sábado, 25 de março de 2023

FREDERIC MISTRAL - ESCRITOR - MORREU EM 1914 - 25 DE MARÇO DE 2023

 

Frédéric Mistral

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Frédéric Mistral
Nascimento8 de setembro de 1830
Maillane
Morte25 de março de 1914 (83 anos)
Maillane
Nacionalidadefrancês
PrémiosNobel prize medal.svg Nobel de Literatura (1904)
Magnum opusMireio: poema provençal
Assinatura
Signature Frédéric Mistral.png
Campo(s)literatura

Frédéric Mistral (Maillane8 de setembro de 1830 — Maillane, 25 de março de 1914) foi um escritor francês em língua occitana ou provençal.

Seus pais se chamavam François Mistral e Adélaide Poulinet. Começou a ir à escola bastante tarde, aos nove anos. Entre 1848 e 1851, estuda direito em Aix-en-Provence e se converte em cantor da independência da Provença e sobretudo do provençal, "primeira língua literária da Europa civilizada".

De volta a Maillane, Mistral se une ao poeta Roumanille, e ambos se convertem nos artífices do renascimento da língua occitana. Juntos fundam o movimento do félibrige, que permitiu promover a língua occitana com a ajuda de Alphonse de Lamartine: este movimento acolherá todos os poetas occitanos expulsos da Espanha por Isabel II.

Com sua obra, Mistral reabilita a língua provençal, levando-a às mais altos cumes da poesia épica: a qualidade desta obra se consagrará com a obtenção dos prêmios mais prestigiosos.

Sua obra principal foi Mirèio (Mireia) à que dedicou oito anos de esforços. Publicou-a em 1859. Em oposição ao que seria a ortografia habitual Mistral teve que ceder à imposição de seu editor, Roumanille, e optar por uma grafia simplificada, que desde então se chama "mistraliana", em oposição à grafia "clássica" herdada dos trovadores. Mireia conta o amor de Vincent e da bela provençal Mireia. Esta história é equiparável à de Romeu e Julieta.

Charles Gounod fez uma ópera com este tema em 1863.

Além de Mireia, Mistral é autor de "Calendal", "Nerte", Lis isclo d’or ("As Ilhas de Ouro"), Lis oulivado ("As olivadas"), "O poema do Ródano", obras todas elas que servem para que se lhe considere o maior dos escritores em língua provençal.

Mistral recebeu o Nobel de Literatura de 1904, junto a José Echegaray y Eizaguirre. Com o custo do prêmio criou o Museu Arlaten em Arles.

Casado com Marie-Louise Rivière, não teve filhos e morreu em 25 de março de 1914 em Maillane.

Principais obras

  • Mirèio (1859)
  • Calendau (1867)
  • Coupo Santo (1867)
  • Lis Isclo d'or (1875)
  • Lou Tresor dóu felibrige ou Dictionnaire provençal-français, (1879)
  • Nerto, romance (1884)
  • La Rèino Jano, drama (1890)
  • Lou Pouèmo dóu Rose (1897)
  • Moun espelido, Memòri e Raconte ou Mes origines (1906)
  • Discours e dicho (1906)
  • La Genèsi, traducho en prouvençau (tradução de Livre de la Genèse, 1910)
  • Lis óulivado (1912)
  • Proso d’Armana (posthume) (1926, 1927, 1930)
  • Contes de Provence, colectânea de obras publicadas no L’Almanach provençal e L’Aiòli, coligidas por Françoise Morvan na tradução francesa de Pierre Devoluy, edições Ouest-France, colecção « Les grandes collectes », 2009 ISBN 978-2737347511.

Ver também

Ligações externas

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Precedido por
Bjørnstjerne Bjørnson
Nobel de Literatura
1904
com José Echegaray
Sucedido por
Henryk Sienkiewicz


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SANTO ISAAC - 25 DE MARÇO DE 2023

 

Isaque de Nínive

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Santo Isaac)
Santo Isaque de Nínive
Bispo de Nínive
Nascimento
apróx. século VI d.C.
Mortemosteiro de Shabar 
século VI d.C.
Veneração porIgreja Ortodoxa
Festa litúrgica28 de janeiro / 10 de fevereiro
Gloriole.svg Portal dos Santos

Isaque de Nínive ou Isaac de Nínive, também conhecido como Isaque, o Sírio, foi um bispo e teólogo do século VI d.C. Ele é considerado santo pela Igreja Ortodoxa e comemorado em 28 de janeiro no calendário juliano (10 de fevereiro no calendário gregoriano).

Vida

Ele nasceu na região onde hoje é o Qatar ou Bahrein, na costa ocidental do Golfo Pérsico. Ainda muito jovem, ele e seu irmão entraram para um mosteiro, onde ele ganhou considerável renome como professor e chamou a atenção do católico-patriarca, chamado Jorge, que o ordenou bispo de Nínive, ao norte. Contudo, as tarefas administrativas não se mostraram adequadas para a sua disposição solitária e asceta: depois de apenas cinco meses, ele abdicou e foi para o sul, para a região selvagem do monte Matout, um refúgio de anacoretas. Lá ele viveu solitário por muitos anos, comendo apenas três pães e alguns vegetais crus por semana, um tema que impressionou seus hagiógrafos. Eventualmente, a cegueira e a idade obrigaram-no a se retirar para o mosteiro de Shabar, onde ele morreu e foi enterrado.

Legado

Isaque é lembrado principalmente por suas homilias sobre a vida interior, que são frequentemente citadas e têm uma amplitude que transcende sua alegada fé nestoriana. Elas sobreviveram em manuscritos siríacos, assim como traduções para o grego e o árabe.

Isaque conscientemente evitou escrever sobre tópicos que estavam sob disputa ou sendo discutidos nos debates teológicos de seu tempo. Isto deu a ele um certo potencial ecumênico e é a provável razão de que, apesar de ele ser fiel às suas próprias tradições, ele acabou venerado e apreciado para além da Igreja Assíria. Ele é parte da tradição dos santos místicos orientais e suas obras dão considerável ênfase ao Espírito Santo e a temática do amor divino.

As obras de Isaque oferecem um raro exemplo de um grande grupo de textos sobre o ascetismo escrito por um eremita experiente e são, por isso, muito importantes para a compreensão do ascetismo cristão primitivo.[1]

Obras

De perfectione vitae theoreticae, 1500

As instruções de Isaque chegaram até nós na forma de noventa e uma homilias.[2]

Alguns temas que ele abordou:

  • Fé, Providência Divina e Oração
  • Obedecendo a Deus
  • Esperança, Busca da Verdade e Paciência
  • Paciência e Fortitude
  • Hábitos e Moderação
  • Arrependimentos
  • Humildade
  • Amor ao próximo, Perdão e o não-julgamento
  • Ensinamento

Ver também

Referências

  1.  Hagman, Patrik (2010). The Asceticism of Isaac of Nineveh (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press
  2.  «Isaac the Syrian» (em inglês). Orthodox Photos. Consultado em 9 de abril de 2011

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