sexta-feira, 7 de abril de 2023

JORGE COELHO - GESTOR E POLITICO PORTUGUÊS- MORREU 2021 - 7 DE ABRIL DE 2023

 


Jorge Coelho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jorge Coelho
GCIH
Jorge Coelho
GCIH
Ministro(a) de Portugal
PeríodoXIII Governo Constitucional
  • Ministro Adjunto
  • Ministro da Administração Interna
PeríodoXIV Governo Constitucional
  • Ministro do Equipamento Social
  • Ministro da Presidência
  • Ministro de Estado
Dados pessoais
Nascimento17 de julho de 1954
Viseu
Morte7 de abril de 2021 (66 anos)
Figueira da Foz
PartidoPartido Socialista

Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho GCIH (Viseu,[1] 17 de julho de 1954 – Figueira da Foz7 de abril de 2021) foi um gestor e político português.

Biografia

Nasceu às 21 horas e 30 minutos, na maternidade do Hospital de Viseu,[1] filho de Jorge Francisco Almeida Coelho, de 30 anos de MangualdeSantiago de Cassurrães, e de sua mulher Rosa Sacadura de Almeida, de MangualdeMesquitela, de 26 anos, moradores no lugar de Contenças-Gare, concelho de Mangualde. Neto paterno de Raul de Abrantes Coelho e de sua mulher Isaura de Almeida e neto materno de José Domingos de Almeida e de sua mulher Maria Elisa Sacadura.

Criado em Gare, uma pequena aldeia de Contenças, no concelho de Mangualde, estudou no Colégio de Santa Maria e São José daquela cidade. O avô paterno, Raul de Abrantes Coelho, apoiante do Estado Novo, chegou a integrar as listas da União Nacional.

Estudante de engenharia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, militou na extrema-esquerda antes e depois da revolução de 1974-1975. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, foi um dos militantes fundadores da União Democrática Popular.

Casou civilmente na 10.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa, a 22 de agosto de 1975, com Fortunata Cecília Fernandes da Silva Seixas.

Integrou o Secretariado de Apoio ao Processo Eleitoral (STAPE), que conciliou com os estudos académicos que prosseguiu em Lisboa, na licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa.

Filiou-se no Partido Socialista em 1982.

Nesse mesmo ano, foi nomeado chefe de gabinete do secretário de Estado dos Transportes do IX Governo ConstitucionalFrancisco Murteira Nabo (1983-1985).

A experiência executiva seguinte foi em Macau, onde foi chefe do gabinete do secretário de Estado Adjunto dos Assuntos Sociais, Educação e Juventude de Macau (1988-1989) e, já em funções governativas na mesma região, no cargo de secretário Adjunto para a Educação e Administração Pública (1989-1991).

Após o regresso a Portugal, foi o "homem da máquina" socialista. Muito próximo de António Guterres, teve uma participação ativa na eleição de Guterres para secretário-geral do Partido Socialista, em eleições ganhas a Jorge Sampaio. Depois, assegurou toda a estrutura que montou a campanha eleitoral vitoriosa do PS nas eleições legislativas de 1 de outubro de 1995.

Dez anos depois, o Partido Socialista regressou ao estatuto de partido maioritário na Assembleia da República e com o líder, António Guterres, a ser primeiro-ministro. Nas eleições legislativas seguintes, em 10 de outubro de 1999, o PS voltou a ganhar (com António Guterres como líder do PS e Durão Barroso como líder do PSD) com a situação insólita de alcançar 115 deputados, exatamente metade do número de deputados da Assembleia da República. Também nestas eleições, Jorge Coelho assumiu o papel de líder da organização da campanha eleitoral.

No primeiro governo liderado por António Guterres, o XIII Governo, com posse a 28 de outubro de 1995, assumiu o cargo de ministro adjunto.

Na remodelação de 25 de novembro de 1997, acumulou o cargo de ministro adjunto com o de ministro da Administração Interna.

