Lavrov: conversa de dez minutos com Blinken foi construtiva, mas não trouxe nada de novo
Uma conversa “construtiva”, mas que não acrescentou nada de novo. Foi assim que o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia descreveu o breve diálogo com o secretário de Estado norte-americano à margem de uma reunião do G-20, que decorreu na Índia na semana passada.
Numa entrevista à televisão estatal russa, Sergei Lavrov disse que a conversa — a primeira face a face desde o início da guerra — durou cerca de dez minutos e centrou-se em dois termas: armas nucleares e o conflito na Ucrânia.
“Falamos construtivamente, sem emoções, apertamos as mãos”, resumiu, segundo a Reuters. “Tudo o que ouvi foi um posição que já tinha sido expressada em público muitas outras vezes”, acrescentou.
A conversa entre os dois diplomatas ocorreu depois de a Rússia ter anunciado a suspensão da participação no tratado New Start, o último em matéria de armas nucleares que Moscovo mantinha com Washington.
Ponto de situação. O que aconteceu durante as últimas horas?
No 380.º dia de guerra o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, avisou o Ocidente que Rússia vai retaliar se não houver uma “investigação imparcial” à sabotagem do Nord Stream. Já o Presidente ucraniano voltou a frisar que o país “não teve nada a ver” com as explosões.
Nas últimas horas o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, alertou que o mundo “nunca esteve tão perto” de uma Terceira Guerra Mundial.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse, após um encontro com o Presidente francês, que a guerra na Ucrânia vai acabar na “mesa de negociação”. O governante assinalou, no entanto, que Kiev tem de ter “a melhor posição possível” para encetar negociações para esse fim.
Ao lado de Sunak, o Presidente Emmanuel Macron sublinhou que a Rússia “não pode nem deve ganhar” a guerra. “Temos de ajudar o povo ucraniano a resistir para que o conflito não se mundialize”, afirmou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, avisou que Moscovo vai retaliar se não houver uma investigação “objetiva e imparcial” aos atos de sabotagem no gasoduto Nord Stream 2, em setembro do ano passado.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, alertou hoje que o mundo “nunca esteve tão perto” da uma eventual Terceira Guerra Mundial. “A probabilidade de isso acontecer está a aumentar de dia para a dia.”
O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, comentou hoje as sanções aplicadas pelo Ocidente ao país: “Todas tentativas de destruir politicamente a Bielorrússia falharam e vão falhar”.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas terá recusado, pelo segundo ano consecutivo, que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, intervenha na cerimónia.
O líder do partido russo Iabloko afirmou que a “pressão” sobre o partido “é levada ao extremo”. Nikolai Ribakov disse em entrevista à Reuters que seis dirigentes foram “assassinados devido à sua atividade política” em três regiões administrativas — Kamchatka, Iakútia e Khakassia — nos últimos anos.
O relatório do Instituto para a Guerra dá conta de que o grupo Wagner estará numa “pausa tática” na ofensiva em Bakhmut. Além disso, o think tank norte-americano referiu que as forças russas podem “estar a preparar-se para retomar a ofensiva nos arredores de Vuhledar, apesar dos problemas relacionados com as munições e o pessoal”.
Yevgeny Prigozhin, o líder do grupo Wagner, lamentou ter deixado de ter acesso a “canais de comunicação oficiais” — e é por isso que “deixou de pedir munições”. O grupo paramilitar anunciou, entretanto, a abertura de centros de recrutamento em 42 cidades da Rússia, com o objetivo de enviar mais tropas para a guerra na Ucrânia.
O Papa Francisco mostrou-se disponível para falar com o Presidente russo, Vladimir Putin, para terminar com a guerra na Ucrânia. “Eu falaria com claramente com ele”, assinalou numa entrevista à televisão suíça RSI (que sairá apenas domingo). O Sumo Pontífice ressalvou, no entanto, que a Federação Russa não é o único “império” interessado na guerra da Ucrânia, que é alimentada por “interesses imperiais.
Zelensky e Sanna Marin no funeral de "Herói da Ucrânia"
O Presidente da Ucrânia e a primeira-ministra da Finlândia estiveram hoje presentes no funeral de Dmytro Kotsiubailo, um comandante ucraniano que morreu a combater perto da cidade de Bakhmut.
