domingo, 12 de fevereiro de 2023

NUNO BRAGANÇA - ESCRITOR - NASCEU EM 1929 - 12 DE FEVEREIRO DE 2023

 

Nuno Bragança

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nuno Bragança
Nome completoNuno Manuel Maria Caupers de Bragança
Nascimento12 de fevereiro de 1929
LisboaPortugal
Morte7 de fevereiro de 1985 (55 anos)
LisboaPortugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoEscritor
Magnum opusDirecta (1977)

Nuno Manuel Maria Caupers de Bragança GCSE (Lisboa12 de Fevereiro de 1929 — Lisboa7 de Fevereiro de 1985) foi um escritor português.

Biografia

Nasceu de uma família da alta aristocracia portuguesa, a Casa de Lafões, ramo dos Duques de Bragança , 6.º neto do Rei D. Pedro II de Portugal.

Frequentou o curso de Agronomia, mudando depois para Direito, que completou em 1957.

Era praticante de Boxe e como pioneiro da caça submarina em Portugal foi co-fundador do CPAS (Centro Português de Actividades Subaquáticas).

A partir de 1955, integra a equipa do jornal Encontro (orgão da JUC – Juventude Universitária Católica), onde publicou os seus primeiros textos literários.

Da segunda metade dos Anos 50 datam textos como "A Morte da Perdiz" (peça radiofónica com colaboração de Pedro TamenNuno Cardoso Peres e Maria Leonor), "O Guardador de Porcos" ou "Guliveira e os Liliputos", título dado por Maria Leonor a uma sátira a Salazar escrita com M. S. LourençoLuís de Sousa Costa e Manuel de Lucena. Pela mesma altura escreveu inúmeras críticas cinematográficas fundando e dirigindo o Cine-Clube "Centro Cultural de Cinema" de 1956-59.

Fez parte do movimento chamado "catolicismo progressista" juntamente com João Bénard da CostaAntónio Alçada Baptista e o referido Pedro Tamen, entre outros, tendo sido co-fundador da revista "O Tempo e o Modo", de que foi colaborador assíduo[1]. Logo, foi militante no MAR (Movimento de Acção Revolucionária), por essa altura aproxima-se das Brigadas Revolucionárias de Isabel do Carmo e Carlos Antunes e trava amizade com Manuel Alegre e começa uma atividade clandestina que visava preparar um atentado contra a Pide[2].

Assinou o argumento e diálogos do filme de Paulo Rocha "Os Verdes Anos", de 1963.

Em 1970 co-assinou com Gérdard Castello LopesFernando Lopes e Augusto Cabrita o documentário "Nacionalidade Português" que abordava a questão da emigração, estreado em Portugal em 1973.

Depois do golpe de Estado do 25 de Abril de 1974, Nuno Bragança junta-se ao teatro A Comuna, onde conhece a sua futura mulher, a atriz Madalena Pestana, com quem terá dois filhos. Nesses anos de ressaca revolucionária, escreve para o Jornal de Letras, apoia a candidatura e o governo de Maria de Lourdes Pintassilgo[2].

Morreu em 1985 com apenas 55 anos, depois de ter sofrido décadas de depressão e de dependência de álcool[3].

A 9 de Junho de 1998 foi agraciado a título póstumo com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[4]

Em 2008, João Pinto Nogueira realizou o documentário "U Omãi qe Dava Pulus", sobre a vida do escritor.

Obras literárias

  • A Noite e o Riso, 1969
  • Directa, 1977
  • Square Tolstoi, 1981
  • Estação, 1984
  • Do Fim do Mundo, 1990 (póstumo)

Em Fevereiro de 2009 reuniram-se num único volume as 5 obras de Nuno Bragança juntamente com a transcrição da peça radiofónica "A Morte da Perdiz", no livro "Obra Completa. 1969-1985", das publicações Dom Quixote.

Dados genealógicos

Casou primeira vez em Estremoz, em Setembro de 1955, com sua parente Maria Leonor da Fonseca de Matos e Góis Caupers (EstremozSanta Vitória do Ameixial, 30 de Agosto de 1926 - Lisboa, 4 de Agosto de 1969), proveniente duma família de ascendência austríaca 6.ª neta do casamento de João Valentim Caupers, médico da rainha D. Mariana de Áustria, mulher de D. João V de Portugal. Com geração.

