segunda-feira, 18 de julho de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA - 143º DIA - ÚLTIMAS NOTICIAS - 18 DE JULHO DE 2022

 

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Joana Raposo Santos, Andreia Martins, Carlos Santos Neves - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

23h30 - PR moçambicano conversa com Zelensky e apela ao diálogo Ucrânia-Rússia

O Presidente moçambicano defendeu hoje o diálogo entre Ucrânia e Rússia para acabar com a guerra, durante um telefonema com o homólogo Volodymyr Zelensky, anunciou o gabinete presidencial em Maputo.

Filipe Nyusi apelou "à Ucrânia e à Rússia, no sentido de voltarem ao diálogo direto e, com humildade, buscarem uma solução diferente da guerra", detalhou a presidência moçambicana em comunicado.

Na conversa com Zelensky, que durou mais de meia hora, Nyusi "lamentou e manifestou solidariedade pela perda de mais de dez mil vidas" e pelos "mais de doze milhões de deslocados, bem como a destruição de infraestruturas" na Ucrânia.

O chefe de Estado moçambicano justificou "a abstenção em relação à guerra entre a Rússia e a Ucrânia" nas Nações Unidas, "como uma postura decorrente da Constituição da República e da política externa que defendem a solução de diferendos por meio do diálogo".

Disse ainda que "Moçambique defende o respeito pelo Direito Internacional Humanitário, direitos humanos e proteção das vítimas de guerra e de conflitos armados", acrescentou o comunicado.

(Agência Lusa)

23h05 - Scholz acusa AfD de ser o "partido da Rússia"

O chanceler alemão acusou hoje a AfD de ser "o partido da Rússia" em resposta ao pedido desse grupo de suspender as sanções contra aquele país como medida para combater a inflação e o aumento dos preços da energia.

"Vejo que a Alternativa para a Alemanha (AfD) não é apenas um partido populista de direita, mas também o partido da Rússia", disse Olaf Scholz ao parlamento, como parte de uma sessão de perguntas com o governo.

O governante respondia a uma pergunta do deputado da AfD Stefan Kotré, que classificou as sanções como "inúteis" e "irrealistas" e questionou o que havia contra a colocação do gasoduto Nord Stream II em operação.

Segundo Scholz, o momento é de solidariedade com a Ucrânia e isso, disse, é apoiado por muitos alemães que voluntariamente economizam energia.

(agência Lusa)

22h45 - Aparece morto mais um empresário russo ligado à Gazprom, o quinto desde janeiro

A polícia russa encontrou o corpo sem vida do empresário russo Yuri Voronov, diretor-geral e fundador de uma empresa associada à Gazprom, a quinta morte de empresários russos ligados à empresa de gás desde o início do ano.

"Mais um caso de morte de um alto gerente vinculado à Gazprom. O corpo de Yuri Voronov, que dirigia uma empresa subcontratada (da Gazprom), foi encontrado em uma piscina nas proximidades de São Petersburgo. Morreu de um disparo na cabeça", informou o portal noticioso Baza, na rede social Telegram.

O cadáver do empresário de 61 anos, foi encontrado perto da sua residência, que se inclui em uma urbanização de casa de luxo, junto ao golfo da Finlândia, a flutuar na piscina.

Os polícias encontraram no local uma pistola automática, sem que se saiba quem é o proprietário.

Voronov era diretor-geral da empresa de transportes Astra Shipping, que trabalha para a Gazprom no Ártico.

A viúva do empresário informou, segundo o Baza, que Voronov tinha ido para casa em 01 de julho, depois de uma discussão com os sócios, por causa de perdas financeiras.

Esta é a quinta morte de empresários ligados ao conglomerado do gás russo.

Em janeiro de 2022, apareceu morto Leonid Shulman, chefe do serviço de transporte Gazprom Invest, seguido de Alexandr Tiukiakov, subdiretor general do Centro Único de Contas da Gazprom, os dois na mesma localidade nos arredores de São Petersburgo.

