Alterações climáticas: Macron quer "países não europeus ricos" a pagarem a sua "parte"
"Os Estados Unidos e a China têm de estar realmente envolvidos, porque os europeus são 'os únicos a pagar'"
O Presidente francês assegurou esta segunda-feira, à margem da COP27 no Egito, que quer "pressionar" os "países não europeus ricos", e em particular os Estados Unidos, a pagarem a sua "parte" para ajudar os mais pobres face às alterações climática.
"Os Estados Unidos e a China têm de estar realmente envolvidos, porque os europeus são 'os únicos a pagar'", disse Emmanuel Macron durante um intercâmbio com jovens em Sharm el-Sheikh.
“Devemos, portanto, pressionar os países ricos não europeus, e dizer-lhes 'vocês devem pagar a sua parte'.”
Os chefes de Estado e de governo que participarão na COP27 começaram a chegar esta segunda-feira ao centro de convenções da cidade egípcia que abriga o maior conclave global de combate às mudanças climáticas.
Os participantes são recebidos pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, e pelo Presidente do Egipto, Abdelfatah al Sisi.
Entre os participantes estão os recém-nomeados primeiros-ministros do Reino Unido, o conservador Rishi Sunak, e de Itália Giorgia Meloni.
O primeiro-ministro português, António Costa, inicia esta segunda-feira a sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), estando presente no lançamento do novo movimento denominado Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA).
Decisores políticos, académicos e organizações não-governamentais reúnem-se até dia 18 em Sharm el-Sheikh, na 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) com o objetivo de tentar travar o aquecimento do planeta, limitando o aquecimento global a 2ºC (graus celsius), e se possível a 1,5ºC, acima dos valores médios da época pré-industrial.