Casou segunda vez em Lisboa, a 30 de Junho de 1975 com Maria Madalena Batalha Pestana (SintraMontelavar, 9 de Novembro de 1949-15 de junho de 2020). Com geração.

Ligações externas

Referências

  1.  «Efemérides». Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 15 de Abril de 2014 Texto " O Tempo e o Modo, 50 anos depois " ignorado (ajuda)
  2. ↑ Ir para:a b "Nuno Bragança? Não conheço nenhum escritor com esse nome", por Joana Emídio Marques, Observador, 5 jan 2020
  3.  "Noah é bisneto do escritor Nuno Bragança, aventureiro, aristocrata e revolucionário", por Joana Emídio Marques, Visão, 18.06.2021
  4.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Nuno Bragança". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 14 de fevereiro de 2017
Ícone de esboçoEste artigo sobre literatura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

SANTA EULÁLIA DE MÉRIDA - 12 DE FEVEREIRO DE 2023

 

Eulália de Mérida

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Se procura outros significados, veja Santa Eulália.
Santa Eulália de Mérida
A morte de Santa Eulália de Mérida.
1885. Por John William Waterhouse, atualmente na Tate Collection.
VirgemMártir
NascimentoMéridaHispânia (Espanha
290
MorteMéridaHispânia (Espanha
304 (14 anos)
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Ortodoxa
Canonização304
Principal temploCatedral de San Salvador, em Oviedo
Festa litúrgica10 de dezembro
Atribuiçõescruzestaca e uma pomba
PadroeiroMérida, Espanha; Oviedo, Espanha; jovens fugidos de casa; vítimas de tortura; viúvas[1]
Gloriole.svg Portal dos Santos

Eulália de Mérida foi uma santa cristãvirgem e mártir, festejada a 10 de dezembro. É com frequência confundida com Santa Eulália de Barcelona, cuja hagiografia é semelhante.[2]

Hagiografia

Segundo o escritor cristão Prudêncio, na sua obra Peristephanon,[3] Eulália seria uma virgem cristã muito devota, com idade entre 12 e 14 anos, cuja mãe fora sequestrada em sua própria casa em 304 por causa da exigência de que todos os cidadãos romanos deveriam realizar sacrifícios aos deuses romanos durante a perseguição de Diocleciano. Eulália correu para a corte do presidente (governador) Públio Daciano, em Emerita, confessou ser uma cristã, ofendeu os deuses pagãos e o imperador romano Maximiano e o desafiou a martirizá-la. As tentativas do juiz de suborná-la com dinheiro e elogios fracassou.

Ela foi então despida pelos soldados, torturada com ganchos e tochas e queimada na estaca, sufocando por conta da inalação de fumaça. Ela exortou os torturadores por todo o tempo[4] e, quando ela expirou, uma pomba voou de sua boca, o que assustou os soldados e permitiu que uma neve milagrosa cobrisse a sua nudez com uma brancura indicativa de sua santidade.

Um santuário foi logo erguido sobre seu túmulo e a veneração de Eulália já era muito popular entre os cristãos por volta de 350[5] e suas relíquias foram distribuídas por toda a Iberia. O bispo Fidelis de Mérida reconstruiu a basílica em sua memória por volta de 560.[5][6] Este santuário era o mais popular do Reino Visigótico.[7] Por volta de 780, seu corpo foi translado para Oviedo pelo Rei Silo do Reino das Astúrias repousa atualmente num caixão de prata árabe doado por Alfonso VI de Castela em 1075. Em 1639, ela foi transformada em padroeira da cidade.[8]

É cantada na célebre Sequência de Santa Eulália (ou Cantilena de Santa Eulália), o primeiro texto poético em língua francesa, de fins do século IX.