Em abril foram encontrados os cadáveres de Vladislav Aváev, ex-vice-presidente do Gazprombank, da sua esposa e da filha.

Posteriormente, em Lloret de Mar, Espanha, apareceram os cadáveres do ex-gerente da Novatek, Serguey Protoseniu, da sua esposa e filha.

Nestes quatro casos, os investigadores dizem ter como pista principal o suicídio, adiantando a existência de notas de despedida em dois deles.

(Agência Lusa)

21h24 - Mais de 21 mil crimes investigados na Ucrânia

O gabinete da procuradora-geral da Ucrânia, Irina Venediktova, revelou esta quarta-feira que mais de 21 mil crimes alegadamente cometidos pelas forças russas estão a ser investigados pelas autoridades ucranianas.

O gabinete declarou ainda receber entre 200 a 300 relatos de muitos crimes.



20h54 - Combustíveis devem baixar. Petróleo está a negociar abaixo de 100 dólares

O petróleo está a negociar abaixo dos 100 dólares pela primeira vez em mais de dois meses. Em Londres, o barril de Brent, referência para Portugal, negociou na casa dos 99 dólares e meio.
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Os preços do petróleo têm registado fortes quedas nos últimos dias, devido aos receios de uma recessão na Europa, que deverá provocar uma diminuição na procura.

Esta desvalorização do petróleo, a manter-se, deverá levar a uma forte queda nos preços dos combustíveis já na próxima semana.

20h45 - Combates em Donetsk. Kiev diz estar a conseguir travar ofensiva russa

Na região de Donetsk os bombardeamentos russos são cada vez mais intensos. As Forças Armadas da Ucrânia falam de uma situação muito difícil, mas garantem estar a conseguir travar o avanço do inimigo.
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20h35 - Enviados da RTP visitam região a seis quilómetros da frente russa

Os enviados da RTP, Cláudio Calhau e António Mateus, foram à cidade mais próxima da linha da frente da ofensiva. Sloviansk é agora o último reduto na região de Donetsk controlado pelas forças ucranianas.
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20h25 - Plano de emergência. Comissão Europeia quer prevenir corte total do gás russo

A Comissão Europeia vai apresentar um plano de emergência para prevenir um eventual corte total do abastecimento de gás russo à Europa.
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A iniciativa foi hoje apresentada, no mesmo dia em que o Parlamento Europeu considerou o gás natural e a energia nuclear amigas do ambiente.

Reportagem dos correspondentes da RTP em Bruxelas, Rui Manuel Silva e Duarte Valente.

20h18 - Sloviansk. População retirada da cidade sob bombardeamento crescente

A intensificação da ofensiva russa levou o governo de Donetsk a decretar a retirada da população civil de Sloviansk, que está sob bombardeamento crescente.
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Os enviados especiais da RTP àquela região, António Mateus e Cláudio Calhau, foram à localidade ucraniana mais próxima desta frente russa reportar o impacto humano do combate ali travado.

18h20 - Líder da Comissão do Parlamento Europeu para Energia alerta para "inverno difícil" na Europa

O eurodeputado romeno Christian Busoi, que lidera a Comissão Parlamentar da Indústria, da Investigação e da Energia disse hoje que se antevê um "inverno difícil" na Europa, caso se concretize um eventual corte de fornecimento de gás da Rússia.

"Advinha-se um inverno difícil. Por isso, é importante que todos os Estados-membros tenham planos de crise e soluções para lidar com um eventual bloqueio russo, se ele ocorrer e, a médio prazo, diversificar as fontes de fornecimento de energia, aumentar a eficiência energética e, muito importante, realizar um forte investimento no hidrogénio", afirmou hoje o eurodeputado romeno.

"Com 10 milhões de toneladas de produção na União Europeia até 2030 e 10 milhões de importação estou certo que conseguiremos fazer face às necessidades criadas pelo corte do gás russo", realçou.

