quarta-feira, 19 de abril de 2023

DIA DA LINGUAGEM CHINESA - 19 DE ABRIL DE 2023

Língua artificial

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Língua artificial é todo idioma construído e definido por um indivíduo ou pequeno grupo de pessoas, em vez de ter evoluído como parte da cultura de algum povo. Geralmente, as línguas artificiais têm algum objetivo. Há muitas construídas para a comunicação humana, para servirem como códigos secretos, outras como experimentos lógicos e mesmo algumas construídas apenas por prazer, constituindo assim uma língua artística.

O sinônimo linguagem planejada é usado algumas vezes para se referir às línguas auxiliares, e por aqueles que possam fazer objeção ao uso do termo mais comum, "artificial". Alguns falantes do Esperanto evitam a expressão "linguagem artificial" porque negam que exista algo "não natural" na comunicação em sua linguagem. Todavia, fora da comunidade dos falantes de Esperanto, a expressão planejamento de linguagem refere-se a medidas normativas tomadas em relação a uma linguagem natural. A esse respeito, mesmo as "linguagens naturais" podem ser submetidas a um certo montante de artificialidade e, no caso de gramáticas normativas, onde existem regras inteiramente artificiais (como no caso do split infinitive no inglês), torna-se difícil traçar uma linha divisória.

Panorâmica

Línguas artificiais são frequentemente divididas em linguagens a priori, onde boa parte da gramática e vocabulário é criada do zero (usando a imaginação do autor ou meios computacionais automáticos) e linguagens a posteriori, onde a gramática e o vocabulário derivam de uma ou mais línguas naturais.

Línguas ficcionais e experimentais também podem ser realistas, no sentido de que elas são planejadas para soar de modo natural e, se derivadas a posteriori, elas tentam seguir regras naturais de mudança fonológica, léxica e gramatical. Visto que estas linguagens não são geralmente planejadas para serem de fácil aprendizado ou comunicação, uma linguagem ficcional realista costuma ser mais difícil e complexa, não menos (porque ela tenta imitar comportamentos comuns de línguas naturais tais como verbos irregulares e substantivos, regras fonológicas complicadas, etc.).

À luz do disposto acima, a maioria das línguas artificiais pode ser dividida, grosso modo, da forma como se segue:

  • Linguagens projetadas (engelangs), outrossim subdivididas em linguagens filosóficas e linguagens lógicas (loglangs) – elaboradas com o propósito de experimentação em lógica ou filosofia;
  • linguagens auxiliares (auxlangs) – inventadas para comunicação internacional (também IALs, de International Auxiliary Language ou "Linguagem Auxiliar Internacional");
  • linguagens artísticas (artlangs) – inventadas para criar prazer estético.

As fronteiras entre estas categorias, todavia, não são de modo algum nítidas. Por exemplo, para algumas linguagens auxiliares ficcionais, e também algumas linguagens construídas, é difícil decidir se são "artísticas" ou "projetadas".

Uma linguagem artificial pode ter falantes nativos se crianças a aprenderem em tenra idade, dos pais que a aprenderam previamente. O Esperanto é citado comumente como tendo um considerável número de falantes nativos. Um membro do Instituto da Língua Klingon, d'Armond Speers, tentou criar o filho como falante nativo do klingon (bilíngue com o inglês). Evan Robertson, o criador do Mosro, ensinou a linguagem com sucesso a seus quatro filhos. Todavia, tão logo uma linguagem construída comece a ter certo número de falantes nativos, ela começa a evoluir e em consequência perde seu caráter artificial ao longo do tempo. Por exemplo, o hebraico moderno foi moldado a partir do hebraico bíblico, em vez de ser projetado do zero, e vivenciou mudanças consideráveis desde que o Estado de Israel foi fundado, em 1948.

