segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

ANTÓNIO MEGA FERREIRA - ESCRITOR, JORNALISTA, GESTOR CULTURAL - MORREU 26 DE DESEMBRO DE 2022

 

António Mega Ferreira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
António Mega Ferreira
GCC
Nascimento25 de março de 1949
LisboaPortugal
Morte26 de dezembro de 2022 (73 anos)
LisboaPortugal
ResidênciaPríncipe Real, Lisboa
CidadaniaPortugal
Alma materUniversidade de Lisboa
Ocupaçãojornalistaescritor
PrémiosGrande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco 2001
Género literárioRomanceConto
Obras destacadasRoma (2010)

António Taurino Mega Ferreira GCC (Lisboa25 de março de 1949 - Lisboa26 de dezembro de 2022) foi um escritortradutorjornalista e gestor cultural português.

Biografia

Recebeu os nomes António Taurino por serem os primeiros nomes dos seus avós, paterno e materno[1]. Frequentou o Liceu Normal de Pedro Nuneslicenciou-se em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e estudou Comunicação Social, na Universidade de Manchester.

Estreou-se no jornalismo em 1968, como redactor do Comércio do Funchal, passando depois pelo Jornal NovoExpresso e O Jornal. Foi chefe de redacção do Jornal de Letras e da RTP2.

Foi colunista do ExpressoDiário EconómicoDiário de NotíciasO IndependentePúblico e das revistas Visão e Egoísta.

Foi diretor editorial da Círculo de Leitores, entre 1986 e 1988, tendo criado a revista LER, que também dirigiu.

Integrou a Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos, tendo dirigido a candidatura de Lisboa à Exposição Mundial de 1998, de que foi comissário executivo.

A 9 de Junho de 1998 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.[2]

Foi presidente do Conselho de Administração da Parque Expo, de 1999 a 2002. Dirigiu a representação de Portugal na Feira do Livro de Frankfurt, em 1997.

Foi presidente do Conselho de Administração da Fundação Centro Cultural de Belém entre 2006 e 2012.

Foi diretor executivo da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Autor de vários livros, iniciou a sua carreira literária em 1984, tendo publicado mais de 30 obras de ficção, poesia e ensaio.

Faleceu a 26 de dezembro de 2022 em Lisboa, aos 73 anos.[3]

Obras

Referências

  1.  Revista E (15 de Outubro de 2017), pág. 61.
  2.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Mega Ferreira". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 18 de outubro de 2015
  3.  publico.pt (26 de dezembro de 2022). «Morreu o mentor da Expo-98: António Mega Ferreira». 26-12-2022. Consultado em 26 de dezembro de 2022
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SANTO ESTÊVÃO - PROTOMÁRTIR - 26 DE DEZEMBRO DE 2022

 

Estêvão (mártir)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: "Santo Stefano" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Santo Estêvão (desambiguação).
Santo Estêvão
Santo Estêvão, por Hans Memling (c. 1480)
Protomártir
NascimentoPalestina 
?
MorteJerusalém, Palestina 
entre 33 [1] e 40 d.C.
Veneração porIgreja Católica
Igreja Ortodoxa
Igrejas ortodoxas orientais
Igreja Anglicana
Igreja Luterana
Festa litúrgica3 de agosto e 26 de dezembro (Ocidente)
2 de agosto e 27 de dezembro (Oriente)
Atribuiçõesum diácono com pedras
Padroeiroda Itáliadiáconos; dores de cabeça e dos cavalos
Gloriole.svg Portal dos Santos

Santo Estêvão é o primeiro mártir do cristianismo, sendo considerado santo por algumas das denominações cristãs (católicaortodoxa e a anglicana). É celebrado em 26 de Dezembro no Ocidente e em 27 de Dezembro no Oriente por tais denominações. Ele também está listado entre os Setenta Discípulos.

Etimologia

O seu nome vem do grego Στέφανος (Stéphanos), o qual se traduz para aramaico como Kelil, significando coroa — e Santo Estêvão é, de resto, representado com a coroa de martírio da cristandade, recordando assim o facto de se tratar do primeiro cristão a morrer pela sua fé — o protomártir.

