China quer "cooperar" com Coreia do Norte, para "assegurar paz no mundo"
Numa carta escrita ao líder da Coreia do Norte, o presidente da China afirmou-se pronto a cooperar para "assegurar a paz, a estabilidade e a prosperidade na região e no mundo". Isto, numa altura em que as tensões crescem na região.
"Cooperar para acelerar a paz no mundo", é a proposta do presidente chinês Xi Jinping ao líder da Coreia do Norte, Kim Jong UN.
Isto intervém num contexto de tensões crescentes na penísula coreana. Por um lado, Seúl, Washington e Tóquio têm reforçado a cooperação militar. Por outro lado, Pyongyang realizou uma quantidade sem precedentes de testes de mísseis na região.
No passado dia 18 de Novembro, Pyongyang lançou um míssil balístico intercontinental que caíu ao largo do Japão, e Kim Jong Un ameaçou os Estados Unidos com um ataque nuclear se o seu país fosse atacado.
Na carta a Kim Jong Un, o presidente chinês Xi Jinping salientou que "o mundo, a época e a história estão a mudar de uma forma sem precedentes" e que se encontra pronto para colaborar com a Coreia do Norte.
A China é o maior aliado e parceiro comercial da Coreia do Norte, país empobrecido e recluso que, devido ao seu programa nuclear, se encontra sob severas sanções por parte das Nações Unidas. Mais de 90% do comércio do país é feito com o vizinho chinês.
A China e a Rússia aliás, recusaram-se a juntar-se aos 14 países, maioritáriamente ocidentais, que condenaram o tiro do míssil balístico intercontinental de Pyongyang.
Em Maio, Pequim e Moscovo já tinham vetado um projecto de resolução que visava reforçar as sanções contra a Coreia do Norte, um projeto apresentado por Washington.