Das iniciativas tomadas como ministro adjunto, destaca-se a criação das Lojas do Cidadão. Em conjunto com o seu secretário de Estado da Administração Pública, Fausto Correia, lança em Portugal o conceito de Loja do Cidadão, centro de atendimento de várias entidades públicas, agregando e ligando serviços num só espaço.

No XVI Governo, após as eleições legislativas de 1999, tomou posse dos cargos de ministro da Presidência e ministro do Equipamento Social (Obras Públicas).

Na remodelação de 14 de setembro de 2000, manteve o cargo de ministro do Equipamento Social e deixou o de ministro da Presidência para passar a ministro de Estado.

Na sequência da queda da Ponte Hintze Ribeiro de Entre-os-Rios, em Castelo de Paiva, a 4 de março de 2001, onde morreram 59 pessoas, pediu a demissão do governo,[2] "«assumindo a responsabilidade política» pelo acidente e que «não ficaria bem com a minha consciência se não o fizesse». A sua última decisão no cargo foi pedir um inquérito porque «a culpa não pode morrer solteira»".

Foi substituído, em 10 de março de 2001, por Eduardo Ferro Rodrigues no cargo de ministro do Equipamento Social.

Após a saída do Governo, continuou a assumir um papel central no PS e coordenou ainda a campanha eleitoral das eleições legislativas de 20 de fevereiro de 2005, em que o PS conseguiu a sua primeira maioria absoluta, e também das autárquicas de outubro de 2005.

Em novembro de 2006, renunciou ao mandato de deputado e abandonou todos os cargos partidários para se dedicar à atividade profissional.

Foi administrador da CONGETMARK, professor convidado da cadeira de Comunicação Pública e Política no Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM) e consultor. Nesse período, Exerceu apenas um cargo público, o de Conselheiro de Estado, eleito pela Assembleia da República em 2005. Em 15 de junho de 2009, após pedido feito em 2008, foi substituído no Conselho de Estado por José Gomes Canotilho.

Em 2016, fundou a Queijaria Vale da Estrela, situada em Mangualde, muito próximo de Contenças, onde cresceu. A empresa dedica-se à produção de queijo Serra da Estrela, tendo, segundo a imprensa, formalizado acordos com os grupos SONAEJerónimo Martins e El Corte Inglés, logo que esteja concluído o processo de certificação DOP (Denominação de Origem Protegida).[3]

A renúncia ao cargo de membro do Conselho de Estado, em 2008 teve lugar aquando do convite para o cargo de CEO[4] do Grupo Mota-Engil. Antes, realizou para o Grupo Mota-Engil o plano estratégico do grupo entre 2009 e 2013, designado ”Ambição 2013”.

Ao assumir este cargo, também deixou de ser comentador no programa Quadratura do Círculo, na SIC Notícias. Posteriormente, em março de 2013, voltou a ser comentador no mesmo programa e no mesmo canal. Quando este mudou de nome para Circulatura do Quadrado e de canal para a TVI24, em fevereiro de 2019, manteve-se como comentador até julho de 2020, tendo sido substituído por Ana Catarina Mendes a partir de setembro de 2020.[5]

Antes de ingressar no governo de António Guterres em 1995, segundo a declaração de rendimentos apresentada ao Tribunal Constitucional, teve um rendimento bruto de 41.233€00 e, em 2009, 3 anos após ter renunciado a todos os cargos políticos e partidários, apresentou um rendimento anual de 702.758€00.[6]

Segundo o jornal Expresso, era Membro da Maçonaria.[7]

Morreu a 7 de abril de 2021, na sequência de paragem cardíaca súbita, aquando de uma visita a uma casa na zona turística da Figueira da Foz.[8][9]

