terça-feira, 4 de abril de 2023

JULIÃO SARMENTO - ARTISTA PLÁSTICO - MORREU EM 2001 - 4 DE ABRIL DE 2023

 

Julião Sarmento

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Julião Sarmento
Nascimento4 de novembro de 1948
Lisboa
Morte4 de maio de 2021 (72 anos)
Lisboa
Nacionalidadeportuguesa
Áreaartes plásticas

Julião Manuel Tavares Sena Sarmento (Lisboa, 4 de novembro de 1948 – Lisboa, 4 de maio de 2021[1]) foi um artista plástico e pintor português.[2]

Autor de uma obra multifacetada, Julião Sarmento inicia atividade nos anos de 1970, enquadrando-se nas práticas artísticas mais avançadas desse período. Na década seguinte afirma-se como um dos artistas plásticos portugueses com maior projeção, nacional e internacional, expondo em galerias e museus de grande prestígio.

Biografia e obra

Julião Sarmento, Sombra, 1976, filme Super 8, 65'

Frequentou o curso de arquitetura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa entre 1967 e 1974.

A sua carreira artística inicia-se na década de 1970. Será marcada por influências culturais predominantemente anglo-saxónicas e por uma lúcida sintonia com correntes avançadas da arte internacional. Em 1977 (o ano seguinte ao da sua primeira exposição individual, realizada na Sociedade Nacional de Belas Artes) participa na Alternativa Zero, exposição que marca "o primeiro balanço dos trabalhos que em Portugal tomaram como referência as atitudes concetuais e congéneres".[3][2]

Nessa primeira etapa utiliza meios de expressão diversificados, "postos à disposição dos artistas da década pela revolução das linguagens técnicas e conceptuais". Vemo-lo realizar pinturas, filmes, colagens de materiais heteróclitos, montagens fotográficas ou encenações de textos onde coloca em jogo elementos que se tornarão "essenciais à caracterização da totalidade do [seu] discurso artístico".[4] Sarmento utiliza dispositivos que vão da apropriação de imagens e citações literárias à fragmentação das formas, pondo-os ao serviço de um discurso plástico onde as noções de tempo, de desejo, ou a pulsão erótica, são determinantes, criando elos que unem as fases sucessivas da sua obra: "Aquilo que faço hoje faz parte do que fiz ontem", disse Sarmento em 1997, "e do que fiz há vinte anos, e do que farei amanhã".[5]

A propósito das obras da década de 1970 (onde se enunciam já alguns dos princípios geradores do seu trabalho futuro), João Pinharanda afirma: "Se numas peças a questão do Desejo é tão evidente que se abstratiza [...] , noutras permanece oculta. Em todas, porém, é axial. Já o Tempo se revela claramente em todas elas. […] As montagens em loop não iludem a radical temporalidade linear do som e da imagem em movimento porque são suficientemente compactas para nos parecerem ações rituais (ou seja, infinitamente repetíveis). Mas são, de facto, as sequências fotográficas […] ou foto-textuais […] e as instalações […] que melhor garantem a convocação dessa dimensão".[4]

Mehr Licht, 1985, técnica mista sobre papel, 200 x 260 cm

No início da década de 1980 Julião Sarmento acompanha a mudança de paradigma – frequentemente associada ao conceito de pós-modernismo –, que determina o «regresso à pintura» (figurativa, de pendor expressionista); e participa na exposição coletiva que, em território nacional, assinala essa inflexão: Depois do ModernismoSNBA, Lisboa, 1983[2]. A sua pintura torna-se num recetáculo de imagens e modos de pintar heterogéneos (veja-se, por exemplo, Mehr Licht, 1985). Irá gerir "um referencial muito diversificado conjugando citações ora populares ora eruditas. […] O efeito produzido por essa sobreposição remete sobretudo para dois universos, o da literatura e o do cinema, que funcionam como eixos estruturantes da sua obra. […] As suas pinturas confrontam fragmentos, imagens de glamour e de violência, com a palavra que aparece como uma indicação ou aviso, explorando a imagética do inconsciente e o caráter inquietante do intermitente em representação".[6] É nesta fase que participa em duas edições sucessivas da Documenta de Kassel (1982 e 1987), o que terá impacto significativo na sua carreira internacional.

