Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje que vai reforçar a presença militar norte-americana em toda a Europa para que a NATO possa responder a ameaças "vindas de todas as direções e em todas as áreas".
Biden avançou, durante a cimeira da NATO, que decorre em Madrid, que os Estados Unidos vão "fortalecer a sua posição militar" em Espanha, na Polónia, na Roménia, nos Estados bálticos, no Reino Unido, na Alemanha e em Itália.
A medida visa ajudar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) a "responder às ameaças vindas de todas as direções e em todas as áreas: terrestre, aérea e marítima", explicou o Presidente dos EUA.
O principal conselheiro diplomático e militar de Joe Biden, Jaque Sullivan, já tinha anunciado na terça-feira, a bordo do Air Force One, que os Estados Unidos iam fazer "anúncios específicos" na cimeira da NATO sobre "novos compromissos militares em terra, mar e ar a longo prazo na Europa", em particular no leste do continente.
Joko Widodo, presidente da Indonésia, visita a Ucrânia esta quarta-feira acompanhado pela mulher. A viagem faz parte do esforço, por parte da Indonésia, de ajudar às negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.
O presidente da Indonésia é, atualmente, presidente do G20, e um dos seis líderes mundiais nomeado pelas Nações Unidas para o Grupo de Resposta a Crises Globais, para dar resposta à ameaça de uma crise alimentar global.
A Indonésia garante que está empenhada para enfrentar a situação de escassez de alimentos e energia. Antes da guerra, a Ucrânia era um dos maiores fornecedores de trigo para a Indonésia.
O primeiro-ministro espanhol, anfitrião da cimeira da NATO que ocorre esta semana em Madrid, afirmou esta quarta-feira que a Aliança está a transmitir uma mensagem forte ao presidente Vladimir Putin sobre a invasão na Ucrânia.
"Estamos a enviar uma mensagem forte a Putin. Não vais ganhar", afirmou o chefe do Governo espanhol.
9h29 - NATO vai continuar a fornecer armas à Ucrânia "enquanto for necessário", garante o chanceler alemão
"É positivo que os países aqui reunidos, mas também muitos outros, façam as suas contribuições para que a Ucrânia se possa defender - dando os meios financeiros e humanitários, mas também fornecendo as armas de que a Ucrânia necessita urgentemente", afirmou o chanceler alemão, citado pela agência Reuters.
"A mensagem é esta: vamos continuar a fazê-lo - e de forma intensa - enquanto for necessário, para permitir que a Ucrânia é capaz de se defender", acrescentou.
A Rússia garante que não pretendia um ataque direto contra o centro comercial de Kremenchuk, na Ucrânia. A explicação foi dada pelo ministro russo dos Negócios Estrangeiros durante uma visita ao Tajiquistão. Sergei Lavrov indica que a Rússia bombardeou um hangar "para onde tinham sido levadas armas e munições americanas".
Em consequência da detonação "um centro comercial vazio junto dele incendiou-se", disse o MNE russo. "Quanto mais armas forem fornecidas, mais missões executaremos no terreno", concluiu. ###1416112###
8h32 - Zelensky pede expulsão da Rússia do Conselho de Segurança. Rússia denuncia intervenção de Zelensky
O Presidente ucraniano discursou por videoconferência na reunião do Conselho de Segurança da ONU e apelou à expulsão da Rússia deste órgão das Nações Unidas. ###1416109### Por sua vez, os canais de comunicação do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros destacam as declarações de Dmitry Polyansky, vice-representante permanente da Rússia nas Nações Unidas.
“O Conselho de Segurança não deve transformar-se numa plataforma onde o presidente Zelensky, ainda que remotamente, possa ir buscar mais armas à NATO. Isso corrói a autoridade do Conselho como órgão responsável na tomada de decisões coletivas, no interesse da manutenção da paz e da segurança internacionais”, acusam os russos.
Em entrevista a uma rádio espanhola, Pedro Sánchez revelou que a Rússia será identificada como "principal ameaça" da NATO no novo conceito estratégico da organização.
"Há alguns anos, a Rússia era um parceiro estratégico e hoje será considerada a principal ameaça", indicou.
Em declarações aos jornalistas, Jens Stoltenberg declarou esta quarta-feira que a Rússia representa "uma ameaça direta" à segurança dos países da NATO e indicou que a Aliança Atlântica irá fortalecer o flanco leste em resposta à invasão russa da Ucrânia.
"Vamos dizer de forma clara (...) que a Rússia representa uma ameaça direta à nossa segurança", dando a indicação que o posicionamento oficial da Aliança Atlântica irá alterar-se pela primeira vez desde 2010.
Jens Stoltenberg disse ainda que os países da Aliança vivem "a mais grave crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial" e que os trabalhos em Madrid vão operar "a revisão mais significativa da nossa defesa coletiva desde a Guerra Fria".
7h55 - Pelo menos três mortos em ataque a edifício residencial de Mykolayiv
De acordo com as equipas de socorro, pelo menos três pessoas morreram e cinco ficaram feridas na sequência de um ataque russo contra um edifício residencial em Mykolaiv, na madrugada de quarta-feira.
O prefeito da cidade, Oleksandr Senkevych, indicou que oito mísseis atingiram aquela cidade e apelou à retirada dos residentes que ainda permanecem na cidade.
Ponto de situação:
- Na cimeira da NATO que decorre esta semana em Madrid, a Turquia, Finlândia e Suécia assinaram um memorando conjunto que permite a adesão dos dois países escandinavos à Aliança Atlântica. “Tenho o prazer de anunciar que temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e Suécia se juntarem à NATO”, anunciou na terça-feira o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.
- O anúncio surge depois de um acordo em que Finlândia e Suécia se comprometem a levantar o embargo de armas, alterar leis sobre terrorismo, apoiar a Turquia no conflito com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerada uma “organização terrorista” em Ancara. Prometem ainda chegar a um acordo com a Turquia para a extradição de elementos considerados terroristas.
- Com o fim do veto da Turquia, os aliados deverão convidar esta quarta-feira a Suécia e a Finlândia a aderirem à NATO. A adesão terá posteriormente de ser ratificada pelos parlamentos dos 30 Estados-membros da NATO.
- Numa intervenção em vídeo no Conselho de Segurança das Nações Unidas na terça-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky acusou o líder russo, Vladimir Putin, de se tornar um “terrorista” à frente de um “Estado terrorista”. Voltou a alertar para a disseminação das ações russas para o resto da Europa e pediu uma visita da ONU a Kremenchuk, o local onde um centro comercial foi alvo de ataques no início da semana. Pelo menos 20 pessoas morreram, mas dezenas continuam desaparecidas.
- Nesta sessão de urgência do Conselho de Segurança, que decorreu na terça-feira, todos os 15 membros - incluindo a Rússia - cumpriram um minuto de silêncio depois de Zelensky ter apelado à comemoração de “todos os ucranianos que morreram nesta guerra