terça-feira, 29 de novembro de 2022

Cavaco Silva considera que a legalização da eutanásia "não respeita o espírito da Constituição" - 29 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Cavaco Silva considera que a legalização da eutanásia "não respeita o espírito da Constituição"

História de Lusa • Há 1 hora
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Numa declaração à Rádio Renascença na semana em que o Parlamento vota os projetos de legalização da morte medicamente assistida, o ex-chefe de Estado critica também a gestão de prioridades da Assembleia da República.

Cavaco Silva considera que a legalização da eutanásia "não respeita o espírito da Constituição"
Cavaco Silva considera que a legalização da eutanásia "não respeita o espírito da Constituição"© Horacio Villalobos

O ex-Presidente da República Cavaco Silva considera que a legalização da eutanásia "não respeita o espírito da Constituição" e defende que a despenalização desta prática é "mais um sinal da deterioração da qualidade da nossa democracia".

"Num país como Portugal, com um dos piores riscos de pobreza e exclusão social da União Europeia e sem uma rede de cuidados paliativos a que os doentes de famílias mais desfavorecidas possam ter acesso, num Portugal em que se acentua o empobrecimento em relação aos outros países, a prioridade dos deputados é a legalização da prática da eutanásia, autorizar um médico a matar outra pessoa", afirma.

Na semana em que o Parlamento vota o texto de substituição que legaliza a morte medicamente assistida, o ex-Presidente da República diz não ter qualquer dúvida sobre a inconstitucionalidade da lei da eutanásia: "A legalização da eutanásia não respeita o espírito da Constituição".

Após a votação na especialidade, e depois da votação final global em plenário, a lei segue para Belém, para avaliação do Presidente da República. Na última legislatura, Marcelo Rebelo de Sousa vetou o diploma por duas vezes, uma delas precisamente por inconstitucionalidade.

Cavaco Silva alerta que "autorizar por lei um médico a matar outra pessoa é um salto no desconhecido extremamente perigoso", afirmando: "em alguns países europeus têm sido reportados casos de pressões sobre idosos e doentes para que aceitem ser mortos. Os mais velhos e os doentes são os mais frágeis".

A votação do diploma na especialidade irá ocorrer na quarta-feira na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, depois de ter sido adiada durante o mês outubro.

Está agendada para hoje a reunião da direção da bancada do PS - partido que detém a maioria absoluta dos deputados no parlamento -, durante a qual os socialistas deverão decidir se ainda apresentam alterações ao texto de substituição sobre a morte medicamente assistida, a tempo da votação na especialidade, marcada para quarta-feira.

PSP recorda guarda morto durante roubo à Fábrica de Sabões em 1982 - 29 DE NOVEMBRO DE 2022

 

PSP recorda guarda morto durante roubo à Fábrica de Sabões em 1982

História de Notícias ao Minuto • Há 1 hora
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Guarda José da Graça Viegas Pires foi atingido a tiro pelos assaltantes.

Guarda José da Graça Viegas Pires foi atingido a tiro pelos assaltantes.
Guarda José da Graça Viegas Pires foi atingido a tiro pelos assaltantes.© Global Imagens

A Polícia de Segurança Pública (PSP) emitiu uma nota, esta segunda-feira, no Facebook, onde recordou o Guarda José da Graça Viegas Pires, morto por assaltantes durante um roubo na Fábrica Nacional de Sabões, em Marvila, Lisboa, no ano de 1982.

"O Guarda José da Graça Viegas Pires faleceu neste dia, no ano de 1982, na resposta a uma ocorrência de roubo à mão armada nas instalações da Fábrica Nacional de Sabões, em Marvila", avança a força de segurança, contando como tudo aconteceu na altura. 

"Nesse dia, pelas 11h30, processava-se o pagamento dos salários aos trabalhadores da fábrica quando três suspeitos tentaram concretizar o roubo", é recordado na homenagem. 

A PSP "interveio a tempo de impedir a concretização do roubo mas os suspeitos, na fuga, dispararam contra os Polícias". Neste momento, o Guarda José Pires foi "atingido mortalmente".

Leia Também: Lisboa. PSP faz operação contra armas ilegais em bairro dos Olivais

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