Being Forced into Something Else, 1991, técnica mista sobre tela, 290 x 268 cm

A partir do final da década de 1980 a sua pintura altera-se, "torna-se mais sóbria e contida, adotando uma depuração quase monacal. É o período das Pinturas Brancas, em que predomina o desenho a grafite sobre fundo branco", onde os corpos quase se desmaterializam, reduzindo-se muitas vezes a fragmentos sugeridos por suaves linhas de contorno, e onde o vemos centrar-se na representação do feminino, que transporta agora "para um novo patamar de subtileza e insinuação".[6] Captando instantes e aspetos fragmentários, ocultando e gerindo intermitências, as suas formas genéricas de mulher (ou de outros personagens) evitam o "retrato e qualquer forma de referência direta. […] Julião trabalha a distância entre os corpos, entre as palavras, as imagens e as repetições. O corpo caído, entrevisto, parcialmente descoberto […] , pernas, saias, mesas, braços presos por cordas […] boca amordaçada, auto-estrangulamento, troncos de mulher, rasgões no vestido, um murro na garganta".[7] "A figura quase nunca tem rosto e está quase sempre vestida […]. A sua situação e as suas ações são sempre ambivalentes, muitas vezes violentas; as linhas divisórias entre prazer e dor […] tornam-se indistintas".[8] A 9 de junho de 1994, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[9] É nesta fase, mais especificamente em 1997, que, nas palavras do crítico de arte Alexandre Melo, se dá a sua "plena consagração nacional ao representar Portugal na Bienal de Veneza".[6]

Trabalhando com galerias de renome em Lisboa, PortoLondresBernaMadridBarcelonaMuniqueTorinoBruxelasNova IorqueBeverley HillsSão Paulo ou Nagoya, Julião Sarmento construiu uma sólida carreira internacional. A sua obra foi alvo de revisões globais em Witte de Witte (Roterdão, 1991), Centro de Arte Reina Sofia (Madrid, 1992), Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 1993, 2000). Em 2011 a Tate Modern, Londres, instalou um Artist Room com obras suas. Em 2012-2013, o Museu de Serralves, Porto, organizou Noites Brancas, a mais completa retrospectiva até hoje realizada do seu trabalho e que lhe mereceu, em 2014, a atribuição do Prémio AICA 2012.[7][10][11]

Referências

  1.  «Morreu o artista plástico Julião Sarmento (1948-2021)». Expresso. Consultado em 4 de maio de 2021
  2. ↑ Ir para:a b c PF. «Julião Sarmento». Museu Calouste Gulbenkian. Consultado em 5 de maio de 2021
  3.  Melo, Alexandre – Arte e artistas em Portugal. Lisboa: Bertrand Editora; Instituto Camões, 2007, p. 49. ISBN 978-972-25-1601-3
  4. ↑ Ir para:a b João Pinharanda (2002). «Julião Sarmento: o desejo e o tempo». Consultado em 5 de outubro de 2014. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2004
  5.  Julião Sarmento, entrevista a Germano Celant (1997). In: Sarmento, Julião – Flashback. Madrid; Lisboa: Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia; Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, p. 17. ISBN 972-635-122-7
  6. ↑ Ir para:a b c Melo, Alexandre – Arte e artistas em Portugal. Lisboa: Bertrand Editora; Instituto Camões, 2007, p. 172.
  7. ↑ Ir para:a b Nazaré, Leonor – "Julião Sarmento". In: A.A.V.V - Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão: Roteiro da Coleção. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004, p. 210, 212. ISBN 972-635-155-3
  8.  Lingwood, James – "Flashback". In: Sarmento, Julião – Flashback. Madrid; Lisboa: Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia; Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, p. 18.
  9.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Julião Manuel Tavares Sena Sarmento". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de agosto de 2019
  10.  Crespo, Nuno. «Julião Sarmento faz a sua maior retrospectiva em Serralves»PÚBLICO. Consultado em 4 de maio de 2021
  11.  Vanessa Rato (9 de outubro de 2014). «Julião Sarmento e José Adrião ganham Prémio AICA». Público. Consultado em 12 de outubro de 2014
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Ligações externas

BRANQUINHO DA FONSECA - ESCRITOR - NASCEU EM 1905 - 4 DE ABRIL DE 2023

 

Branquinho da Fonseca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Branquinho da Fonseca
Pseudónimo(s)António Madeira
NascimentoAntónio José Branquinho da Fonseca
4 de maio de 1905
Mortágua
Morte7 de maio de 1974 (69 anos)
Cascais
NacionalidadePortugal portuguesa
OcupaçãoDirector do Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian
Género literáriocontonovelapoesia
Movimento literárioModernismo
Magnum opusO Barão

