segunda-feira, 28 de novembro de 2022

WILLIAM BLAKE - POETA - NASCEU EM 1757 - 28 DE NOVEMBRO DE 2022

 

William Blake

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
William Blake
Retrato de William Blake, por Thomas Phillips
Nascimento28 de novembro de 1757
SohoLondres
Morte12 de agosto de 1827 (69 anos)
Soho, Londres
Batizado11 de dezembro de 1757
ResidênciaGreen Street, Broadwick Street, Broadwick Street, Poland Street, Hercules Buildings, Felpham, South Molton Street, Fountain Court, Battersea, Broadwick Street
SepultamentoBunhill Fields
NacionalidadeInglês
CidadaniaReino Unido da Grã-Bretanha e IrlandaReino da Grã-Bretanha
Etniaingleses
Progenitores
  • James Blake
  • Catherine Hermitage
CônjugeCatherine Blake
Irmão(s)Robert Blake, James Blake, John Blake, Richard Blake, Catherine Elizabeth Blake
Alma mater
  • Royal Academy Schools
  • Escola de Desenho Henry Pars
OcupaçãoPoeta, pintor, impressor
Principais trabalhosCanções de Inocência e de ExperiênciaO Casamento do Céu e do InfernoJerusalém
Género literárioPoesia visionária
Movimento literárioRomantismo
Obras destacadasO Matrimônio do Paraíso e o Inferno, And did those feet in ancient time, Songs of Innocence and of Experience, Vala, or The Four Zoas, Jerusalem The Emanation of the Giant Albion, Milton, O ancião de dias
Movimento estéticoromantismo, pintura de fadas
Assinatura
William Blake signature.svg

William Blake (Londres28 de novembro de 1757 — Londres, 12 de agosto de 1827) foi um poetatipógrafo e pintor inglês, sendo sua pintura definida como pintura fantástica.

Blake viveu num período significativo da história, marcado pelo iluminismo e pela Revolução Industrial na Inglaterra. A literatura estava no auge do que se pode chamar de clássico "augustano", uma espécie de paraíso para os conformados às convenções sociais, mas não para Blake que, nesse sentido era romântico, "enxergava o que muitos se negavam a ver: a pobreza, a injustiça social, a negatividade do poder da Igreja Anglicana e do estado".[1]

Infância

Blake nasceu na "28ª Broad Street", no SohoLondres, numa família de classe média. Seu pai era um fabricante de roupas e sua mãe cuidava da educação de Blake e seus três irmãos. Logo cedo a bíblia teve uma profunda influência sobre Blake, tornando-se uma de suas maiores fontes de inspiração.[2][3]

Desde muito jovem Blake dizia ter visões. A primeira delas ocorreu quando ele tinha cerca de nove anos, ao declarar ter visto anjos pendurando lantejoulas nos galhos de uma árvore. Mais tarde, num dia em que observava preparadores de feno trabalhando, Blake teve a visão de figuras angelicais caminhando entre eles.

Com pouco mais de dez anos de idade, Blake começou a estampar cópias de desenhos de antiguidades Gregas comprados por seu pai, além de escrever e ilustrar suas próprias poesias. Dentro desses desenhos, Blake encontrou sua primeira exposição às formas clássicas através do trabalho de RafaelMichelangeloMaarten van Heemskerck e Albrecht Dürer. O número de impressões e livros encadernados que James e Catherine conseguiram comprar para o jovem William sugere que os Blakes desfrutaram, pelo menos por um tempo, de uma riqueza confortável.[4] Quando William tinha dez anos, seus pais sabiam o suficiente de seu temperamento obstinado, e que ele não foi enviado para a escola, mas se matriculou em aulas de desenho na escola de desenho de Pars, na Strand. Ele leu avidamente sobre assuntos de sua própria escolha. Durante este período, Blake fez explorações em poesia; Seus primeiros trabalhos mostram o conhecimento de Ben JonsonEdmund Spenser e os Salmos.[5]

Aprendizado com Basire

Em 4 de agosto de 1772, Blake tornou-se aprendiz do famoso estampador James Basire. Esse aprendizado, que estendeu-se até seus vinte e um anos, fez de Blake um profissional na arte. Segundo seus biógrafos, sua relação era harmoniosa e tranquila.

Dentre os trabalhos realizados nesta época, destaca-se a estampagem de imagens de igrejas góticas Londrinas, particularmente da igreja Westminster Abbey, onde o estilo próprio de Blake floresceu.

Aprendizado na Academia Real Inglesa

Em 1779, Blake começou seus estudos na Academia Real Inglesa, uma respeitada instituição artística londrina. Sua bolsa de estudos permitia que não pagasse pelas aulas, contudo o material requerido nos seis anos de duração do curso deveria ser providenciado pelo aluno.

Este período foi marcado pelo desenvolvimento do caráter e das ideias artísticas de Blake, que iam de encontro às de seus professores e colegas.

Casamento

Blake conheceu Catherine Boucher em 1782, quando ele estava se recuperando de um relacionamento que culminou em uma recusa de sua proposta de casamento. Ele contou a história de seu desgosto para Catherine e seus pais, e depois do que ele perguntou a Catherine: "Você tem pena de mim?" Quando ela respondeu afirmativamente, ele declarou: "Então eu te amo". Blake se casou com Catherine - que era cinco anos mais jovem - em 18 de agosto de 1782, na Igreja de Santa Maria, em Battersea. Analfabeta, Catherine assinou seu contrato de casamento com um X. A certidão de casamento original pode ser vista na igreja, onde um vitral comemorativo foi instalado entre 1976 e 1982.[6]

"Newton" de Blake (1795) demonstra sua oposição à "visão única" do materialismo científico: Newton fixa o olho em um compasso (lembrando Provérbios 8:27, uma passagem importante para Milton)[7] para escrever sobre um rolo que parece projetar de sua própria cabeça.[8]

Blake ensinou-a a ler e escrever, além de tarefas de tipografia. Catherine retribuiu ajudando Blake devotamente em seus trabalhos, durante toda sua vida.

Trabalhos

Dante e Virgílio nos portões do Inferno, A Divina Comédia

Blake escreveu e ilustrou mais de vinte livros, incluindo "O livro de Jó" da Bíblia, "A Divina Comédia" de Dante Alighieri - trabalho interrompido pela sua morte - além de títulos de grandes artistas britânicos de sua época. Muitos de seus trabalhos foram marcados pelos seus fortes ideais libertários, principalmente nos poemas do livro Songs of Innocence and of Experience ("Canções da Inocência e da Experiência"), onde ele apontava a igreja e a alta sociedade como exploradores dos fracos.

No primeiro volume de poemas, Canções da inocência (1789), aparecem traços de misticismo. Cinco anos depois, Blake retoma o tema com Canções da experiência estabelecendo uma relação dialética com o volume anterior, acentuando a malignidade da sociedade. Inicialmente publicados em separado, os dois volumes são depois impressos em Canções da inocência e da experiência - Revelando os dois estados opostos da alma humana.

William Blake expressa sua recusa ao autoritarismo em Não há religião natural e Todas as religiões são uma só, textos em prosa publicados em 1788. Em 1790, publicou sua prosa mais conhecida, O matrimônio do céu e do inferno, em que formula uma posição religiosa e política revolucionária na época: "a negação da realidade da matéria, da punição eterna e da autoridade"

(...) Ver o mundo em grão de areia

e o céu em uma flor silvestre,

sustentar o infinito na palma da mão

e a eternidade em uma hora.(...)

"Augúrios de Inocência"[9]

Apesar de seu talento, o trabalho de gravador era muito concorrido em sua época, e os livros de Blake eram considerados estranhos pela maioria. Devido a isto, Blake nunca alcançou fama significativa, vivendo muito próximo à pobreza.

