quarta-feira, 23 de novembro de 2022

O golpismo oportunista do Centrão - 23 DE NOVEMBRO DE 2022

 

O golpismo oportunista do Centrão

História de admin3 • Há 32 minutos
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O golpismo oportunista do Centrão
O golpismo oportunista do Centrão© Fornecido por IstoÉ
Finalmente Bolsonaro embarcou na aventura de copiar o negacionismo eleitoral de seu ídolo Donald Trump. E o Centrão de Valdemar Costa Neto apenas faz de conta que está com o presidente.Bom saber que golpismo nem sempre vale a pena. Olhando para as eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, as midterms, ficou claro que os e as negacionistas eleitorais (aqueles que só acreditam nos resultados das urnas quando ganham) perderam feio por lá. Como o processo de "terra-plana-gem política" nos Estados Unidos está dois anos a frente do do Brasil, ainda devemos ver mais loucuras por aqui.

Jair Bolsonaro sempre copiou Donald Trump. Mas ele não é um "Trump brasileiro". Ele é apenas uma cópia malfeita. Demorou mais de três semanas para decidir se embarcaria ou não na história das urnas fraudadas. Enquanto Trump planejou essa cartada bem antes das eleições e liderou toda a contestação dos resultados, Bolsonaro hesitou covardemente. Deixou seus apoiadores na chuva por semanas, enviando mensagens ambíguas por meio de seus coadjuvantes. Se der errado, ele grita seu "eu nunca falei isso". Já sabemos.

Agora deu-se início à contestação por aqui: Valdemar Costa Neto, presidente do partido do presidente, o PL, alega "desconformidades" de uma grande parte das urnas, querendo reverter a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. A mando de Bolsonaro, claro.

O TSE, por sua vez, respondeu de forma rápida: Alexandre de Moraes deu 24 horas para o PL incluir, no seu pedido, a anulação dos votos do primeiro turno. Óbvio. Se houve problemas com as urnas, que seja anulado tudo, e não apenas os votos inconvenientes.

É a terceira vez que partidos da direita desafiam os resultados das eleições no Brasil. Primeiro foi o PSDB de Aécio Neves, que questionou a vitória de Dilma Rousseff em 2014; depois foi Bolsonaro, então no PSL, que – mesmo tendo ganhado – gritou "fraude" em 2018, sem comprovar nada. Agora, ele e o PL alegam mais uma vez uma fraude nas urnas.

Mas acredito que não dará em nada. Como todos sabem, Costa Neto é uma velha raposa da política brasileira. É um homem de ambição, que já está puxando os fios em Brasília há 30 anos. Envolvido no mensalão por ter construído a aliança eleitoral entre o PT de Lula e seu PL, ele renunciou duas vezes a seu mandado, para evitar a cassação. Ele sabe muito bem o que está fazendo e em qual briga vale a pena entrar.

No primeiro turno das eleições deste ano, ele conseguiu sua consagração como líder partidário. O PL terá 99 deputados e 14 senadores no novo Congresso. Assim, Valdemar Costa Neto terá um bilhão de reais do fundo eleitoral em caixa, mais do que qualquer outro partido. Ariscaria isso, para atender às ideias mal geridas de Bolsonaro? Claro que não!

O resultado das eleições foi perfeito para Costa Neto. Quando valer a pena votar com o novo governo, assim o fará; quando for melhor estar contra, estará. Sempre de olho na próxima eleição, na qual o PL se apresentará como o mais importante partido da oposição, ganhando cada vez mais cadeiras à custa dos partidos moderados da centro-direita.

Portanto, anular as eleições deste ano é a última coisa que Valdemar Costa Neto quer. Ao mesmo tempo, tem que fingir atender às loucuras de Bolsonaro e dos terraplanistas que estão há três semanas pedindo um golpe dos militares e a ajuda de ETs. Vai achar um jeitinho para atender essa galera.

Uma galera, aliás, cada vez mais violenta e sem freios. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina, bloqueios no estado usam métodos parecidos com os de terroristas ou black blocs, com ações "criminosas e violentas". Alegam querer evitar a "venezuelanização" do Brasil, mas estão seguindo o mesmo roteiro de Hugo Chávez – mais um militar frustrado do baixo-clero com sonhos autocráticos.

Bom, os Estados Unidos já parecem estar no caminho de consertar a bagunça deixada por Trump. Por aqui, ainda vai demorar.

Thomas Milz saiu da casa de seus pais protestantes há quase 20 anos e se mudou para o país mais católico do mundo. Tem mestrado em Ciências Políticas e História da América Latina e, há 15 anos, trabalha como jornalista e fotógrafo para veículos como a agência de notícias KNA e o jornal Neue Zürcher Zeitung. É pai de uma menina nascida em 2012 em Salvador. Depois de uma década em São Paulo, mora no Rio de Janeiro há quatro anos.