O jovem morreu durante uma operação do batalhão que liderava: os “Lobos de Da Vinci”, grupo integrado na 67.º Brigada Mecanizada. Em 2016 tornou-se o comandante mais jovem na história do Exército ucraniano e em 2021 recebeu o título de “Herói da Ucrânia”.
"Putin é um homem culto", diz Papa Francisco
Nesta sexta-feira, a imprensa estatal russa destaca as declarações do Papa sobre Vladimir Putin. Ainda neste episódio, o número de aeronaves ucranianas destruídas pela Rússia desde o início da guerra.
Anya viu o irmão de 12 anos morrer enquanto fugia de Kiev
Neste episódio, a história de Vlad, que morreu há um ano quando tentava escapar da ocupação de Kiev com a família. Anya lembra “um dia terrível”. Ainda o apoio adicional da Finlândia a Kiev.
"Não temos nada a ver com isso." Zelensky reitera que Ucrânia não sabotou Nord Stream 2
O Presidente da Ucrânia voltou a frisar que a Ucrânia “não teve nada a ver” com as explosões que ocorreram no gasoduto Nord Stream 2.
Citado pela agência Ukrinform, o Chefe de Estado ucraniano disse ser “perigoso” que certos órgãos de comunicação publiquem artigos que vão acabar por ajudar a Rússia.
“Há grupos financeiros que estão interessados em não aplicar sanções poderosas porque os seus negócios podem sofrer consequências”, afirmou o Presidente da Ucrânia numa conferência de imprensa ao lado de Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia, referindo que isso pode ter originado a publicação da notícia do New York Times a dar conta de que um grupo pró-ucraniano estaria por detrás das explosões do Nord Stream 2.
Adicionalmente, Volodymyr Zelensky indicou que há países na NATO e a na União Europeia que por um lado dizem “apoiar a Ucrânia, a soberania do país e até enviam alguma coisa” para Kiev, mas por outro “oferecem táticas de evasão às sanções” aplicadas contra a Rússia.
Há inclusive alguns países que “aumentaram as trocas comerciais” com a Rússia comparado com o período antes da invasão, lamenta Zelensky.
“A Rússia não pode nem deve ganhar esta guerra", diz Macron
Emmanuel Macron deixou hoje mais um apelo: “A Rússia não pode nem deve ganhar esta guerra. Temos de ajudar o povo ucraniano a resistir para que o conflito não se mundialize”. O Presidente francês, no final de um encontro com o primeiro-ministro britânico, acrescentou que “implementou a formação de militares ucranianos em segmentos operacionais de alto valor”.
Naquela que é a primeira cimeira conjunta entre França e Reino Unido desde 2018, o Chefe de Estado referiu que se pretende “uma paz que respeite o direito internacional e os interesses do povo ucraniano”. Macron lembrou ainda o Conselho Europeu de há um ano em Versalhes onde se afirmou que “a Ucrânia pertencia à família europeia”.
Na reunião com Rishi Sunak foi discutido “operacionalizar, de forma técnica e humana, a criação de um calendário para futuros mísseis anti-navios e futuros mísseis cruzeiros, bem como uma interoperacionalidade do sistema aéreo” dos dois países.
Grupo Wagner abre centros de recrutamento em 42 cidades
O grupo paramilitar Wagner anunciou hoje a abertura de centros de recrutamento em 42 cidades da Rússia, com o objetivo de enviar mais tropas para a guerra na Ucrânia.
A novidade foi avançada pelo líder da milícia privada, Yevgeny Prigozhin, na sua conta do Telegram. “Vamos recrutar novos combatentes, que irão defender a sua pátria e família. Vamos construir o nosso futuro comum e defender a memória do passado.”
Letónia envia carros de condutores embriagados para a Ucrânia
A Letónia confisca automóveis a condutores embriagados e depois envia-os para a Ucrânia. No ano passado criou-se uma nova tradição: doar o carro antigo para o país em guerra, quando se compra um novo.
Parlamento defende inquérito internacional sobre crimes de violência sexual na Ucrânia
A Assembleia da República aprovou hoje uma recomendação ao Governo para que apoie a exigência de um inquérito internacional sobre crimes de violência sexual no âmbito da guerra na Ucrânia.
No projeto de resolução subscrito por PS, PSD, IL, BE, PAN e Livre, o parlamento refere que Portugal está “vinculado a compromissos internacionais que condenam o uso da violência sexual como arma de guerra em qualquer conflito” e, neste âmbito, recomenda ao Governo que “apoie a exigência de abertura de um inquérito internacional sobre crimes de violência sexual cometidos no quadro do conflito armado da Ucrânia”.