Principais obras

Morte

Monumento próximo ao túmulo sem marca de Blake

No dia de sua morte, Blake trabalhava exaustivamente em A Divina Comédia de Dante Alighieri, apesar da péssima condição física que culminaria no seu fim. Seu funeral, bastante humilde, foi pago pelo responsável pelas ilustrações do livro, e apesar de sua situação financeira constantemente precária, Blake morreu sem dívidas.

Hoje Blake é reconhecido como um santo pela Igreja Gnóstica Católica, e o prêmio Blake Prize for Religious Art (Prêmio Blake para Arte Sacra) é entregue anualmente na Austrália em sua homenagem.

Referências

  1.  "Um profeta obscuro e genial." Por José Antônio Arantes, bacharel em língua e literatura pela USP - tradutor, entre outros, dos autores Virginia Woolf (Nova Fronteira), William Blake e James Joyce (Iluminuras).
  2.  poets.org/William Blake, retrieved online 13 June 2008
  3.  Bentley, Gerald Eades and Bentley Jr., G. William Blake: The Critical Heritage. 1995, p. 34-5.
  4.  Eades, Bentley, Gerald (2001). The stranger from paradise : a biography of William Blake. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 0300089392OCLC 1014520248
  5.  Wilson, Mona (dezembro de 1933). «THE LIFE OF WILLIAM BLAKE»The Journal of Nervous and Mental Disease78 (6). 690 páginas. ISSN 0022-3018doi:10.1097/00005053-193312000-00091
  6.  «Inscriptions in the Parish Church of St. Mary, Battersea»Notes and Queries. 12 de agosto de 1916. ISSN 1471-6941doi:10.1093/notesj/s12-ii.33.125
  7.  Baker-Smith, Dominic. Between Dream and Nature: Essays on Utopia and Dystopia. 1987, p. 163.
  8.  Kaiser, Christopher B. Creational Theology and the History of Physical Science. 1997, p. 328.
  9.  Bronowski, J. (1973/1979). A ascensão do homem(The Ascent of Man). Trad. Alejandro Ludlow Wiechers, Francisco Rebolledo López, Víctor M. Lozano, Efraín Hurtado y Gonzalo González Fernández. Londres/Bogotá: BBC/Fondo Educativo Interamericano.

Bibliografia

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  • ----- (1944). William Blake, 1757–1827. A man without a mask. Secker and Warburg, London. Reprints: Penguin 1954; Haskell House 1967.
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  • Kathleen RaineWilliam Blake. Oxford University 1970.
  • George Anthony Rosso Jr. (1993). Blake's Prophetic Workshop: A Study of The Four Zoas. Associated University Presses. ISBN 0-8387-5240-3.
  • Gholam Reza Sabri-Tabrizi (1973). The ‘Heaven’ and ‘Hell’ of William Blake (New York, International Publishers).
  • Basil de SélincourtWilliam Blake (London, 1909).
  • June SingerThe Unholy Bible: Blake, Jung, and the Collective Unconscious (New York: Putnam 1970). Reprinted as: Blake, Jung, and the Collective Unconscious (Nicolas-Hays 1986).
  • Sheila A. Spector (2001). "Wonders Divine": the development of Blake's Kabbalistic myth, Bucknell UP.
  • Algernon Charles SwinburneWilliam Blake: A Critical Essay. John Camden Hotten, Piccadilly, London, 2d. ed., 1868.
  • Arthur SymonsWilliam Blake. A. Constable, London 1907. Reprint: Cooper Square, New York 1970. {Includes documents of contemporaries about Wm. Blake, at 249–433.}
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  • Joseph Viscomi (1993). Blake and the Idea of the Book (Princeton University Press). ISBN 0-691-06962-X.
  • David Weir (2003). Brahma in the West: William Blake and the Oriental Renaissance (SUNY Press).
  • Jason Whittaker (1999). William Blake and the Myths of Britain (London: Macmillan).
  • W. B. Yeats (1903). Ideas of Good and Evil (London and Dublin: A. H. Bullen). {Two essays on Blake at 168–175, 176–225}.
  • A Comparative Study of Three Anti-Slavery Poems Written by William Blake, Hannah More and Marcus Garvey: Black Stereotyping by Jérémie Kroubo Dagnini for GRAAT On-Line, January 2010.
  • William Blake, o estranho que virou santo Parana-online - consultado em 10 de outubro de 2010
  • (61) 995735602 - ရာဖေးလ် Lange