Referências

  1.  «St. Eulália of Merida» (em inglês). Patron Saints Index. Consultado em 16 de julho de 2012. Arquivado do original em 24 de outubro de 2006
  2.  Haliczer, Stephen (2002). Between exaltation and infamy: Female mystics in the Golden Age of SpainOxfordOxford University Press. p. 236. ISBN 0-19-514863-0
  3.  Santa Eulália, virgem, mártir, +304, evangelhoquotidiano.org
  4.  Eulália significa "que fala bem", um atributo dos oradores.
  5. ↑ Ir para:a b Collins, Roger (1 de março de 1998). Spain: An Oxford Archaeological GuideOxfordOxford University Press. p. 199. ISBN 0-19-285300-7
  6.  Dietz, op. cit. pg 171
  7.  Dietz, Maribel (30 de julho de 2005). Wondering Monks, Virgins, and Pilgrims: Ascetic Travel in the Mediterranean World, 300-800University Park, PennsylvaniaPenn State Press. p. 258. ISBN 0-271-02677-4
  8.  Sculpture of SANTA EULALIA DE MÉRIDA from Oviedo.es website (em castelhano)

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Eulália de Mérida

SANTA EULÁLIA DE BARCELONA - 12 DE FEVEREIRO DE 2023

 

Eulália de Barcelona

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Se procura outros significados, veja Santa Eulália.
Santa Eulália de Barcelona
Santa Eulália de Barcelona na Catedral de Barcelona
VirgemMártir
NascimentoBarcelonaHispânia (Espanha
290
MorteBarcelonaHispânia (Espanha
303 (13 anos)
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Ortodoxa
Beatificação633
Principal temploCatedral de Barcelona, em Barcelona
Festa litúrgica12 de fevereiro na Igreja Católica22 de agosto na Igreja Ortodoxa
AtribuiçõesCruz em forma de X; Estaca e uma pomba
PadroeiroBarcelona, Espanha; marinheiros; invocada contra a seca[1]
Gloriole.svg Portal dos Santos

Eulália de Barcelona (finais do século III - inícios do século IV) é uma santa cristã, considerada virgem e mártir, sendo festejada a 22 de agosto pelas Igrejas do Oriente e a 12 de fevereiro pela Igreja Católica. É com frequência confundida com a homônima Santa Eulália de Mérida, cuja hagiografia é semelhante.

Martírio

Por se recusar a abjurar o cristianismo durante a perseguição de Diocleciano, os romanos a submeteram a treze tipos de torturas, incluindo:

  • Colocaram a santa num barril com facas (ou vidro) e o rolaram ladeira abaixo (de acordo com a tradição, a rua hoje chamada de Baixada de Santa Eulália;[2]
  • Cortaram seus seios;
  • A crucificaram numa cruz em forma de X. Ela é muitas vezes representada com esta cruz na arte, o instrumento de seu martírio;
  • Finalmente, ela teria sido decapitada.

Uma pomba voou de seu pescoço após a decapitação e este é um dos pontos de similaridade com a história de Santa Eulália de Mérida, na qual a pomba teria voado da boca da garota no momento de sua morte. Além disso, as torturas de Eulália de Mérida são, por vezes, enumeradas entre os mártires de Barcelona e a história das duas garotas são muito similares, tanto na idade quanto na época em que morreram.

Devoção

Procissão em Hospitalet de Llobregat com Eulália de Barcelona e Roque de Montpellier.

Eulália é comemorada com estátuas e nomes de rua por toda Barcelona.[2] Seu corpo havia sido originalmente enterrado na Igreja de Santa Maria de les Arenes (atual Santa Maria de Mar). Ele foi escondido em 713 durante a conquista omíada da Hispânia e só foi recuperado em 878. Em 1339, ele foi transladado para um sarcófago de alabastro na cripta da recém-construída Catedral de Santa Eulália.[3]

O festival de Santa Eulália é realizado em Barcelona na semana de sua festa litúrgica, em 12 de fevereiro.[4]

Ela também é particularmente venerada na Catalunha e Aragão, bem como no Sul da França (vários municípios catalães e aragoneses e várias comunas do midi francês são chamadas em sua honra de Santa Eulalia ou Sainte-Eulalie - veja-se sua lista em Santa Eulália).

É a santa padroeira da catedral de Barcelona (a catedral de Santa Eulália), e por conseguinte também da arquidiocese barcelonesa.

Referências

  1.  «St. Eulalia of Barcelona» (em inglês). Catholic Forum. Consultado em 16 de julho de 2012. Arquivado do original em 19 de outubro de 2006
  2. ↑ Ir para:a b Vázquez Montalbán, Manuel (1992). BarcelonasLondon: Verso. p. 42. ISBN 0-86091-353-8
  3.  Santa Maria del Mar Arquivado em 5 de fevereiro de 2006, no Wayback Machine. from New York Times travel guide.
  4.  Festes de Santa Eulàlia from Barcelona municipal website
Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Eulália de Barcelona

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue