segunda-feira, 8 de agosto de 2022

SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO - 8 DE AGOSTO DE 2022

 

Domingos de Gusmão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Domingos de Gusmão
São Domingos de Gusmão pintado em 1670 pelo pintor espanhol Claudio Coello
Fundador e Mestre Geral da
Ordem dos Pregadores
NascimentoCaleruega 
24 de junho de 1170
MorteBolonha 
6 de agosto de 1221 (51 anos)
Canonização2 de julho de 1234
Roma
por Papa Gregório IX
Festa litúrgica8 de agosto (Missa Nova),

4 de Agosto (Calendário Romano Tradicional)

PadroeiroAstrônomos, TocantinsRepública DominicanaSaubaraSão Domingos do CapimSão Domingos do Prata.
PolêmicasTribunal do Santo Ofício
Gloriole.svg Portal dos Santos

São Domingos de Gusmão (CaleruegaReino de Castela24 de Junho de 1170 — Bolonha6 de Agosto de 1221) foi um frade e santo católico fundador da Ordem dos Pregadores, cujos membros são conhecidos como Frades Dominicanos.

Biografia

Filho de Joana de Aza e Félix de Gusmão, Domingos nasceu na zona de fronteira do Reino de Castela. Seus pais pertenciam à pequena nobreza guerreira, encarregue de assegurar as praças militares da fronteira com o sul dominado ainda pelos muçulmanos.

Domingos, que teve desde cedo inclinação para a vida religiosa, vai em 1189 estudar para Palência, tornando-se, após a conclusão dos estudos membro em 1196, do cabido da sua diocese natal, Osma.

Em 1203, o rei de Castela solicita ao bispo de Osma que este fosse negociar e trazer uma princesa da Dinamarca para se tornar esposa do seu filho, tendo Domingos sido companheiro de viagem do seu bispo, Diogo. Durante a viagem, Domingos ficou para sempre impressionado com o desconhecimento da doutrina cristã dos povos da Europa do norte, tornando-se-lhe evidente que se tornava necessário ir evangelizar aqueles povos, em especial um com que certamente contactou, os cumanos.

Em 1205, Domingos e Diogo, para conclusão do objetivo inicial, realizaram nova missão ao norte da Europa, tendo também efetuado uma peregrinação a Roma e a Cister. No sul de França, junto a Montpellier, encontraram legados do Papa que pregavam contra as heresias dos Albigenses, ou Cátaros. Esse grupo afirmava que dois princípios dividiam o Universo: o princípio bom, espiritual, e o princípio mau, material. O homem era a junção dos dois princípios, um anjo aprisionado num corpo. O dever do homem seria aproximar-se da verdade tendo como fator mediante a razão. Por isso que tal heresia conquistou muitos adeptos. De 1119, quando a heresia foi condenada no Concílio de Toulouse,[1] até 1179, Roma contentou-se em enviar pregadores para a região, sem obter muito sucesso.[2] Somente em 1209, após campanha militar de 20 anos, iniciada pela Igreja Católica, foram os cátaros quase que totalmente eliminados.[3]

Diogo e Domingos, perante a evidência das dificuldades sentidas na missão dos legados papais, convencem-nos a adotar uma estratégia de simplicidade ao estilo apostólico e mendicante, pois que os legados, até aí, deslocavam-se com grande pompa, criados e riquezas. Os legados deixam-se convencer, despachando para casa tudo o que fosse supérfluo, na condição de que Diogo e Domingos os acompanhassem e os dirigissem na missão, que esses fizeram. O Papa Inocêncio III, descobrindo virtudes nessa nova forma de pregação, aprova-a e manda Diogo e Domingos para a “santa pregação”. Diogo, sendo bispo, por razão das suas responsabilidades e não podendo ficar muito mais tempo naquela região, regressou à sua diocese, falecendo pouco tempo depois. Domingos continuou na região, muitas vezes sozinho.

