quarta-feira, 29 de março de 2023

MARIA SIDÓNIO - ACTRIZ - MORREU EM 2007 - 29 DE MARÇO DE 2023

 

Maria Sidónio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Maria Sidónio Baracho Damião (Lisboa, 13 de Julho de 1920 - Lisboa, 29 de Março de 2007) foi uma atriz, cantora e ceramista portuguesa.

Biografia

Maria Sidónio nasceu em Lisboa na quarta-feira, 13 de Julho de 1920.
Morreu aos 86 anos, na quinta-feira, 29 de Março de 2007, na Casa do Artista, em Lisboa, onde habitava desde Junho de 2005. Esteve em câmara ardente na Igreja das Furnas, de onde saiu às 10 horas do dia 31 para ser sepultada no Cemitério dos Prazeres.[1]

Cantora e atriz

Em 1943 presta provas e estreia na Emissora Nacional[2] participando em inúmeros programas, em particular nos Serões para Trabalhadores.
Mais tarde conhece o escritor Aníbal Nazaré com quem se casa. Este encontro terá repercussões futuras já que permite que Maria Sidónio integre o elenco de algumas companhias de Teatro de Revista lançando sucessos nos palcos do Parque Mayer.
No seu percurso artístico participou em várias revistas como "Há Festa no Coliseu" (1944), entre outras, tendo partilhado o elenco com as maiores figuras do teatro de revista.
Sobre as suas representações afirmou: “... eu nunca fui infeliz enquanto trabalhei no teatro, fui sempre aplaudida por isso não posso querer mais, uma experiência muito boa, o público queria e gostava de nos ouvir cantar e representar."
Neste período, Maria Sidónia também se estreia no cinema, participando e cantando para o filme "A noiva do Brasil" (1945), realizado por Santos Mendes, jornalista português há longos anos radicado em São Paulo no Brasil.[3] Filme de 35 mm a preto e branco produzido pela Atlante Filmes, com a duração (não censurada) de 82 minutos, rodado em Odivelas e Feira das Mercês durante o Verão, e até Novembro, de 1944 e estreado no Teatro Tivoli a 14 de Maio de 1945[4]
Canta em festas de beneficência, como seja, a descrita pel’O Cezimbrense[5] de Setembro de 1948:

"No dia 15, a Mesa Administrativa da Misericórdia realizou, no Parque Recreio Popular, uma festa em benefício desta instituição de caridade.
A primeira parte do programa constou de uma audição musical, realizada pela Orquestra Ligeira da Emissora Nacional, sob a direcção do maestro Tavares Belo.
Depois, fizeram-se ouvir os artistas Helena Barros, Irmãs Remartinez, Maria Clara e Maria Sidónio.
A segunda parte foi preenchida pelos artistas António Pinto Júnior, Arménio Silva, Estêvão Amarante, Humberto Madeira, Irmãos Alexandres e Santuzra Montti.
A terceira parte constou de fados e guitarradas, em que tomaram parte artistas da Adega Machado.
Foi locutor Artur Agostinho.
Este grandioso espectáculo foi organizado pelo sr. Carlos Ribeiro, chefe dos serviços externos da Emissora Nacional."

A sua preocupação com o necessitados e desvalidos levam-na a encabeçar a lista dos artistas que promoveu a realização, em finais de 1950, de um espectáculo a favor do Centro Familiar e Social de Nossa Senhora de Marvila (Santarém)[6].
No início da década de 50 do século XX (1953) andava em digressão pelo país, tendo consigo a jovem, e ainda menor, Anita Guerreiro que lhe tinha sido “entregue”.[7]

O seu repertório centrou-se essencialmente na interpretação de músicas brasileiras.
Após a separação de Aníbal Nazaré, Maria Sidónio conhece o cantor Tony de Matos com quem teve uma ligação de cerca de 20 anos. Em 1957 partem para o Brasil e inauguram em 1959 um restaurante típico em Copacabana (Rio de Janeiro) chamado "O Fado", organizado à semelhança das casas de fado de Lisboa, “ambientado com símbolos da cultura lusitana (cartazes de monumentos e cidades de Portugal, o Galo de Barcelos, a bandeira e o escudo de Portugal, etc.) e com elementos da temática fadista (o xale negro, a guitarra portuguesa, o quadro alusivo à fadista Severa, etc.)”[8].
Aqui o grande protagonista é Tony que se apresenta a público todas as noites, interpretando o seu inconfundível repertório.
A Maria Sidónio cabia a direcção artística do espaço.
O Fado” apresentava semanalmente espectáculos representando o folclore e as tradições de cada região de Portugal.[9]
Em entrevista Maria Sidónio confidenciava: “são tempos dos quais guardo as melhores recordações.[10]

Ceramista

Santo António da autoria de Maria Sidónio (colecção particular).

Simultaneamente, Maria Sidónio tira, no Brasil, um curso de ceramista e, após os quase sete anos que aí viveu, regressa a Portugal.