Funções governamentais exercidas

Condecorações

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Jorge Coelho - o todo-poderoso, livro de Fernando Esteves
  2.  Jorge Coelho demite-se, Guterres aceita, em TSF.com, 5 de março de 2001.
  3.  Visão
  4.  Jorge Coelho é o novo CEO da Mota-Engil, em Diário Económico.com, 14 de abril de 2008.
  5.  Ana Catarina Mendes substitui Jorge Coelho na Circulatura do Quadrado da TVI, Eco 21.08.2020
  6.  António Sérgio Azenha (Jornalismo), Carlos Paes e Jaime Figueiredo (Infografia) (13 de outubro de 2011). «Veja os rendimentos de 15 políticos portugueses antes e depois de passarem pelo Governo». Expresso. Consultado em 5 de agosto de 2013. Arquivado do original em 22 de outubro de 2013
  7.  «Mais de 80 maçons em cargos influentes, Expresso, 12 novembro 2011». Consultado em 7 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 27 de junho de 2014
  8.  Lusa (7 de abril de 2021). «Jorge Coelho morreu de doença súbita na Figueira da Foz». 7-4-2021. Consultado em 7 de abril de 2021
  9.  Público (8 de abril de 2021). «Jorge Coelho (1954-2021). O homem que nunca quis ser secretário-geral do PS». 8-4-2021. Consultado em 9 de abril de 2021
  10. ↑ Ir para:a b «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 26 de fevereiro de 2015
  11.  «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 14 de agosto de 2021
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Precedido por
Luís Marques Mendes
Ministro adjunto
XIII Governo Constitucional
1995 – 1997
Sucedido por
José Sócrates
(como Ministro Adjunto do Primeiro-ministro)
Precedido por
Alberto Costa
Ministro da Administração Interna
XIII Governo Constitucional
1997 – 1999
Sucedido por
Fernando Gomes
Precedido por
João Cravinho
(como ministro do Equipamento,
do Planeamento e da Administração do Território)
Ministro do Equipamento Social
XIV Governo Constitucional
1999 – 2001
Sucedido por
Eduardo Ferro Rodrigues
Precedido por
Cargo vago
Anterior incumbente:
António Vitorino
(1995–97)
Ministro da Presidência
XIV Governo Constitucional
1999 – 2000
Sucedido por
Guilherme d'Oliveira Martins

SÃO JOÃO BAPTISTA DE LA SALLE - 7 DE ABRIL DE 2023

 

João Batista de La Salle

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Batista de La Salle
NascimentoReims-França 
30 de abril de 1651
MorteSaint-Yon 
7 de abril de 1719 (67 anos)
Beatificação19 de fevereiro de 1888
Basílica de São Pedro
por Papa Leão XIII
Canonização24 de maio de 1900
Basílica de São Pedro
por Papa Leão XIII
Festa litúrgica7 de Abril
Padroeiroprofessores
Gloriole.svg Portal dos Santos

João Batista de La Salle (Reims30 de abril de 1651 - Saint-Yon7 de abril de 1719) foi um sacerdote, pedagogo e pedagogista francês inovador, que consagrou sua vida a formar professores destinados à formação de crianças pobres. Foi fundador de uma congregação religiosa, os Irmãos das Escolas Cristãs, ou Irmãos Lassalistas, dedicada à educação, especialmente dos mais pobres. Em 15 de maio de 1950, foi declarado patrono de todos os educadores pelo Papa Pio XII.[1][2]

Foi canonizado pela Igreja Católica. Sua festa litúrgica é comemorada no dia 7 de abril.

Vida e obra

Filho mais velho de Luis de La Salle e Nicole Moët, João Batista de La Salle nasceu em Reims. Aos 11 anos de idade ele recebeu sua tonsura e foi nomeado cânone da Catedral de Notre-Dame de Reims.

Com a morte de seus pais, La Salle teve que encarregar-se da administração dos bens de sua família e cuidar dos irmãos mais novos.

Ao terminar seus estudos de Teologia foi ordenado sacerdote em 9 de abril de 1678.

Dois anos mais tarde, obteve o título de doutor em teologia. Nesse período de sua vida, se comprometeu com um grupo de jovens pouco instruídos, a fim de fundar escolas para crianças pobres.

Naquela época, só algumas pessoas viviam com luxo, a maioria era muito mais pobre.

Viviam em condições de extrema pobreza: os camponeses nas aldeias e os trabalhadores miseráveis nas cidades. Só um número reduzido podia enviar seus filhos à escola. Comovido com a situação da classe mais pobre da sociedade, abandonou seu lar em Reims e foi viver com os professores, renunciou à sua fortuna e organizou a comunidade que hoje chamamos de Irmãos das Escolas Cristãs ou Irmãos Lassalistas.