Os proponentes de linguagens artificiais particulares frequentemente têm muitas razões para usá-las. Entre eles, a famosa e disputada Hipótese de Sapir-Whorf é frequentemente citada; ela afirma que a língua que alguém fala influencia o modo como a pessoa pensa. Assim, uma linguagem "melhor" deveria permitir ao falante atingir um nível elevado de inteligência ou abranger pontos de vista mais diversos. Uma linguagem artificial, ainda por essa hipótese, poderia também ser utilizada para restringir o pensamento, como na Novilíngua de George Orwell. Em contraste, alguns linguistas tais como Steven Pinker, argumentam que tais ideias existem na mente num formato independente da linguagem, de modo que as crianças espontaneamente reinventam a gíria e mesmo a gramática a cada geração (ver Instinto da Linguagem). Se esse argumento é verdadeiro, questiona-se se uma tentativa de controlar o alcance do pensamento humano através da linguagem obteria qualquer sucesso, posto que conceitos como "liberdade" reaparecerão em novas palavras caso as antigas desapareçam.

O padrão ISO 639-2 reserva o código de linguagem "art" para indicar línguas artificiais. Todavia, algumas línguas artificiais têm seus próprios códigos de linguagem ISO 639 (por exemplo, "eo" e "epo" para Esperanto, ou "ia" e "ina" para Interlingua).

Na mailing list ("lista postal") da CONLANG, desenvolveu-se uma comunidade de conlangers que têm seus costumes próprios, tal como a retransmissão de traduções.

Histórico

A especulação gramatical é documentada desde a Antiguidade Clássica, com o diálogo Crátilo, de Platão. Todavia, os mecanismos sugeridos de gramática foram projetados mais para explicar linguagens existentes (latimgregosânscrito), do que para construir novas gramáticas. Grosso modo contemporâneo de Platão, Panini em sua gramática descritiva do sânscrito, construiu um conjunto de regras para explicar a linguagem, de modo que seu texto pode ser considerado uma mistura de linguagem natural e artificial.

As primeiras línguas não naturais não eram nem tanto consideradas "construídas", mas "sobrenaturais" ou místicas. A Língua Ignota, registrada no século XII por Santa Hildegard de Bingen é um exemplo disto; aparentemente, é uma forma de jargão místico particular (ver linguagem dos anjos). Especulação gramática cabalística foi direcionada na tentativa de recuperar a língua original falada por Adão e Eva no Paraíso, perdida na confusão das línguas descrita na Bíblia. Um projeto medieval para uma língua ideal foi esboçado na De vulgari eloquentia de Dante Alighieri, onde ele procura por um italiano vernacular ideal, talhado para a literatura. Ars magna de Ramon Llull foi o projeto de uma língua perfeita com a qual os infiéis poderiam ser convencidos da verdade da fé cristã. Era basicamente uma aplicação de análise combinatória num conjunto dado de conceitos.

Durante a Renascença, ideias llullianas e cabalísticas foram transportados ad absurdum para um contexto mágico, resultando em aplicações criptográficas. O Manuscrito Voynich pode ser um exemplo disto. O interesse da Renascença no Egito Antigo, notavelmente a descoberta da Hieroglyphica de Horapollo, e os primeiros contatos com a Escrita chinesa direcionaram os esforços no sentido de uma língua perfeita de caracteres escritos. Johannes Trithemius, em suas obras Steganographia e Polygraphia, tentou mostrar como todas as línguas podem ser reduzidas a uma. No século XVII, o interesse em línguas mágicas foi continuado pelos Rosacrucianos e alquimistas (como John Dee). Jakob Boehme em 1623 falou de uma "linguagem natural" (Natursprache) dos sentidos. As linguagens musicais da Renascença foram vinculadas ao misticismo, magia e alquimia, algumas vezes também referenciadas como língua dos pássaros. O projeto Solresol de 1817 reinventou o conceito num contexto mais pragmático.

