segunda-feira, 21 de novembro de 2022

COLUMBANO BORDALO PINHEIRO - PINTOR - NASCEU EM 1857 - 21 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Columbano Bordalo Pinheiro

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Columbano Bordalo Pinheiro
Auto-Retrato
Nome completoColumbano Bordalo Pinheiro
Nascimento21 de novembro de 1857
CacilhasAlmadaReino de Portugal
Morte6 de novembro de 1929 (71 anos)
LisboaPortugal
Nacionalidadeportuguesa
Principais trabalhosSoirée chez Lui, Antero de Quental, Retrato de Teófilo Braga
ÁreaPintura
Movimento(s)NaturalismoRealismo
PatronosD. Fernando II de Portugal e Condessa de Edla

Columbano Bordalo Pinheiro (Cacilhas21 de novembro de 1857 — Lisboa6 de novembro de 1929) foi um pintor naturalista e realista português.

Biografia

Assento de baptismo de Columbano Bordalo Pinheiro, datado de 26 de Maio de 1858. Paróquia de São TiagoAlmada.

Columbano era o quarto filho do escultor e também pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro e de sua esposa Augusta Maria do Ó Carvalho Prostes. Entre seus irmãos estava o caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro e a artista Maria Augusta Bordalo Pinheiro. Iniciou a sua formação na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde foi aluno de Simões de Almeida, um afamado escultor do romantismo português.

Anos após completar a sua formação, rumou a Paris, beneficiado por uma bolsa de estudos custeada pelo rei consorte D. Fernando II de Portugal, já viúvo da rainha D. Maria II de Portugal. Ali ele recebeu a influência de pintores como Manet e Edgar Degas, sendo esta notável na sua obra.

Na "cidade-luz", Columbano representou-se, em 1882, numa grande exposição, no famoso "Salon de Paris". Nesta apresentou ao público, maioritariamente burguês, o quadro Soirée chez Lui, surpreendentemente aclamado pela difícil crítica de artes parisiense.

De regresso a Portugal, juntou-se ao "Grupo do Leão", o qual tencionava renovar a estética das composições na arte do país. Deste período ficaram celebres os retratos de Ramalho OrtigãoTeófilo BragaEça de Queirós e Antero de Quental, por ele pintados. Para além disto, deu nova ênfase aos palácios lisboetas, ao pintar os painéis que se encontram na sala de recepções do Palácio de São Bento, os Painéis dos Passos Perdidos. Foi também pintor de História, sendo o autor de várias obras para o Museu Militar de Lisboa, designadamente de Drama de Inês de Castro.

Tornou-se, em 1901professor de pintura histórica na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde se formara na sua juventude. Em 1914, Bordalo Pinheiro foi nomeado pelo novo regime republicano, então recentemente instaurado, para o cargo de director do Museu Nacional de Arte Contemporânea (1911), sucedendo a Carlos Reis. Demitiu-se em 1927.

Foi colaborador artístico das revistas O António Maria[1] (1879-1885;1891-1898), Ilustração Popular [2] (1884), Lisboa creche: jornal miniatura [3] (1884), Atlantida[4] (1915-1920) e Contemporânea[5] (1915-1926).

A 23 de dezembro de 1919, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. A 14 de fevereiro de 1920, foi elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem.[6]

Obras com artigos na Wikipédia

Galeria

Ver também

  • Lista de pintores de Portugal

Referências

  1.  Rita Correia (27 de Outubro de 2006). «Ficha histórica: O António Maria (1879-1885;1891-1898).» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 12 de Maio de 2014
  2.  Helena Roldão (5 de abril de 2017). «Ficha histórica: A illustração popular : chronica semanal (1884)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 25 de setembro de 2017
  3.  Catálogo BLX. «Lisboa crèche : jornal miniatura oferecido em benefício das creches a sua majestade a Rainha a Senhora Dona Maria Pia, maio de 1884, página 2, ficha técnica – registo bibliográfico.». Consultado em 21 de maio de 2020
  4.  Rita Correia (19 de Fevereiro de 2008). «Ficha histórica: Atlantida: mensário artístico, literário e social para Portugal e Brasil» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Junho de 2014
  5.  «Contemporânea (1915-1926) cópia digital, Hemeroteca Digital». hemerotecadigital.cm-lisboa.pt
  6.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Columbano Bordalo Pinheiro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de julho de 2019
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Ligações externas

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APRESENTAÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA - 21 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Apresentação de Nossa Senhora

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jovem Maria apresentada ao Templo.
No Museu do Palácio Real de Milão

Apresentação da Virgem Maria (no ocidente) ou A Entrada da Mais Sagrada Thetokos no Templo (no oriente) são nomes de uma festa litúrgica celebrada pela Igreja Católica, inclusive as de tradição oriental, e pela Igreja Ortodoxa.

