sexta-feira, 1 de julho de 2022

DIA MUNDIAL DAS BIBLIOTECAS - 1 DE JUILHO DE 2022

 

Biblioteca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Biblioteca (desambiguação).
Interior da Biblioteca da Abadia de São Galo, na Suíça

Biblioteca (do grego βιβλιοϑήκη, composto de βιβλίον, biblion — "livro", e ϑήκη theca — "depósito"), na definição tradicional do termo, é um local em que são guardados livros, documentos tridimensionais, e demais publicações para o público estudar, ler, e consultar tais obras. Desta forma, os três objetivos das bibliotecas são[1]:

  • A guarda dos livros e demais publicações em local livre de perigo, onde não sejam roubadosincendiados e demais perigos;
  • conservação, que não sejam estragados porque o público manuseia constantemente as obras, ou porque os documentos ficam úmidosquentes e ou em situações similares;
  • organização segundo algumas regras para catalogar e arquivar as obras impressas, com intuito de que seja possível de se encontrarem de maneira imediata por meio de classificações como autor, assunto, ou diferente caraterística de importância.

Os profissionais que lidam com esses objetivos são os bibliotecários, com formação em biblioteconomia, curso ensinado em instituições de ensino superior. Para os visitantes, as bibliotecas têm três finalidades básicas: estudarler e consultar as obras.[1] O público procurador comum das bibliotecas está buscando um estudo sobre um certo tema, de simples leitura por diversão, ou de realização de pesquisa a respeito de alguns assuntos. Por essa razão mesmo, há uma grande variedade de pessoas que visitam as bibliotecas quando se é tratado de bibliotecas generalistas. Hoje em dia, as bibliotecas não são somente guardiãs de livros, porém, da mesma forma, de dicionáriosenciclopédiasmonografias, manuais, documentos tridimensionais, almanaquesatlasjornaisrevistasmapascartazesmanuscritosfilmesdiscosCDsfitasVHSDVDsBDs, ou bancos de dados (arquivos em PDF ou DOC), fotografiastelas e microfilmes. Revistas e jornais são classificados como material periódico, também são organizados e armazenados em uma seção da biblioteca denominada hemeroteca - espaço próprio para este tipo de material informativo.[1]

Porém, o velho conceito de "depósito de livros" foi redefinido para "ambiente físico ou virtual destinado à coleção de informações com a finalidade de auxiliar pesquisas e trabalhos escolares ou para praticar o hábito de leitura, material este seja impressos em folhas de papel ou ainda digitalizadas e armazenadas em outros tipos de materiais, tais como CD, fitas, VHSDVD ou bancos de dados (arquivos em PDF ou DOC).[1]

Uma consulente num corredor de biblioteca.

A disciplina que rege o funcionamento das bibliotecas é a Biblioteconomia, onde as Leis de Ranganathan ou Cinco Leis da Biblioteconomia são os princípios fundamentais.[1] As Bibliotecas também são denominadas CDI (centros de documentação e informação). São normativamente locais de silêncio para não interromper a leitura de terceiros.[2]

A maior biblioteca do mundo é a do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, D.C., com 155 milhões de itens entre livros, manuscritos, jornais, revistas, mapas, vídeos e gravações de áudio. É a biblioteca oficial de pesquisa do congresso norte-americano e foi criada em 1800, quando a sede do governo federal foi transferida de Filadélfia para Washington. Seu prédio, chamado Thomas Jefferson Building ("Edifício Thomas Jefferson"), foi aberto ao público em 1897.[3]

Bibliotecas no mundo: uma epopeia histórica

Guardar o conhecimento, a cultura, a produção científica das Civilizações é uma tarefa difícil, pois o nascimento e a decadência de impérios é uma constante da história. Nesse sentido os mosteiros tiveram um papel fundamental: muito da cultura gregaromanacelta, nórdica e cristã da Antiguidade e Medieval foi preservada pelo trabalho árduo e silencioso dos monges copistas. Não por acaso, no século VIII d.C., já surgiam anexas aos mosteiros: grandes centros culturais, as Escolas Monacais.

Momentos históricos

Monge escriba medieval.

