terça-feira, 25 de outubro de 2022

Mundo enfrenta "a primeira crise verdadeiramente global de energia" - 25 DE OUTUBRO DE 2022

 

Mundo enfrenta "a primeira crise verdadeiramente global de energia"

Carlos Santos Neves - RTP - Há 2 horas
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Foi por ocasião da Semana Internacional de Energia que o diretor-geral da AIE chamou a atenção para o duplo desafio dos mercados de gás natural liquefeito e do petróleo.

Os impactos da guerra na Ucrânia, em particular os constrangimentos nos mercados de gás natural liquefeito e a opção da OPEP+ pelo corte na produção de petróleo, empurraram o mundo para “a primeira crise verdadeiramente global de energia”. A avaliação foi deixada esta terça-feira, em Singapura, pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol.
Os impactos da guerra na Ucrânia, em particular os constrangimentos nos mercados de gás natural liquefeito e a opção da OPEP+ pelo corte na produção de petróleo, empurraram o mundo para “a primeira crise verdadeiramente global de energia”. A avaliação foi deixada esta terça-feira, em Singapura, pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol.© Isabel Kua - Reuters

Por um lado, sublinhou o economista turco Fatih Birol, citado pela agência Reuters, é expectável que o incremento das importações europeias de gás natural liquefeito e a possibilidade de uma procura renovada da China por este combustível acabem por “apertar” o mercado – tendo em conta a previsão, para o próximo ano, de um input em nova capacidade de apenas 20 mil milhões de metros cúbicos.

Em simultâneo, as economias internacionais terão de lidar com o impacto da decisão, por parte da Organização de Países Exportadores de Petróleo e respetivos aliados (OPEP+), de cortar a produção em dois milhões de barris por dia. Uma escolha “arriscada”, observou o Birol, quando a AIE estima em quase dois milhões de barris diários o crescimento da procura global em 2022.

“Considero esta decisão verdadeiramente infeliz”, afirmou Fatih Birol, referindo-se ao corte na produção fixado pela OPEP+.

Nas palavras do diretor-geral da Agência Internacional de Energia, é “especialmente arriscado” face ao quadro de “várias economias em todo o mundo à beira da recessão”.

Outra ideia enunciada pelo responsável em Singapura foi a de que o mundo vai continuar a necessitar de petróleo russo a fluir, mesmo com a imposição de um teto aos preços.

Recorde-se que o G7 chegou a acordo, no mês passado, para limitar, até ao início de dezembro, a venda de petróleo russo, por via de um teto nos preços.

Birol contrapôs, ainda assim, que o atual contexto de crise energética pode encontrar uma curva de recuperação se vingar a via das denominadas energias limpas e renováveis. Esta transição encontra na “segurança energética” o “motor número um”.

NATO recusa alegação russa de que Kyiv vai usar uma 'bomba suja' - 25 DE OUTUBRO DE 2022

 

NATO recusa alegação russa de que Kyiv vai usar uma 'bomba suja'

Lusa - Há 4 horas

A NATO garantiu na segunda-feira que "recusa" a alegação da Federação Russa de que a Ucrânia vai usar uma 'bomba suja' no seu próprio território e rejeita que este argumento sirva de desculpa para Moscovo agravar a situação no terreno.

A NATO garantiu na segunda-feira que "recusa" a alegação da Federação Russa de que a Ucrânia vai usar uma 'bomba suja' no seu próprio território e rejeita que este argumento sirva de desculpa para Moscovo agravar a situação no terreno.
A NATO garantiu na segunda-feira que "recusa" a alegação da Federação Russa de que a Ucrânia vai usar uma 'bomba suja' no seu próprio território e rejeita que este argumento sirva de desculpa para Moscovo agravar a situação no terreno.© Reuters

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, informou, na rede social Twitter, que tinha falado com o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e o ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, sobre "a falsa afirmação da Rússia de que a Ucrânia se estava a preparar para usar una 'bomba suja' no seu próprio território".

Uma 'bomba suja' é um engenho explosivo que, ao explodir, espalha elementos radioativos na atmosfera e na superfície do terreno.

No seu texto, Stoltenberg acentuou: "Os aliados da NATO recusam esta alegação. A Rússia não a deve utilizar como pretexto para uma escalada".

O ministro da defesa russo, Serguei Shoigu, e Austin falaram no domingo, pela segunda vez em uma semana, sobre a situação na Ucrânia, informaram as duas partes.

Também no domingo, Shoigu falou com Wallace, com este a assegurar, em comunicado, que recusou as alegações de que a Ucrânia estava a preparar ações "facilitadas" por Estados ocidentais, como o Reino Unido, para aumentar a tensão no conflito.

Entretanto, na segunda-feira também, a Organização Internacional de Energia Atómica (OIEA) informou que vai enviar inspetores a duas instalações nucleares ucranianas, a pedido das autoridades de Kiev.

Este envio de inspetores está relacionado com as acusações russas relativas +a mencionada 'bomba suja'.

Esta agência nuclear da ONU também não tem qualquer indício de que Kiev tenha desviado material nuclear ou de atividades ucranianas não declaradas.

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