A festa está associada com um evento que não está relatado no Novo Testamento, mas no apócrifo Evangelho de Tiago. De acordo com o relato, os pais da Virgem MariaJoaquim e Ana, que não podiam ter filhos, receberam uma mensagem de que teriam um filho. Como agradecimento pela graça da filha que lhes veio, eles a levaram ainda pequena para o Templo em Jerusalém para consagrá-la a Deus. Versões posteriores da história (como no Evangelho de Pseudo-Mateus e no Evangelho da Natividade de Maria) nos contam que Maria foi levada para o Templo com cerca de três anos de idade para cumprir uma promessa. A tradição conta que ela permaneceu ali para se preparar para o seu futuro papel como Mãe de Deus (Teótoco em grego).

Na tradição oriental, esta é uma das datas nas quais se batizam as meninas nascidas com o nome de Maria (Μαρία).

História

Emblem of the Papacy SE.svg

Série de artigos sobre
Mariologia católica
Murillo immaculate conception.jpg

Maria, mãe de Jesus
Devoção

Hiperdulia • Imaculado Coração • Sete Alegrias • Sete Dores • Coroa das Lágrimas • Santo Rosário • Escapulário do Carmo

Orações marianas famosas

Ave Maria • Magnificat • Angelus • Infinitas graças vos damos • Lembrai-vos • Salve-rainha

Dogmas e Doutrinas

Mãe de Deus • Perpétua Virgindade • Imaculada Conceição • Assunção ao Céu • Mãe da Igreja • Medianeira e Advogada • Corredentora • Rainha do Céu

Aparições marianas

Crenças reconhecidas ou dignas de culto
Guadalupe • Medalha Milagrosa •
La Salette • Lourdes • Fátima • Campinas • Akita • Prouille


Títulos da Virgem Maria


Virgem Maria na arte

A Apresentação da Virgem Maria por Ticiano (1534-38, Galeria dell'AccademiaVeneza).

O relato da apresentação da Virgem Maria no Templo se baseia principalmente no Evangelho de Tiago, que tem sido datado pelos historiadores em por volta de 200 d.C. A história relata que para agradecer o nascimento da filha Maria, Joaquim e Ana decidiram consagrá-la a Deus e a levaram, aos três anos, para o Templo em Jerusalém. A apresentação de Maria traça paralelos com a do profeta Samuel, cuja mãe, Ana (Hannah), como Ana, também acreditava ser estéril e ofertou o filho como presente a Deus em Siló[1].

Maria permaneceu no Templo até os doze anos[1], quando foi confiada a José, seu novo guardião. De acordo com a tradição copta, Joaquim morreu quando Maria tinha seis anos de idade e sua mãe, quando ela tinha oito[1]. Ainda que sem nenhum fundamento histórico, a tradição serve para demonstrar que Maria, mesmo na infância, já estava completamente dedicada a Deus. É deste relato que que surgiu a festa da Apresentação de Maria[2].

Festa

A festa teria surgido como resultado da dedicação da Basílica de Santa Maria, a Nova, construída em 543 pelos bizantinos e patrocinada pelo imperador Justiniano I perto do local do arruinado Templo de Jerusalém[2]. Esta basílica foi destruída pelos persas sassânidas de Cosroes II após a conquista de Jerusalém em 614. A primeira celebração da festa documentada em um calendário é a menção à "Εἴσοδος τῆς Παναγίας Θεοτόκου" ("Entrada da Mais Sagrada Teótoco" [no Templo]) no Menológio de Basílio II, um menológio do século XI do imperador Basílio II Bulgaróctono.