Busoi, que falava durante num seminário que o Parlamento Europeu está a promover com jornalistas portugueses relacionado com a situação na Ucrânia, justificou o risco com o facto de a "Rússia estar a usar o gás natural como arma política, também por já ter começado a cortar ou a reduzir o fornecimento".

"Claramente, num ato de desespero, face ao compromisso da União Europeia de não importar mais gás, a Rússia vai utilizar este inverno para criar um grande problema à União Europeia. Não há certezas, pois não podermos prever o que vai decidir. A Rússia não é como os países europeus. Não há um debate transparente e democrático que permita antever as decisões. Tal como foi difícil de prever a invasão da Ucrânia, é difícil perceber o que vai fazer, mas os sinais são muito preocupantes", alertou.

"Mesmo que não aconteça, os países europeus devem estar preparados para essa eventualidade", disse ainda Busoi.

(agência Lusa)

17h41 – Presa na Rússia, Brittney Griner pede ajuda ao presidente Joe Biden

A basquetebolista americana Brittney Griner enviou ao presidente dos Estados Unidos uma carta escrita na qual pede a Joe Biden para usar a sua influência para a trazer de regresso ao país, juntamente com outros americanos detidos na Rússia. Griner está detida e já começou o julgamento por posse de drogas.

A jogadora dos Phoenix Mercury disse a Joe Biden que está “aterrorizada em ficar para sempre” na Rússia. Excertos da carta foram partilhados pela agente de Griner, Lindsay Kagawa Colas, que revelou que a missiva foi enviada à Casa Branca na última segunda-feira.

Na carta, Brittney Griner fez referência ao 4 de Julho (dia nacional dos Estados Unidos), explicando que o celebra sempre honrando o serviço de muitos aos Estados Unidos. No entanto, diz que “magoa lembrar-me como celebro este dia, porque liberdade representa algo muito diferente este ano”.

17h33 – Zelensky agradece à Irlanda por reconhecer a invasão russa como genocídio

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu à Irlanda por acolher refugiados ucranianos e por ter adotado recentemente uma resolução que reconhece a invasão russa da Ucrânia como genocídio.

Numa entrevista conjunta com o primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, em Kiev, Zelensky disse que os dois discutiram uma resposta conjunta à ameaça à segurança alimentar, à crise energética e à preparação do sétimo pacote de sanções contra a Rússia.

Martin disse que "a Ucrânia pertence à União Europeia" e que a Irlanda estará com a Ucrânia "em cada passo do caminho".

17h24 – Governo diz ser momento certo para libertar UE da dependência de energia russa

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus disse hoje que "está na altura de passar das palavras aos atos" nas interligações energéticas entre a Península Ibérica e o resto da União Europeia para reduzir a dependência da Rússia.

Tiago Antunes afirmou que a necessidade de reduzir a atual dependência energética em relação à Rússia dá o "ímpeto" para avançar com este processo, que tem vindo a arrastar-se.

"É altura de passar das palavras aos atos. São investimentos avultados, mas agora é o momento para dar ímpeto a este processo", afirmou.

"A Península Ibérica e, em concreto Portugal, pode ser porta de entrada alternativa de matérias-primas energéticas para a Europa e uma fonte de fornecimento, no imediato, de gás proveniente de outras origens - dos Estados Unidos, da Nigéria, entre outros", referiu.

"O porto de Sines pode ser uma fonte alternativa de entrada alternativa de gás e, futuramente, uma fonte produção e fornecimento à Europa", disse o secretário de Estado, apontando como exemplo o hidrogénio verde.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou hoje perante o Parlamento Europeu que o seu executivo vai apresentar este mês um plano de emergência europeu para precaver um eventual corte total de fornecimento de gás russo.

(Agência Lusa)

17h10 – Ucrânia rejeita afirmações russas sobre destruição de sistemas de rockets

A Ucrânia rejeitou as afirmações do Ministério da Defesa da Rússia de que as Forças Armadas de Moscovo destruíram dois sistemas avançados de rockets fabricados nos EUA e respetivos depósitos de munições.