Toda a saga das bibliotecas antecede a própria história do livro e vai encontrar abrigo no momento em que a humanidade começa a dominar a escrita. As primeiras bibliotecas que se tem notícia são chamadas "minerais", pois seus acervos eram constituídos de tabletes de argila: depois vieram as bibliotecas vegetais e animais, constituídas de rolos de papiros e pergaminhos. Essas são as bibliotecas dos babilônios, assírios, egípcios, persas e chineses. Mais tarde, com o advento do papel, fabricado pelos árabes, começam-se a formar as bibliotecas de papel e, mais tarde, as de livro propriamente dito. Até o momento, os historiadores acreditam que a biblioteca mais antiga seja a do rei Assurbanípal (século VII a.C.), cujo acervo era formado de placas de argila escritas em caracteres cuneiformes. Mas nenhuma foi tão famosa como a biblioteca de Alexandria, no Egito. Ela teria de 40 a 60 mil manuscritos em rolos de papiro, chegando a possuir 700 mil volumes. A sua fama é atribuída, além à grande quantidade de documentos, também aos três grandes incêndios de que foi vítima. Em outubro de 2002 o governo do Egito inaugurou a nova biblioteca Alexandria, desta vez um complexo cultural com bibliotecas, museus, áreas para exposições, centros educacionais e um centro para convenções internacionais. A nova biblioteca adotou modernos recursos de tecnologia, além de ter capacidade para até 8 milhões de volumes e lugares para 3.500 leitores.

Mas outras bibliotecas também tiveram grande importância, como as bibliotecas judaicas, em Gaza; a de Nínive, da Mesopotâmia; e a biblioteca de Pérgamo, que foi incorporada à de Alexandria, antes de sua destruição. Os gregos também possuíam bibliotecas, mas as mais importantes eram particulares de filósofos e teatrólogos.

A partir do século XVI é que a biblioteca realmente se transforma, tendo como característica a localização acessível, passa a ter caráter intelectual e civil, a democratização da informação e especializada em diferentes áreas do conhecimento.

No Brasil, a biblioteca oficial é a atual Biblioteca Nacional do Brasi, do Rio de Janeiro, que se tornou do Estado em 1825. Essa biblioteca era constituída dos livros do rei de PortugalDom José I e foi trazida para o Brasil por Dom João VI, em 1808. Junto à Biblioteca Nacional, outra de grande importância no Brasil é a Biblioteca Municipal de São Paulo.

Tipos de biblioteca

Livros organizados de forma tradicional nas estantes de uma biblioteca.

As bibliotecas podem ser públicas ou particulares. Nas bibliotecas públicas o acesso aos livros costuma ser gratuito e muitas vezes é possível emprestar livros por um determinado tempo, a depender das políticas definidas, que variam de acordo com o tipo de obra. As bibliotecas públicas buscam ser locais que propiciem a comunidade acesso a informações que de alguma forma sejam úteis e ajudem a desenvolver a sociedade. No contexto atual, muitas bibliotecas buscam oferecer infraestrutura para inclusão digital.[4]

As bibliotecas particulares podem ser mantidas por instituições de ensino privadas, fundações, instituições de pesquisa ou grandes colecionadores. Algumas delas permitem acesso a sua coleção, permitindo a pesquisadores, estudantes ou interessados o acesso as informações armazenadas em suas dependências.

As bibliotecas especializadas oferecem coleções de informações sobre determinado tema, tais como medicinamatemáticacinema ou outros.

As bibliotecas comunitárias geralmente situam-se em áreas residenciais e em bairros da periferia, recebendo pouco ou nenhum apoio governamental. Ela sobrevive por meio de doações de pessoas ou instituições privadas.

Normalmente, as coleções de livros nas bibliotecas são classificadas, de modo a facilitar a localização e consulta por parte dos usuários. A classificação pode obedecer diversos critérios, sendo mais comum a classificação por assuntos, e dentro do mesmo assunto, por nome do autor (alfabeticamente).