António José Branquinho da Fonseca GOSE (MortáguaMortágua4 de Maio de 1905 – CascaisCascais7 de maio de 1974[1]) foi um escritor português. Os seus primeiros textos eram assinados com o pseudónimo António Madeira. Experimentou vários modos e géneros literários, desde o poema lírico ao romance, passando pela novela, o texto dramático e o poema em prosa, mas, como o próprio dizia, a sua expressão natural[2] era o conto. Como artista, interessou-se também pela fotografia, o desenho, o cinema e o design gráfico.[3] Foi conservador do Registo Civil em Marvão e Nazaré, e do Museu-Biblioteca Conde de Castro Guimarães em Cascais. Por proposta sua,[4] foi criado em 1958, o Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, o qual havia de dirigir até o ano da sua morte. Em sua homenagem, a Câmara Municipal de Cascais criou o Prémio Branquinho da Fonseca de Conto Fantástico[5] em 1995 e, em 2001, foi instituído o Prémio Branquinho da Fonseca Expresso/Gulbenkian[6] numa parceria entre a Fundação Calouste Gulbenkian e o jornal Expresso.

Vida

Filho de Clotilde Madeira Branquinho e do escritor Tomás da Fonseca, Branquinho da Fonseca nasceu em MortáguaMortágua, e completou os primeiros anos do Liceu em Lisboa, partindo depois para Coimbra, onde termina os seus estudos secundários. Formou-se em direito na Faculdade de Direito de Coimbra, no ano de 1930. Ainda como estudante participa da fundação da revista Tríptico (1924 – 1925), da qual se publicaram 9 números.

Em 1926 faz sua estréia literária com a obra "Poemas". No ano seguinte, mais precisamente no dia 10 de março, quando ainda era estudante de Direito, funda, juntamente com José Régio e João Gaspar Simões, a revista Presença, considerada o marco inicial da segunda fase do modernismo português, ou "presencista". Para compreendermos Branquinho da Fonseca, "deveremos lembrar a principal característica desse movimento: a total liberdade de criação artística, movida pela necessidade de cada qual poder assumir a sua própria verdade e sensibilidade, donde a assumpção de um individualismo subjectivo bastante descomprometido com o social e o político [...]".[7] Exerceu o cargo de director da revista até 16 de Junho de 1930, data em que, conjuntamente com Miguel Torga e Edmundo de Bettencourt, se desliga definitivamente da Presença, indignado com os novos rumos que esta tomava, uma vez que considerava haver imposição de limites à liberdade criativa.[8] Ainda nesse ano, funda em conjunto com Miguel Torga a revista Sinal, da qual apenas um número foi publicado, tendo sido substituído na direcção da Presença por Adolfo Casais Monteiro.

Foi iniciado na Maçonaria em 1931 no Triângulo de Vagos, com o nome simbólico de Gil Vicente.[9]

Em 1942 passa a exercer a função de Conservador no Museu Biblioteca Conde de Castro Guimarães.[nota 1]

No exercício das suas funções como Conservador cria, em 1953, o projecto de uma biblioteca-itinerante, a primeira.[4] do género em Portugal. Consequentemente, é convidado, em 1958, por Azeredo Perdigão para fundar e dirigir o Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Entre esta data e o ano em que faleceu (1974), período em que permaneceu à frente do referido projecto, o escritor não voltou a publicar nenhum livro de criação pessoal, tendo-se limitado à edição de antologias temáticas.[3] Tem uma rua com o seu nome na Amadora e outra em Cascais, Portugal, e outra ainda em Mortágua, sua terra natal.

Obra

Formalmente diversificada, a obra de Branquinho da Fonseca não deixa de ser, no entanto, equacionada sob uma orientação estético-literária nitidamente contística,[3] da qual são testemunho as obras Caminhos MagnéticosO BarãoRio Turvo e Bandeira Preta. Mesmo o único romance do escritor, Porta de Minerva (1947), afasta-se de uma sintaxe subordinativa típica no romance “mais convencional” e aproxima-se de uma estrutura descosida e fragmentada, sendo constituído por um conjunto de narrativas breves interligadas pela recorrência de um espaço social bem determinado.[11]

Assim, no seu todo, mas de forma mais marcada na vertente do conto, a obra de Branquinho da Fonseca firma-se num "gosto pelo mítico, o simbólico, vinculado a um permanente sabor de aventura literária, evidente na experimentação de novas soluções estruturais e mesmo situacionais",[8] chegando a ser classificada como "realismo fantástico",[12] uma vez que consegue "sugerir um halo de mistério, de medo ou pesadelo indefinido, de constante surpresa na perseguição a um impreciso ideal, sem todavia nos desprender de um senso de verossimilhança, antes como que acordando nesse halo misterioso os ecos emotivos da realidade."[13]

Encontra-se colaboração da sua autoria no semanário Mundo Literário[14] (1946-1948) e na revista Litoral[15] (1944-1945).