O relato bíblico

A história de Estêvão aparece em Atos 6 e Atos 7, livros do Novo Testamento da Bíblia cristã. Consta que houve resmungos da parte dos "judeus que falavam grego" ("hellēnistōn") contra os "judeus que falavam hebraico" ("hebraious") porque suas viúvas estavam sendo preteridas na distribuição (diakoniāi) diária de alimentos (Atos 6:1). Os apóstolos convocaram então os discípulos e propuseram que fosse formada uma comissão de "sete homens acreditados (martyroumenous), cheios de espírito e de sabedoria" (Atos 6:3), que se incumbiriam da distribuição. Estêvão, "homem cheio de fé e Espírito Santo" (Atos 6:5), estava entre esses, todos usando nomes gregos, que foram postos diante dos apóstolos e, após terem orado, receberam a imposição das mãos.

O nome grego de Estêvão parece indicar que fosse judeu "helenizado". Entretanto, outros pesquisadores afirmam que esse foi apenas seu nome cristão, escolhido por ele mesmo após ter seu primeiro contato com Simão Pedro em Jerusalém. Por 'homem acreditado' entende-se que a comunidade cristã ("toda a multidão") dava bom testemunho (martyria) dele.

O serviço do alimento parecia não obstar ao "serviço da palavra" (diakoniāi toū logou), uma vez que diversos homens afluíam a Estêvão para discutir com ele, mas não podiam fazer frente "à sabedoria e ao espírito com que falava" (Atos 6:9–10). Também contribuiu para sua fama o fato de ele, "cheio de graça e de poder", realizar "grandes portentos e sinais entre o povo" (Atos 6:8).

Vida e obras

Segundo os Actos dos Apóstolos, Estêvão foi um dos sete primeiros diáconos da igreja nascente, logo após a morte e Ressurreição de Jesus, pregando os ensinamentos de Cristo e convertendo tanto judeus como gentios. Segundo Étienne Trocmé, Estevão pertencia a um grupo de cristãos que pregavam uma mensagem mais radical, um grupo que ficou conhecido como os helenistas, já que os seus membros tinham nomes gregos e eram educados na cultura grega e que separou do grupo dos doze apóstolos. Também eram conhecidos como o "grupo dos sete". Foi detido pelas autoridades judaicas, levado diante do Sinédrio (a suprema assembleia de Jerusalém), onde foi condenado por blasfémia, sendo sentenciado a ser apedrejado (Atos 8). Entre os presentes na execução, estaria Saulo, o futuro São Paulo, ainda durante os seus dias de perseguidor de cristãos.

Muitos padres da Igreja, como Santo Agostinho, atribuem a conversão de Saulo às orações de Santo Estêvão. Citando Agostinho: Si Stephanus non orasset, ecclesia Paulum non haberet.[2]

Durante os primeiros séculos do cristianismo, o túmulo de Estêvão achou-se perdido, até que em 415 (talvez pela crescente pressão dos peregrinos que se deslocavam à Terra Santa), um certo padre, de nome Luciano, terá dito ter tido uma revelação onírica de onde se encontrava a tumba do mártir, algures na povoação de Caphar Gamala, a alguns quilómetros a norte de Jerusalém.

Gregório de Tours afirmou mais tarde que foi por intercessão de Santo Estêvão, que um oratório cristão a ele dedicado, na cidade de Metz, onde se guardavam relíquias do santo, foi o único local da cidade que escapou ao incêndio que os hunos lhe deitaram, no dia de Páscoa de 451.

O culto de Santo Estêvão encontra-se associado à festa dos rapazes nas aldeias de Trás-os-Montes, integradas no ciclo de festividades do solstício do inverno, no período que decorre do dia 24 de dezembro ao dia 6 de janeiro, e que no passado pagão terão sido dedicadas ao culto do Sol, num ritual em que intervêm os caretos, as máscaras tradicionais do extremo nordeste de Portugal.

Santo Estêvão goza de bastante popularidade em países europeus, como Espanha, França, Itália e Portugal. No Brasil, existem, além de diversas capelas ou casas de formação, outras sete paróquias, dedicadas a Santo Estêvão. Entre os espíritas, o livro Paulo e Estêvão, de psicografia de Francisco Cândido Xavier e atribuído ao espírito Emmanuel, é considerado pela Federação Espírita Brasileira um dos dez maiores livros espíritas do século XX, narrando passagens da vida de Santo Estêvão.

Referências

  1.  James UssherThe Annals of the World, 33 AC [em linha]
  2.  Adam ClarkeCommentary on the Bible (1831), Acts 7 [em linha]

Ligações externas

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