Ao longo da história, é possível classificar a evolução das bibliotecas do seguinte modo:

Bibliotecas da antiguidade

As características destas bibliotecas são as seguintes: não são acessíveis ao público, templos e palácios. A religiosidade ficava a cargo de sacerdotes, o saber era sagrado e somente os sacerdotes sabiam ler. O tipo de material utilizado na época eram as tabletas de argila, rolos de papiro ou pergaminho, até o ano 300 aproximadamente.

Bibliotecas comunitárias

O número dessas bibliotecas tem aumentado nos últimos anos, no Brasil, inclusive com um sistema informal de empréstimo que dispensa até mesmo funcionários: nesse sistema, o próprio interessado escolhe seu livro, anota seu nome em um papel, e retira a obra, entregando-a quando puder. É uma maneira inclusive de exercitar a cidadania e o senso de responsabilidade de cada um.

Um exemplo desse sistema ocorre em Campanha (MG). No município, a ONG Sebo cultural organizou algumas bibliotecas em pontos-chave da cidade (rodoviária, delegacia…), locais de acesso ininterrupto aos interessados. Na rodoviária, por exemplo, a biblioteca fica numa sala sem portas, facilitando assim o acesso irrestrito não só dos munícipes, mas também de viajantes que usam o terminal.

Bibliotecas monacais ou monásticas

Existem três tipos de bibliotecas monacais que são as bibliotecas dos mosteiros, das catedrais ou capitulares, como por exemplo a da Catedral de Chartres e bibliotecas dos Doutores da Igreja, como São JerônimoSanto AgostinhoSão Bento e São Isidoro, bispo de Sevilha.

As mais célebres bibliotecas monásticas são a Biblioteca do Monte Athos, na Grécia, a Biblioteca de Cassiodoro, escritor e estadista romano e a biblioteca de Monte Cassino.

Bibliotecas universitárias

O grande acontecimento medieval que , de uma certa forma, decide os destinos de toda a civilização, e, por consequência, os destinos do livro, é a fundação das universidades. Estão ao serviço dos estudantes e do pessoal docente das universidades e outros estabelecimentos de ensino. Correspondem à unidade de informação de uma Universidade, pelo que as suas coleções devem refletir as matérias lecionadas nos cursos e áreas de investigação da instituição. A documentação é sobretudo de caráter científico e técnico, que deve ser permanentemente atualizada, através da aquisição frequente de um grande número de publicações periódicas em suporte papel ou eletrônico. A seleção da documentação é feita essencialmente pelos diretores de cada departamento da Universidade e não tanto pelo bibliotecário.[5]

Biblioteca Central da Universidade de Bucarest, na Romênia.

Estas Instituições têm como objetivos principais: apoiar o ensino e a investigação; dar um tratamento técnico aprofundado aos documentos, nomeadamente ao nível da indexação; e atualizar constantemente os fundos documentais.

Bibliotecas Escolares

As Bibliotecas Escolares são instituições de ensino do sistema social que organizam materiais bibliográficos, audiovisuais e outros meios e os colocam à disposição de uma comunidade educacional. A biblioteca escolar é um instrumento de desenvolvimento do currículo e permite o fomento da leitura e a formação de uma atividade científica; constitui um elemento que forma o indivíduo para a aprendizagem permanente, estimula a criatividade, a comunicação, facilita a recreação, apoia os docentes em sua capacitação e lhes oferece a informação necessária para a tomada de decisões em aula.

Bibliotecas particulares

As bibliotecas reais, dos grandes senhores, que mais tarde passaram a ser oficiais ou públicas. A mais importante biblioteca pública foi a Biblioteca de Carlos Magno - Rei dos Francos (768-814). Escritores e intelectuais usualmente possuem grandes bibliotecas, geralmente incorporadas a universidades após a morte dos donos.