Vocação Sacerdotal

Nascido de uma família de juristas, era o filho primogênito de Luis de La Salle e Nicolasa Moët. Luis era conselheiro do Rei Luis XIV, e Nicole era de uma família de fabricantes de Champanhe. Seu pai lhe havia preparado uma carreira jurídica, porém João Batista escolheu a vocação religiosa. Durante a infância se comprazia em sérios exercícios espirituais, oração e leitura de livros. Desde muito cedo sentiu-se impulsionado a consagrar-se a Deus e a assumir o estado eclesial. Sua firmeza e determinação convenceu seus pais a darem permissão.

Em 17 de Março de 1668 recebeu as ordens menores em Reims. Sua vocação foi posta à prova devido à morte de seus pais. Sua mãe faleceu em 19 de Julho de 1671, seu pai em 9 de Abril de 1672. Assumiu a tutela de seus irmãos e irmãs, encontrando um orientador em seu primo Nicolás Roland, apenas 9 anos mais velho que ele, auxiliar na Catedral de Reims.

Retomou seus estudos de Teologia, tendo recebido o subdiaconato em 11 de Julho de 1672, em Cambray. Durante 4 anos, de 1672 a 1676 conciliou suas atividades canônicas, estudos e obrigações familiares. Foi ordenado sacerdote em 9 de Abril de 1678 e recebeu o título de doutor em teologia em 1680.

Vida Sacerdotal

A senhora Maillefer, prima de São João Batista, neste tempo patrocinava um projeto de abrir escolas para pobres, em colaboração com o primo Nicolás Roland, porém, a morte de Nicolás ,em 1678, interrompeu esse projeto. Mas Maillefer não renuncia ao projeto e o coloca a cargo de Adrian Nyel, pessoa conhecida por seu zelo na educação cristã de crianças pobres, que se dirige a Reims com uma carta a João Batista.

Em princípios de 1679, João Batista alugou uma casa e fundou uma escola gratuita.

Em 1681 começa a receber professores pobres, definindo um regulamento, por primeiro sobre o modo de comportar-se, depois sobre a oração, Santas Missas e refeições.

Em 1683 renunciou aos seus bens e em 25 de Maio de 1684 fundou a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, com o objetivo de abrir escolas profissionais e lugares de educação para jovens que viviam nas ruas. Também em 1684 fundou em Reims a primeira escola para professores. Em 1688 abriu as primeiras escolas em Paris. Em 1692 criou o primeiro noviciado para os irmãos e em 1698 terminou de redigir as regras da Congregação.

Nas suas escolas introduziu diversas inovações como método de ensino: as lições eram dadas para um grupo, não mais tinham caráter particular; as aulas eram em francês, não mais em latim; aulas específicas de línguas modernas, matemática e ciências; os alunos eram divididos em classes por idade e conhecimento; horário definido para as aulas; escolas correcionais para jovens que haviam cometido crimes; os professores deveriam ter cursado as escolas normais. Todas modificações eram absolutas novidades na França e balizam a rotina pedagógica presente até os dias atuais.

Desenvolveu uma Teologia da Educação ao escrever várias obras sobre a educação escolar e espiritual, entre elas destaca-se Guia para Escolas Cristãs, um dos melhores livros de pedagogia do século XVII, que foi dominante nas escolas francesas por mais de um século. Trata-se de um livro em que João Batista resumiu a experiência pedagógica sua e dos primeiros irmãos. Escreveu também vários catecismos para uso escolar. Entre os livros espirituais, deve-se destacar as meditações, onde traça um itinerários espiritual completo para professores cristãos.

Morreu em 7 de Abril de 1719, em Saint-Yon, Ruán. Foi beatificado em 1888 e canonizado em 24 de maio de 1900, pelo papa Leão XIII.

Ver também

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre João Batista de La Salle

Referências

Ligações externas

  • [1] Obras de São João Batista de la Salle (em inglês)

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