Berlusconi regressa ao Parlamento nove anos depois e leva a mulher
O antigo primeiro-ministro tinha sido expulso da câmara alta do Parlamento italiano, em 2013, após uma condenação por fraude fiscal.
O antigo primeiro-ministro italiano e líder do partido conservador Força Itália, Silvio Berlusconi, vai regressar ao Parlamento italiano ao fim de nove anos. A mulher, Marta Fascina, juntar-se-lhe-á nas fileiras dos novos deputados.
De acordo com os resultados definitivos das eleições legislativas de domingo em Itália, aos 85 anos, Silvio Berlusconi obteve em Monza os mais de 50% de votos necessários para regressar ao Senado, depois de expulso da câmara alta do Parlamento italiano em 2013, devido à aplicação de uma lei anticorrupção após uma condenação por fraude fiscal.
A proibição do exercício de cargos públicos decorrente da condenação terminou em 2019, o que permitiu ao empresário multimilionário italiano candidatar-se nesse ano ao Parlamento Europeu e ser eleito. A mulher, Marta Fascina, de 32 anos, foi eleita também pelo Força Itália para a câmara baixa do Parlamento em Marsala.
De acordo com os resultados finais divulgados esta terça-feira, o partido de extrema-direita Irmãos de Itália (FdI), de Giorgia Meloni, venceu as eleições de domingo com 26% dos votos, e a coligação que lidera, juntamente com a Liga, também de extrema-direita, de Matteo Salvini, e o Força Itália, de Silvio Berlusconi, obteve uma clara maioria no Parlamento.
A Liga, de Matteo Salvini, conquistou 8,8% dos votos (em vez dos 13% de 2018), e o Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, 8,1% (14% em 2018), segundo os números do Ministério do Interior, citados pela agência de notícias francesa AFP. A coligação destes três partidos e de uma formação mais pequena com menos de 01% obteve 43,8% dos votos.
Estes resultados da coligação de direita e extrema-direita liderada por Giorgia Meloni traduzem-se em 237 dos 400 lugares na Câmara dos Deputados, e em 115 dos 200 lugares no Senado.
O Partido Democrata (PD), de centro-esquerda, foi o segundo mais votado, com 19% dos votos nas eleições legislativas antecipadas. Em conjunto com os seus aliados verdes e de esquerda, ocupará 84 lugares na Câmara dos Deputados e 44 no Senado.
O Movimento 5-Estrelas obteve 15,4% dos votos, o que lhe valeu 52 lugares na Câmara dos Deputados e 28 no Senado. A aliança centrista Ação recolheu 7,8% dos votos e ocupará 21 lugares na Câmara dos Deputados e nove no Senado. Os restantes lugares serão distribuídos por partidos mais pequenos.