A pregação e o início da Ordem

c. 1208. Esta pintura do século XV por Pedro Berruguete mostra a lenda de São Domingos de Gusmão e seu opositor albigense disputante jogando seus livro no fogo. O livro de são Domingos teria, miraculosamente, pulado do fogo.

Em 1206, um grupo de mulheres convertidas do catarismo por Domingos pede-lhe apoio e ele encontra uma casa para elas morarem em Prouille, dá-lhes uma regra de vida simples, de oração e reclusão, no que veio a ser a primeira comunidade religiosa dominicana de monjas de clausura. Domingos encarava essa comunidade como “ponto de apoio à santa pregação”, pois que aquelas religiosas, por intermédio da oração, seriam o apoio dos pregadores.Em 1208, encontra-se completamente sozinho na missão de pregar pelas localidades do sul de França. Em 1210, está na região de Toulouse, palco de violentos combates entre senhores feudais e heréticos cátaros.

Em 1214, está em Carcassonne onde assiste a duras batalhas entre as duas partes e onde começa a juntar-se um pequeno grupo de companheiros que com ele adoptam a vida de pregadores itinerantes. No mesmo ano, torna-se pároco de Fanjeaux, localidade junto a Prouille e à sua comunidade feminina.

A casa religiosa de São Domingos em ToulouseFrança.

Em 1215, em Toulouse, adopta uma regra de vida para a sua comunidade de pregadores, obtendo a aprovação do Bispolocal. No entanto, seu objectivo era criar uma ordem religiosa que não ficasse restrita a um local, a uma diocese, mas sim que tivesse um mandato geral, por forma a poder actuar em todos os territórios onde fosse necessária a evangelização. Dirige-se nesse mesmo ano a Roma, onde decorria o Concílio de Latrão, por forma a obter o reconhecimento da sua Ordem. No entanto, o concílio, perante tantos e diferentes novos movimentos que surgiram um pouco por todo lado, e por forma a evitar a anarquia, decide proibir que sejam aceites novas ordens religiosas.

Aconselhado pelo Papa, e de regresso a Toulouse, Domingos e os seus companheiros estudam as várias Regras de vida religiosa já existentes e optam pela Regra de Santo Agostinho. Entretanto, o Papa Inocêncio III morre e Honório III torna-se Papa, sendo um admirador e amigo de Domingos e dos seus pregadores. Em 1216, Domingos volta a Roma com a sua Regra e a seu pedido, o Papa pede à Universidade de Paris o envio para Toulouse de alguns professores destinados ao ensino e à pregação. Entretanto, o Papa confirma a regra da Ordem dos Pregadores como religiosos “totalmente dedicados ao anúncio da palavra de Deus”. Logo após o reconhecimento da Ordem, Domingos envia os seus primeiros discípulos, dois a dois, a fundar novas comunidades em ParisBolonhaRoma e a Espanha. Domingos acreditava que apenas o estudo profundo da Bíblia poderia dar os meios necessários para uma pregação eficaz. Assim, envia os seus irmãos para as principais cidades universitárias do seu tempo, por forma a não só adquirem os conhecimentos necessários, como para agirem e recrutarem novos membros entre as camadas estudantis e intelectuais do seu tempo.

A aparição da Virgem Maria e a revelação do Santo Rosário

Domingos de Gusmão foi o grande propagador da oração do Santo Rosário e da devoção à Nossa Senhora do Rosário.

Em 1214, São Domingos estava na cidade de Toulouse, em França. Segundo tradições católicas, enquanto orava e fazia penitência pelos pecados dos homens, tendo passado três dias e três noites rezando e macerando o seu corpo com o objetivo de aplacar a cólera divina, parecia estar já morto pelas severas disciplinas quando a Virgem Maria lhe apareceu. Com Sua voz materna, disse-lhe:

«– Sabes tu, meu querido Domingos, de que arma se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo?»

