Trump volta a ser investigado por pagamento secreto a atriz pornográfica
Nova Iorque, Estados Unidos, 21 nov 2022 (Lusa) - O gabinete do novo procurador de Manhattan vai voltar a investigar o papel do ex-Presidente dos EUA Donald Trump num pagamento secreto a uma atriz pornográfica, durante a campanha presidencial de 2016.
Na época, o Ministério Público investigou o pagamento secreto, em dinheiro, que a candidatura eleitoral de Trump fez à atriz pornográfica Stormy Daniels, para impedi-la de tornar pública uma alegada relação sexual com o então candidato presidencial, o que violaria a lei do estado de Nova Iorque.
Sob o comando do novo procurador de Manhattan, Alvin L. Bragg, o Ministério Público volta ao foco original da investigação, não sendo ainda conhecido se haverá novas acusações contra Trump, que acaba de anunciar uma nova candidatura presidencial, em 2024.
Se o procurador acusar Trump sem nenhuma nova prova, corre o risco de ver o caso arquivado por um juiz ou um tribunal de recurso.
De acordo com o jornal The New York Times, para sustentar a investigação, o procurador pode tentar uma outra estratégia, que até agora não funcionou: pressionar Allen Weisselberg - diretor financeiro da campanha de Trump em 2016 e a única pessoa acusada neste caso - a cooperar.
A empresa familiar de Trump, a Trump Organization, foi a julgamento em 31 de outubro, em Nova Iorque, acusada de envolvimento em evasão fiscal e, na semana passada, Weisselberg - que se declarou culpado - testemunhou e defendeu a tese de que agiu sozinho e sem o conhecimento da família Trump.
O ex-Presidente enfrenta ainda eventuais acusações criminais por parte do Departamento de Justiça dos EUA por posse ilegal de documentos classificados que foram encontrados na sua casa em Mar-a-Lago, Florida, bem como seu papel no ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021 e ainda interferência nos resultados das eleições de 2020 no estado da Geórgia.
Trump também está envolvido em vários processos civis em Nova Iorque, incluindo uma ação civil movida pela procuradora-geral de Nova Iorque, a democrata Letitia James, que o acusa, e a três dos seus filhos, de manipular fraudulentamente o valor dos ativos da empresa familiar.
Trump ainda pode ir a julgamento, no próximo ano, por um novo processo de difamação movido pela jornalista e escritora E. Jean Carroll, que acusa o ex-Presidente de estupro, em 1995.
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