O século XVII também viu o surgimento de projetos para línguas "filosóficas" ou "a priori". Inaugurado por A Common Writing (1647) e The Groundwork or Foundation laid (or So Intended) for the Framing of a New Perfect Language and a Universal Common Writing (1652) de Francis LodwickGeorge Dalgarno (Ars signorum1661) e John Wilkins (Essay towards a Real Character, and a Philosophical Language1668) produziram sistemas de classificação hierárquica que se destinavam a resultar numa expressão tanto falada quanto escrita. Gottfried Leibniz com a lingua generalis em 1678 perseguiu um fim similar, visando um léxico de caracteres através do qual o usuário poderia realizar cálculos que produziriam proposições verdadeiras automaticamente, e como efeito colateral, desenvolvendo cálculo binário. Esses projetos não estavam somente ocupados com gramáticas reduzidas ou de modelagem, mas também com o arranjo de todo o conhecimento humano em "caracteres" ou hierarquias, uma ideia que com o Iluminismo acabaria por resultar na Encyclopédie.

Leibniz e os enciclopedistas perceberam que é impossível organizar o conhecimento humano de forma inequívoca num diagrama em árvore, e consequentemente construir uma língua a priori baseada em tal classificação de conceitos. Sob a entrada CharactèreD'Alembert fez uma revisão crítica dos projetos das línguas filosóficas do século anterior. A partir da Encyclopédie, os projetos para linguagens a priori passaram cada vez mais para a esfera dos lunáticos. Autores individuais, tipicamente desconhecendo a história da ideia, continuaram a propor línguas filosóficas taxonômicas até o início do século XX (por exemplo, Ro), mas as linguagens projetadas mais recentes têm tido objetivos mais modestos; algumas estão limitadas a um campo específico, como formalismo matemático ou cálculo (por exemplo, Lincos e outras linguagens de programação), outras são projetadas para eliminar ambiguidade sintática (por exemplo, Loglan e Lojban) ou maximizar a concisão (por exemplo, Ithkuil ou Ygyde). Já na Encyclopédie, a atenção começou a focar-se nas línguas auxiliares a posterioriJoachim Faiguet, no artigo Langue, também escreveu uma curta proposição de uma gramática "lacônica" ou regularizada do francês.

Durante o século XIX, uma desconcertante variedade de tais "Línguas Auxiliares Internacionais" (IALs, na sigla em inglês) foi proposta, de modo que Louis Couturat e Leopold Leau na Historire de la langue universelle (1903) puderam resenhar 38 projetos. Dentre esses, o primeiro a provocar um impacto internacional foi o Volapük, proposto em 1879 por Johann Martin Schleyer e, no espaço de uma década, 283 clubes "Volapükist" foram organizados ao redor do mundo. Todavia, essa língua pelo seu próprio sucesso, perdeu sua unidade e após poucos anos caiu na obscuridade, abrindo caminho para o Esperanto, proposto em 1887 por Ludwik Lejzer Zamenhof, a mais bem sucedida IAL até a presente data. Loglan (1955) e suas descendentes constituem um retorno pragmático aos objetivos das línguas a priori, temperada pela exigência de usabilidade de uma língua auxiliar.

Línguas artísticas, construídas para divertimento literário ou com razões estéticas sem quaisquer reivindicações de utilidade, começaram a aparecer no início da literatura moderna (nos contextos de Pantagruel e da Utopia), mas somente ganham notabilidade como projetos sérios a partir do século XXA Princess of Mars, de Edgar Rice Burroughs, foi possivelmente a primeira obra de ficção do século XX a caracterizar uma língua construída. J. R. R. Tolkien foi o primeiro a desenvolver uma família de línguas ficcionais relacionadas e foi o primeiro acadêmico a discutir publicamente línguas artísticas, admitindo que isso era A Secret Vice ("um vício secreto") seu num congresso de Esperanto em 1930. Quanto à Novilíngua de George Orwell, deveria ser encarada como uma paródia de uma IAL em vez de uma língua artística apropriada).

Na virada do século XXI, tornou-se comum em obras de ficção científica e fantasia passadas em outros mundos, a apresentação de línguas artificiais, e estas tomam parte regular em filmes e séries do gênero, incluindo Star WarsStar TrekStargate SG-1 e Atlantis: The Lost Empire, Star wars e Game of Thrones.