«– Ó Senhora! – respondeu ele, – Vós o sabeis melhor que eu, porque depois de vosso Filho, Jesus Cristo, fostes o principal instrumento de nossa Salvação.»

Respondeu-lhe Maria Santíssima:

«– Sabei que a peça principal da bateria foi a saudação angélica, que é o fundamento do Novo Testamento; e, portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza o meu saltério.»

Após a aparição mariana, São Domingos entrou na Catedral de Toulouse para reunir e falar aos fiéis, enquanto os sinos começaram a tocar sem qualquer intervenção humana. Quando o santo começou a pregar, uma espantosa tormenta se iniciou, houve um tremor de terra, o sol se velou, ouviram-se terríveis trovões e o céu iluminou-se de relâmpagos. Uma imagem de Nossa Senhora levantou três vezes os braços para pedir a Deus justiça para aqueles que não se arrependessem e recorressem à Sua proteção. São Domingos, perante tal fenómeno, orou das orações do Santo Rosário e, por fim, cessou a tormenta. Pôde ele, então, continuar tranquilamente a sua pregação, e fê-lo com tal zelo e ardor nas palavras que os habitantes da cidade abraçaram quase todos a devoção ao Rosário da Virgem Maria. Em pouco tempo, teria sido vista uma substancial conversão de vida das pessoas.[4][5]

A fundação da Ordem religiosa

Em 1218 Domingos está em Roma, a visitar as novas casas, dirigindo-se depois para a Península Ibérica onde um dos seus primeiros companheiros, o português Soeiro Gomes tinha fundado algumas casas. No principio de 1219, Domingos vai a Paris e posteriormente volta a Itália.

São Domingos em oração.

Em 1220 reúne em Bolonha o primeiro Capítulo da Ordem, fazendo-se algumas alteração às respectivas constituições canónicas, estando presentes dezenas de frades vindos de muitos pontos distantes da Europa. É adoptado o modelo de governo democrático, pelo qual todos os superiores de casas são eleitos por todos os membros da comunidade. Em 1221 funda em Roma o convento de monjas de São Sisto e realiza o segundo Capítulo da Ordem no qual esta passou a estar organizada em províncias. O modelo democrático estende-se a toda a Ordem, mediante o qual para cada Capítulo Geral participam por direito os Priores Provinciais e delegados eleitos por todas as comunidades, sendo que o Mestre-geral da Ordem dos Pregadores é também eleito. São enviados irmãos pregadores para InglaterraEscandináviaPolóniaHungria e Alemanha.

Completamente desgastado pelo esforço, morre em 6 de Agosto, Bolonha. É canonizado em 1234.

Igrejas de São Domingos de Gusmão na Bahia

Igreja da Ordem Terceira de São Domingos de Gusmão: construção de 1731, com fachada em estilo rococó. Em Salvador, Bahia, Brasil. Igreja de São Domingos de Gusmão, Niterói, Gragoatá. desde do tempo do império. Existe uma cidade na paraíba com o nome de São Domingos, em homenagem a São Domingos de Gusmão e se comemora no dia 08 de agosto o dia do padroeiro.

Ver também

Referências

  1.  «Catholic Encyclopedia». Consultado em 19 de fevereiro de 2016
  2.  Dupuis, Jean-Claude (Novembro de 1999). «Em Defesa da Inquisição». The Angelus Magazine. Consultado em 19 de fevereiro de 2016
  3.  Falk, Avner (2010). Franks and Saeacens: Reality and Fantasy in the Crusades. [S.l.]: Karnac Books. p. 169
  4.  São Domingos de Gusmão e a origem do Santo Rosário in Apostolado do Oratório, 07-10-2013.
  5.  A história do Santo Rosário in Opus Dei, 07-10-2017.