Bibliotecas infantis

Oferecem toda uma variedade de serviços e fundos bibliográficos vocacionados especialmente para as crianças. Têm como prioridade criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças desde tenra idade, familiarizar as crianças com os diversos materiais que poderão enriquecer as suas horas de lazer. Visam despertar as crianças para os livros e a leitura, desenvolvendo a sua capacidade de expressão, criatividade e imaginação. Podem conter também revistas em quadrinhos e folhetos de cordel, tanto nas bibliotecas tradicionais, como em gibitecas e cordeltecas.[6]

Bibliotecas hospitalares

São bibliotecas normalmente criadas a partir da cooperação com o Ministério da Saúde, que visam a humanização da assistência aos doentes. O seu objetivo é fazer com que o período de hospitalização não seja um fator de exclusão para os doentes, pois, veem-se afastados da família, amigos e de sua casa. Também tornar a sua estadia mais lúdica, alegre, o menos traumatizante possível, atenuar situações de angústia e sofrimento, melhorar as relações com a equipe hospitalar e contribuir para o bem-estar físico e psíquico dos doentes. Os seus utilizadores são todos quantos vão ao hospital, crianças e pais, jovens, adultos e idosos, portanto, todos aqueles que se encontrem imobilizados no leito, em períodos de espera, em momentos transitórios ou livres de internamento, consulta ou atendimento ambulatório. Os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e voluntários, exercem de mediadores entre os livros, a leitura e os doentes, pois, vão espalhando a leitura pelos vários ambientes dos hospitais públicos do País.

Bibliotecas do século XXI

As bibliotecas sempre sobreviveram aos diferentes paradigmas tecnológicos, desde a invenção da escrita, passando pela tipografia, até chegar ao atual contexto tecnológico em que coexistem as bibliotecas tradicionais e as modernas.

Hoje as bibliotecas são híbridas, isto é, com espaços, serviços e coleções simultaneamente físicos e virtuais, em que as novas tecnologias de informação e comunicação passam a ser a base do serviço e da inter-relação com o utilizador; passando a oferecer ao cidadão um conjunto de informações que as novas tecnologias tornam disponível, mas já de forma tratada e selecionada, possibilitando uma maior rapidez de acesso à informação.

Administração da biblioteca

A administração da biblioteca é feita por um profissional com formação superior em Biblioteconomia. Este é chamado de bibliotecário ou bibliotecária. Capaz de gerenciar todo espaço ao qual a biblioteca se encontra, esse profissional é o responsável direto pelo acervo, classificação de assuntos, processamento técnico e, manutenção e supervisão da biblioteca. O bibliotecário tem a formação adequada para organizar e coordenar um grupo de organizadores de documentos ou técnicos auxiliares em organização da informação.

Princípios gerais abordados

As boas práticas dizem que qualquer biblioteca, sem deixar de se empenhar na conservação dos documentos do passado, deverá dotar-se continuamente de documentos do presente.

Dentro deste preceito, a aquisição de novos documentos deve ser realizada de maneira organizada, e para isso segue uma política de compra de livros. A seleção faz-se tendo em conta o fundo documental existente da Biblioteca, a fim de o completar, e ainda de acordo com as necessidades relativas à atualização das coleções existentes. A bibliografia deve ser selecionada seguindo critérios de qualidade e valor, levando em conta a necessidade de quem a utiliza.

Aquisição de novas edições bibliográficas

Para se proceder à aquisição de bibliografia há que conhecer o mercado editorial e estar atento as novidades editoriais. Para se manter informado o responsável pelo serviço de aquisições dispõe de vários recursos: bibliografias, catálogos editoriais e de livrarias ou também de informações e críticas publicadas em periódicos.

Antes de mais a biblioteca conta com o apoio e orientação do professor bibliotecário e dos vários professores dos diferentes Departamentos que, ao iniciarem um novo ano letivo, fazem o levantamento da bibliografia necessária para o novo ano letivo e enviam a respectiva informação para a Biblioteca, para o responsável pelas aquisições verificar o que existe na Biblioteca e por seguinte proceder à aquisição do material que está em falta. As "visitas" periódicas a Livrarias que lançam as novidades também são importantes assim como ter em conta as sugestões dos utilizadores.