Línguas construídas colaborativas

A maioria das línguas construídas tem sido criadas por uma única pessoa. Umas poucas, todavia, têm sido desenvolvidas por um grupo, e isso tem se tornado aparentemente mais comum em anos recentes, à medida que os projetistas de línguas artificiais começaram a usar ferramentas da Internet para coordenar os esforços do projeto. A NGL/Tokcir foi um projeto colaborativo inicial de língua construída pela Internet, cujos projetistas utilizavam uma mailing list para discutir e votar sobre questões de planejamento gramático e léxico. Mais recentemente, o Projeto IAL Demos está desenvolvendo uma língua auxiliar com métodos cooperativos similares.

Várias línguas artísticas têm sido desenvolvidas em diferentes wikis de línguas artificiais, geralmente envolvendo discussão e votação sobre fonologia, regras gramaticais e assim por diante. Uma interessante variação é a abordagem do corpo de escritos, exemplificada pelo Madjal e mais recentemente pelo Kalusa, onde os contribuintes simplesmente lêem o corpo de frases existentes e acrescentam novas palavras e estruturas. O motor do Kalusa acrescenta a capacidade dos visitantes em classificar as frases como aceitáveis ou inaceitáveis. Não há declaração explícita de regras gramaticais ou definição explícita de palavras nesta abordagem de corpo; o significado das palavras é inferido do seu uso em várias frases do corpo, talvez de formas diferentes por leitores diferentes e contribuintes, e as regras gramaticais podem ser inferidas das estruturas e frases que têm sido classificadas em nível superior pelos contribuintes e outros visitantes.

Lista de línguas artificiais

Línguas auxiliares internacionais

Mais faladas

Menos faladas

Línguas auxiliares zonais

Línguas controladas

Línguas projetadas

Línguas visuais/de sinais

Línguas litúrgicas

Línguas artísticas na ficção

Fantasia

Ficção científica

Ver também

Referências

Ligações externas

ERNESTO DE MELO E CASTRO - ENGENHEIRO - NASCEU EM 1932 - 19 DE ABRIL DE 2023

 

E. M. de Melo e Castro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
E. M. de Melo e Castro
Nome completoErnesto Manuel Geraldes de Melo e Castro
Nascimento1932
CovilhãPortugal
Morte29 de agosto de 2020 (88 anos)
São PauloBrasil
Nacionalidadeportuguês
CônjugePrimeira mulher Maria Alberta Menéres, depois casado com Elza Miné
OcupaçãoEngenheiropoetaensaístaescritorartista plástico
PrémiosGrande Prémio de Poesia Inaset – Inapa (1990);

Prémio Jacinto do Prado Coelho (1995)[1]

Magnum opusIdeogramas (1962)

E. M. de Melo e Castro, nome literário de Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro ComIH (Covilhã1932 - São Paulo29 de agosto de 2020), foi um engenheiropoetaensaístaescritor e artista plástico português.

Figura multifacetada, autor de uma obra caracterizada pela construção de experiências com vários materiais e vários média, a ação de E. M. de Melo e Castro foi particularmente marcante na emergência da poesia experimental em Portugal.

Biografia

Filho de Ernesto de Campos Melo e Castro (Covilhã, 1896 — Covilhã, 1973), director da Escola Industrial e Comercial Campos Melo[2], neto materno do 1.° Visconde da Coriscada e Comendador da Ordem da Instrução Pública a 1 de Agosto de 1955, e de sua mulher e duas vezes prima Maria Gonzaga de Campos e Melo Geraldes.

Foi casado com a escritora Maria Alberta Menéres e pai da cantora Eugénia Melo e Castro.

Licenciatura em Engenharia Têxtil pela Universidade de Bradford (1956); Doutoramento em Letras pela Universidade de São Paulo (1998). Foi professor no Instituto Superior de Arte, Design e Marketing (IADE) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.