A festa continuou a ser celebrada por todo o oriente, com ocorrências também em mosteiros do sul da Itália no século IX e foi introduzida na nova capela papal em Avinhão em 1372 por decreto do papa Gregório IX[3][4]. Ela finalmente foi incluída no Missal Romano em 1472, mas acabou suprimida por Pio V em 1568[3] e, por isso, não aparece no Calendário tridentino. O papa Sisto V reintroduziu-a no calendário romano em 1585[5] e Clemente VIII fez dela uma um festa dupla maior em 1597[3]. Ela continua como um memória no Calendário Romano Geral Romano.

Celebração litúrgica

Igreja Ortodoxa comemora a Apresentação de Maria em 21 de novembro como uma de suas Doze Grandes Festas. Para as igrejas que ainda seguem o calendário juliano, a data cai em 4 de dezembro. Contudo, independente disto, ela sempre cai durante o Jejum da Natividade mas, no dia da festa, as regras do jejum são flexibilizadas para que peixe, vinho e óleo possam ser consumidos.

Para a Igreja Católica, no dia da Apresentação de Maria, "nós celebramos a dedicação de si própria que Maria fez a Deus desde a sua tenra infância sob a inspiração do Espírito Santo, que preencheu-a com sua graça..."[6]. O papa Paulo VI, em sua encíclica de 1974, Marialis Cultus, escreveu que "apesar de seu conteúdo apócrifo, [a história da Apresentação] apresenta elevados e exemplares valores e avança veneráveis tradições de origem nas igrejas orientais"[2].

As três festas do NascimentoSanto Nome de Maria e a Apresentação no Templo correspondem, no ciclo mariano, com as três primeiras festas do ciclo de Jesus, o Nascimento de Jesus (Natal), o Santo Nome de Jesus e a Apresentação de Jesus no Templo[7]. O dia 21 de novembro é também um dia Pro Orantibus, um dia de oração para as freiras enclausuradas "totalmente dedicadas a Deus em oração, silêncio e retiro"[8].

Legado

Basílica de São Pedro contém uma "Cappella della Presentazione", com um altar dedicado a São Pio X[9].

As Irmãs da Apresentação, também conhecidas como "Irmãs da Apresentação da Abençoada Virgem Maria", um instituto religioso para mulheres católicas romanas, foi fundado em Cork, na Irlanda, por Nano (Honoria) Nagle in 1775. A congregação das "Irmãs da Apresentação de Maria", dedicada à educação dos jovens, foi fundada em 21 de novembro de 1796 em Thueyts, na França, por Marie Rivier[10].

Na arte

As representações ocidentais geralmente se concentram na figura sozinha da jovem Maria subindo os degraus do Templo, tendo deixado para trás os pais e subindo na direção do sumo sacerdote e de outras pessoas no Templo. O tema também é uma das cenas habituais nos ciclos maiores sobre a Vida da Virgem, embora ele não seja geralmente uma das cenas mostradas nos livros de horas.

Galeria

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c «Peters, Sr. Danielle. "The Holy Land: In the Footsteps of Mary of Nazareth", Marian Library, University of Dayton». Consultado em 11 de junho de 2013. Arquivado do original em 12 de junho de 2013
  2. ↑ Ir para:a b c «Mauriello, Matthew R., "November 21: Presentation of Mary", Fairfield County Catholic, 1996». Consultado em 11 de junho de 2013. Arquivado do original em 3 de outubro de 2013
  3. ↑ Ir para:a b c "The Saint Andrew Missal, with Sundays and Feasts," by Dom Gaspar LeFebvre, O.S.B., Saint Paul, MN: The E. M. Lohmann Co., 1952, p. 1684
  4.  William E. Coleman, Ed. "Philippe de Mezieres' Campaign for the Feast of Mary's Presentation," Toronto: Pontifical Institute of Mediaeval Studies, 1981, pp. 3-4.
  5.  "Calendarium Romanum" (Libreria Editrice Vaticana, 1969), pp. 108-109
  6.  "Liturgia das Horas," 21 de novembro
  7.  «"The Presentation of the Blessed Virgin Mary", Passionist Nuns». Consultado em 11 de junho de 2013. Arquivado do original em 23 de novembro de 2013
  8.  Discurso de Angelus do papa Bento XVI, 19 de novembro de 2006
  9.  "Presentation Chapel", St. Peter's Basilica
  10.  «Sisters of the Presentation of Mary». Consultado em 11 de junho de 2013. Arquivado do original em 10 de outubro de 2012

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