Irão disposto a dialogar com Kiev após alegações "infundadas" sobre drones
O Ministério dos Negócios Estrangeiros assegurou que "o Irão está pronto para negociar e discutir com a Ucrânia para solucionar estas acusações".
O Irão afirmou estar disposto a dialogar com Kiev para clarificar as alegações "sem fundamento" sobre o fornecimento à Rússia de armas e drones.
Kiev e os aliados ocidentais acusaram a Rússia de utilizar nas últimas semanas drones de fabrico iraniano para atacar a Ucrânia.
O Kremlin afirmou não ter conhecimento da utilização dessas armas pelo exército russo.
Ao considerar tais afirmações "sem fundamento" e "baseadas em falsas informações", o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, assegurou que "o Irão está pronto para negociar e discutir com a Ucrânia para solucionar estas acusações".
"As afirmações segundo as quais a República Islâmica envia armas, incluindo 'drones' de combate, para serem utilizadas na guerra na Ucrânia" são "falsas", declarou o ministério.
Após diversos ataques dos chamados drones kamikaze sobre Kiev, a Ucrânia pediu à União Europeia (UE) que impusesse novas sanções a Teerão.
O chefe da diplomacia ucraniana sugeriu ao Presidente da Ucrânia a rutura das relações diplomáticas com o Irão. Segundo Kuleba, Teerão forneceu drones iranianos à Rússia "dizendo-nos que é contra a guerra e que não apoia nenhuma das partes".
O ministério iraniano considerou que as alegações sobre os fornecimentos de armamento se inserem numa "intencional instauração, com objetivos políticos e pelos 'media' de certos países, de um clima" hostil a Teerão.
"A República Islâmica, desde o início do conflito, sempre sublinhou a necessidade de pôr termo e resolver os diferendos por meios pacíficos", acrescentou o porta-voz. Em setembro, a Ucrânia já tinha reduzido a presença diplomática iraniana no país, em represália por alegadas entregas de armamento de Teerão a Moscovo.