O Estado-maior da Ucrânia escreveu no Twitter que tais afirmações são falsas e assegurou que está a usar o sistema de rockets fornecido pelos EUA para infligir “golpes devastadores” nas forças russas.

17h00 – Porto de Mariupol está a operar com capacidade total, dizem funcionários

O porto ucraniano de Mariupol, atualmente sob controlo da Rússia, está a operar com capacidade total, informou a agência de notícias TASS esta quarta-feira, citando autoridades portuárias.

A Rússia capturou Mariupol em maio, após meses de luta feroz pelo controlo da cidade.

16h30 - Noruega afirma ter resolvido litígio com Rússia sobre abastecimento de arquipélago do ártico

A Noruega anunciou hoje ter resolvido o litígio com a Rússia sobre o envio de mercadorias destinadas aos mineiros russos no seu arquipélago ártico de Svalbard, e que motivou um recente aumento da tensão entre os dois países.

Os contentores com os carregamentos russos, bloqueados na fronteira devido à proibição de entrada de mercadorias pesadas russas em solo norueguês, foram conduzidos por transportadores noruegueses até ao porto de Tromso, e estão atualmente a caminho de Svalbard por barco, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"É positivo que se tenha encontrado uma solução para este caso", comentou um dos seus porta-vozes, citado pela agência noticiosa AFP.

"Nunca tivemos a intenção de bloquear um carregamento (...) é importante sublinhar que existiam soluções desde o início", sublinhou.

(Agência Lusa)

15h17 – Mais de 8,79 milhões de pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia desde 24 de fevereiro

Mais de 8,79 milhões de pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia desde a invasão da Rússia no final de fevereiro, informou a agência de refugiados da ONU esta quarta-feira.

15h09 – País tem de combater corrupção para receber ajuda à recuperação, diz PNUD

A Ucrânia deve combater ativamente a corrupção face ao grande fluxo de ajudas para a reconstrução que o país vai receber, defendeu hoje o diretor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner.

Combater a corrupção, que era endémica no país mesmo antes da guerra, “impede o roubo do seu próprio povo”, afirmou o responsável, em declarações à agência francesa de notícias AFP, um dia depois da conclusão de uma conferência internacional sobre a reconstrução da Ucrânia, que se realizou na segunda e terça-feira em Lugano, na Suíça.

A conferência serviu para os líderes ucranianos e os seus aliados desenharem os contornos de uma futura reconstrução do país, devastado pelo exército russo, adotando princípios orientadores que incluíram a luta contra a corrupção.

“A corrupção é, em última análise, um roubo do desenvolvimento nacional, do erário público e, em última análise, do povo do país”, sublinhou Steiner.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, estimou que a reconstrução do país agora candidato à União Europeia (UE) implicará um investimento de 750.000 milhões de dólares (cerca de 728.000 milhões de euros) num prazo de 10 anos.

(Agência Lusa)

14h39 – Parlamento da Rússia aprova amplos controlos económicos devido à guerra

O Parlamento da Rússia aprovou esta quarta-feira dois projetos de lei que impõem controlos rígidos sobre a economia, exigindo que as empresas forneçam bens às Forças Armadas e obrigando os funcionários de algumas empresas a trabalharem horas extra.

Assim que forem assinadas pelo presidente Vladimir Putin, as leis permitirão que o Governo introduza "medidas económicas especiais" durante o que o Kremlin chama de "operação militar especial" na Ucrânia.

"No contexto das operações realizadas pelas Forças Armadas da Federação Russa fora da Rússia, incluindo no território da Ucrânia, há necessidade de reparar armas, equipamentos militares e dotar as Forças Armadas de meios materiais e técnicos", refere uma nota do Kremlin.

De acordo com uma das minutas, o Estado poderá adquirir bens e serviços necessários à realização de operações militares especiais de um único fornecedor, sem a necessidade de licitação.

Além disso, as empresas serão obrigadas por lei a fornecer bens e serviços necessários às Forças Armadas para a realização da "operação militar especial".