Processo de aquisições

processo de aquisições pode ser descrito em seis etapas:

  • Pesquisa: faz-se a solicitação de aquisição de nova bibliografia para a Biblioteca, o responsável pelo serviço deve fazer a pesquisa na base de dados da Biblioteca para verificar se o documento já faz parte do fundo documental como também a pesquisa na base de dados das encomendas já efetuadas, evitando assim a duplicação de bibliografia e desperdício de orçamento.
  • Verificação bibliográfica: depois do procedimento em epígrafe, antes de se seguir à encomenda do livro, o responsável pelo serviço, deve verificar se o documento está disponível. Essa verificação ajuda a ter um custo provável do livro, a comparação de preços em várias livrarias ou distribuidores, assim como uma data, mais ou menos definida, de entrega do mesmo.
  • Encomenda: o pedido de aquisição do livro deverá ser feito à livraria ou distribuidor, num modelo pré-definido pelo serviço onde compreenda obrigatoriamente os seguintes dados bibliográficos: autor, título, editor, local de edição, data e ISBN. O pedido poderá ser feito em papel, por fax ou carta, ou por correio eletrônico.
  • Entrada do documento: quando o documento dá entrada na Biblioteca, todos os elementos bibliográficos têm que ser verificados minuciosamente (Verificar se existem documentos com o mesmo título e mesmo editor, mas de autoria diferente, tornando assim esse documento completamente distinto/diferente do outro). A fatura ou guia de remessa que acompanha o documento ou documentos pretendidos deve ser devidamente verificada, tendo em atenção aos descontos feitos e o total da fatura. Depois de certificada a fatura deve ser assinada e despachada para os serviços de contabilidade e tesouraria, para se dar seguimento ao pagamento.

Teoria sobre o futuro das bibliotecas

Biblioteca moderna em Chambéry, na França.

Nos dias atuais, as bibliotecas vêm se adaptando ao processo de inovações tecnológicas ocorridas com a evolução da humanidade, sendo que uma das principais características da biblioteca do futuro, é que a mesma apresentará não mais o volume do seu acervo, e sim a disponibilidade de poder disseminar informações com outras instituições através das novas tecnologias informacionais. Apesar de ainda mostrar muito fôlego, os livros, que compõem a maior parte dos acervos das bibliotecas físicas, provavelmente em um futuro próximo, serão armazenados em multimídiasInternet e outros mecanismos de armazenamento de dados eletrônicos.

Em Portugal

Em Portugal, em 2013, existem 510 bibliotecas públicas nacionais estão acima da média europeia no que respeita à oferta de tecnologias de informação. De acordo com um estudo europeu elaborado pela Fundação Bill e Melinda Gates, em que Portugal participou através da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas, mais de 90% das bibliotecas públicas possuem computadores ligados à internet e acesso sem custos, e cerca de 60% de entre elas têm Wi-fi.

Em 2012, um milhão de adultos usaram uma biblioteca pública em Portugal (12%) e, desses, 14% utilizaram os computadores existentes para aceder gratuitamente à internet.

Segundo os dados da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, as 194 bibliotecas centrais – as que estão situadas nas sedes de município – despenderam em média, durante 2011, 215 mil euros cada, o que, em termos globais, se traduziu em 42 milhões de euros de despesas totais, sendo que 77% são despesas com pessoal.[7]

No Brasil

Edifício da Biblioteca Nacional, na cidade do Rio de Janeiro.

Lei n° 12.244 de 2010, sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do país. Conforme o texto, "Biblioteca Escolar " é definida como uma coleção de livros ou documentos registrados em diferentes tipos de suportes que sejam destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura.[8]

De acordo com a lei, todas as escolas, sejam elas particulares ou públicas, deverão contar com uma até o ano de 2020, além de serem obrigadas a fornecerem um título para cada aluno matriculado. Também deverão ampliar seus acervos, divulgando orientações para uma boa utilização dos mesmos.

Outra exigência desta lei estabelece que todas as bibliotecas sejam administradas por profissionais da área, fato que torna a lei de suma importância para os bibliotecários.