O Barão

São várias as fontes[11][8][16] que apontam O Barão como a obra-prima de Branquinho da Fonseca e , também, como uma das mais notáveis espécimes da novelística portuguesa de todos os tempos.[16] Contudo, há discordância quanto ao género a que a obra pertence: uns[8] defendem que se trata de um conto, outros[16] de uma novela.

O texto[17] da obra é composto pela narração da viagem de um inspector escolar a uma zona remota da província, onde irá encontrar, na noite da chegada, a figura de um aristocrata excêntrico e decadente, o "Barão", que pouco a pouco se vai tornando enigmático, exercendo um fascínio cada vez maior sobre o narrador e adquirindo um estatuto mítico, quer pelo modo como domina o seu estranho microcosmos, quer pela magia dessa noite quase irreal em que ambos irão depor uma rosa no "castelo da Bela-Adormecida". O filme "O Barão", de Edgar Pêra, foi baseado nesta obra.

A 13 de Julho de 1981 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada a título póstumo.[18]

Obras publicadas

Poesia

  • Poemas - 1926;
  • Mar Coalhado - 1932;
  • Poesias - 1964;

Teatro

  • Posição de Guerra - 1928;
  • Teatro I - 1939;

Contos

  • Zonas - 1931;
  • Caminhos Magnéticos - 1938;
  • O Barão - 1942;
  • Rio Turvo - 1945;
  • Bandeira Preta - 1956;

Romance

  • Porta de Minerva - 1947;

Novela

  • Mar Santo - 1952.

Antologias organizadas

  • Contos Tradicionais Portugueses
  • As Grandes Viagens Portuguesas

Notas

  1.  Lugar ao qual Fernando Pessoa também concorrera, a 16 de Setembro de 1932, tendo sido recusado por falta de habilitações.[10]

Ver também

Referências

  1.  http://www.cm-mortagua.pt/modules.php?name=Sections&sop=viewarticle&artid=61
  2.  Diário de Notícias, 30 de Setembro de 1976.
  3. ↑ Ir para:a b c António Manuel Ferreira, Prefácio in FONSECA, Branquinho da, Obras Completas vol.I, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 2010
  4. ↑ Ir para:a b NEVES, Rui – As bibliotecas em movimento. As bibliotecas móveis em Portugal. Comunicação apresentada no “II Congreso de Bibliotecas Móviles”, que decorreu em Barcelona, de 21 a 22 de Outubro de 2005. (em formato word-pdf) http://www.bibliobuses.com/documentos/ruineves.pdf
  5.  Página do Prémio Branquinho da Fonseca no site da Câmara Municipal de Cascais
  6.  Prémio Branquinho da Fonseca Expresso/Gulbenkian
  7.  Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Lisboa, 1999
  8. ↑ Ir para:a b c d MOISÉS, Massaud, O Conto Português, ed. Cultrix, São Paulo, 1975
  9.  Oliveira Marques, A. H. de (1985). Dicionário de Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Delta. p. 596
  10.  Carta de Fernando Pessoa requerendo o lugar de conservador-bibliotecário
  11. ↑ Ir para:a b FERREIRA, António Manuel, Contornos da Narrativa Breve na Obra de Branquinho da Fonseca http://www2.dlc.ua.pt/classicos/ConfNarratBreve_123_128pp.pdf
  12.  TORRES, Alexandre Pinheiro, O Neo-Realismo Literário Português, Moraes, Lisboa, 1977, p. 171
  13.  SARAIVA, A. J. & LOPES Oscar, História da Literatura Portuguesa, 17a. ed., Porto Editora, 1996, p. 1015
  14.  Helena Roldão (27 de janeiro de 2014). «Ficha histórica: Mundo literário : semanário de crítica e informação literária, científica e artística (1946-1948).» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de Novembro de 2014
  15.  Helena Roldão (19 de Junho de 2018). «Ficha histórica:Litoral : revista mensal de cultura (1944-1945)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 25 de Janeiro de 2019
  16. ↑ Ir para:a b c PRADO COELHO, Jacinto do, ed. Dicionário de literatura: literatura portuguesa, literatura brasileira, literatura galega, estilística literária. 5 vols. Porto: Figueirinhas, 1994
  17.  FONSECA, Branquinho da, O Barão, Relógio D'Água Editora, Lisboa, 1998
  18.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António José Branquinho da Fonseca". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 4 de outubro de 2015

Ligações externas

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