Estreia-se com uma exposição de cerâmica no n.º 21 da Rua Nova do Loureiro no Bairro Alto, em Lisboa (as antigas instalações do Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo (SNI)).
Teve atelier no Pateo Alfacinha, e um recinto na Feira Popular de Lisboa, que manteve até ao fecho desta (5 de Outubro de 2003)[11], onde expunha e vendia os seus trabalhos em barro. As figuras mais representativas desta sua obra artística, que conta, também com representações de figuras da história, de baianas, morros, o Pão de Açúcar, são as figuras do Santo António e os presépios que a artista moldou até ao fim da sua vida.
Os Santo António “sem rosto”[12] tornaram-se muito característicos do seu estilo. Talvez por isso, e por ter tido um percurso artística invulgar, mesmo idosa participou em programas televisivos como o realizado no Pateo Alfacinha em vésperas do dia de Santo António.[13]

Referências

  1.  Correio da Manhã, Maria Sidónio morre aos 86, 31 de Março de 2007, http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/lazer/cultura/maria-sidonio-morre-aos-86
  2.  Oficialmente, a Emissora Nacional de Radiodifusão, usualmente designada Emissora Nacional, da qual a RDP é sucessora, foi fundada no dia 4 de Agosto de 1935.
  3.  Neves, João Alves das (1992), As Relações Literárias de Portugal com o Brasil, 1.ª edição, Maia, Dezembro de 1992, p.43. ISBN 972-566-189-3. ISSN 0871-5165.
  4.  Matos-Cruz, José de (2000), Um imaginário luso-brasileiro, Revista Camões n.º 11 2000, http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/biblioteca-digital-camoes/cat_view/62-revistas-e-periodicos/69-revista-camoes/910-revista-no11-pontes-lusofonas-iii.html?start=10
  5.  Maestro Tavares Belo, Estêvão Amarante, Humberto Madeira e Artur Agostinho actuam em Sesimbra em 1948, "O Cezimbrense" n.º 1.156, 19.9.1948 http://expresso.sesimbra.pt/node/5166
  6.  Em Santarém Festa a Favor de Uma Instituição de Grande Alcance Social, Diário Popular, 21 novembro 1950, p. 4 http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/DiarioPopular/1950/Novembro/N2925/N2925_master/DiarioPopularN2925.pdf
  7.  Caetano, Maria João (2005), O tempo em que cheirava a Lisboa, Diário de Notícias, 26 Julho 2005 http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=617554
  8.  Boscarino Junior, Alberto (2010), O Fado Português na Cidade do Rio de Janeiro:1950-1970, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) - http://www.unirio.br/simpom/textos/SIMPOM-Anais-2010-AlbertoBoscarino.pdf
  9.  Restaurante O Fado - Copacabana/RJ|http://www.fotolog.com/adeliapedrosa/66355016
  10.  Museu do Fado - Entrevista realizada em 13 de Dezembro de 2006
  11.  TSF, Despedidas da Feira Popular de Lisboa são «à borla», 1 de setembro de 2003 http://www.tsf.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=868779
  12.  Maria Sidónio - Actriz/Cantora/Ceramista, blogue "Isto é Espectáculo" http://istoeespectaculo.blogspot.com/2009/10/maria-sidonio-actrizcantoraceramista.html
  13.  Foto tirada num programa televisivo de véspera do Santo António no Pateo Alfacinha onde participaram Fernanda BaptistaLenita Gentil, Jorge Baião, Maria Sidónio e Anita Guerreiro http://www.fotolog.com/fadista123/46444742

SANTO EUSTÁSIO - 29 DE MARÇO DE 2023

 

Eustácio de Constantinopla

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Eustácio.

Eustácio de Constantinopla (em gregoΕὐστάθιοςromaniz.: Eustathios), foi o patriarca de Constantinopla entre 1019 e 1025. Ele é considerado um santo pela Igreja Ortodoxa, comemorado no dia 31 de maio[1].

Em direção ao cisma

Eustácio era um protopresbítero do palácio imperial quando foi elevado ao trono patriarcal pelo imperador bizantino Basílio II Bulgaróctono. Ele participou dos esforços dos bizantinos, em 1024, de chegar numa acomodação com o papado latino sobre a crescente distensão entre as igrejas do ocidente e do oriente, que culminaria no cisma de 1054. Ao mesmo tempo que Eustácio, o papado estava alegando o domínio sobre o mundo cristão, e não apenas a primazia, uma posição que ofendia a Igreja de Constantinopla, cujo patriarca era considerado o verdadeiro guia pela maior parte das igrejas do oriente, incluindo os russos, os búlgaros e os sérvios. Eustácio ofereceu um solução de compromisso para o Papa João XIX, sugerindo que o patriarca ortodoxo deveria ser ecumênico em sua própria esfera de influência (in suo orbe), no oriente, enquanto que o papado o seria no mundo (in universo)[2]. Atualmente, assume-se que este foi uma tentativa de Eustácio de manter o controle sobre as igrejas do sul da Itália[3]. Ainda que a proposta tenha sido recusada, João aceitou a prática do rito bizantino no sul da Itália em troca do estabelecimento de igrejas de rito latino em Constantinopla[4].