Destacou-se como um dos pioneiros da Poesia Visual (concreta) em Portugal. Ideogramas[3] data de 1962 e reúne 29 poemas concretos, publicados sem qualquer introdução ou nota explicativa; este livro é considerado um marco fundador da Poesia Concreta e do Experimentalismo em Portugal. Participou no primeiro e foi um dos organizadores do segundo número da revista Poesia Experimental, em 1964 e 1966, respetivamente (Ver: Poesia Experimental Portuguesa). Entre as diversas antologias e suplementos em que colaborou, assinale-se a organização de Hidra 2[4] (1969) e Operação 1[5] (1967).[6][7]. Também colaborou revista Arte Opinião [8] (1978-1982).

A prática poética de Melo e Castro "tem sido acompanhada por uma teorização sistemática sobre a linguagem e as tecnologias de comunicação. Na sua extensa obra cruzam-se múltiplas práticas e formas experimentais: a explosão grafémica e gráfica que combina a fragmentação da palavra com a espacialização da escrita alfabética e do desenho geométrico; o poema-objeto tridimensional e a instalação; a recombinação intermédia de escrita, som e imagem em movimento; a performance que inscreve a presença corporal, vocal e gestual do autor nas práticas sociais e técnicas de comunicação; a teorização do poema como dispositivo de crítica do discurso no universo saturado dos média". Figura marcante no contexto artístico português dos anos de 1960 e 1970, nas décadas que se seguiram dedicou-se a investigar e a espelhar no seu trabalho as relações entre a arte e o desenvolvimento tecnológico. Foi autor de um conjunto de obras pioneiras na utilização do vídeo e do computador na produção literária, que constituem uma "síntese da consciência autorreflexiva da ciência e da arte contemporânea" (na Universidade Aberta, nomeadamente, desenvolveu entre 1985 e 1989 um projeto de criação de videopoesia denominado Signagens).[7]

A sua prolífica atividade artística foi apresentada em numerosas exposições coletivas, em Portugal e no estrangeiro (entre as quais a histórica Alternativa Zero, 1977); realizou diversas exposições individuais (Galeria 111, Lisboa, 1965; Galeria Buchholz, 1974; Galeria Quadrum, 1978; etc.), espetáculos e happenings (Galeria Divulgação, 1975; Centro de Arte ModernaFundação Calouste Gulbenkian, 1985; etc.). Na sua atividade enquanto poeta e crítico publicou dezenas de livros (entre os quais a Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, 1959, em colaboração com Maria Alberta Menéres).[9]

Em 2006, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves apresentou O Caminho do Leve, uma grande exposição retrospetiva da sua obra; da poesia concreta e experimental à infopoesia, passando pela videopoesia, sem esquecer a criação de imagens fractais, a mostra reuniu uma seleção de obras representativas de quase cinco décadas de trabalho. Em Coimbra, na sua exposição Do Leve à Luz (integrada no ciclo Nas Escritas PO.EX, 2012), apresentou 14 novos Videopoemas. [7][10]

A 10 de junho de 2017, foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[11]

Morreu na noite de 29 de agosto de 2020, aos 88 anos, em São Paulo.[12]

Transgressão

"[...] para mim, trabalhar o verso, trabalhar a prosa, trabalhar o signo não verbal, quer com meios gráficos convencionais ou com meios tecnológicos avançados, faz parte de um processo total que eu chamo poiésis, isto é, a produção do artefato, a produção do objeto, mas do objeto novo, evidentemente. E é justamente nesta inovação, ou nos aspetos transgressivos em relação às normas estabelecidas para a produção de versos, de poemas em prosa ou até mesmo de poemas visuais, é na transgressão que, para mim, se encontra o ponto crucial dessa produção". E. M. de Melo e Castro, 2001[13]

Algumas obras[7][14]

Tontura, 1962 (Ideogramas, pág. 25)