Um segundo projeto de lei obriga o Governo a exigir que funcionários de certas empresas produtoras de bens e serviços necessários aos militares russos trabalhem horas extra.

14h00 – Moscovo diz ter destruído sistemas de rockets e munições em Donetsk

O Ministério da Defesa da Rússia diz que as suas forças destruíram dois sistemas avançados de rockets fabricados nos EUA e respetivos depósitos de munições na região de Donetsk, na Ucrânia.

13h38 – Rússia pode atacar Sloviansk, alerta autoridade municipal

O chefe da administração militar de Sloviansk, Vadym Liakh, avisou hoje que a Rússia vai provavelmente avançar com uma ofensiva contra essa cidade.

Segundo o responsável, as forças ucranianas estão atualmente a conseguir manter os exércitos de Moscovo no rio Siverskyi Donets.

“Provavelmente, vão [atacar Sloviansk]. É por isso que os ataques se tornaram mais frequentes”, disse Liakh esta quarta-feira. “Acho que, assim que o inimigo for capaz de realizar operações de assalto, começará a destruir as infraestruturas e a própria cidade”.

Liakh referiu que a linha da frente está agora ao longo do rio Siverskyi Donets, um "obstáculo natural" que a Rússia já não conseguiu ainda superar. E acrescentou que muitas fortificações foram construídas perto de Sloviansk e Kramatorsk, possibilitando às tropas ucranianas "conter o inimigo durante quatro meses".

Há um mês que as forças russas estão estacionadas no rio Siverskyi Donets. “Mas, infelizmente, a população civil será bombardeada com mais e mais frequência”, aolertou Liakh.

13h16 - Europa deve estar preparada para viver sem o gás russo, diz Ursula von der Leyen

No Twitter, a presidente da Comissão Europeia reforçou a afirmação de que a Europa deve preparar um plano de emergência para um corte total de abastecimento de gás russo.

Ursula von der Leyen acusa ainda o presidente russo, Vladimir Putin, de usar a energia como arma.

"Se o pior estiver para a vir, temos de estar preparados", afirmou, adiantando que a Comissão está a trabalhar num "plano de emergência europe

PORTUGAL A ARDER - ÚLTIMAS NOTICIAS - 18 DE JULHO DE 2022

 

Portugal passou hoje a situação de alerta. Saiba o que é proibido

Lusa - Há 4 horas
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A situação face aos incêndios no país baixou esta segunda-feira para o nível de alerta, suspendendo-se a contingência, que estava em vigor desde segunda-feira passada, devido à melhoria das condições meteorológicas, conforme decisão do Governo anunciada no domingo.

A situação de alerta estará em vigor em Portugal continental desde as 00h00 de hoje até às 23h59 de terça-feira, dia em que voltará a ser reavaliada, afirmou o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, domingo, após uma reunião com os ministérios da Defesa Nacional, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Ação Climática e da Agricultura e da Alimentação.

"Nos próximos dias, a temperatura deverá baixar entre 2 e 8 graus, o que permite termos uma pequena janela para ajustar os esforços", explicou José Luís Carneiro, lembrando que, "até ao final do verão, vão existir outros momentos muito exigentes" e "é preciso estar preparado".

Na terça-feira, a situação será reavaliada até porque se prevê um novo aumento das temperaturas, adiantou.

Portugal continental entrou em situação de contingência, segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, na passada segunda-feira e na quinta o Governo decidiu prolongar esta situação até domingo.

A situação de alerta é, de acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil, o nível menos grave, abaixo da situação de contingência e do patamar mais grave, a situação de calamidade.

Na última semana, o país enfrentou temperaturas elevadas e o dia mais quente foi na quarta-feira, em que quase todos os distritos estiveram sob aviso vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) sinalizou 206 ocorrências que obrigaram a assistência nos diferentes teatros de operações, disse o comandante nacional André Fernandes, no 'briefing' realizado domingo ao princípio da noite.