Ver também

Eustácio de Constantinopla
(1019 - 1025)
Precedido por:Cruz ortodoxa.png

Patriarcas ecumênicos de Constantinopla

Sucedido por:
Sérgio II100.ºAléxio

Referências

  1.  «Eustathios» (em grego). Site do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. Consultado em 24 de julho de 2011
  2.  Charles William Previté-Orton, ed. (1979). The Shorter Cambridge Medieval History (em inglês). 1. [S.l.]: Cambridge: University Press. p. 275
  3.  Hussey, JM (1986). The Orthodox Church in the Byzantine Empire (em inglês). Oxford: Clarendon Press. p. 122
  4.  Runciman, Steven (1961). Byzantine Civilisation (em inglês). London: University Paparback. p. 123

SÃO QUIRINO - 29 DE MARÇO DE 2023

 

São Quirino da Sescia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Quirino da Sescia
Gloriole.svg Portal dos Santos

São Quirino (em croataKvirin) (falecido em 309) é venerado como um dos primeiros bispos de Sescia, hoje Sisak na Croácia. Ele é mencionado por Eusébio de Cesareia.

Um Passio, considerado não confiável, afirma que Quirino foi morto durante as perseguições de Diocleciano após ser preso em 309. Quirino tentou fugir, mas foi preso. Ele conseguiu converter seu carcereiro, chamado Marcelo, ao Cristianismo. Após três dias, o governador de Panônia Prima, Amantius, ordenou que ele fosse levado para Sabaria (atual Szombathely, Hungria), onde, depois de tentar fazer Quirino abjurar sua fé, mandou o bispo ser jogado no rio Gyöngyös local com uma pedra de moinho no pescoço dele.

Uma variante da lenda afirma que ele quase foi morto durante a perseguição de Diocleciano aos cristãos: as autoridades o amarraram a uma pedra de moinho e o jogaram em um rio, mas ele se libertou do peso, escapou e continuou a pregar sua fé. Dizem que São Floriano, outro santo associado à Panônia, foi executado afogando-se com uma pedra amarrada no pescoço. Os Atos do martírio do santo foram coletados em (Thierry Ruinart, "Acta martyrum", Ratisbon, 522), e um hino foi escrito em sua homenagem por Prudêncio (loc. Cit., 524).[1]

Veneração

O poço principal de Krk representa São Quirino
Rua Szombathely Óperint - Placa da morte do 1700º aniversário

Os cristãos locais de Savaria recuperaram seu corpo e o enterraram perto do portão conhecido como "Scarabateus" (provavelmente em Sopron)

Após a incursão dos bárbaros na Panônia no final do século IV e início do V, suas relíquias foram levadas para Roma e depositadas em um mausoléu ou câmara abobadada chamada Platonia, atrás da abside da Basílica de San Sebastiano fuori le mura na Via Ápia.[2]

A "Platônia" era uma construção na parte traseira da basílica; acreditava-se que havia sido a tumba temporária para Pedro e Paulo, mas era uma tumba para Quirino.

Seu culto tornou-se popular, como atestado pelos Itinerários do século VII. Algumas fontes afirmam que suas relíquias foram traduzidas para vários locais, incluindo Correggio, Emília-RomanhaMilãoAquileia e a Basílica de Santa Maria em Trastevere, em Roma. Suas relíquias também podem ter sido transportadas para Tivoli. Há um culto a São Quirino de Tivoli, que pode ou não ser o mesmo santo. As relíquias em Tivoli foram levadas para a Península dos Apeninos durante a invasão dos hunos.[3]

Quirino tornou-se considerado um dos protetores nacionais da República de São Marinho, depois de um denso nevoeiro atribuído a ele pelos samarinenses em seu dia de festa de 4 de junho de 1543, frustrando uma tentativa de conquista do país por Fabiano di Monte San Savino, sobrinho do futuro Papa Júlio III.[4] A igreja franciscana capuchinha de San Quirino foi posteriormente construída na capital San Marino por volta de 1550.[5]

Uma igreja é dedicada a ele em Jesenovik, Croácia. Seu banquete é comemorado em 4 de junho.

Notas

PD-icon.svg O conteúdo deste artigo incorpora material da Enciclopédia Católica de 1913, que se encontra no domínio público.


Referências

  1.  Kirsch, Johann Peter. "Sts. Quirinus." The Catholic Encyclopedia Vol. 12. New York: Robert Appleton Company, 1911. 23 November 2017
  2.  Monks of Ramsgate. “Quirinus”. Book of Saints, 1921. CatholicSaints.Info. 24 February 2017
  3.  Škiljan, Filip (2008). Kulturno – historijski spomenici Banije s pregledom povijesti Banije od prapovijesti do 1881. Serb National Council (em sérvio). Zagreb, Croatia: [s.n.] ISBN 978-953-7442-04-0
  4.  Nevio and Annio Maria Matteimi The Republic of San Marino: Historical and Artistic Guide to the City and the Castles, 2011, p. 20.
  5.  Church of San Quirino. SanMarinoSite. Retrieved January 4, 2020.

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