O texto reflete a opinião do autor, não necessariamente a da DW.

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Escócia não pode realizar novo referendo à independência, determina Supremo Tribunal britânico - 23 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Escócia não pode realizar novo referendo à independência, determina Supremo Tribunal britânico

História de Lusa • Há 1 hora
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O parlamento regional escocês não pode legislar a realização de um segundo referendo sem o acordo de Londres.

Escócia não pode realizar novo referendo à independência, determina Supremo Tribunal britânico
Escócia não pode realizar novo referendo à independência, determina Supremo Tribunal britânico© TOBY MELVILLE

O Supremo Tribunal do Reino Unido decretou hoje que o parlamento regional escocês não pode legislar a realização de um segundo referendo sobre a independência da província britânica a pedido do governo autónomo.

Numa sentença lida hoje pelo presidente do tribunal de tribunal de última instância [equivalente ao Tribunal Constitucional em Portugal], Robert Reed, disse que "o parlamento escocês não tem o poder de legislar para um referendo sobre a independência da Escócia".

O coletivo de juízes confirmou por unanimidade que as questões de soberania estão reservadas ao parlamento de Westminster em Londres, de acordo com a Lei da autonomia da Escócia de 1998.

"A Lei da Escócia confere ao Parlamento escocês poderes limitados. Em particular, o Parlamento escocês não tem poderes para legislar em relação a assuntos que estão reservados ao Parlamento do Reino Unido em Westminster", explicou.

A Escócia e a Inglaterra estão politicamente unidas desde 1707, mas em 1999 a Escócia passou a ter em Edimburgo o seu próprio parlamento e governo, que são responsáveis por políticas de saúde pública, educação, agricultura, segurança e outros assuntos.

O Governo do Reino Unido sediado em Londres controla matérias como a defesa, política externa, imigração e política fiscal.

Respondendo ao argumento do Partido Nacional Escocês (SNP) de que o direito à determinação faz parte da lei internacional, o tribunal entende que só se aplica a casos de antigas colónias ou territórios oprimidos por ocupação militar estrangeira, ou quando um povo é impedido de "prosseguir o seu desenvolvimento político, económico, cultural e social".

"Não é a situação da Escócia", vincou, concluindo que a proposta de legislação para organizar um referendo "está de facto relacionado com matérias reservadas" ao Governo britânico sediado em Westminster.

O Executivo britânico tem recusado até agora autorizar uma repetição da consulta realizada em 2014, quando 55 por cento dos eleitores rejeitaram a independência.

Separatistas querem que a Escócia regresse à União Europeia como um Estado independente

O SNP argumenta que a saída britânica da União Europeia (UE) justifica uma repetição do referendo à independência porque o 'Brexit' foi aprovado por 52% dos britânicos mas rejeitado por 62% dos escoceses.

A primeira-ministra escocesa e líder do Partido Nacional Escocês (SNP), Nicola Sturgeon, pretendia realizar o referendo em 19 de outubro de 2023.

Antecipando o possível insucesso desta iniciativa, o SNP ameaça concorrer nas próximas eleições legislativas com um programa centrado nesta única proposta, para que o resultado seja considerado um plebiscito ao projeto.

As próximas eleições gerais do Reino Unido não têm data, mas terão de realizar-se até ao fim de janeiro de 2025 o mais tardar.

Em 2019, o SNP ganhou 48 dos 59 assentos parlamentares, com 45% dos votos na Escócia.

Nas eleições regionais de 2021, o SNP foi o mais votado pela quarta vez consecutiva, mas ficou aquém da maioria absoluta, aliando-se aos Verdes para formar uma maioria pró-independência na assembleia de Holyrood.

Os Partidos Conservador, Trabalhista e Liberal Democrata são contra a fragmentação do Reino Unido.

Escócia não pode realizar novo referendo à independência, determina Supremo Tribunal britânico
Escócia não pode realizar novo referendo à independência, determina Supremo Tribunal britânico© PETER NICHOLLS

Alerta aéreo é emitido em toda Ucrânia, explosões são relatadas em várias regiões - 23 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Alerta aéreo é emitido em toda Ucrânia, explosões são relatadas em várias regiões

História de Reuters • Há 23 minutos
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KIEV (Reuters) – Um alerta de ataque aéreo foi emitido em toda a Ucrânia nesta quarta-feira e a agência de notícias Interfax Ucrânia relatou explosões em várias regiões do sul e sudeste da Ucrânia, citando canais locais no aplicativo de mensagens Telegram.

As forças russas têm cada vez mais visado a infraestrutura vital ucraniana nas últimas semanas, enquanto enfrentam reveses no campo de batalha após a invasão de 24 de fevereiro.

(Reportagem de Dan Peleschuk)

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tagreuters.com2022binary_LYNXMPEIAM0BR-BASEIMAGE© Fornecido por IstoÉ

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