Além da morte do piloto de um avião anfíbio de combate a incêndios, que se despenhou, sexta-feira, numa vinha da Quinta do Crasto, em Castelo Melhor, concelho de Foz Coa, distrito da Guarda, há ainda a registar cinco feridos graves (três elementos de proteção civil e dois civis).

Desde 08 de julho, foram retiradas 939 pessoas de povoações ameaçadas pelas chamas e constituídas 12 zonas de apoio à população, que acomodaram 431 pessoas, acrescentou.

Os incêndios dos últimos dias afetaram residências, algumas de primeira habitação, casas devolutas e infraestruturas de apoio.

André Fernandes havia já alertado que, mesmo com o abaixamento do nível de alerta, é preciso "precaução", pois "o país vive uma seca extrema e, portanto, os níveis de água no solo estão muito baixos e há muito combustível seco para arder".

Também o Ministério da Administração Interna avisou, em comunicado emitido domingo, que a situação de alerta ainda implica "medidas de caráter excecional".

O que não deve fazer?

No período em que estiver em vigor, é proibido o "acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, previamente definidos nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem".

Está também proibida "a realização de queimadas e de queimas de sobrantes de exploração", bem como trabalhos nas florestas "com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios rurais" e de trabalhos nos espaços rurais com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.

A situação não permite também que seja usado fogo-de-artifício, suspendendo as autorizações que já tenham sido emitidas.

A declaração deste nível de alerta impõe que a GNR e a PSP aumentem o grau de prontidão e resposta operacional em relação ao habitual, e sejam reforçados "os meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e de apoio geral às operações de proteção e socorro", autorizando as interrupções de férias e a suspensão de folgas.

A situação de alerta também implica a mobilização de equipas de emergência médica, saúde pública e apoio social, além do reforço do dispositivo de bombeiros com a contratualização de até 100 equipas e a mobilização em permanência das equipas de sapadores florestais.

O Corpo Nacional de Agentes Florestais e dos Vigilantes da Natureza também deve ser colocado em prevenção.

A diminuição do nível de prontidão, que passará de contingência para alerta, permitirá, no entanto, avançar com trabalhos de fertilização, regas, podas, colheita e transporte de culturas agrícolas, desde que sejam essenciais e inadiáveis e não aumentem o perigo, assim como de extração de cortiça, de mel e de construção civil.

Passa ainda a ser possível os trabalhos de colheita de culturas agrícolas com a utilização de máquinas, entre as 06h00 e as 10h00 e entre as 19h00 e as 22h00, desde que sejam comunicados ao Serviço Municipal de Proteção Civil territorialmente competente.

Leia Também: Fogo no Fundão passou para o concelho da Covilhã e lavra em zona de serra

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DIA INTERNACIONAL DE NELSON MANDELA - 18 DE JULHO DE 2022

 

Dia Internacional Nelson Mandela

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dia de Nelson Mandela
Para comemorar Mandela
Nome oficialDia Internacional Nelson Mandela
TipoInternacional
Data18 de julho (oficialmente desde 2009)
Frequênciaanual

Dia Internacional Nelson Mandela (ou Dia de Mandela) é uma comemoração internacional instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em novembro de 2009, a ser comemorado em todos os anos 18 de julho, data de nascimento do líder sul-africano Nelson Mandela.[1]

Por meio da Resolução A/RES/64/13 a ONU, com o consenso de 192 países membros, homenageia a dedicação de Mandela a serviço da humanidade, pela resolução de conflitos, pela relação entre as raças, promoção e proteção dos direitos humanos, a reconciliação, igualdade de gêneros e direitos das crianças e outros grupos vulneráveis, e ainda pelo desenvolvimento das comunidades pobres ou subdesenvolvidas.[1]

Com esta data os países-membros reconhecem sua contribuição pela democracia internacional e a promoção da cultura da paz através do mundo.[1]

Nós podemos mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Está em nossas mãos fazer a diferença” - Nelson Mandela

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c ONU. «Nelson Mandela International Day» (em inglês). Sítio oficial da ONU. Consultado em 1 de fevereiro de 2012

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