Ver também

Referências

Bibliografia

  • CANFORA, Luciano. A Biblioteca desaparecida: histórias da biblioteca de Alexandria. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. 195 p.
  • CASTELLS, ManuelA sociedade em rede. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 698 p. (A era da Informação: economia, sociedade e cultura; v. 1).
  • ECO, UmbertoO Nome da rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. 562 p.
  • MARTINS, Wilson. A Palavra Escrita. São Paulo: Ática, 3. ed. 1998. 512 p.
  • SCORTECCI, João. Guia do Profissional do Livro. São Paulo: Scortecci, 2007. 252 p.
  • CAMPELLO, Bernadete Santos; CALDEIRA, Paulo da Terra. Introdução às fontes de informação. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. 184 p.
  • VALIO, E.B.M., Biblioteca Escolar. trans-in-formação, 1990. Disponível em: http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/transinfo/article/viewFile/1670/1641 Acesso: 08 de nov. de 2018.
  • VACALEBRE, Natale. COME LE ARMADURE E L'ARMI. Per una storia delle antiche biblioteche della Compagnia di Gesù. Con il caso di Perugia, Premessa di Edoardo Barbieri. Firenze: Olschki, 2016. 292 p. ISBN 9788822264800

Ligações externas

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DIA MUNDIAL DO SALVAMENTO - 1 DE JULHO DE 2022

 

Salvamento

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: "Resgate" redireciona para este artigo. Para outras acepções de "Resgate", veja Resgate (desambiguação). Para outras definições, veja Salvamento (desambiguação).

Busca e Salvamento são o conjunto de ações necessárias para recuperação de pessoa, animal ou bem submetido a qualquer tipo de ameaça, quer autoinfringidas ou decorrentes de acidentesdesastres naturaisconflitos e guerras, desordens, atos políticos etc. nos mais diversos ambientes naturais e artificiais.

Treinamento de salvamento realizado pelo Corpo de Bombeiros do Paraná.

Resgate de acordo com o ambiente

Resgate em cavernas

Atividade especializada da Espeleologia a busca e salvamento em cavernas exige a familiaridade com um meio extremamente adverso que impõe restrições de espaçoluz, suprimento, comunicação e mobilidade. Frequentemente a maior ameaça a um acidentado em caverna é a tendência à hipotermia devido à ausência de fontes de calor. Da mesma forma, as atividades de localização e recuperação de acidentados ou perdidos em cavernas são marcadas pela demora nas operações devido ao desconhecimento do ambiente, dos traçados, a dificuldade de transporte de volumes no interior da gruta e de transposição de obstáculos de desníveis no terreno.

Resgate doméstico

Socorro a um acidente ou agressão acometida a uma ou mais pessoas em uma residência, local de trabalho, escola ou similares.

Resgate de asfalto

Socorro a um acidente ou agressão acometida a uma ou mais pessoas em vias públicas como ruas, avenidas, rodovias, estradas ou calçadas. (Geralmente acidentes automobilísticos).

Resgate em área de difícil acesso

Socorro a um acidente ou agressão acometida a uma ou mais pessoas, realizado por equipes altamente treinada em Salvamento e Resgate, e dá-se geralmente em montanhas, florestas fechadas, ruínas ou em locais de perigo iminente como incêndios ou locais de pronto desabamento.

Resgate no mar

Helicóptero anfíbio da Guarda Costeira dos Estados Unidos prestando socorro a uma embarcação en chamas.

Socorro a um acidente ou agressão acometida a uma ou mais pessoas e que englobe a atuação em praias, mar aberto, cachoeiras ou cascatas, lagos, rios, piscinas ou similares.

Resgate em incêndios

Neste tipo de resgate, deve se levar em consideração diversos fatores como : número total de vítimas e a condição a qual se encontram as mesmas, possível risco de desabamento e/ou explosões, entre outros. O mais importante a se fazer no caso de múltiplas vítimas seria, realizar a triagem visando atender os casos em que exigem prioridade, ou seja, vitimas com casos de parada respiratória ou cardiorrespiratória além dos traumas mais significativos, como os da cervical e coluna vertebral. Além disso devemos verificar as condições de prováveis queimaduras provocadas pelo incêndio. As vítimas devem ser retiradas do local do sinistro o mais rápido possível, pois quanto maior o tempo de exposição a fumaça e radiação, maior serão os agravos dos sintomas iniciais. É de extrema importância manter os sinais vitais da vitima preservados até que recebam atendimento de urgência nos locais a destino.

Socorro aéreo

Socorro a um acidente ou agressão acometida a uma ou mais pessoas e que se faz necessário um transporte aéreo como avião ou helicóptero.

