quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Putin exige equipamento “mais moderno, confortável e eficaz” para as forças russas - 26 DE OUTUBRO DE 2022

 

Putin exige equipamento “mais moderno, confortável e eficaz” para as forças russas

Lusa - Ontem às 21:12
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O presidente russo quer que o equipamento utilizado na “operação militar especial” na Ucrânia seja melhor e, para isso, pediu a redução das condutas burocráticas que atrasam o fornecimento de material aos militares

Putin exige equipamento “mais moderno, confortável e eficaz” para as forças russas
Putin exige equipamento “mais moderno, confortável e eficaz” para as forças russas© SPUTNIK/Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, exigiu esta terça-feira que as forças russas que lutam na Ucrânia tenham equipamento “mais moderno, confortável e eficaz”.

O líder do Kremlin falava durante uma reunião do Conselho de Coordenação do Governo para garantir as necessidades do Exército russo.

“Não só devemos garantir o equipamento utilizado na operação militar especial (designação do Kremlin para a invasão da Ucrânia) como deve ser moderno, confortável e eficaz”, salientou.

O chefe de Estado russo pediu a redução das condutas burocráticas que atrasam o fornecimento de equipamentos aos militares.

“As normas são normas, mas devem ser mudadas ou modificadas rapidamente (...), orientando-nos na situação real, nas reais necessidades”, apontou.

O alerta visa minimizar as falhas descobertas durante o processo de mobilização parcial.

De acordo com a imprensa russa, entre outros problemas, houve casos de entrega de armas semiautomáticas enferrujadas, coletes à prova de bala de qualidade fraca, capacetes da Segunda Guerra Mundial.

Além disso, em alguns casos os centros de recrutamento solicitaram aos mobilizados que usassem os seus próprios equipamentos, como sacos-cama e kits de primeiros socorros.

Nesse sentido, Putin estimulou os membros do Conselho, chefiado pelo primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, a definir “um plano de trabalho preciso e concreto” para superar os problemas.

O Presidente russo pediu um aumento no número de empresas que produzem equipamentos para o Exército e destacou que devem receber “feedback direto” dos militares sobre a eficácia do material.

Segundo o primeiro-ministro, o Governo já destinou fundos adicionais para a compra de uniformes e outros equipamentos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus —, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A agressão russa — justificada por Vladimir Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6306 civis mortos e 9602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Pena máxima para homem acusado de crimes de incêndio florestal - 26 DE OUTUBRO DE 2022

 

Pena máxima para homem acusado de crimes de incêndio florestal

Lusa - Há 33 minutos
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Engenheiro eletrotécnico, de 39 anos, estava acusado de 16 crimes de incêndio florestal, um dos quais agravado, ocorridos entre 2017 e 2020 na região Centro.

Pena máxima para homem acusado de crimes de incêndio florestal
Pena máxima para homem acusado de crimes de incêndio florestal© Fornecido por SIC Notícias

O Tribunal de Castelo Branco condenou esta quarta-feira a 25 anos de prisão, pena máxima, o engenheiro eletrotécnico acusado de 16 crimes de incêndio florestal, um dos quais agravado, ocorridos entre 2017 e 2020 na região Centro.

Em acórdão proferido no Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco, o coletivo de juízes deu como provado os factos relativamente aos incêndios florestais e condenou o arguido a uma pena de nove anos de prisão por cada um dos 15 incêndios e a uma pena agravada de 11 anos de prisão por um incêndio que causou uma vítima.

O homem de 39 anos, residente no concelho da Sertã, no distrito de Castelo Branco, estava em prisão preventiva desde julho de 2021.

Na primeira sessão de julgamento, o arguido assumiu perante o tribunal que os factos que constam na acusação do Ministério Público (MP) são "verdade integralmente", exceto o incêndio registado em 22 de junho de 2017, sobre o qual afirmou "não se recordar", embora tenha admitido conhecer o local onde aquele ocorreu.

Segundo o presidente do coletivo de juízes, João Mateus, o arguido "atuou de forma dolosa, conscientemente e sabendo que a sua conduta era punível por lei".

Considerou ainda que o "grau de ilícito foi elevado" e que "o arguido espalhou o terror ao longo dos anos" junto das comunidades afetadas.

Na decisão proferida, pesou também a formação do arguido, que se formou em engenharia eletrotécnica e que, segundo o coletivo, "usou as competências para construir engenhos incendiários ao longo de dias, meses e anos".

"O arguido agiu deliberadamente", sentenciou.

O juiz João Mateus salientou ainda que, segundo o psiquiatra, o arguido "sempre teve total capacidade de se autodeterminar e nunca esteve ausente da realidade".

O pedido de indemnização civil feito pelo Ministério Público e pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, de 4,4 milhões de euros, foi considerado procedente. Este é o valor despendido nos meios que estiveram envolvidos no combate aos incêndios.

À agência Lusa, o advogado do engenheiro eletrotécnico manifestou a intenção de recorrer da sentença.

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