Ligações externas

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Precedido por
-
Cr.domenicana.JPG
Mestre Geral da Ordem dos Pregadores

1216 - 1221
Sucedido por
Jordão da Saxônia
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SANTO EUSÉBIO - 8 DE AGOSTO DE 2022

 

Eusébio de Vercelli

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Santo Eusébio de Vercelli
Vírgem Maria na glória com o Arcanjo Gabriel, e os Santos "Eusébio de Vercelli" (sentado), São Sebastião, e São RoqueSebastiano Ricci.
Bispo de VercelliConfessor
NascimentoSardenha 
2 de março de 283[1]
MorteVercelliPiemonteItália 
1 de agosto de 371 (88 anos)
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica2 de agosto16 de dezembro
PadroeiroVercelli
Gloriole.svg Portal dos Santos

Eusébio de Vercelli (em latimEusebius VercellensisSardenha, c. 283 - Vercelli1 de agosto de 371) foi o primeiro bispo da antiga diocese de Vercelli e foi um dos principais expoentes da luta contra a difusão da heresia ariana, é venerado como santo pela Igreja Católica.

Biografia

Segundo a tradição mudou-se com a mãe e a irmã menor para Roma após o martírio de seu pai. Na "Urbe" foi primeiro "leitor" e depois ordenado presbítero pelo Papa Marcos e consagrado bispo pelo Papa Júlio I em 15 de dezembro de 345. Todavia não há notícia de seu episcopado anteriormente a 354 quando, em uma carta do bispo Ambrósio de Milão, ele é elogiado por ter imposto ao clero de sua diocese vida comum, como para o monges, de acordo com o modelo das igrejas orientais: por este motivo, também é homenageado como o co-fundador de sua ordem por Cônegos Regulares de Santo Agostinho.

Ele dedicou-se com grande empenho à evangelização das zonas rurais e em grande parte pagãs. Fundou uma sociedade sacerdotal inspirada no modelo monástico da qual saíram importantes bispos e santos.

Eusébio defendeu a tese da "plena divindade de Jesus Cristo" frente à política ariana do imperador Constâncio II, para quem a fé ariana era politicamente mais interessante. Esta atitude custou-lhe o desterro e exílio primeiro para Citópolis, na Palestina, depois para a Capadócia e Tebaida, no Egito.

Este foi um momento difícil para a Igreja. Constâncio parecia esquecido há muito tempo era de tolerância e de paz iniciado por seu pai Constantino com o Edito de Milão. O Arianisno, condenado no Concílio de Niceia (325), sem o apoio do Imperador, havia desaparecido mas, no Sínodo de Arles (353), novamente triunfaria em seus conceitos. O Papa Libério recusara-se, no entanto, a adoção de um forma pacífica de resolver o problema vexatório.

O papa Libério, então envia-o junto com Lúcifer, bispo de Cagliari (início de 354), em uma missão junto ao Imperador Constâncio II para solicitar a convocação de um concílio para por fim à disputa entre os arianos (apoiado pelo próprio imperador ) e os seguidores da ortodoxia. Constâncio cedeu ao apelo e o concílio foi convocado em Milão em 355. Havia dois problemas básicos: o reconhecimento do credo adotado em Niceia e a defesa de Atanásio de Alexandria. Todavia o grupo ariano formado e dirigido por Valente de Mursa e Ursácio de Singiduno conseguiu que o concílio adotasse seus pré estabelecidos critérios. Assim como os bispos arianos, eram a maioria, Eusébio se recusou a assinar os decretos do concílio. Ele e outros resistentes como Ósio de Córdoba e Lúcifer de Cagliari, foram banidos. Eusébio foi confinado em Citópolis na Palestina (Betel St.), sob a supervisão do bispo ariano Patrófilo de Citópolis.