Poesia

  • Entre o Som e o Sul (1960)
  • Queda Livre (1961)
  • Mudo Mudando (1962)
  • Ideogramas (1962)
  • Objeto Poemático de Efeito Progressivo (1962)
  • Poligonia do Soneto (1963)
  • Versus-in-Versus (1968)
  • Álea e Vazio (1971)
  • Visão/Vision (1972)
  • Ciclo de Queda Livre (1973) – antologia
  • Concepto Incerto (1974)
  • Resistência das Palavras (1975)
  • Cara lh amas (1975)
  • Círculos Afins (1977) – antologia
  • As Palavras Só-Lidas (1979)
  • Re-Camões (1980)
  • Corpos Radiantes (1982)
  • Autologia: Poemas Escolhidos 1951-1982 (1983) – antologia
  • Entre o Rigor e o Excesso: um Osso (1994)
  • Finitos mais Finitos (1996)
  • Trans(a)parências – Poesia I, 1950-1990 (1990) – antologia; Grande Prémio de Poesia Inaset – Inapa, 1990
  • Enquanto Jactos e Hiatos (1994)
  • Algorritmos: Infopoemas (1998)

Ensaio

  • A Proposição 2.01 (1965)
  • O Próprio Poético (1973)
  • Dialéctica das Vanguardas (1976)
  • In-novar (1977)
  • As Vanguardas na Poesia Portuguesa do Século XX (1980)
  • PO.Ex: Textos Teóricos e Documentos da Poesia Experimental Portuguesa (1981; com Ana Hatherly)
  • Antologia de Textos Teóricos – Essa Crítica Louca (1982)
  • Literatura Portuguesa de Intervenção (1984)
  • Projeto: poesia (1984)
  • Poética dos Meios e Arte High Tech (1986)
  • Voos de Fénix Crítica (1995) – Prémio Jacinto do Prado Coelho, da Delegação Portuguesa da Associação Internacional dos Críticos Literários.

Videopoemas

  • Roda-Lume (1969, 1986)
  • Signagens (1985-1989)
  • Sonhos de Geometria (1993)
  • Navegações Fractais (2001)
  • Gerador de Universos (2005)

Publicações recentes (Brasil)

  • Antologia Efémera (2001)
  • Livro de Releituras e Poiética Contemporânea (2008)
  • Neo-Poemas-Pagãos (2010)
  • Quatro Cantos do Caos (2009)
  • O Paganismo em Fernando Pessoa (2010)
  • A Agramaticidade das Feridas do Coração (2011)
  • Poemas do É (2012)

Ver também

Referências

  1.  «Sobre E.m. de melo e castro». Consultado em 24 de julho de 2016
  2.  Na morte do poeta E. de Melo e Castro, por Manuel da Silva Ramos, Jornal do Fundão
  3.  «Ideogramas». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 24 de julho de 2016
  4.  «Hidra 2». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 24 de julho de 2016
  5.  «Operação 1». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 24 de julho de 2016[ligação inativa]
  6.  Teixeira, Claudio Alexandre de Barros – "Erotografia poética de E. M. de Melo e Castro". Via Atlântica, São Paulo, N. 27, 301-314, junho 2015
  7. ↑ Ir para:a b c d Manuel Portela. «E. M. de Melo e Castro [Biografia]». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 22 de julho de 2016
  8.  Rita Correia (16 de maio de 2019). «Ficha histórica:Arte Opinião (1978-1982)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de Maio de 2019
  9.  A.A.V.V. – III Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986.
  10.  Marcos Cruz. «Ernesto de Melo e Castro em Serralves». Diário de Notícias. Consultado em 22 de julho de 2016
  11.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Ernesto Geraldes de Melo e Castro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de fevereiro de 2018
  12.  «Morreu o poeta português Ernesto Manuel de Melo e Castro»Expresso. 30 de agosto de 2020. Consultado em 30 de agosto de 2020
  13.  Lucilo Antônio Rodrigues. «A Poesia Digital de Melo e Castro». Consultado em 25 de julho de 2016
  14.  «E. M. de Melo e Castro». Instituto Camões. Consultado em 22 de julho de 2016

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