Primeiro-ministro do Reino Unido diz que guerra vai "acabar na mesa de negociação"
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse hoje que a guerra na Ucrânia vai acabar na “mesa de negociação”. O governante assinalou, no entanto, que Kiev tem de ter “a melhor posição possível” para encetar negociações para esse fim.
“Isto vai acabar como todos os conflitos, na mesa das negociações, mas é uma decisão que Ucrânia tem de tomar. O que nós vamos fazer é colocar [o país] na melhor posição possível para que as negociações ocorram no momento apropriado”, afirmou Rishi citado pelo Guardian, em Paris, após um encontro com o Presidente francês, Emmanuel Macron.
O primeiro-ministro do Reino Unido reconheceu, todavia, que ainda não é o timing certo para que haja conversações de paz.
Assim sendo, a prioridade do Reino Unido continua a ser ajudar a Ucrânia, dando-lhes os “recursos, o treino e o apoio que necessitam para terem vantagem no campo de batalha”.
Sanna Marin está de visita a Kiev
A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, está hoje de visita à capital ucraniana, Kiev.
A chefe do executivo está a encontrar-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Líder pró-russo da Crimeia vai nacionalizar apartamento de luxo de Zelensky e vai pô-lo à disposição de famílias carenciadas
Administrador pró-russo da Crimeia anunciou que vai expropriar o apartamento de luxo comprado em 2013 por Olena Zelenska por 154 mil euros a oligarca ucraniano.
Lavrov avisa Ocidente que Rússia vai retaliar se não houver "investigação imparcial" à sabotagem do Nord Stream 2
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, avisou que Moscovo vai retaliar se não houver uma investigação “objetiva e imparcial” ao que aconteceu ao gasoduto Nord Stream 2, que foi alvo de sabotagem.
“Este grande ataque terrorista não ficará sem ser investigado”, atirou Sergei Lavrov citado pela agência de notícias RIA, que diz que, se não for avante uma “investigação transparente”, a Rússia vai responder.
“Isto foi um ataque direto à nossa propriedade e em larga escala”, assinalou o chefe da diplomacia russa.
Um grupo pró-ucraniano admitiu que esteve por detrás do ataque, mas o governo da Ucrânia disse que não teve nada a ver com isso.
Novos ataques em Zaporijia provocaram cortes de eletricidade
O Exército russo atacou na noite de quinta-feira a região ucraniana de Zaporijia, incluindo a capital provincial, onde se encontra a maior central nuclear da Europa deixando milhares de pessoas sem energia elétrica.
De acordo com a agência ucraniana Unian, a ofensiva russa ocorreu ao princípio da noite passada, horas depois de a Rússia ter projetado dezenas de mísseis contra as 10 regiões do país provocando mais de uma dezena de mortos e afetando o abastecimento elétrico à central nuclear obrigada a recorrer a geradores.
“A abominação racista (russa) atacou a nossa cidade outra vez. O resultado são os danos nas instalações da infraestrutura crítica”, disse, secretário da autarquia de Zaporijia, Anatoly Kurtev, citado pela agência de notícias local, Unian.
Orbán avisa que mundo "nunca esteve tão perto da III Guerra Mundial" e critica "febre bélica" dos líderes do Ocidente
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, alertou hoje que o mundo “nunca esteve tão perto” da uma eventual Terceira Guerra Mundial. “A probabilidade de isso acontecer está a aumentar de dia para a dia.”
Numa entrevista à rádio húngara Kossuth Rádió citada pelo Politico, o chefe do executivo acredita que os aliados da Ucrânia “estão perto” de ponderar enviar “soldados para irem lutar para a Ucrânia”.
Viktor Orbán acusou também os líderes do Ocidente de terem uma “febre bélica”, apontando para as suas declarações em que realçam a importância de que a Ucrânia deve “ganhar a guerra”.
O líder do país sinaliza que a Hungria é “praticamente o único” Estado na Europa que defende a paz, a par do Vaticano. Viktor Orbán refere que países africanos, a China e os países árabes também estão empenhados nos esforços de paz.
Neste contexto, Viktor Orbán advogou que as forças armadas húngaras devem ser reforçadas.
Yevgeny Prigozhin sinalizou que, apesar da “resistência colossal do exército ucraniano”, o grupo Wagner vai continuar a avançar no terreno.