Apesar de tudo manteve sempre correspondência epistolar com a comunidade dos seus fiéis e nas suas cartas lhes pede que "saúdem também aqueles que estão fora da Igreja e que se dignam de nutrir por nós sentimentos de amor". A sua relação com a sua diocese não se limitava aos cristãos mas se estendia a todos os que de alguma forma reconheciam a sua autoridade espiritual ou o respeitavam como homem exemplar. Em suas correspondência relata aos fiéis pateticamente as lesões, violência e o abuso com que era tratado.[2] Posteriormente foi transferido para a Capadócia e Tebaida superior, no Egito, onde pode conhecer melhor a alma do Oriente e seus estilos de vida.

Em fins de 361, com o morte de Constâncio II e o ascenso de Juliano, o Apóstata, os exilados puderam retornar ao local onde viviam anteriormente. Eusébio retorna à sua diocese. No ano seguinte 362, auxilia no Concílio de Alexandria, convocado por Atanásio, que decide por perdoar os bispos arianos que retornassem ao estado laical. Em seguida, nome da diocese, Eusébio partiu para uma visitação à Palestina e Síria para relatar sobre as decisões do Concílio de 362, decretar suas decisões e restaurar a fé. No ano de 363 ele retorna a Vercelli. Ele educou o clero de sua diocese com observância de regras monásticas, embora vivessem no meio da cidade, porque "o bispo e o clero deve compartilhar os problemas dos cidadãos de forma crível, cultivando ao mesmo tempo uma cidadania diversa: a do céu". Nos anos que se seguem, à frente do episcopado, juntamente com Hilário de Poitiers, ele enfrenta o semiarianismo (a doutrina homoianosiana) de Auxêncio de Milão, bispo de Mediolano[3][4] que defendia a fórmula cristológica de Valente de Mursa [5] e Ursácio de Singiduno,[5] na qual o "... Filho era similar ao Pai, tanto "em todas as coisas" ou "de acordo com as escrituras...[nota 1] Formula também defendida pelos acacianos, pelos prelados Demófilo de Constantinopla, bispo de Bereia (?-370) e Constantinopla (370-380)[4][7] Germínio de Sirmio[4] Acácio de Cesareia, bispo de Cesareia (340-366), [8] e aceita por Ósio de Córdoba e Aéciopatriarca de Antioquia.[9]

Eusébio morreu nos primeiros dias de agosto, 371.

Obras

A luta contra o Arianismo preenchido toda a sua vida, mas não impediu que ele também foi um grande promotor do monaquismo no Ocidente. Ele próprio viveu como um membro de sua comunidade de sacerdotes.

Enciclopédia Católica afirma o seguinte: Três curtas cartas de Eusébio foram publicadas na Pat. Lat de Migne.[10] Jerônimo, em sua De Viris Illustribus (cap. 96 [11]) atribui a ele uma tradução para o latim dos comentários sobre os salmos, escrito originalmente em grego por Eusébio de Cesareia, obra que se perdeu. O Codex Vercellensis, preservado na catedral de Vercelli, é considerado o mais antigo manuscrito dos evangelhos em Latim antigo ("Codex A") e, acredita-se, foi escrito por Eusébio. Ele foi publicado por Irico (Milão 1748) e Bianchini (Roma 1749), foi reimpresso por Migne.[12] E, por fim, uma nova edição foi publicada por Belsheim (Christiania 1894).

Das três cartas, reconhecidas como autênticas, são: a primeira ao imperador Constâncio, dando a conhecer o recebimento da notificação do Sínodo e anunciando que vai para Milão,[13] a outra, já mencionada, é dirigida aos presbíteros e ao povo da Itália; segue junta desta o Exemplar libelli facti ad Patrophilum.[14] A terceira a Gregório de Elvira.[15] Parece que as informações recebidas a partir desta levou ao seu julgamento errôneo sobre a conduta de Ósio.[16]

Se lhe atribui também o manuscrito dos Evangelhos (s. IV), que é preservado na catedral de Vercelli, [17] de seis e uma tradução latina do Comentario a los Salmos de Eusébio de Cesareia. Da mesma forma, embora nenhuma base sólida, o Símbolo Quicumque ou Credo de Atanásio onde se afirma que Jesus "desceu ao inferno" [18] também atribuída a Vicente de LérinsHilário de Poitiers e outros; uma extensa confissão de fé; [19] os doze livros De Trinitate, que decorreu sob o nome de Santo Atanásio e que J. P. Migne atribue a Vigilio Thapse.[20] M. Simonetti, contrário à hipótese Bulhart V. P. Schepens, nega que este trabalho seja anterior a Agostinho de Hipona.