Autorresgate

Nas técnicas verticais de montanha ou espeleologia chama-se autorresgate o conjunto de procedimentos necessários a que uma pessoa autonomamente saia de ambientes de risco ou alcance socorro após acidentes.

Atendimentos

APH (atendimento pré-hospitalar)

Um médico dirige-se, sozinho ou acompanhado de uma equipe, para atender um quadro que fora reportado a ele, e que geralmente pode ser resolvido no local (Extra Hospitalar).

SPH (socorro pré-hospitalar)

Uma equipe se desloca para prestar um socorro de maior complexidade, em áreas distintas.

Ver também

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PADRE ANTÓNIO VAZ PINTO - MORREU EM 1 DE JULHO DE 2022

 O padre António Vaz Pinto, jesuíta e Alto Comissário para as Migrações e Minorias Étnicas entre os anos 2002 e 2005, morreu esta sexta-feira, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, informou a Companhia de Jesus.

Morreu o padre Vaz Pinto, antigo Alto Comissário para as Migrações
© TVI24Morreu o padre Vaz Pinto, antigo Alto Comissário para as Migrações

António Vaz Pinto, de 80 anos, estava internado desde 8 de junho, devido a um tumor pulmonar, acrescentou a Província Portuguesa da Companhia de Jesus, recordando que, “com uma vida cheia e intensa”, o jesuíta “foi responsável pela criação e implementação de várias obras da Companhia de grande impacto apostólico”.

“O padre António Vaz Pinto tinha celebrado há dias os seus 80 anos e, aparentemente, encontrava-se bem, tendo festejado o seu aniversário na companhia de muitos familiares e amigos e num ambiente festivo. Contudo, o seu estado de saúde já era grave e três dias depois acabou por ser encaminhado de Évora, onde residia, para um hospital em Lisboa, tendo o seu estado agravado muito rapidamente”, adianta a nota dos jesuítas publicada no Ponto SJ, portal da Companhia de Jesus.

Natural de Arouca, onde nasceu em 2 de junho de 1942, António Vaz Pinto foi responsável pela criação e implementação de várias obras da Companhia de Jesus, entre as quais se destacam os Leigos para o Desenvolvimento (1986), o Centro São Cirilo (2002), no Porto, e o Centro Universitário Padre Manuel da Nóbrega (1975-1984), em Coimbra, e mais tarde o Centro Universitário Padre António Vieira (1984-1997), em Lisboa.

Foi também reitor da Comunidade Pedro Arrupe, em Braga, onde os jesuítas fazem parte da sua formação, e ainda reitor da Basílica do Sagrado Coração, na Póvoa do Varzim. Dirigiu o Centro de Reflexão e Encontro Universitário Inácio de Loyola, no Porto, foi assistente nacional da Comunidade de Vida Cristã (CVX) e foi também o presidente da direção do Centro Social da Musgueira, em Lisboa.

Em 2008, foi nomeado diretor da Revista Brotéria e mais tarde, em 2014, reitor da Igreja de São Roque e capelão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Trabalhou também, durante vários anos, na Rádio Renascença, onde foi assistente entre 1984 e 1997, e colaborou com vários órgãos de comunicação social, acrescenta a Companhia de Jesus.

António Vaz Pinto esteve também na fundação da produtora de conteúdos religiosos Futuro e esteve no projeto inicial da criação da TVI, tendo participou também na criação do Banco Alimentar contra a Fome, em 1992.

Em 30 de janeiro de 2006 foi distinguido pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grande Oficial Ordem Infante D. Henrique.

Publicou sete livros sobre teologia, filosofia e vida cristã, e dois de memórias, onde conta a história da sua vida.

Dias antes do seu octogésimo aniversário (02 de junho), numa entrevista ao Ponto SJ, o padre António Vaz Pinto confessou-se preparado para morrer, afirmando ter tido “uma vida que valeu a pena viver, com muita alegria e muitos amigos”.

O padre António Vaz Pinto estava, atualmente, e desde 2019, na comunidade dos jesuítas em Évora, onde era Capelão da Santa Casa da Misericórdia.

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