Traduções

Ligações externas

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SANTA CATARINA LABOURÉ - 28 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Catarina Labouré

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Catarina Labouré
Retrato de Santa Catarina Labouré
Irmã da Caridade
NascimentoFain-lès-Moutiers (Borgonha
2 de maio de 1806
MorteReuilly, Paris 
31 de dezembro de 1876 (70 anos)
Nome nascimentoZoe Labouré
Nome religiosoIrmã Catarina
ProgenitoresMãe: Maddalena Gontard
Pai: Pierre Labouré
Veneração porIgreja Católica
Beatificação28 de maio de 1933
por Papa Pio XI
Canonização27 de julho de 1947
por Papa Pio XII
Principal temploCapela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa em ParisFrança
Festa litúrgica28 de Novembro
Gloriole.svg Portal dos Santos

Santa Catarina Labouré (2 de maio de 1806 - 31 de dezembro de 1876) foi uma freira da Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo,[1] com seu confessor Padre Aladel fundou a Juventude Mariana Vicentina. Recebeu três aparições de Nossa Senhora reconhecidas pela Igreja Católica com a revelação de um devocional: a chamada Medalha Milagrosa (Nossa Senhora das Graças).

A infância e juventude

Catarina nasceu em Fain-lès-Moutiers,[2] filha de Pierre Labouré. Quando tinha nove anos sua mãe morreu, e Catarina, a pedido de seu pai, passou a cuidar de dois de seus irmãos. Sentiu uma forte vocação religiosa, entrou para as Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Era extremamente devota, um tanto romântica, e dada a visões e intuições místicas. Foi através de um sonho que teve com São Vicente que ela escolheu a Ordem em que entrou. Tendo cedo perdido a mãe, era especialmente apegada à Santíssima Virgem Maria.

Visões

A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças.

Durante a noite 19 de julho de 1830, Catarina acordou depois de ouvir a voz de uma criança que dizia: irmã, todo mundo está dormindo, vem à capela, a Virgem Maria a espera. Acreditando na voz, Catarina segue a criança. Chegando à capela, a noviça vê a Virgem Maria que pede a jovem vidente que seja fundada por seu diretor espiritual, o sacerdote francês, Joao Maria Aladel da Congregação da Missão, uma Associação de Filhos e Filhas de Maria, atualmente conhecida como Juventude Mariana Vicentina, responsável pela difusão da Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças apresentada a Catarina nas visões posteriores que se encerraram em 27 de novembro de 1830 quando a Virgem se apresenta como Nossa Senhora das Graças.

Morte

Caixão de vidro com o corpo incorrupto de Santa Catarina Labouré.

Morreu em 31 de Dezembro de 1876.

Seu corpo foi exumado em 1933, sendo encontrado incorrupto, e hoje é exposto à veneração na capela de sua Ordem, a mesma onde aconteceram as visões, na Rue du Bac, 140, em Paris. Foi beatificada em 1933 pelo Papa Pio XI e canonizada em 27 de julho de 1947 pelo Papa Pio XII, 100 anos após a aprovação pontifical da Juventude Mariana Vicentina (J.M.V.), solicitada pela própria Catarina e pelo Padre Aladel.

Outro

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Catarina Labouré

Referências

  1.  «Santa Catarina Labouré»Arquidiocese São Paulo. 29 de outubro de 2014. Consultado em 11 de julho de 2021
  2.  «Santa Catarina de Labouré»Arquidiocese de BH. Consultado em 11 de julho de 2021

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