Tempos modernos

Bento XVI sobre ele disse: O pastor e os fiéis da Igreja estão no mundo mas não são do mundo. Por isso, os pastores devem exortar a seus fiéis a não considerar as cidades do mundo como sua morada estável, mas a buscar a definitiva (…) Jerusalém celestial (…) Esta decisão permite aos pastores e aos fiéis a salvaguardar a escala justa de valores, sem dobrar-se nunca às modas do momento e às injustas pretensões do poder político. (…) Por isto, eusébio recomendava sempre aos seus fiéis "guardar com especial esmero a fé, manter a concórdia e a ser assíduos na oração". (Alocução de 17 de outubro de 2007, praça de S. Pedro - VISnews 071017‏)

Igreja Católica celebrava a sua memória litúrgica em 16 de dezembro, mas o Papa Paulo VI em 1969, com a reforma do calendário litúrgico, transferiu a sua comemoração para o dia 2 de agosto como memória facultativa.

Notas

  1.  Esta fórmula foi rascunhada no Concílio de Sirmio e efetivamente proposta no Concílio de Arímino, ambos em 359.[6]

Referências

  1.  Book of Martyrs (em inglês). Nova Iorque: Catholic Book Publishing Co. 1948
  2.  PL 12,947 ss.
  3.  «10». História Eclesiástica. The Bishops assembled at Antioch, on the Refusal of Eusebius of Emisa to accept the Bishopric of Alexandria, ordain Gregory, and change the Language of the Nicene Creed. - Sócrates Escolástico (em inglês). II. [S.l.: s.n.]
  4. ↑ Ir para:a b c «37». História Eclesiástica. Of the Synod at Ariminum, and the Creed there published. - Sócrates Escolástico (em inglês). II. [S.l.: s.n.]
  5. ↑ Ir para:a b «27». História Eclesiástica. Arius having returned to Alexandria with the Emperor's Consent, and not being received by Athanasius, the Partisans of Eusebius bring Many Charges against Athanasius before the Emperor. - (em inglês). I. [S.l.: s.n.] e «12 & 37». História Eclesiástica - Sócrates Escolástico 🔗 (em inglês). I. [S.l.: s.n.]
  6.  Wikisource-logo.svg "Council of Rimini" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  7.  Filostórgio. «19». História Eclesiástica (em inglês). IX. [S.l.: s.n.]
  8.  «4, 39 & 40». História Eclesiástica - Sócrates Escolástico 🔗 (em inglês). II. [S.l.: s.n.]
  9.  Filostórgio. «3». História Eclesiástica (em inglês). IV. [S.l.: s.n.] para Ósio; Filostórgio. «8». História Eclesiástica (em inglês). IV. [S.l.: s.n.] para Aécio.
  10.  Pat.Lat., XII, 947-54 and X, 713-14
  11.  Wikisource-logo.svg "De Viris Illustribus - Eusebius another bishop", em inglês.
  12.  Patrologia Latina XII, 9-948
  13.  PL 12.947
  14.  PL 12,947-954
  15.  PL 10,713
  16.  U. Domínguez del Val, Osio de Córdoba, «Revista Española de Teología» 18, 1958, 271
  17.  A. Gasquet, Codex Vercellensis, Roma 1914, 2 vol.: PL 12,9-948
  18.  R. Paste, «Scuola Cattolica» 1932, 142-147
  19.  De S. Trinitate confessio: PL 12,959-968
  20.  PL 62,95-237

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