou Maxime le Confesseur et les moines palestiniens du VIIe siècle. Foundations of Power and Conflicts of Authority in Late-Antique Monasticism.». Leuven - Paris - Dudley, MA. Proceedings of the International Seminar in Turin, December 2–4, 2004: 245-274
Ligações externas
- Migne (ed.). Patrologia Graeca 🔗. Opera Omnia (em grego). [S.l.: s.n.] - com índices analíticos
Bibliografia
Coleções sobre as obras de Máximo
| Sobre a teologia de Máximo
|
- Mortos em 662
- Teólogos da Turquia
- Monotelismo
- Filósofos cristãos
- Santos da Turquia
- Terceiro Concílio de Constantinopla
- Santos do Império Bizantino do século VI
- Santos do Império Bizantino do século VII
- Teólogos do Império Bizantino do século VI
- Teólogos do Império Bizantino do século VII
- Filósofos do Império Bizantino do século VI
- Filósofos do Império Bizantino do século VII
- Monges do Império Bizantino do século VI
Máximo de Turim
São Máximo de Turim | |
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São Máximo de Turim. Codice della Catena. | |
Mártir | |
Nascimento | Récia ? |
Morte | Entre 408 e 423 |
Veneração por | Igreja Católica; Igreja Ortodoxa |
Festa litúrgica | 25 de junho |
Atribuições | vestes bispo apontando para uma corça |
Padroeiro | Turim |
Portal dos Santos |
Máximo de Turim (em latim: Maximus Taurinensis) foi um bispo e escritor de teologia e é considerado santo e mártir pela Igreja Católica.
É o primeiro bispo que se tem memoria em Turim, considerado o fundador da sua diocese, erigida pela iniciativa de santo Ambrósio e de santo Eusébio de Vercelli, de quem o próprio São Máximo se declarava discípulo[1]. Foi sucedido por São Vítor de Turim.
Biografia
Seu nome consta do martirológio romano no dia 25 de junho e a cidade de Turim o considera seu santo padroeiro.
Do seu grande empenho apostólico dão testemunho os numerosos sermões e homilias, escritos com estilo claro e persuasivo. Num deles ele exorta com firmeza seus fiéis, amedrontados pela aproximação do exército dos bárbaros a empunhar as armas do “jejum, da oração e da misericórdia” e aos medrosos que se apressavam a fugir da cidade diz: “É injusto e ímpio o filho que abandona a mãe no perigo. A Pátria é sempre uma doce mãe"[1].
Uma hagiografia sua, pouco confiável, foi escrita depois do século XI. Ela afirma que um clérigo um dia seguiu São Máximo com más intenções até uma capela afastada onde ele gostava de se retirar para rezar. O clérigo subitamente ficou com tanta sede que pediu ajuda a Máximo. Uma corça apareceu e o santo a fez parar para que o clérigo pudesse tomar de seu leite. Esta lenda explica o fato de o santo, por vezes, ser representado na arte apontando para uma corça.
Referências
Ligações externas
- «Enciclopédia Católica - dados biográficos» (em espanhol)
- "St. Maximus of Turin" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
Máximo III de Jerusalém
São Máximo de Jerusalém | |
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Bispo de Jerusalém; Confessor | |
Nascimento | ? ? |
Morte | ? c. 348 d.C. |
Veneração por | Igreja Católica |
Festa litúrgica | 5 de maio (ocidente) 9 de maio (oriente) |
Portal dos Santos |
Máximo III de Jerusalém foi um santo e bispo de Jerusalém entre aproximadamente 333 d.C. até a sua morte, em 348 d.C. Ele foi o terceiro bispo da cidade com este nome, os anteriores sendo personagens muito mais obscuros, com episcopados no século II.[1]
Vida e obras
Durante uma das perseguições em seu tempo, ele foi torturado e, por isso, se tornou confessor,[2] emboras as fontes modernas não concordem sobre se isto aconteceu durante o imperador romano Galério Maximiano ou durante o reinado dos co-imperadores Diocleciano e Maximiano. Ele era um padre em Jerusalém e, diz Sozomeno,[3] era tão popular entre o povo por conta de seu bom caráter e por ser um confessor que quando São Macário tentou apontá-lo como bispo de Lida (também conhecida como Dióspolis), a população insistiu para que le ficasse em Jerusalém. Com a morte de Macário, Máximo se tornou bispo da cidade e estava presente, em 335, no Primeiro Sínodo de Tiro, subscrevendo ali a condenação de Atanásio de Alexandria (ele alega ter sido enganado, segundo Sócrates Escolástico[4]).
Com o retorno de Atanásio do exílio, por volta de 346 d.C., Máximo convocou um sínodo local em Jerusalém, reunindo dezesseis bispos palestinos que então receberam de volta o bispo exilado. Sócrates Escolástico[5] relata que Máximo "restaurou a comunhão e o estatuto" a Atanásio, com este recebendo o apoio que precisava contra os arianos e Máximo avançando o plano dos bispos de Jerusalém de fazer com que sua sé fosse igual em status com a sé metropolitana de Cesareia Marítima (a qual era subordinada), algo que viria a acontecer em 451 d.C., no Concílio de Calcedônia.[1][6][7][8][9] Sozomeno transcreve a epístola que o concílio enviou em apoio a Atanásio.[10]
O sucessor de Máximo na sé de Jerusalém foi também um santo, São Cirilo, embora não seja claro o processo. Sozomeno[11] e Sócrates[12] dizem que Máximo foi deposto em favor de Cirilo por Acácio de Cesareia e Patrófilo de Citópolis, ambos arianos. Teodoreto não inclui esta história no seu relato, mas concorda que Máximo pretendia ter um outro sucessor. Jerônimo de Estridão diz que o sucessor pretendido de Máximo era Heráclio, a quem ele teria nomeado no leito de morte, e que Acácio e Cirilo o depuseram em favor deste.[13] Seja como for a sucessão, Cirilo e Acácio se tornariam amargos inimigos durante os próximos anos, discordando tanto na controvérsia ariana quanto nos termos de precedência de cada uma de suas sés.[1][14][15]
A Igreja Católica comemora a sua festa em 5 de maio,[16] enquanto que a Igreja Ortodoxa o faz em 9 de maio[17]
Referências
- ↑ ab c McClintock, John; Strong, James (1891). Cyclopaedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature. 5. [S.l.]: Harper & brothers. p. 919. Consultado em 10 de abril de 2009
- ↑ «10». História Eclesiástica. Concerning the Great Confessors who survived. (em inglês). II. [S.l.: s.n.]
|nome1=
sem|sobrenome1=
em Authors list (ajuda) - ↑ «20». História Eclesiástica. Concerning Maximus, who succeeded Macarius in the See of Jerusalem. (em inglês). II. [S.l.: s.n.]
|nome1=
sem|sobrenome1=
em Authors list (ajuda) - ↑ «8». História Eclesiástica. Eusebius having convened Another Synod at Antioch in Syria, causes a New Creed to be promulgated. (em inglês). II. [S.l.: s.n.]
|nome1=
sem|sobrenome1=
em Authors list (ajuda) - ↑ «24». História Eclesiástica. Athanasius, passing through Jerusalem on his Return to Alexandria, is received into Communion by Maximus: and a Synod of Bishops, convened in that City, confirms the Nicene Creed. (em inglês). II. [S.l.: s.n.]
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sem|sobrenome1=
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(ajuda) (em gr). Synaxarion.gr
Precedido por Macário I | Patriarcas de Jerusalém 333–348 | Sucedido por Cirilo I |